Sustentabilidade
Soja/RS: Semeadura avançou de forma consistente em todo o Estado – MAIS SOJA

A semeadura da soja avançou de forma consistente em todo o Estado, favorecida por condições de umidade adequadas no solo e pela liberação gradual das áreas anteriormente ocupadas por culturas de inverno.
A predominância de condições meteorológicas estáveis beneficiou a aceleração das operações, ainda que episódios isolados de instabilidade tenham ocasionado interrupções pontuais. A área implantada avançou de 28% para 43% do total projetado, mas ainda abaixo da média dos últimos cinco anos. Neste mesmo período de 2024, o índice alcançava aproximadamente 50%.
A emergência das lavouras está, em geral, uniforme, com bom estande de plantas e desenvolvimento inicial compatível ao estágio fenológico.
A limitação de crédito e as restrições financeiras ocorridas recentemente em algumas regiões atrasaram a definição de áreas efetivamente cultivadas. Arrendadores e arrendatários negociam ajustes nos valores de arrendamento diante da expectativa de menor retorno por unidade de área na safra atual.
As técnicas de manejo pré-emergente e dessecação sequencial vêm sendo amplamente adotadas para o controle de plantas daninhas de difícil manejo, em especial em áreas que permaneceram em pousio durante o inverno.
Para a Safra 2025/2026, no Rio Grande do Sul, a projeção da Emater/RS-Ascar indica o cultivo de 6.742.236 hectares e produtividade média de 3.180 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a semeadura avançou, impulsionada pela conclusão das colheitas de trigo, aveia e canola, que liberaram áreas. Em São Borja, cerca de 10 mil hectares foram implantados, e a expectativa total é de 105 mil hectares. Os produtores que mantiveram áreas em pousio enfrentam forte infestação de buva, o que tem exigido a aplicação sequencial de misturas de herbicidas para controle. Em Manoel Viana, o plantio alcança 20 mil hectares dos 58 mil previstos. Persistem incertezas quanto à área final devido a dificuldades financeiras, que impactam o cumprimento de contratos de arrendamento. Em São Gabriel, projeta-se redução superior a 10 mil hectares; renegociação de valores estão em andamento para manter agricultores nas áreas. Na Campanha, a retomada das chuvas favoreceu a germinação rápida das áreas implantadas e permitiu a continuidade dos trabalhos em solos mais leves. As áreas semeadas no final de outubro em condição de umidade abaixo da ideal apresentam falhas pontuais, mas os estandes finais são suficientes para a condução da lavoura.

Na de Caxias do Sul, as condições edáficas e a insolação favoreceram o avanço da semeadura. As primeiras áreas implantadas apresentam germinação uniforme e adequado estabelecimento inicial, sem registro de anomalias. O cronograma regional segue dentro da normalidade.
Na de Erechim, a semeadura atinge aproximadamente 60% da área prevista. As lavouras implantadas apresentam boa germinação e emergência, sem problemas fitossanitários iniciais.
Na de Ijuí, a semeadura avançou rapidamente entre 11 e 16/11, alcançando 52% da área. Embora a umidade do solo estivesse ligeiramente acima do ideal no início do período, a emergência ocorreu de forma uniforme, com plântulas vigorosas e sem mortalidade. O desenvolvimento vegetativo está acelerado, com entrenós mais longos e folhas bem expandidas. As condições fitossanitárias estão normais.

Na de Frederico Westphalen, o atraso na colheita das culturas de inverno limitou o avanço do plantio de soja, que chega a apenas 27% até o momento. Em função da melhoria das condições de umidade, espera-se aceleração da semeadura nos próximos dias. As lavouras emergidas apresentam estande e desenvolvimento inicial satisfatórios.
Na de Passo Fundo, cerca de 50% da área está implantada; as lavouras estão em fase de germinação. As condições de temperatura e umidade estão favoráveis tanto à emergência quanto ao estabelecimento inicial. Não há registros relevantes de problemas sanitários ou falhas de estande.
Na de Pelotas, a semeadura ocorreu de forma intensa e homogênea; 42% da área foi implantada. As chuvas do dia 17/11, entre 3 e 32 mm, elevaram a umidade do solo, permitindo a continuidade das operações em todos os municípios. As lavouras se encontram integralmente em fase vegetativa, com desenvolvimento compatível ao período e sem anormalidades.
Na de Santa Maria, o plantio alcança 40% da área estimada. As lavouras emergidas apresentam população adequada de plantas e desenvolvimento inicial uniforme. As condições de solo e clima estão favoráveis à continuidade do plantio.
Na de Santa Rosa, houve forte intensificação das operações de semeadura, alcançando 36%. As lavouras emergidas apresentam plantas de baixa estatura e folhas reduzidas, características esperadas para o estágio inicial. Até o momento, não há registros de danos, pragas ou doenças, indicando bom quadro fitossanitário.
Na de Soledade, ritmo intenso de semeadura. O plantio aproxima-se de 50% da área, sendo mais avançado no Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra, onde atinge cerca de 65%. As lavouras implantadas apresentam germinação uniforme, bem como estande e estabelecimento inicial adequados.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,97%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 124,04 para R$ 125,24.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1894 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS

Autor:Informativo Conjuntural 1894
Site: Emater RS
Sustentabilidade
Entidades comemoram retirada de tarifas pelos EUA e esperam novos avanços nas negociações – MAIS SOJA

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou comunicado sobre a remoção das tarifas ao Brasil pelos Estados Unidos. A entidade destacou o avanço na renovação da agenda bilateral, lembrou de seu papel nas negociações e mostrou sua expectativa em relação à evolução dos termos para a entradas de bens da indústria.
Confira o texto na íntegra:
“A decisão do governo americano de remover a tarifa de 40% a 238 produtos agrícolas brasileiros é avanço concreto na renovação da agenda bilateral e condiz com papel do Brasil como grande parceiro comercial dos Estados Unidos, avalia o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban.
Vemos com grande otimismo a ampliação das exceções e acreditamos que a medida restaura parte do papel que o Brasil sempre teve como um dos grandes fornecedores do mercado americano, afirmou Alban. Ele lembrou que o setor privado tem atuado de forma consistente para contribuir com o avanço nas negociações envolvendo o tarifaço. Em setembro, a CNI liderou missão a Washington com 130 empresários brasileiros.
Entre os produtos beneficiados pela atualização da lista de produtos isentos à sobretaxa de 40% aplicada ao Brasil desde agosto estão a carne bovina, café e cacau, insumos comuns da cesta de consumo da população americana. A nova medida volta a tornar os nossos produtos competitivos, uma vez que a remoção das tarifas recíprocas, de 10%, na última semana, havia deixado nossos produtores em condições menos vantajosas, complementou o presidente da CNI.
Para Alban, este é um resultado animador para novas etapas da negociação com o governo americano e a expectativa agora é avançar nos termos sobre bens industriais. A complementariedade das economias é real e agora precisamos evoluir nos termos para a entradas de bens da indústria, para a qual os EUA são nosso principal mercado, como para o setor de máquinas e equipamentos, por exemplo, relembra.
Desde o início da aplicação das tarifas por parte dos Estados Unidos, a CNI tem mobilizado o setor e contrapartes americanas para abrir caminhos de diálogo que facilitassem a interlocução entre as autoridades dos dois países.”
Amcham ressalta que 55% dos produtos exportados seguem sob tarifaço
O presidente da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), Abrão Neto, disse que a medida anunciada pelo governo americano beneficia 10% das exportações brasileiras para os Estados Unidos, um pouco mais de US$ 4 bilhões por ano. Ele considera a medida ‘muito positiva’ por conta da relevância dos produtos beneficiados, como o café, mas ressaltou que 55% dos produtos exportados seguem sob o tarifaço, mostrando expectativa de novos avanços nas negociações.
“Olhando o conjunto, o panorama atual das exportações brasileiras, temos 45% isentos de sobretaxas, esse número incrementou consideravelmente por conta da decisão de ontem e, por consequência, 55% que têm, ainda, algum tipo de sobretaxa de até 50% e segue na expectativa de melhora das condições de acesso ao mercado americano”, disse ele, em entrevista à Globonews, na manhã desta sexta-feira.
O presidente da Amcham disse mais de US$ 20 bilhões em exportações do Brasil ainda seguem com tarifas.
“Para os demais produtos, o caminho é a continuidade das negociações entre os dois governos”, disse o presidente da Amcham.
Ele lembrou que sobretudo produtos industriais brasileiros seguem sujeitos às sobretaxas, como máquinas e equipamentos, móveis, produtos derivados de madeira, além de medidas específicas para os setores de aço e alumínio, agroindústria, pescados, entre outros. “Todos os setores têm uma necessidade e interesse no mercado americano e em buscar melhores condições para acessar esse mercado”, disse, sem mencionar prioridades para essas negociações.
O presidente da Amcham disse que a entidade e o setor empresarial brasileiro têm buscado contribuir com as negociações entre os dois governos e que espera que esse ímpeto seja mantido.
Ele avalia que podem entrar nas negociações temas importantes para o EUA como minerais críticos e terras raras, o tratamento dado pelo Brasil às empresas de tecnologia, tempo de aprovação de patentes e acesso a alguns mercados específicos.
Fonte: Cynara Escobar – Safras News
Sustentabilidade
Consumidores ampliam interesse de compra e preços do milho seguem firmes no Brasil – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de milho registrou preços de estáveis a mais altos na semana. De acordo com a Safras Consultoria, os produtores seguem avançando na fixação de oferta, mas de maneira discreta, tentando cotações mais fortes. Já os consumidores estão buscando lotes de forma mais intensa, como em São Paulo, para atender as necessidades mais urgentes de demanda. Em outras regiões, porém, a procura se mostra mais calma nesse momento.
Analistas de Safras & Mercado sinalizam que o mercado segue atento as seguintes variáveis: movimento dos futuros do milho, volatilidade cambial e paridade de exportação.
No mercado interno, as atenções também se voltam para a evolução do clima e das lavouras no país. No cenário externo, as novas vendas semanais dos Estados Unidos é um fator a ser observado no curto prazo. Ainda nos EUA, dados de emprego e de indicadores econômicos também são esperados, o que podem trazer maior volatilidade para o dólar.
Preços internos
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 65,27 no dia 19 de novembro, alta de 0,82% frente aos R$ 64,74 registrados na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 62,00, estável frente ao final da última semana.
Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 71,00, avanço de 1,43% frente aos R$ 70,00 praticados na última semana. Na região da Mogiana paulista, a saca do cereal subiu 2,99%, de R$ 67,00 para R$ 69,00.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a saca foi cotada a R$ 62,00, inalterada ante a semana passada. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço ficou em R$ 71,00, sem mudanças frente à semana anterior.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda para a saca subiu 1,65%, de R$ 64,00 para R$ 65,00 ao longo da semana. Já em Rio Verde, Goiás, a saca foi cotada em R$ 60,00, sem mudanças frente ao valor praticado na última semana.
Exportações
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 585,968 milhões em novembro até o momento (10 dias úteis), com média diária de US$ 58,596 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 2,676 milhões de toneladas, com média de 267,624 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 219,00.
Em relação a novembro de 2024, houve alta de 13,4% no valor médio diário da exportação, ganho de 7,6% na quantidade média diária exportada e valorização de 5,4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Arno Baasch / Safras News
Sustentabilidade
Clima seco no Matopiba reduz estimativa de produção de soja no Brasil – MAIS SOJA

A produção brasileira de soja em 2025/26 deverá totalizar 178,76 milhões de toneladas, com elevação de 4% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 171,84 milhões de toneladas. A estimativa é de Safras & Mercado. Em 5 de setembro, data da estimativa anterior, a projeção era de 180,92 milhões de toneladas.
Safras indica aumento de 1,4% na área, estimada em 48,31 milhões de hectares. Em 2024/25, o plantio ocupou 47,64 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.625 quilos por hectare para 3.719 quilos.
Grande parte dos ajustes ocorre com maior concentração no Centro-Norte do país (MATOPIBA), devido às chuvas irregulares, atraso do plantio em relação a anos anteriores e, na média, perspectiva de menor potencial produtivo. “Em conjunto com fatores como replantio, isso não significa uma safra perdida, apenas um potencial menor em algumas regiões desses estados”, aponta o analista de Safras, Rafael Silveira.
No Tocantins, o potencial produtivo foi reduzido de 3.800 kg/ha para 3.660 kg/ha, ou seja, de 63,3 sacas para 61 sacas por hectare, com a produção esperada em torno de 5,7 milhões de toneladas. Houve também redução de produtividade no Maranhão, Bahia e demais estados do Norte.
No Paraná, um dos principais estados produtores de soja do país, adversidades climáticas recentes afetaram algumas áreas de soja, com geadas e tornados, levando a ajustes na produção, cuja expectativa é de aproximadamente 21,7 milhões de toneladas – número maior que a safra passada, mas ainda abaixo do potencial primário anterior.
“De maneira geral, espera-se uma safra recorde em 2026, com boas produtividades e produção estimada em torno de 178,7 milhões de toneladas, contra 180,9 milhões da estimativa de setembro. Trata-se de um ajuste relativamente pequeno, mantendo uma produção muito robusta”, completa Silveira.
Oferta e Demanda
As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 109 milhões de toneladas em 2026, contra 107 milhões em 2025, com uma elevação de 2%. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado.
Safras projetou esmagamento de 59,5 milhões de toneladas em 2026. Para 2025 o número é de 58,5 milhões de toneladas em 2025. A consultoria não aponta importação em 2026. Para 2025, o volume importado está previsto em 800 mil toneladas.
Em relação à temporada 2026, a oferta total de soja deverá subir 6%, passando para 184,29 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por Safras em 171,4 milhões de toneladas, aumentando 2% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão se elevar em 133%, passando de 5,52 milhões para 12,89 milhões de toneladas.
“As exportações brasileiras de grãos foram ajustadas para baixo, de 111 para 109 milhões de toneladas, considerando que a China pode atuar de forma mais ativa na safra americana. O ponto central é que, se a exportação brasileira não alcançar volumes recordes ou ligeiramente acima de 2025, os estoques brasileiros podem ficar extremamente elevados”, aponta o analista.
Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News
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