Sustentabilidade
Tributação do IOF vai impactar o Plano Safra 2025/26?

A Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/25, do líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), que suspende o decreto do governo que amenizou o aumento de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O requerimento foi aprovado. Agora, Proposta poderá ser votada nas próximas sessões do Plenário sem precisar passar antes pelas comissões da Casa.
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Para Marcelo Winter, especialista em direito do agronegócio no escritório VBSO Advogados e professor do Insper, a medida é urgente diante da desorganização que a nova tributação pode causar ao setor produtivo. “Falta diálogo entre o governo e o agronegócio. Quem planta e comercializa precisa se planejar com muita atenção. Os custos de produção, os custos financeiros, o volume de investimentos. Tudo isso exige previsibilidade. Mudanças repentinas como essa impactam o risco e desorganizam todo o planejamento do setor”, afirmou.
Winter explica que o aumento do IOF sobre instrumentos financeiros eleva o custo do capital e pode restringir o acesso ao crédito, especialmente para pequenos e médios produtores. “O custo financeiro mais alto leva os produtores a reduzirem ou abandonarem suas captações. Isso significa menos recursos disponíveis para compra de insumos, o que pode comprometer a produtividade e até provocar queda de safra”, avaliou. Segundo ele, o impacto atinge diretamente a margem de lucro, que já é apertada, e pode afetar a adoção de tecnologia e investimentos em infraestrutura.
Embora a proposta do governo vise recompor o caixa por meio do aumento de tributos, Winter avalia que a estratégia é equivocada. “Essa nova tributação não é para aumentar os investimentos públicos, mas sim para cobrir despesas e cumprir metas fiscais. Isso penaliza o setor produtivo e ameaça a competitividade global do agronegócio brasileiro”, disse.
O especialista destaca ainda que a medida não afeta o Plano Safra, cujos recursos são originados de fontes constitucionais próprias. “A não aprovação da nova tributação pode representar um desafio fiscal para o governo, mas não compromete a execução do Plano Safra. O IOF não financia diretamente a agricultura e o país sempre operou sem esse imposto. É fundamental que ele seja revogado.”
A crítica ao imposto também é compartilhada pelo presidente da Aprosoja Brasil, Maurício Buffon, que considera a aprovação da urgência um avanço importante para o setor. Segundo ele, os CRAs são uma das principais fontes de financiamento do Plano Safra e a tentativa de tributar essa captação em 5% teria impacto direto sobre os juros pagos pelos produtores.
“Estamos lutando para que os juros do Plano Safra não aumentem nem 1% ou 2%, e agora o governo quer tributar em 5% os recursos que sustentam o financiamento da atividade agrícola. Já estamos operando com taxas livres entre 15% e 20% ao ano. Isso é insustentável”, declarou Buffon.
Ele ressaltou que o IOF não tem relação direta com o financiamento da agricultura. “O Brasil sempre funcionou sem esse imposto. Agora inventaram essa tributação e dizem que, sem ela, o país terá déficit. Isso não corresponde à realidade. O que precisa ser feito é a redução da máquina pública e o controle das contas, não o aumento da carga tributária sobre quem produz”, disse.
Sustentabilidade
Sem novidades, mercado de arroz segue travado e desafiador – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de arroz encerra a penúltima semana de junho ainda travado, repetindo o padrão de comportamento observado desde o fim da última temporada: ora produtores tentam vender e não encontram compradores, ora indústrias voltam ao mercado, mas enfrentam resistência vendedora.
“Este vaivém entre oferta retida e demanda cautelosa reflete a ausência de vetores sólidos de retomada e um ambiente estruturalmente desequilibrado”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
No lado externo, os dados da balança comercial reforçam a estagnação. Entre março e maio, o Brasil acumulou um déficit de 42,7 mil toneladas (base casca), revelando que o fluxo de importações segue superior às exportações.
As vendas externas permaneceram praticamente estáveis em relação ao ano anterior (311,3 mil t em 2025 vs. 311,7 mil t em 2024), resultado muito aquém das expectativas do setor. Embora o arroz em casca tenha apresentado crescimento expressivo (+39,9%), puxado por México, Costa Rica e Venezuela, e o arroz quebrado tenha subido 4,5%, os embarques de arroz beneficiado caíram drasticamente (-37,7%), com retrações acentuadas para destinos tradicionais como Peru e Cuba.
Do lado das importações, houve redução geral de 6,3%, mas o recorte por categoria aponta alerta: o volume de arroz descascado subiu 11%, com Paraguai e Uruguai liderando os embarques ao Brasil. “Este tipo de arroz, que exige pouco beneficiamento interno, entra no país com vantagens competitivas e pressiona a indústria nacional, que já lida com margens negativas e custos elevados de operação”, lembra Oliveira.
A queda nas compras de arroz beneficiado, exceto pela alta vinda da Argentina (+104%), indica também uma tentativa do varejo de reduzir custos na ponta final da cadeia. “Esse cenário amplia a saturação do mercado interno, dificulta escoamento da produção nacional e inibe qualquer tentativa de recuperação consistente de preços”, lamenta o analista.
Para o consultor, a perda de espaço em mercados externos, somada à entrada de produto estrangeiro mais competitivo, reforça o ciclo de compressão de margens e adiamento de decisões estratégicas — tanto por parte dos produtores quanto das indústrias.
A média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou a quinta-feira em R$ 65,59, alta de 0,07% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo era de 11,91%, enquanto, em relação a 2024, a desvalorização atingia 42,10%.
Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News
Sustentabilidade
Mercado brasileiro de trigo segue travado e clima domina atenções no Sul; Safras projeta menor área em 2025 – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de trigo manteve ritmo lento nesta semana, com pouca movimentação nos preços e negócios pontuais. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, a principal atenção do setor está voltada para as condições climáticas, especialmente para as geadas registradas em áreas produtoras do Sul do país.
No Paraná, embora haja apreensão, a maioria das lavouras ainda não se encontra em estágios críticos, o que reduz o risco de perdas significativas. Já no Rio Grande do Sul, o frio tem sido, por enquanto, benéfico para o desenvolvimento das plantas, que se encontram em fases iniciais.
“A cautela dos agentes é reforçada pela perspectiva de uma redução expressiva na área plantada nesta safra, o que torna o impacto climático ainda mais sensível”, apontou o analista.
De acordo com Bento, caso haja quebras de produção, sobretudo no Paraná, que é principal polo de moagem do país, a necessidade de importações pode aumentar.
No mercado físico, os negócios seguiram pontuais. No Rio Grande do Sul, compradores têm indicado interesse de compra em torno de R$ 1.300 por tonelada. No Paraná, os moinhos sinalizam intenção de pagar cerca de R$ 1.450 por tonelada, com entrega CIF.
Área de plantio no Brasil
A mais recente pesquisa de intenção de plantio realizada pela Safras & Mercado para a safra 2025/26 aponta uma retração significativa na área destinada ao do trigo no Brasil. Segundo o analista Elcio Bento, a queda deve ser 16,5% em relação ao ciclo anterior.
A área cultivada deve passar de 2,957 milhões para 2,470 milhões de hectares. Desde o último levantamento, feito em abril, a retração já soma 2,2%, sinalizando que o desânimo com o trigo ganhou ainda mais força nos últimos meses.
De acordo com Bento, a decisão de plantar menos trigo é resultado de uma série de fatores que têm penalizado o produtor rural nos últimos anos. “Os preços baixos, muitas vezes abaixo dos custos de produção, margens negativas e a sucessão de eventos climáticos extremos (como secas, geadas e excesso de chuvas) provocaram quebras consecutivas de safra e comprometeram a renda no campo”, apontou.
Para completar o cenário, o acesso ao crédito rural e ao seguro agrícola tem se tornado cada vez mais difícil, agravado por limitações no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e alta inadimplência bancária. Diante disso, muitos agricultores optaram por culturas com menor risco e maior liquidez.
USDA
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga na segunda-feira (30), às 13h, seu relatório de área plantada. A expectativa do mercado é de que ela possa ocupar 45,410 milhões de acres na safra 2025/26, volume que fica acima dos 45,350 milhões de acres estimados em março. A área, entretanto, deve ficar abaixo dos 46,079 milhões de acres cultivados na temporada 2024/25.
Já no relatório de estoques trimestrais na posição 1 de junho, o mercado espera que eles sejam indicados em 835 milhões de bushels, volume que fica acima dos 696 milhões de bushels indicados na posição 1 de junho de 2024. Na posição 1 de março de 2025, os estoques haviam sido indicados em 1,237 bilhão de bushels.
Importações brasileiras
O line-up, programação das chegadas de trigo ao Brasil, projeta a importação de 611,607 mil toneladas em junho. O material foi elaborado por Safras & Mercado. Em maio, foram 446,432 mil toneladas. Para julho, já se projeta 144,650 mil toneladas.
O documento aponta que, na temporada 2024/25 (de agosto/24 a julho/25), os desembarques de trigo nos portos brasileiros somam 5,509 milhões de toneladas. O volume é 943 mil toneladas superior ao registrado no mesmo período do ano anterior.
Para mais informações, confira:
Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News
Sustentabilidade
Com soluções da Sumitomo Chemical, agricultor alcança maior produtividade de soja no Pará – MAIS SOJA

Na última safra, o agricultor Rodolfo Schlatter alcançou uma produtividade de 108,8 sacas por hectare na cultura de soja, integrando estratégias de manejo avançadas e colaborando com tecnologias modernas do portfólio da Sumitomo Chemical – Soluções para o Agro. Esse desempenho o consagrou campeão paraense no Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), do qual a Sumitomo Chemical é patrocinadora. Os resultados foram divulgados na última quinta-feira (26/6) durante o 17º Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja. A conquista reforça a importância da adoção de boas práticas agrícolas, do apoio técnico e da parceria entre pesquisa e indústria para promover ganhos de produtividade.
Engenheiro agrônomo e produtor rural, Rodolfo Schlatter é natural de Itambé (PR) e conquistou o resultado na fazenda Santana Rios, no município de Santana do Araguaia (PA), em uma área de sequeiro. Além do primeiro lugar no estado, alcançou ainda o sexto lugar na região.
“Parabenizamos com entusiasmo o nosso campeão no Pará Rodolfo Schlatter, produtor parceiro, por essa conquista que é fruto de trabalho sério, visão de futuro e paixão pela agricultura. A Sumitomo Chemical agradece a confiança e reforça seu compromisso com os produtores rurais, protagonistas do agronegócio brasileiro”, afirma Marcelo Figueira, gerente de Fungicidas e Líder para a Cultura da Soja da Sumitomo Chemical. “Rodolfo utilizou nossos BioRacionais em 100% da área inscrita no desafio. A companhia tem um portfólio que está presente em lavouras com as maiores produtividades da cultura da soja no Brasil e se orgulha de apoiar iniciativas como o Prêmio de Máxima Produtividade de Soja do Cesb, que reconhecem e impulsionam a alta performance no campo”, destaca.
Soluções para o Agro
Cliente da Sumitomo Chemical, Schlatter usou BioRacionais – produtos biológicos ou de origem natural que atuam na proteção, produtividade ou melhor qualidade da produção das plantas – em 100% da área inscrita no desafio.
A começar pela solução de tratamento de sementes Aveo® EZ, que cria uma simbiose com as raízes, formando um biofilme que protege do ataque de nematoides (vermes que ficam no solo). Também utilizou o inseticida Inside® FS, que elimina os alvos rapidamente, no manejo de sugadores.
Para impulsionar o desenvolvimento da planta, aplicou os reguladores de crescimento MaxCel® e ProGibb®, que fazem parte do programa SOJA+. MaxCel induz a formação de mais hastes laterais para uma melhor arquitetura produtiva da planta e ProGibb diminui significativamente o abortamento de flores e vagens, resultando em mais grãos e maior produtividade.
Somadas a essas eficientes soluções, o produtor utilizou também os fungicidas Pladius® e Excalia Max® e o MycoApply EndoFuse®, esta voltada para melhorar a qualidade biológica, promovendo maior longevidade, saúde e qualidade à planta.
Sobre a Sumitomo Chemical – Soluções para o Agro
Sediada em Tóquio, no Japão, a Sumitomo Chemical – Soluções para o Agro é uma das principais empresas de pesquisa e desenvolvimento de inovações para o campo no mundo. Fundada em 1913, está presente em mais de 180 países, com cerca de 34 mil funcionários. Na América Latina, a companhia opera com soluções para a agricultura e saúde ambiental, com o objetivo de promover o bem-estar e oferecer propostas sustentáveis para a produção de alimentos e a saúde da sociedade. No Brasil, a Sumitomo Chemical realiza suas atividades a partir de um escritório central, localizado em São Paulo (SP), um centro de pesquisas em Mogi Mirim (SP), um centro de inovação e uma fábrica, ambos em Maracanaú (CE), além de contar com unidades de distribuição e equipe técnica altamente capacitada em todo o território nacional. É signatária do Pacto Global e promove ações para contribuir com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) que estipula metas para transformar o mundo até 2030.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sumitomo Chemical
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