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Sustentabilidade

Governo anuncia medidas de auxílio aos setores mais afetados pelo tarifaço – MAIS SOJA

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Por Marcelo Sá – jornalista/editor e produtor literário 

Expectativa era grande, sobretudo por parte do Agro

O governo federal publicou na última quarta-feira, 13 de agosto, a Medida Provisória 1.309/2025, que reúne um conjunto de medidas para auxiliar os setores mais afetados pelo tarifaço de Donald Trump. O pacote inclui isenções tributárias para exportações, plano de compras públicas de produtos e incentivos à manutenção de empregos e à continuidade do desenvolvimento econômico do país. O anúncio era bastante aguardado por todas as cadeias produtivas, em especial as do setor agropecuário, o mais afetado pela sobretaxa anunciada no mês passado.

A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, contou com a presença da cúpula do Executivo Federal e dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. O Plano, batizado de Brasil Soberano em razão dos sobressaltos políticos que permeiam a crise, é composto por ações separadas em três eixos: fortalecimento do setor produtivo; proteção aos trabalhadores; e diplomacia comercial e multilateralismo.

As medidas direcionam R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) para crédito com taxas acessíveis, além de ampliar as linhas de financiamento às exportações; prorrogar a suspensão de tributos para empresas exportadoras; aumentar o percentual de restituição de impostos federais, via Reintegra; e facilitar a compra de gêneros alimentícios por órgãos públicos. Segundo o governo, o intuito é fortalecer o sistema nacional de financiamento e seguro à exportação, para que o país seja mais competitivo e menos vulnerável a esse tipo de medida no futuro.

O programa Reintegra permite que as empresas que exportam recebam de volta parte dos tributos pagos durante a produção de bens exportados. Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin, micro e pequenas empresas passarão a receber 6% de volta. Médias e grandes empresas receberão 3% dos tributos de volta. As novas condições do Reintegra valerão até dezembro de 2026 e terão impacto limitado de até R$ 5 bilhões.

O vice-presidente disse também que a MP suspende por um ano o pagamento de tributos previstos no regime especial de drawback para as principais empresas exportadoras afetadas pelo tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O drawback é um instrumento do governo federal que isenta ou suspende por um período específico a incidência de determinados tributos sobre insumos usados na fabricação de mercadorias. “Estamos ampliando o prazo no âmbito do drawback, para dar fôlego ao exportador, para não perder o crédito tributário na importação”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante a solenidade.

Reações do setor agropecuário

Alguns pecuaristas criticaram o pacote de ajuda emergencial. Foi o caso da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), sobretudo pelo plano atender aos frigoríficos, mas não seus fornecedores. Em nota, a entidade disse que vê as medidas com muita preocupação, que prevê crédito para os exportadores e ampliação do Reintegra, o regime especial de reintegração de valores tributários para as empresas exportadoras. “Se há alguém ou setor que deva ser atendido, ressarcido ou ter qualquer tipo de compensação, é o pecuarista”, defendeu.

Já a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) divulgou nota reconhecendo que as medidas anunciadas pelo governo para mitigar os efeitos do tarifaço americano sobre a economia brasileira representam avanços e atendem a pleitos já apresentados pela entidade. A entidade, contudo, destacou que o pacote anunciado ainda não contempla pequenos produtores, que não acessam o mercado internacional diretamente.

Associação Dos Produtores E Exportadores De Hortigranjeiros E Derivados Do Vale Do São Francisco (Valexport) lamentou que o programa Brasil Soberano não tenha contemplado os pedidos de prorrogação das operações de adiantamento de contrato de câmbio (ACC) e de Acordo de Câmbio de Exportação (ACE), nem o pedido de devolução automática de créditos de ICMS ou a extensão dos custeios agrícolas para produtos destinados à exportação. Ainda assim, a associação reconheceu que a medida provisória trouxe avanços relevantes para o setor exportador, incluindo a prorrogação do drawback, maior acesso a crédito, seguro de exportação e o programa Reintegra.

O vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania – SP), disse que a bancada não será contra apoio aos setores prejudicados pelas tarifas americanas: “Contrários não seremos, é auxílio aos setores. Vamos tentar melhorar, ver se as condições são satisfatórias. Nossa disposição é trabalhar nela para melhorá-la, não vamos ser contra auxílio a setores prejudicados”, declarou.

Além das fontes já mencionadas, que emitiram declarações públicas sobre o assunto, contribuíram com informações o Ministério da Agricultura, da Indústria e Comércio, e das Relações Institucionais.

Fonte: SNA



 

FONTE

Autor:Marcelo Sá – Sociedade Nacional de Agricultura

Site: SNA

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Commodities enfrentam momento decisivo no último trimestre de 2025, aponta StoneX – MAIS SOJA

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A StoneX, empresa global de serviços financeiros, lançou a 33ª edição do Relatório Trimestral de Perspectivas para Commodities, durante o 8º Seminário StoneX, com análises dos mercados de grãos, energia, fertilizantes e soft commodities. O material, elaborado pela equipe de Inteligência de Mercado com apoio de especialistas internacionais, projeta um final de 2025 desafiador, marcado por tensões comerciais, mudanças monetárias globais e fundamentos específicos em cada segmento.

Segundo o gerente de Inteligência de Mercado da StoneX Brasil, Vitor Andrioli, o crescimento da economia mundial acima do esperado em 2025 foi influenciado pela antecipação a tarifas comerciais, que impulsionou a atividade industrial e o comércio internacional. No entanto, a consolidação dessas barreiras deve reduzir o ritmo da economia global em 2026, com destaque para os impactos nos Estados Unidos. Já países como China e Índia devem adotar medidas de estímulo moderadas.

Entre os mercados analisados, soja, milho e trigo sofrem pressão por safras abundantes, enquanto o setor de energia convive com preços mais baixos mesmo diante de riscos geopolíticos. Soft commodities, como cacau e café, enfrentam desequilíbrios entre oferta e demanda, e o mercado de metais aponta sinais de escassez, principalmente na prata, impulsionada pela demanda tecnológica. O real segue vulnerável ao cenário fiscal, embora sustentado por juros elevados.

Na abertura do evento, o CEO da StoneX Brasil e Paraguai, Fábio Solferini, destacou o papel estratégico do agronegócio brasileiro, que já representa cerca de 30% do PIB. Para ele, o relatório simboliza o compromisso da empresa com o fortalecimento do setor nacional. “O Brasil é peça-chave no abastecimento global de alimentos e energia. Estamos crescendo de forma consistente no agro, e a boa notícia é que temos condições de dobrar nossa produção sem necessidade de desmatamento”, destacou.

Na oportunidade, Solferini também chamou atenção para os desafios logísticos — como armazenamento e transporte — que ainda representam gargalos para o produtor, mas acredita na capacidade do setor em superá-los. “A StoneX está atenta a esses pontos e comprometida em apoiar o desenvolvimento do agronegócio com inteligência de mercado, soluções financeiras e uma visão global integrada”, pontuou.

Ao acompanhar de perto todo dinamismo da atividade, o objetivo da 33ª edição do Relatório Trimestral de Perspectivas para Commodities é oferecer análises técnicas e orientadas para a tomada de decisão em um ambiente de mercado cada vez mais complexo. “Com uma abordagem integrada, buscamos apoiar nossos clientes na navegação dos riscos e na identificação de oportunidades com maior clareza”, concluiu Andrioli.

Para baixar o relatório completo, acesse: https://www.stonex.com/pt-br/insights/perspectivas-commodities/?utm_source=release&utm_medium=attuale&utm_campaign=perspectivas_q4_25

Sobre a StoneX 

A StoneX é uma empresa global e centenária de serviços financeiros customizados, com presença em mais de 70 escritórios pelo mundo, conectando mais de 300 mil clientes em 180 países. No Brasil, é especialista em desenvolver estratégias de gestão de riscos para proteger o lucro independente da volatilidade do mercado. Também atua em banco de câmbio, inteligência de mercado, corretagem, mercado de capitais de dívida, fusões e aquisições, investimentos, trading e ESG – consultoria de soluções sustentáveis.

Site institucional, LinkedIn, Instagram, X

Fonte: Assessoria de Imprensa StoneX



 



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Preços da soja no Brasil e em Chicago hoje: confira as cotações

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O mercado brasileiro de soja manteve-se praticamente parado. De acordo com o analista de Safras & Mercado Rafael Silveira, houve relato de alguns negócios no Paraná, mas, no geral, o dia foi de pouco movimento.

Segundo ele, o produtor segue mais focado nos trabalhos de campo, aproveitando o retorno recente das chuvas no Centro-Oeste.

“Na Bolsa, poucas novidades, leve oscilação entre pequenas altas e quedas, tanto em Chicago quanto no dólar”, acrescentou. Os prêmios mudaram muito pouco, o que fez com que os preços no físico permanecessem praticamente estáveis.

“Foi um dia sem grandes novidades, com foco total no plantio e poucas fixações da safra nova”, resumiu o analista.

Preços médios da saca de soja

  • Passo Fundo (RS): manteve-se em R$ 133
  • Santa Rosa (RS): seguiu em R$ 134
  • Cascavel (PR): continuou em R$ 134
  • Rondonópolis (MT), Dourados (MS) e Rio Verde (GO): permaneceu em R$ 126
  • Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 138 para R$ 138,50
  • Porto de Rio Grande (RS): alta de R$ 139 para R$ 139,50

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja fecharam entre estáveis e levemente mais altos nesta quarta-feira (15) na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).

Silveira lembra que, após uma manhã de perdas, o mercado esboçou uma reação na parte da tarde. A fraqueza do dólar frente a outras moedas e os bons esmagamentos nos Estados Unidos ajudam na recuperação. As preocupações em torno da relação comercial entre China e Estados Unidos limitaram a recuperação.

A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa) informou que o esmagamento de soja atingiu 197,863 milhões de bushels em setembro, ante 189,810 milhões no mês anterior. A expectativa do mercado era de 186,340 milhões. Em setembro de 2024, foram 177,320 milhões de bushels.

Na terça-feira (14), o presidente dos EUA, Donald Trump, classificou o boicote da China às importações do grão como ato economicamente hostil, afirmando que pode encerrar parte das relações comerciais com o país.

Ele também citou as importações chinesas de óleo de cozinha, embora analistas avaliem que o impacto seja limitado, já que os embarques deste produto despencaram no último ano.

Contratos futuros da soja

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam estáveis a US$ 10,07 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,24 1/4 por bushel, também sem alteração.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 1,60 ou 0,58%, a US$ 275,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 50,80 centavos de dólar, com ganho de 0,23 centavo ou 0,45%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,14%, sendo negociado a R$ 5,4624 para venda e a R$ 5,4604 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4333 e a máxima de R$ 5,4713.

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Evento na CNA vai debater desafios globais e os impactos nos insumos e custos de produção – MAIS SOJA

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reúne, no dia 29 de outubro, especialistas nacionais e internacionais para discutir como os desafios do atual cenário global impactam os insumos e os custos de produção do setor agropecuário.

O evento “Benchmark Agro – Custos Agropecuários”acontece em Brasília, das 9h às 17h30, no auditório da CNA. Para participar presencialmente, os interessados devem se inscrever no link: https://cnabrasil.org.br/benchmark2025.

A programação inclui palestras sobre custos de grãos, tecnologia e tendências globais da pecuária de corte e leite e um podcast ao vivo sobre a produção de biocombustíveis e como o etanol de milho tem alterado a dinâmica regional da agricultura e pecuária.

Além disso, será lançado um estudo inédito sobre a viabilidade econômica de aquisição ou terceirização de máquinas para a safra de grãos.

A assessora técnica da CNA Larissa Mouro explicou que 17% do Custo Operacional Total da soja no Brasil é referente às operações mecânicas e depreciação de máquinas e implementos.

“Com o aumento expressivo das taxas de juros e, especialmente, dos preços de colheitadeiras, é crucial oferecer ao produtor uma análise econômica da viabilidade de aquisição ou terceirização de máquinas agrícolas para safra de grãos”, disse.

O Benchmark Agro marca o encerramento do Circuito de Resultados do Projeto Campo Futuro 2025, com a apresentação de dados de custos levantados no Brasil e comparativos com os principais competidores do país nomundo.

Confira a programação completa no link: https://cnabrasil.org.br/benchmark2025

Fonte: CNA



 

FONTE

Autor:Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Site: CNA

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