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Agro Mato Grosso

UFMT aposta em parcerias para impulsionar nanotecnologia no campo

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O objetivo é criar insumos agrícolas mais eficientes e com menor impacto ambiental

Diante do expressivo crescimento de investimentos globais em nanotecnologia aplicada à agricultura, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) tem firmado parcerias estratégicas para transformar essa ciência em soluções práticas voltadas à produtividade e à sustentabilidade no campo.

A colaboração mais recente foi firmada com a Ambios, empresa mato-grossense que desenvolve fertilizantes orgânicos a partir do coproduto da tilápia.

O objetivo é criar insumos agrícolas mais eficientes e com menor impacto ambiental, utilizando resíduos da piscicultura e extratos de algas como base para fertilizantes.

A expectativa é que esses produtos ajudem a reduzir a dependência de agroquímicos convencionais, além de enfrentar desafios como mudanças climáticas e perda de fertilidade do solo. A nanotecnologia aplicada ao agro está em franca expansão. Levantamento da Data Bridge Market Research estima que o mercado global movimentou US$ 398,5 bilhões em 2024, com projeção de alcançar US$ 965,8 bilhões até 2032. Já a consultoria InsightAce Analytic prevê crescimento ainda maior, com o setor chegando a US$ 1,42 trilhão até 2034.

“Nosso foco é desenvolver nanopartículas de carbono e de micronutrientes a partir de fontes renováveis, oferecendo alternativas viáveis aos insumos convencionais e ampliando a sustentabilidade nos sistemas de produção agrícola”, explica o professor Dr. Ailton J. Terezo, do Instituto de Química da UFMT, responsável pelo projeto.

Além da inovação científica, o professor destaca que a iniciativa também está alinhada ao compromisso da universidade em transformar conhecimento em impacto social e ambiental. “O projeto oferecerá oportunidades para que estudantes se integrem a pesquisas de ponta, fortalecendo a formação de novos talentos em nanotecnologia aplicada ao agro, uma área estratégica e em crescimento acelerado”, complementa.

 

Parceria estratégica para o agro

Por meio da Rede MT-NanoAgro e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro), a UFMT será responsável pelo desenvolvimento das nanopartículas em laboratório. A Ambios, por sua vez, conduzirá os testes de campo e ficará encarregada da futura produção em escala dos insumos.

“Acreditamos que essa parceria marca um novo capítulo para a agricultura”, afirma Nilton Ribeiro, químico e gestor da unidade de produção da Ambios. “As soluções nanotecnológicas que estamos desenvolvendo exigem doses menores, oferecem maior eficiência e contribuem diretamente para a lucratividade e a redução de custos no campo”, acrescentou.

Os primeiros resultados estão previstos para o prazo de um ano, com potencial para gerar pedidos de patente e ampliar o portfólio de soluções bioinspiradas já desenvolvidas pela empresa. “Esse curto prazo demonstra a agilidade da pesquisa e o potencial de impacto no mercado”, acrescenta Nilton.

 

Inovação e sustentabilidade no solo

A Ambios, empresa ligada à Natter, atua com tecnologias de ponta voltadas à nutrição do solo, promovendo práticas sustentáveis e de agricultura regenerativa. Seu portfólio inclui aminoácidos e micronutrientes aplicáveis desde o tratamento da semente até a nutrição foliar, todos formulados com produção própria, o que garante maior eficiência e qualidade na aplicação.

Entre os destaques está o Ingrow, fertilizante orgânico com o maior teor de aminoácidos do mercado, desenvolvido para estimular e recuperar a biologia natural do solo, contribuindo para ganhos expressivos em produtividade. Outro destaque é o Marin Deep, da linha Marin, um fertilizante fluido que combina diferentes tipos de algas marinhas em sua formulação, oferecendo maior resistência das plantas em condições adversas como estiagem prolongada e temperaturas elevadas.

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Nível de rio em MT fica abaixo do esperado e bate recorde histórico com 1,13 metro de profundidade

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O nível do Rio Vermelho, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, bateu um recorde histórico e está 1,87 metro abaixo do esperado para essa época do ano, segundo uma medição feita pela Defesa Civil, nessa quinta-feira (31), quando o rio bateu 1,13 metro de profundidade. Segundo a análise, o esperado era 3 metros.

Em outubro do ano passado, quando o nível também estava abaixo do esperado, a profundidade da água era de 1,20 metro.

De acordo com um relatório técnico elaborado pela Superintendência de Averbação e Cartografia, da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo de Rondonópolis, desde 2023, o Rio Vermelho tem batido recorde por apresentar níveis cada vez mais baixos, especialmente durante a época de estiagem, entre junho e setembro.

No levantamento, consta que a recuperação do nível do rio, nesta época do ano, é lenta devido ao ritmo na retomada das chuvas. Além disso, o levantamento aponta que o volume da água que escoa no curso do rio tem reduzido nos últimos anos.

Segundo o superintendente municipal de averbação e cartografia, Ricardo Amorim, a sustentabilidade e comunidades locais estão sendo impactadas diretamente com o nível baixo da água, já que o Rio Vermelho é responsável por abastecer aproximadamente 50% do município.

Conforme o relatório, entre as causas da escassez está:

  • 🚣🏻‍♀️redução da vazão, quando o volume de água do rio diminui;
  • ☀️período de estiagem prolongada;
  • 🚿uso intensivo para irrigação agrícola;
  • ⛲exploração inadequada de aquíferos;
  • 🌳falta de proteção adequada das áreas de nascentes e matas ciliares;
  • 🌪️impactos das mudanças climáticas.

Além disso, a pesquisa reforça que, com a redução do nível do rio, é importante que ações urgentes sejam adotadas pelos órgãos municipais, estaduais e federais, assim como a colaboração da população, para que os índices de segurança hídrica, ambiental e econômica mudem e se tornem positivos.

Com isso, o superintendente Ricardo informou que a Prefeitura de Rondonópolis está planejando a adoção de medidas sustentáveis. O relatório recomenda reflorestamento e recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens do rio. Além de projetos que contribuam para a proteção das nascentes e áreas de recarga da bacia hidrográfica.

Entre outras medidas recomendadas estão a implantação de planos de contingência para estiagens e cheias, campanhas públicas para conscientização e economia no uso doméstico e industrial, incentivo a tecnologias de reuso e eficiência hídrica na agricultura e ainda pesquisa e implantação de fontes alternativas para reduzir a dependência do Rio Vermelho.

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Conheça a história de Ademir Fisher, o produtor que nasceu para cultivar em MT

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Em Lucas do Rio Verde, o produtor transformou sua herança familiar em missão de vida, dedicando-se por décadas à terra que sempre acreditou ser seu destino

A história de Ademir Fisher começa no Rio Grande do Sul, no município de Carazinho. Porém, foi em Mato Grosso, na cidade de Lucas do Rio Verde, que ele e sua esposa, Clair Ivone Rossetto Fischer, encontraram o solo onde fincaram suas raízes e, mesmo com diversos desafios no início, transformaram sonhos em um lar frutífero e acolhedor.

Ademir conta que o gosto pela agricultura é uma herança de seu pai, Carlos Eugênio Fischer, que também era agricultor na cidade de Victor Graeff, no Rio Grande do Sul.

Assim, ser agricultor estava em seu sangue, e mesmo que em determinado momento tenha considerado seguir carreira na área da saúde, a natureza o chamava, e seu sonho persistiu.

“Então eu sou assim, de descendência, de origem da terra, sempre vivi na terra. Minha tendência sempre foi plantar. Era um desejo meu desde criança. Às vezes a preguiça, a ansiedade, me empurravam para um caminho que podia me desvirtuar da agricultura, mas não me desvirtuaram. Porque, nos seis meses depois que voltei do passeio, eu já queria ser agricultor de novo”, conta o produtor.

Ainda no quinto ano da faculdade, Ademir já colocava em prática seus conhecimentos, atuando como técnico agrícola e atendendo à região sudoeste do Paraná. Seu profissionalismo o levou a compartilhar seu saber internacionalmente, palestrando na Argentina e no Paraguai em três idiomas: português, espanhol e alemão.

Ele se casou ao fim da sua formação em Agronomia, começou a sentir que a rotina de viagens o fazia sentir falta da família e decidiu mudar sua vida. Na época, seu sogro, também agricultor, havia se mudado para Mato Grosso e o ajudou nesse período de transição.

“Já estou há mais de 40 anos aqui em Mato Grosso, então já tenho um bom caminho andado. Meu sogro já estava aqui e tinha em mãos a análise do solo. Se colocássemos o que a terra precisava, colheríamos bem, desde que a chuva não faltasse. E assim foi. Decidi vir para cá e essa foi a minha sorte”, relata Ademir.

O início não foi fácil. A distância até mercados e médicos era longa, havia poucos funcionários, e o trabalho exigia muito esforço braçal. Mas Ademir nunca pensou em desistir.

“Para viver da terra e aguentar o que a gente aguenta, de segunda a segunda, se for preciso levantar às 3h30 da manhã, voltar para casa entre 10h e 11h da noite, cansado, dormir e começar tudo de novo, isso tem que estar dentro da pessoa. É nato”, acredita o agricultor.

Ademir e Clair tiveram dois filhos que seguiram caminhos diferentes, mas que lhes dão muito orgulho. A mais velha, Luana Fischer, hoje com 43 anos, é pesquisadora. O mais novo, Ademir Fisher Junior, de 41 anos, seguiu os passos do pai, se tornou engenheiro agrônomo e hoje faz todo o trabalho operacional da fazenda.

A trajetória de Ademir Fisher é marcada por coragem, amor à terra e dedicação à família. Sua história inspira não apenas pela resistência diante das dificuldades, mas pela maneira como escolheu viver com propósito e cultivar esperança em solo novo. Construiu um lar, um legado e uma história que seguirá brotando nos corações de quem ama a vida no campo.

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Tarifaço atinge 76% dos produtos de exportação de Mato Grosso

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Medida eleva imposto para 50% e impacta diretamente produtos como carne bovina, soja e madeira perfilada.

O “Tarifaço” adicional de 40% imposto pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros deve afetar fortemente as exportações industrializadas de Mato Grosso. Com o aumento, o imposto de importação sobre alguns itens chega a 50%, segundo avaliação da Federação das Indústrias do Estado (Fiemt).

Cinco dos seis principais produtos exportados pelo estado ao mercado norte-americano estão na lista da nova taxação: carne bovina, soja, gelatina, sebo (gordura animal) e madeira perfilada. Apenas o ouro ficou de fora. Esses itens representam 98% das exportações mato-grossenses para os EUA.

No total, 41 dos 54 produtos embarcados do estado para os Estados Unidos em 2024 foram atingidos pela nova alíquota, o equivalente a 76%. Em valores, isso significa que US$ 266 milhões dos US$ 415 milhões exportados estão agora sujeitos à tarifa, cerca de 65% do volume comercializado.

A Fiemt destaca que a medida compromete a previsibilidade nas relações internacionais e prejudica a competitividade da indústria regional, que tem investido em qualidade, sustentabilidade e agregação de valor. A entidade segue articulada com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e autoridades brasileiras para buscar alternativas e minimizar os impactos.

As informações constam em análise do Observatório da Indústria do Sistema Fiemt, que utilizou dados do ComexStat e critérios da nomenclatura internacional SH-6, com base na lista divulgada pela Casa Branca no dia 30 de julho.

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