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Maior produção de açúcar na Ásia derruba superávit do agro paulista em 13%

O saldo da balança comercial do agronegócio paulista registrou superávit de US$ 10,45 bilhões nos seis primeiros meses de 2025, valor 13,1% inferior ao verificado no primeiro semestre de 2024, conforme relatório da Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (APTA) em parceria com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA).
As exportações do setor no estado totalizaram US$ 13,36 bilhões de janeiro a junho, queda de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações somaram US$ 2,91 bilhões, aumento de 4,7%.
O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai, ressalta que apesar do superávit, a queda em comparação a 2024 se dá pela maior produção de açúcar na Ásia, que afetou o principal item de exportação do agro paulista.
“Contamos, porém, com uma matriz diversificada de produtos, o que possibilitou a ampliação das vendas externas de café, carnes e sucos. Estamos atentos ao mercado e seguiremos trabalhando para ampliar a competitividade, a diversificação de mercados e a agregação de valor aos nossos produtos, garantindo o crescimento do agronegócio de São Paulo”, comenta.
A participação das exportações do agronegócio no total das exportações do estado de São Paulo foi de 40,5%, enquanto a participação das importações setoriais no total importado pelo estado foi de 6,9%. Em relação ao primeiro semestre de 2024, as participações apresentaram redução de 3 pontos percentuais nas vendas a outros países de 0,8 ponto percentual nas compras.
Exportações por grupos de produtos
Os cinco principais grupos de produtos exportados por São Paulo foram:
- Complexo sucroalcooleiro: responsável por 26% do total — US$ 3,47 bilhões, sendo que o açúcar representou 91,4% e o etanol, 8,6%;
- Setor de carnes: equivalente a 14,2% das vendas externas do setor, totalizando US$ 1,90 bilhão, com a carne bovina respondendo por 83,9%;
- Complexo da soja: participa com 11,4% do total exportado, registrando US$ 1,52 bilhão, sendo 83,5% soja em grãos;
- Produtos florestais: 11,2% do volume exportado, com US$ 1,50 bilhão, com celulose representando 54,1% e papel 36,5%;
- Grupo de sucos: 10,8% de participação, somando US$ 1,45 bilhão, dos quais 97,7% correspondem ao suco de laranja.
Esses cinco grupos representaram, em conjunto, 73,6% dos embarques do agronegócio paulista. O café aparece na sexta posição, com 7,3% de participação na pauta de exportações, com US$ 971,15 milhões, sendo 74,7% café verde e 21,1% de café solúvel.
Segundo os elaboradores do estudo, vale destacar que no período observado as variações de valores apontaram aumentos das vendas para os grupos de café (+52,9%), carnes (+25,9%) e sucos (+19,3%), e queda acentuada nos grupos de complexo sucroalcooleiro (-41,2%), produtos florestais (-3,0%) e complexo soja (-2,9%).
Principais destinos do agro paulista
Os principais destinos do agronegócio paulista são os seguintes:
- China: 23,8% de participação, adquirindo principalmente produtos do complexo soja (34%), carnes (24%), florestais (17%) e açúcar (13%); no período as exportações cresceram 6,1% em relação ao primeiro semestre de 2024;
- União Europeia: tem 14,9% de participação, sendo os principais itens sucos (33%), café (20%) e demais produtos de origem vegetal e florestais (10%); no período as exportações cresceram 11,8% em relação ao primeiro semestre de 2024;
- Estados Unidos: somam 14,3% de participação, comprando sucos (33%), carnes (16%), demais produtos de origem animal (11%) e café (9%); no período as exportações cresceram 27,3% em relação ao primeiro semestre de 2024;
Participação de SP no contexto nacional
As exportações do agronegócio paulista corresponderam a 16,3% do total exportado pelo agronegócio brasileiro no primeiro semestre, posicionando o estado na segunda colocação, atrás apenas de Mato Grosso, que registrou 17,6%.
Em seguida, destacam-se os estados de Minas Gerais (12,0%), Paraná (10,2%), Rio Grande do Sul (7,7%) e Goiás (7,0%). Juntos, esses seis estados foram responsáveis por 71% das exportações do agronegócio brasileiro.
O agronegócio brasileiro registrou exportações no valor de US$ 82,03 bilhões, o que representa uma variação negativa de 0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As importações totalizaram US$ 10,09 bilhões, apresentando um aumento de 6,1%. Com esses resultados, o saldo da balança comercial do agronegócio alcançou um superávit de US$ 71,94 bilhões, valor 1,1% inferior ao registrado anteriormente.
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Arroz cai para a menor média em 14 anos

A média do Indicador do arroz em casca Cepea/Irga-RS (58% de grãos inteiros; pagamento à vista) está no menor patamar real desde setembro/11, ou seja em 14 anos. Isso é o que apontam os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo o instituto, além da dificuldade de acesso ao crédito rural entre os produtores, os valores de compra não têm coberto os custos, o que desanima orizicultores e reforça a tendência de redução da área cultivada.
Entre os compradores, as pressões nos valores do arroz beneficiado no atacado e varejo têm limitado elevações da matéria-prima.
Desde 6 de outubro, com o início da fiscalização da tabela de fretes da ANTT, houve aumento nos custos logísticos, em razão das exigências de seguros e da observância aos valores mínimos de frete, elevando o custo final do produto.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
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Após novas ameaças de Trump à China, preço da soja cai no mercado internacional

Os contratos futuros da soja operam em queda na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira (15), refletindo tanto o avanço da colheita nos Estados Unidos, que amplia a oferta global, quanto a nova escalada nas tensões comerciais entre Washington e Pequim.
O movimento dá continuidade às perdas registradas no pregão anterior e reflete o ceticismo do mercado quanto à retomada das compras chinesas de grãos norte-americanos, após novas declarações do presidente dos EUA, Donald Trump.
Na terça-feira (14), Trump afirmou em sua rede social Truth Social que a China estaria evitando deliberadamente comprar soja dos Estados Unidos, em uma postura que ele classificou como “ato economicamente hostil”. O republicano chegou a sugerir que o comportamento de Pequim poderia levá-lo a “encerrar parte das relações comerciais” com o país asiático.
As declarações ampliaram a aversão ao risco e derrubaram as cotações na CBOT. O contrato para novembro , o mais negociado, operava a US$ 10,04¼ por bushel, recuando 2,25 centavos (0,22%) em relação ao fechamento anterior.
Na sessão de terça-feira (14), a soja já havia fechado em leve baixa. O mercado foi pressionado durante boa parte do dia por fatores fundamentais, como a ampla oferta e o ritmo acelerado da colheita nos EUA , e pela incerteza em torno das negociações comerciais entre os dois países.
Na parte final do pregão, houve redução das perdas, com suporte de compras técnicas e da baixa do dólar, que trouxe algum alívio aos preços.
O contrato novembro encerrou a terça-feira cotado a US$ 10,07¾ por bushel, queda de 1,25 centavo (0,12%). Já a posição janeiro terminou o dia a US$ 10,24¼ por bushel, recuo de 1,00 centavo (0,09%).
Especialistas avaliam que o mercado seguirá sensível ao noticiário político e às declarações vindas de Washington e Pequim nas próximas semanas, especialmente diante das disputas tarifárias e da expectativa de uma eventual reunião entre Trump e Xi Jinping.
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a importância da atuação feminina na agricultura

Neste 15 de outubro, as Nações Unidas celebram o Dia Internacional das Mulheres Rurais, destacando o papel essencial das agricultoras, empreendedoras e trabalhadoras do campo no combate à pobreza, na segurança alimentar e na sustentabilidade global.
Em 2025, o tema definido pela ONU é “A Ascensão das Mulheres Rurais: Construir Futuros Resilientes com Pequim+30”, em referência à agenda internacional que marca 30 anos da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, um marco global na promoção da igualdade de gênero.
A data, instituída pela Assembleia Geral da ONU em 2007, reconhece a contribuição das mulheres rurais, incluindo as indígenas, para o desenvolvimento agrícola e rural, o combate à fome e a erradicação da pobreza.
Segundo o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Ifad), um quarto de todas as trabalhadoras do mundo atua na agricultura. Em países de baixa renda, essa proporção chega a 62%. No entanto, apenas 15% das terras agrícolas pertencem a mulheres, que também enfrentam maior dificuldade de acesso a crédito e tecnologia, fatores que limitam a criação de negócios resilientes e sustentáveis.
As mulheres representam mais de 40% da força de trabalho agrícola nos países em desenvolvimento, variando de 20% na América Latina a mais de 50% em regiões da África e da Ásia. Ainda assim, elas seguem enfrentando desigualdades estruturais, como barreiras ao acesso à educação, saúde, propriedade da terra e participação em decisões políticas e econômicas.
O tema de 2025 busca chamar atenção para essas desigualdades e reforçar o papel das mulheres como fornecedoras de alimentos e protetoras do meio ambiente. A iniciativa também defende sistemas de proteção social mais fortes, inclusão digital e maior presença feminina na liderança rural e na formulação de políticas públicas.
De acordo com o presidente do Ifad, Álvaro Lario, as mulheres e meninas rurais são “agentes de mudança em suas comunidades”, e reconhecer sua contribuição é essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 2 (Fome Zero) e o ODS 5 (Igualdade de Gênero).
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) reforça que, apesar dos avanços, persistem desequilíbrios na insegurança alimentar, na pobreza e na divisão do tempo de trabalho entre homens e mulheres na América Latina e no Caribe. Para as agências da ONU, fortalecer o papel das mulheres rurais é fundamental para reconstruir sistemas alimentares mais justos, sustentáveis e inclusivos.
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