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Possível retorno do La Niña? Veja como fica o tempo no Brasil até agosto

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Um relatório divulgado na quarta-feira (10) pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) apontou a possibilidade de retorno do fenômeno La Niña ainda este ano. A análise, destacada pela Rural Clima e repercutida pela consultoria Safras & Mercado, reacende o alerta para impactos do tempo no início da próxima safra de soja brasileira. Afinal, o fenômeno chega às lavouras ou não?

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Inverno seco

O meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural, projeta um inverno mais seco e quente no Brasil, sobretudo nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. A tendência para julho e agosto é de pouca chuva e temperaturas mais elevadas.

Segundo Müller, a boa notícia é que as chuvas devem retornar a partir de setembro, com volumes acima da média nas principais regiões produtoras de soja. “O inverno será seco e quente, mas a chuva volta no momento certo para quem vai plantar soja”, afirma.

A dúvida que permanece é se o Pacífico continuará em neutralidade ou se o La Niña será oficialmente configurado. As próximas atualizações climáticas devem ser decisivas para a definição do cenário da safra brasileira.

Como fica o tempo no plantio da soja?

O agrometeorologista Marco Antonio dos Santos explica que, embora o fenômeno possa marcar o início do plantio, a tendência é de retorno à neutralidade a partir da primavera. “As condições indicam que a safra brasileira poderia iniciar sob efeito do La Niña, mas que, a partir da primavera, o clima voltaria para uma neutralidade”, afirma.

Segundo ele, o principal risco está na Região Sul, que pode enfrentar chuvas mais irregulares em dezembro. “Não se descarta que, entre novembro e fevereiro, áreas do Rio Grande do Sul apresentem alguns períodos de estiagem, com duração entre 20 a 30 dias”, comenta. No entanto, Santos ressalta que ainda é preciso aguardar novas rodadas de dados para confirmar se haverá uma queda consistente de temperatura no Pacífico, o que caracterizaria oficialmente o retorno do fenômeno.

Mesmo sem uma confirmação oficial de La Niña na safra passada, o especialista lembra que a atmosfera respondeu como se o fenômeno estivesse ativo. Isso provocou estiagens em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Previsão do tempo para os próximos dias

Para o curto prazo, Santos prevê tempo aberto em grande parte do país até domingo (14), com exceção do extremo norte da Região Norte e do litoral do Nordeste, onde podem ocorrer chuvas isoladas.

A partir de domingo, pancadas ocasionais de chuva devem atingir o Rio Grande do Sul e partes de Minas Gerais. Já entre os dias 16 e 17, está previsto o retorno das chuvas em maior volume ao território gaúcho, embora o tempo deva firmar novamente a partir do dia 18.

Com o predomínio das massas de ar polar, o meteorologista projeta um mês de julho marcado por dias de grande amplitude térmica, com manhãs frias e temperaturas mais elevadas ao longo do dia.

Chuvas nos Estados Unidos favorecem lavouras

Nos Estados Unidos, o cenário segue monitorado. As chuvas continuam no Texas, o que mantém as preocupações com alagamentos. Já para o Meio-Oeste norte-americano, onde se concentram grandes áreas de cultivo de milho e soja, as previsões apontam chuvas dentro da média nos próximos 15 dias, o que deve favorecer o desenvolvimento das lavouras.

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Congresso de Agronomia: produtividade com sustentabilidade

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A engenharia agrônoma e toda a cadeira produtiva do agro brasileiro volta o foco para Maceió, Alagoas, a partir deste dia 14 de outubro, para difundir conhecimento, inovação e experiências que pretendem moldar o futuro da agronomia no Brasil. Em sua trigésima quarta edição, o Congresso Brasileiro de Agronomia – CBA 2025 – tem como tema Produtividade com Sustentabilidade.

Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), através da Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra) realiza o evento com 6 salas temáticas simultâneas, mais de 65 palestras e painéis, mais de 300 trabalhos científicos apresentados, 130 palestrantes especialistas entre eles, Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e embaixador da FAO para o cooperativismo, falando sobre o tema: O Engenheiro Agrônomo do Futuro, e Aldo Rebelo, ex-ministro, que falará sobre “A Importância do Engenheiro Agrônomo para a Segurança Alimentar”.

Entre os temas também figuram os debates, trabalhos e exposições do evento a nanotecnologia e robótica para agricultura sustentável, startups e inovação no campo, agronomia como protagonista da transição energética, políticas públicas, e muito mais.  

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Aprosoja-MT pede revisão na MP que renegocia dívidas rurais

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A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) cobrou do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a revisão dos critérios de acesso ao crédito rural previstos na Medida Provisória nº 1.314/2025, que renegocia dívidas rurais.

A entidade enviou ofício à pasta defendendo que os bancos possam avaliar individualmente os pedidos de produtores, com base em comprovação técnica de perdas, sem restrições territoriais impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Critérios territoriais e impacto no campo

Publicada em setembro, a MP 1.314/2025 criou linhas de crédito com juros subsidiados entre 2% e 6% ao ano para produtores que tiveram perdas em duas ou mais safras entre 2020 e 2025 por causa de eventos climáticos extremos. As regras do CMN, no entanto, limitam o acesso aos produtores localizados em municípios listados pelo Ministério da Agricultura, de acordo com percentuais médios de perdas apurados pelo IBGE.

Para a Aprosoja-MT, o critério desconsidera casos de perdas comprovadas fora desses recortes estatísticos. A entidade afirma que a medida acaba excluindo agricultores que enfrentaram seca, excesso de chuva e queda nos preços da soja e do milho, comprometendo a viabilidade econômica das propriedades.

“Produtores com laudos técnicos e comprovação de prejuízos deveriam ter o mesmo direito ao crédito equalizado. O objetivo é garantir fôlego financeiro para continuar produzindo”, afirmou Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.

Endividamento e burocracia

Dados do Banco Central mostram que cerca de 15% da carteira de crédito rural de Mato Grosso, o equivalente a R$ 14 bilhões, está em atraso ou renegociação. Segundo a Aprosoja, o cenário reforça a necessidade de juros acessíveis e prazos adequados, conforme previsto na MP.

Bertuol também destacou a burocracia e as exigências excessivas como entraves ao crédito rural. “A demora nos processos, a falta de recursos e as altas garantias exigidas impedem o acesso às linhas emergenciais. Em muitos casos, bastaria o alongamento das dívidas com carência e prazos adequados para evitar a falência de produtores”, afirmou.

Pedido de revisão

A entidade solicita que o Mapa reavalie as normas complementares e autorize expressamente as instituições financeiras a realizarem a análise individualizada dos pedidos de crédito, conforme a comprovação técnica das perdas. Para a Aprosoja-MT, o foco da MP deve permanecer em atender produtores em situação de vulnerabilidade, independentemente da localização geográfica.

Caso os critérios não sejam revistos, produtores afetados por secas, chuvas intensas e incêndios podem ser obrigados a renegociar suas dívidas em linhas de mercado, com juros superiores a 16% ao ano, o que, segundo a entidade, aumentaria o risco de insolvência no campo.

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Agricultura regenerativa cresce no Cerrado e melhora resultados nas lavouras

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O Cerrado brasileiro passa a ganhar protagonismo na agricultura regenerativa. O projeto Regenera Cerrado, iniciativa do Fórum do Futuro em parceria com universidades e empresas, concluiu a primeira fase em setembro, abrangendo mais de 8 mil hectares de fazendas no sudoeste de Goiás.

Durante essa etapa, foram validadas práticas que diminuíram o uso de insumos químicos, como fertilizantes (-20%), fungicidas (-30%) e inseticidas (-50%), ao mesmo tempo em que aumentaram o uso de bioinsumos e técnicas de controle biológico, mantendo a produtividade das culturas de soja e milho.

O projeto também monitorou serviços ecossistêmicos, como a preservação de polinizadores, mostrando aumento de produtividade próximo a áreas de mata nativa, e melhorias na estruturação do solo e na mitigação de gases de efeito estufa.

Agora, a segunda fase do Regenera Cerrado, iniciada em outubro, ampliará o estudo para cinco pilares: saúde do solo e da água, práticas agrícolas regenerativas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos seguros e sustentáveis e fortalecimento do mercado regenerativo.

O objetivo é coletar dados integrados sobre solo, biodiversidade, polinização, carbono, fitossanidade e qualidade dos grãos, consolidando evidências para ampliar a adoção de práticas regenerativas em todo o país.

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