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Leite fortalece economia mato-grossense e emprega mais de 5 mil pessoas

Em 2023, a produção de leite em Mato Grosso ultrapassou 455,8 milhões de litros, o equivalente a 120,64 litros disponíveis por habitante. Por trás dessa quantidade, está uma ampla estrutura que envolve geração de empregos, movimentação industrial e produção de derivados que fazem parte da rotina alimentar dos mato-grossenses.
Segundo dados da RAIS-MTE, a atividade emprega formalmente 2.160 trabalhadores na criação de bovinos para leite. Considerando os impactos indiretos e induzidos, estimados a partir da Matriz Insumo-Produto da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), este número pode chegar a 5.620 postos de trabalho relacionados à cadeia leiteira. Tal número pode ser ainda maior devido à informalidade nas pequenas propriedades rurais.
Atualmente, Mato Grosso conta com 36 empresas instaladas em 33 municípios, entre laticínios, postos de refrigeração e unidades de beneficiamento.
Essa rede industrial, conforme a Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (MT Leite), enfrenta desafios como a oscilação de preços e os impactos climáticos. Em junho, o valor pago ao produtor pelo litro de leite foi de R$ 2,36, reflexo da queda na oferta e da maior competição entre as indústrias. O Índice de Captação de Leite (ICAP-L) caiu para 47,82%, sinalizando retração no comparativo com meses anteriores.
Para o presidente da MT Leite, Antônio Carlos Carvalho de Sousa, o setor é essencial para o estado e para o país. “A diversidade do leite é impressionante. Um só ingrediente vira muitos produtos que estão diariamente na nossa mesa”, destaca. Ele também reforça o papel da MT Leite na defesa dos interesses do setor e na promoção de ações voltadas ao desenvolvimento sustentável e à competitividade.
A pesquisa “Quem produz o leite brasileiro 2024” mostra que os queijos são os principais derivados fabricados no país (70,8%), seguidos pelo leite fluido (33,9%) e bebidas lácteas como shakes e achocolatados (26,2%). Essa variedade evidencia o potencial de inovação e adaptação do setor frente às novas demandas de consumo.
Apesar de ainda não estar entre os maiores produtores de industrializados, Mato Grosso tem espaço para crescer, destaca a MT Leite. Em 2024, o Brasil importou US$ 90,8 milhões em produtos lácteos e exportou apenas US$ 6,34 milhões, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
“Fortalecer a cadeia do leite em Mato Grosso é investir não apenas na geração de renda e empregos, mas também na segurança alimentar e na valorização da produção local”, concluiu Antônio Carlos.
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Congresso de Agronomia: produtividade com sustentabilidade

A engenharia agrônoma e toda a cadeira produtiva do agro brasileiro volta o foco para Maceió, Alagoas, a partir deste dia 14 de outubro, para difundir conhecimento, inovação e experiências que pretendem moldar o futuro da agronomia no Brasil. Em sua trigésima quarta edição, o Congresso Brasileiro de Agronomia – CBA 2025 – tem como tema Produtividade com Sustentabilidade.
Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), através da Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra) realiza o evento com 6 salas temáticas simultâneas, mais de 65 palestras e painéis, mais de 300 trabalhos científicos apresentados, 130 palestrantes especialistas entre eles, Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e embaixador da FAO para o cooperativismo, falando sobre o tema: O Engenheiro Agrônomo do Futuro, e Aldo Rebelo, ex-ministro, que falará sobre “A Importância do Engenheiro Agrônomo para a Segurança Alimentar”.
Entre os temas também figuram os debates, trabalhos e exposições do evento a nanotecnologia e robótica para agricultura sustentável, startups e inovação no campo, agronomia como protagonista da transição energética, políticas públicas, e muito mais.
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Aprosoja-MT pede revisão na MP que renegocia dívidas rurais

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) cobrou do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a revisão dos critérios de acesso ao crédito rural previstos na Medida Provisória nº 1.314/2025, que renegocia dívidas rurais.
A entidade enviou ofício à pasta defendendo que os bancos possam avaliar individualmente os pedidos de produtores, com base em comprovação técnica de perdas, sem restrições territoriais impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Critérios territoriais e impacto no campo
Publicada em setembro, a MP 1.314/2025 criou linhas de crédito com juros subsidiados entre 2% e 6% ao ano para produtores que tiveram perdas em duas ou mais safras entre 2020 e 2025 por causa de eventos climáticos extremos. As regras do CMN, no entanto, limitam o acesso aos produtores localizados em municípios listados pelo Ministério da Agricultura, de acordo com percentuais médios de perdas apurados pelo IBGE.
Para a Aprosoja-MT, o critério desconsidera casos de perdas comprovadas fora desses recortes estatísticos. A entidade afirma que a medida acaba excluindo agricultores que enfrentaram seca, excesso de chuva e queda nos preços da soja e do milho, comprometendo a viabilidade econômica das propriedades.
“Produtores com laudos técnicos e comprovação de prejuízos deveriam ter o mesmo direito ao crédito equalizado. O objetivo é garantir fôlego financeiro para continuar produzindo”, afirmou Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.
Endividamento e burocracia
Dados do Banco Central mostram que cerca de 15% da carteira de crédito rural de Mato Grosso, o equivalente a R$ 14 bilhões, está em atraso ou renegociação. Segundo a Aprosoja, o cenário reforça a necessidade de juros acessíveis e prazos adequados, conforme previsto na MP.
Bertuol também destacou a burocracia e as exigências excessivas como entraves ao crédito rural. “A demora nos processos, a falta de recursos e as altas garantias exigidas impedem o acesso às linhas emergenciais. Em muitos casos, bastaria o alongamento das dívidas com carência e prazos adequados para evitar a falência de produtores”, afirmou.
Pedido de revisão
A entidade solicita que o Mapa reavalie as normas complementares e autorize expressamente as instituições financeiras a realizarem a análise individualizada dos pedidos de crédito, conforme a comprovação técnica das perdas. Para a Aprosoja-MT, o foco da MP deve permanecer em atender produtores em situação de vulnerabilidade, independentemente da localização geográfica.
Caso os critérios não sejam revistos, produtores afetados por secas, chuvas intensas e incêndios podem ser obrigados a renegociar suas dívidas em linhas de mercado, com juros superiores a 16% ao ano, o que, segundo a entidade, aumentaria o risco de insolvência no campo.
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Agricultura regenerativa cresce no Cerrado e melhora resultados nas lavouras

O Cerrado brasileiro passa a ganhar protagonismo na agricultura regenerativa. O projeto Regenera Cerrado, iniciativa do Fórum do Futuro em parceria com universidades e empresas, concluiu a primeira fase em setembro, abrangendo mais de 8 mil hectares de fazendas no sudoeste de Goiás.
Durante essa etapa, foram validadas práticas que diminuíram o uso de insumos químicos, como fertilizantes (-20%), fungicidas (-30%) e inseticidas (-50%), ao mesmo tempo em que aumentaram o uso de bioinsumos e técnicas de controle biológico, mantendo a produtividade das culturas de soja e milho.
O projeto também monitorou serviços ecossistêmicos, como a preservação de polinizadores, mostrando aumento de produtividade próximo a áreas de mata nativa, e melhorias na estruturação do solo e na mitigação de gases de efeito estufa.
Agora, a segunda fase do Regenera Cerrado, iniciada em outubro, ampliará o estudo para cinco pilares: saúde do solo e da água, práticas agrícolas regenerativas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos seguros e sustentáveis e fortalecimento do mercado regenerativo.
O objetivo é coletar dados integrados sobre solo, biodiversidade, polinização, carbono, fitossanidade e qualidade dos grãos, consolidando evidências para ampliar a adoção de práticas regenerativas em todo o país.
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