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Comissão de Indústria, Comercio e Turismo da ALMT visita pontos turísticos de Campo Novo do Parecis

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso, por meio do presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo, deputado Chico Guarnieri (PRD), esteve na última sexta-feira (18) no município de Campo Novo do Parecis para conhecer o projeto “Caminho das Nascentes”.
Na oportunidade, foram vistoriados e documentados os potenciais turísticos e econômicos da região, com foco no ecoturismo, no turismo cultural e no turismo indígena como eixos estratégicos para o desenvolvimento local.
Entre os locais visitados, estão a aldeia indígena Wazare, a cachoeira Salto da Mulher, o balneário Chapada Azul, as Quatro Cachoeiras e o balneário Rio Verde. Na avaliação de Chico Guarnieri, o município de Campo Novo do Parecis precisa de mais investimentos no setor turístico.
“Estamos aqui para visitar, compreender as necessidades da região e discutir o orçamento junto governo do estado. Nós queremos deixar incluído no orçamento que será aprovado pela Assembleia Legislativa as necessidades de Campo Novo do Parecis e de toda essa região, que tem ajudado muito o nosso estado”, afirmou o deputado.
O município de Campo Novo do Parecis está localizado no médio-norte mato-grossense, na região do Chapadão do Parecis, e possui extensão territorial de 9.434,360 Km².
“Campo Novo do Parecis não poderia ficar de fora. O município é referência nacional na produção agrícola, tem um potencial muito grande e precisa de investimentos em infraestrutura por parte do estado para acompanhar a evolução que tem o município. Sabemos que Campo Novo representa muito para Mato Grosso e para o Brasil e nós vamos levar para o governo do estado e para a Assembleia Legislativa as reais demandas da região”, disse Guarnieri.
Foto: Helder Faria
Entre os principais atrativos turísticos do município, estão os balneários do Hawaii e do Rio Verde, além das cachoeiras Salto Utiariti, Salto da Mulher e Salto Belo.
“Mato Grosso precisa dar esse respaldo a Campo Novo do Parecis, porque é um município que vai crescer muito ainda, principalmente com o potencial turístico, gerando emprego e renda. Por isso, precisamos investir em infraestrutura que facilite o acesso aos pontos de visitação”, apontou o parlamentar.
O prefeito de Campo Novo do Parecis, Edilson Piaia, cobrou a destinação de recursos para o munícipio para execução de obras e melhorias à população.
“A visita do deputado Chico Guarnieri aos prontos turísticos do município foi muito importante. Ele conheceu de perto os problemas e as necessidades da região. Temos um potencial muito grande na questão do turismo e precisamos, cada vez mais, fomentar este setor. Há diversas demandas que precisam ser levadas para a Assembleia Legislativa, referentes a vários setores, a saúde e infraestrutura e a pavimentação de ruas e estradas”, revelou o prefeito.
Desmembrado do município de Diamantino, por meio Lei nº. 5.315, de 4 de julho de 1988, Campo Novo do Parecis possui atualmente 46 mil habitantes. A economia local é baseada na agropecuária, seguida pelos setores de serviços, indústria e turismo.
“Possuímos muitos atrativos turísticos em Campo Novo, muitos lugares bonitos para serem conhecidos, explorados e divulgados. Estamos melhorando a divulgação dos principais locais, mas a demanda ainda é grande e necessita de mais investimentos, principalmente em infraestrutura. O acesso por veículos, por exemplo, ainda é um pouco precário. Em época de chuva, a estrada fica muito ruim e a solução seria o asfalto para a população”, cobrou o empresário do ramo turístico, Anderson Zílio.
Foto: Helder Faria
O coordenador de turismo da aldeia Salto Belo, Cleiton Terena, também aproveitou a visita do deputado Chico Guarnieri para pedir melhorias na segurança dos pontos turísticos do município.
“Primeiramente, a gente preza muito pela segurança. O turista tem que chegar aqui, fazer o passeio e sentir essa energia, que é diferente, mas tem que ter a segurança necessária, fazer todo o passeio e voltar para casa em segurança. O primeiro passo é a logística, a estrada, desde onde o turista sai, até o momento que ele chega aqui, com placas educativas e mostrando todo tipo de informação sobre o local”, cobrou.
Além da segurança, Terena reforçou a instalação de um ponto de apoio para os turistas. “Vários locais necessitam de melhorias estruturais, como as cabeceiras das cachoeiras, que precisam de mais condições para que os turistas possam ter segurança, porque o local é um precipício. Outro detalhe é o problema com as estradas. Na seca, tem muita poeira; e no período de chuva, ficam intransitáveis”, afirmou.
Após vistoriar diversos atrativos da região e ouvir a classe empresarial turística, a equipe técnica da comissão vai elaborar um documento e encaminhar ao governo do estado pedindo providências para resolução das demandas apontadas.
Agro Mato Grosso
Setor de soja tem como desafio aumentar a produção com maior proteção ambiental

Especialistas acreditam que produtores conseguirão superar produtividade de 300 sacas por hectare
A produção global de soja precisará crescer nas próximas décadas para abastecer a cadeia de proteínas animais e garantir a segurança alimentar da população. Para isso, os produtores têm dois caminhos, aumentar a área plantada ou a produtividade por hectare. Mas isso precisa ser feito aumentando também a proteção ambiental, na avaliação de Tuneo Sediyama, professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e melhorista de plantas da Soygene.
“Não tenho dúvidas de que nós vamos conseguir superar a produtividade de 300 sacas por hectare, com mudanças que vão acontecer nos próximos anos”, afirmou Sediyama, considerado um dos principais nomes da pesquisa de melhoramento de soja.
A produtividade média atualmente é de 60,5 sacas por hectare. Ele citou como mudanças que vão acontecer no mercado de soja a adoção de manejo mais adequado com práticas de agricultura regenerativa, adoção de fertilizantes alternativos e de menor custo, uso de produtos biorreguladores mais eficientes, desenvolvimento de variedades mais tolerantes a adversidades climáticas, resistentes a pragas e doenças, com melhores níveis de fotossíntese e menos uso de fertilizantes, entre outras mudanças.
O engenheiro-agrônomo Romeu Afonso de Souza Kiihl, considerado o “pai da soja tropical”, responsável por desenvolver mais de 150 variedades de soja em 60 anos dedicados à área, disse ver um futuro muito interessante para o melhoramento genético da soja.
“Tem muita coisa para se fazer em soja. A quantidade de genes disponíveis nos bancos de germoplasma é gigantesca. Se tiver gente trabalhando, vamos fazer grandes progressos, porque as ferramentas disponíveis hoje são poderosas. Onde uns veem desafios eu vejo oportunidades”, afirmou Kiihl.
Kiihl citou como um dos desafios que podem ser resolvidos em breve é a questão da queda do teor de proteína da soja à medida que a planta cresce em produtividade.
Rodolfo Rossi, presidente da Associação da Cadeia da Soja Argentina (ACSoja), disse que na Argentina não há tantos questionamentos sobre desmatamento como no Brasil e, por isso, o país vê oportunidades para expandir a área plantada com soja e também de melhorar a produtividade com o desenvolvimento de novas variedades.
Em relação aos desafios do setor, Rossi cita a carga tributária alta e o desrespeito à propriedade intelectual, com grande volume de uso de sementes pirateadas.
“Por causa dos problemas com a propriedade intelectual, temos visto uma queda dos investimentos em melhoramento genético pelas empresas. O número de lançamentos também diminuiu. Falta uma política pública que promova a produção de forma mais sustentável”, disse Rossi.
Gerardo Bartolomé, presidente do Grupo Don Mario (GDM), considerou que o futuro do melhoramento da soja passa pela adoção de novas tecnologias, como uso de inteligência artificial, edição gênica, ciência de dados.
Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, defendeu avanços na agricultura de baixo carbono. “Em 50 anos, o Brasil cresceu a área plantada em 140% e a produção de grãos em 580%. Nossa agricultura já é sustentável, temos agora que avançar na agricultura de baixo carbono”, disse.
Os executivos participaram da cerimônia de abertura do X Congresso Brasileiro da Soja 2025, realizado pela Embrapa Soja, em Campinas (SP) entre os dias 21 e 24 de julho.
*A Embrapa forneceu a hospedagem
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Brasil conseguirá salvar a soja do tarifaço de Trump?

O tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve entrar em vigor no início de agosto, pode aplicar taxas de até 50% sobre as exportações brasileiras de soja e outros produtos. A grande questão é se o Brasil conseguirá reverter essa medida a tempo.
A avaliação é do coordenador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Guilherme Bastos, feita durante o Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja), que começou nesta segunda-feira (21), em Campinas (SP). Segundo ele, embora haja rumores sobre uma possível prorrogação do tarifaço, não existem sinais concretos de recuo por parte da Casa Branca. “A tática é de guerra, pois os Estados Unidos são mais fortes que nós”, destacou Bastos.
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“A disputa vai ser dolorida”, afirmou Bastos à Safras News, após sua participação na conferência ‘A geopolítica da cultura da soja’. O especialista mostrou preocupação especial com as exportações de produtos perecíveis, que já estariam sendo afetadas. “Já há embarques de produtos agropecuários que não estão acontecendo, pois não há garantias de que serão recebidos nos Estados Unidos”, relatou.
Para o coordenador da FGV, o episódio reflete um momento global de instabilidade. “Estamos em mares revoltos em termos mundiais”, comentou. Ele chamou a atenção para o enfraquecimento das instituições multilaterais, como ONU, FAO e OMC, entidades criadas sob liderança dos Estados Unidos e da Europa, mas que hoje enfrentam perda de influência frente ao novo cenário geopolítico.
Evento aborda o protagonismo da soja brasileira
Começou o X Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e Mercosoja 2025, no Centro de Exposições e Convenções Expo Dom Pedro, em Campinas (SP). A programação técnica iniciou na terça-feira (22), com painéis que discutiram temas estratégicos, como os impactos das mudanças climáticas, produção irrigada e qualidade de sementes.
Com os 100 anos da soja no Brasil e os 50 anos da Embrapa Soja, o evento, que vai até o dia 24, reunirá cerca de 2 mil participantes, entre pesquisadores, técnicos, produtores e representantes da indústria. A programação inclui quatro conferências, 15 painéis temáticos e mais de 50 palestras nacionais e internacionais, além do espaço Mãos à Obra, que aborda desafios práticos e o workshop internacional Soybean2035.
Agro Mato Grosso
EUA estão entre os menores importadores de produtos do agronegócio de MT, apenas 1% I MT

No primeiro semestre deste ano, 1,1% da produção do estado foi enviada aos EUA. A China segue como o principal destino dos produtos mato-grossenses.
As exportações de Mato Grosso para os Estados Unidos representaram 1,1% do total registrado no primeiro semestre de 2025, segundo dados da Comex Stat, do Governo Federal. A China segue como o principal destino dos produtos mato-grossenses, respondendo por 46% das exportações no mesmo período.
O agronegócio lidera a pauta de exportações de Mato Grosso. Os principais produtos enviados ao exterior, neste ano, foram:
- 🌱 Soja: 58%
- 🧶Algodão bruto: 12%
- 🐄 Carne bovina: 10%
- 🌽 Milho não moído: 3,5%
Em 2024, o estado foi o segundo que menos exportou produtos ao mercado norte-americano, enviando 1,5% da produção total (veja ranking abaixo). Já os estados que mais forneceram insumos para os EUA foram São Paulo (19%), Maranhão (13%), Minas Gerais (11%) e Rio Grande do Sul (8,5%).
Os maiores importadores de produtos mato-grossenses em 2024
PAÍS | QUANTIDADE IMPORTADA DE MT |
China | 33% |
Vietnã | 5,8% |
Tailândia | 4,6% |
Turquia | 4% |
Indonésia | 4% |
Nesta quarta-feira (16), o governador Mauro Mendes (União) se manifestou sobre o anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da taxação de 50% sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto. A medida, segundo Mendes, deve ter impacto limitado sobre Mato Grosso, já que os EUA não estão entre os maiores compradores dos insumos do estado.
“O ‘tarifaço’ é um problema grave que vai afetar a todos, mas nosso agronegócio é competitivo e, com o nosso apoio, sem dúvidas, vai encontrar outros mercados para compensar as perdas”, escreveu Mendes.
Em contrapartida, os EUA são o quarto país que mais fornecem produtos para MT, em 2024 11% das importações feitas pelo estado vieram dos Estados Unidos, ficando atrás apenas de China, Rússia e Canadá.

Trump diz que prazo de 1º de agosto para novas tarifas não muda mais
Frigoríficos em alerta
Os frigoríficos representaram 10% das exportações totais do estado em 2024. Segundo o presidente do Sindifrigo, Paulo Belincanta, as empresas começaram a reduzir a produção, diante da incerteza sobre a abrangência da nova tarifa.
Ele explicou que ainda não está claro se a taxação incidirá apenas sobre novos embarques a partir de agosto ou também sobre mercadorias já enviadas, mas ainda em trânsito.
“É antes ou depois do BL [o documento de embarque] Até que saibam, é difícil carregarem porque está sujeito à oscilação de preço absurda. O impasse é grande e, para se prevenirem, estão preferindo ou cancelar a produção ou deixar a produção em estoque”, explicou Belincanta.
Em 2024, Mato Grosso exportou o equivalente a US$ 148,5 milhões em carne para os Estados Unidos. Já no primeiro semestre de 2025, o estado embarcou cerca de 37 mil toneladas, com faturamento de aproximadamente US$ 119 milhões. A maior parte corresponde a carnes desossadas de bovinos, frescas, refrigeradas ou congeladas.
Potencial de MT
Mato Grosso representa uma potência agrícola mundial. O estado é líder na produção de soja, milho, algodão e rebanho bovino do país e um dos principais exportadores dos insumos no mundo.
Em pouco mais de duas décadas, o PIB estadual passou de R$ 14,8 milhões (2000) para R$ 233,390 milhões (2021), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um crescimento motivado, principalmente, pela agricultura, a principal atividade econômica do estado, que é responsável por mais de 50% do PIB mato-grossense.
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