Sustentabilidade
Trigo/BR: Semeadura alcança 79,5% das áreas destinadas ao cultivo – MAIS SOJA

No RS, a retomada do tempo seco contribuiu para o avanço da semeadura em algumas regiões. Algumas áreas apresentam aspecto pouco vigoroso devido ao excesso de chuvas e baixa radiação solar, o que resultou em plantas com coloração amarelada e estioladas.
No PR, as condições de alta umidade no solo e temperaturas mais baixas interromperam a semeadura em algumas áreas, enquanto algumas lavouras implantadas já estão em enchimento de grãos. A ocorrência de geadas causou danos localizados em lavouras mais adiantadas. Em SC, a semeadura prosseguiu de maneira estável, embora as chuvas intensas e a baixa luminosidade tenham limitado o desenvolvimento inicial em algumas lavouras. Em áreas afetadas por encharcamento, houve necessidade de replantio pontual.
Em GO, a colheita de sequeiro se aproxima do final, enquanto as áreas irrigadas progridem para as fases de florescimento e enchimento de grãos sob boas condições climáticas. Em MG, o clima colaborou de forma geral para o desenvolvimento das lavouras. Em MS, a geada causou prejuízos em parte das lavouras mais avançadas no sudoeste do estado. Na BA, as lavouras estão nas fases vegetativa e de floração, sem problemas com pragas ou doenças. Em SP, o excesso de chuvas favoreceu o surgimento de doenças fúngicas.
Previsão Agrometeorológica de 07/07/2025 a 14/07/2025
Norte-Nordeste: Há previsão de chuvas mais significativas no Norte da região Norte, além do Norte e Leste da região Nordeste. As chuvas continuarão beneficiando os cultivos de terceira safra na região do Sealba. Nas demais áreas, não são esperadas chuvas, predominando o clima seco, que favorecerá a maturação e colheita dos cultivos de primeira e segunda safra no Matopiba. Em parte do estado da Bahia, o baixo armazenamento hídrico pode restringir a formação de maçãs em áreas de algodão e o enchimento de grãos em lavouras de feijão, milho e sorgo.
Centro Oeste: O tempo continuará seco, sem previsão de chuvas em toda a região. As condições continuarão no geral favoráveis para a maturação e colheita do algodão, do milho segunda safra, do sorgo e do trigo sequeiro. Contudo, algumas lavouras em estádios reprodutivos podem ter seu desenvolvimento restringido devido à falta de chuvas e a baixa umidade do solo.
Sudeste: São previstos baixos acumulados de chuva em áreas do Nordeste de MG, Leste de SP, RJ e ES, que contribuirão para a manutenção da umidade no solo. Nas demais áreas, o tempo seco continuará favorecendo a maturação e colheita dos cultivos de grãos de segunda safra, além da cana-de-açúcar e do café. A baixa umidade no solo restringirá as lavouras de sequeiro em estágios reprodutivos em parte de SP e MG. Há previsão de queda nas temperaturas mínimas em parte do centro-sul desses estados.
Sul: O tempo será estável, sem previsão de chuvas em praticamente toda a região, que favorecerá a redução do excedente hídrico do solo em parte do RS. No geral, as condições serão favoráveis para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de inverno na região, assim como, para o milho segunda safra em estádio reprodutivo, maturação e colheita no PR. Há previsão de redução significativa das temperaturas mínimas em áreas de maior altitude.
Confira o Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras de 07 de Julho de 2025 completo, clicando aqui!
Fonte: Conab
Autor:Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras
Site: CONAB
Sustentabilidade
Line-up prevê embarques de 6,656 milhões de toneladas de milho pelo Brasil em outubro – MAIS SOJA

O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicou que poderão ser exportadas 6,656 milhões de toneladas de milho em outubro, conforme levantamento de Safras & Mercado.
Desse total previsto, 2,245 milhões de toneladas foram embarcadas e 4,210 milhões de toneladas ainda estão previstas para serem exportadas.
Para novembro, o line-up prevê embarques de 608,440 mil toneladas de milho.
Entre fevereiro/25 e janeiro/26, o line-up sinaliza embarques acumulados de 28,137 milhões de toneladas do cereal.
Fonte: Arno Baasch / Safras News
Sustentabilidade
Arroz/Cepea: Preço médio é o menor em 14 anos – MAIS SOJA

A média do Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros; pagamento à vista) está no menor patamar real desde setembro/11, ou seja em 14 anos, aponta levantamento do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, além da dificuldade de acesso ao crédito rural entre os produtores, os valores de compra não têm coberto os custos, o que desanima orizicultores e reforça a tendência de redução da área cultivada.
Entre os compradores, as pressões nos valores do arroz beneficiado no atacado e varejo têm limitado elevações da matéria-prima. Desde 6 de outubro, com o início da fiscalização da tabela de fretes da ANTT, houve aumento nos custos logísticos, em razão das exigências de seguros e da observância aos valores mínimos de frete, elevando o custo final do produto.
Fonte: Cepea
Autor:Cepea
Site: CEPEA
Sustentabilidade
Robô usa luz para diagnóstico precoce de doença em algodão e soja – MAIS SOJA

Um sistema robótico autônomo, que opera à noite, batizado de LumiBot, é capaz de gerar dados que permitem a construção de modelos para fazer o diagnóstico precoce de nematoides em plantas de algodão e soja antes mesmo do aparecimento dos sintomas. Desenvolvido pela Embrapa Instrumentação (SP) em parceria com a Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro), de Mato Grosso, o LumiBot emite luz ultravioleta-visível sobre as plantas e analisa a fluorescência capturada nas imagens das folhas, com câmeras científicas.
A cotonicultura e a sojicultura têm enorme relevância econômica para o País, com previsão de recorde de safra no período 2025/26, com 4,09 milhões de toneladas de pluma e 177,67 milhões de toneladas de grãos de soja, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, as duas culturas enfrentam a ameaça do parasita microscópico de 0,3 a 3 milímetros de comprimento.
Taxas de acerto acima de 80%
O robô é um protótipo, mas já registra resultados promissores no diagnóstico de infecção por nematoides em experimentos realizados em casa de vegetação, com cerca de sete mil imagens coletadas em três anos de pesquisa.
“Conseguimos gerar dados e modelos com taxas de acerto acima de 80%, além de diferenciar as doenças do estresse hídrico”, conta a pesquisadora Débora Milori, coordenadora do estudo e do Laboratório Nacional de Agrofotônica (Lanaf).
A próxima etapa do estudo será o desenvolvimento de um equipamento para operação em campo, como, por exemplo, adaptar o aparato óptico em um veículo agrícola do tipo pulverizador gafanhoto ou veículo rover.
Apresentação do robô durante o Siagro
O LumiBot será apresentado no Simpósio Nacional de Instrumentação Agropecuária (Siagro), que será realizado de 14 a 16 de outubro, no Laboratório de Referência Nacional em Agricultura de Precisão (Lanapre), localizado no Campo Experimental em Automação Agropecuária, da Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP).
Menos químicos na lavoura
De acordo com a pesquisadora, o método convencional de controle de nematoides baseia-se na aplicação de nenematicidas aplicados no solo ou nas sementes, antes do plantio. Esses produtos agem reduzindo a população de nematoides próximos às raízes. Entretanto, essa aplicação tem custo elevado, pode causar impacto ambiental e a eficácia é variável dependendo das condições do solo. Outras estratégias de controle são através do controle biológico, rotação de culturas e o desenvolvimento de cultivares resistentes.
“Uma alternativa mais eficiente e econômica seria o monitoramento da área plantada, com a aplicação de estratégias de controle apenas nas regiões efetivamente infestadas. No entanto, ainda não existem equipamentos comerciais capazes de detectar precocemente a presença da doença nas plantas. Nesse contexto, o uso de técnicas fotônicas surge como uma solução promissora”, declara a coordenadora do estudo.
Para o consultor Comdeagro, Sérgio Dutra, o diagnóstico precoce de doenças é fundamental para que os agricultores possam agir rapidamente e de forma localizada. “Com isso, evita-se o uso excessivo de defensivos químicos e a redução do impacto ambiental, um avanço importante para a agricultura de precisão no Brasil. É possível ainda melhorar a qualidade da fibra e garantir maior rentabilidade para o produtor”, garante o especialista.
Como funciona a tecnologia para detecção de doenças
O LumiBot leva embarcado a técnica fotônica de Imagem de Fluorescência Induzida por LED (diodo emissor de luz). A LIFI, na sigla em inglês, é uma técnica não destrutiva que permite uma aquisição rápida de dados de processos fisiológicos da planta por meio de uma imagem. “A imagem obtida resulta da excitação das folhas com luz ultravioleta-visível, que induz compostos moleculares, como a clorofila e alguns metabólitos secundários, a emitirem luz por meio do processo de fluorescência”, explica Milori.
robô coleta os dados, que são processados por algoritmos treinados para reconhecer padrões em imagens, a partir dos quais são construídos modelos associados a doenças específicas.
A captura das imagens, realizada em apenas sete segundos e de forma simultânea à iluminação, ocorre em ambiente escuro para evitar a atividade fotossintética da planta e eliminar interferências de outras fontes de luz no sinal de fluorescência registrado pelas câmeras.
O robô se desloca por meio de trilhos presos no piso entre as fileiras dos pés de algodão, avaliando as folhas com um feixe de luz de alta intensidade. De acordo com Débora Milori, a técnica indica diferentes tipos de estresse bióticos (fungos, bactérias e vírus) ou abióticos, como deficiências nutricionais e falta de água, por exemplo.
“As imagens captadas pela câmera em cada posição da amostra são gravadas em um dispositivo externo (SSD) portátil, onde ficam armazenadas e disponíveis para análise. Cada amostra recebe uma identificação única, explica o pós-doutorando Tiago Santiago.
Ele é responsável pela análise de dados, das imagens e pelo treinamento de modelos de aprendizado de máquina. A equipe é composta por estudantes de diferentes áreas do conhecimento e por atuações distintas dentro do projeto.
Vinícius Rufino é graduando em engenharia física e atua na instrumentação e análise de dados, Julieth Onofre, doutora em Física, cuida da área da instrumentação óptica, Gabriel Lupetti, graduando em biotecnologia e responsável pelo acompanhamento do desenvolvimento dos nematoides, a inoculação e processamento das espécies vegetais, Kaique Pereira, biólogo responsável pela manutenção das plantas, a inoculação e contagem de nematoides.
Prova de conceito
O LumiBot tem o suporte da Embrapii Itech-Agro (Integração de Tecnologias Habilitadoras no Agronegócio) da Embrapa Instrumentação, que busca desenvolver o protótipo do equipamento para minimizar custos e alavancar a cadeia produtiva da soja e do algodão. A Embrapii é uma organização social que conecta empresas e instituições de pesquisa para desenvolver inovações, como o LumiBot.
O projeto envolveu o desenvolvimento de uma prova de conceito para diagnóstico precoce de doenças com técnicas fotônicas em sistemas produtivos de algodão, em parceria com a Comdeagro.
O projeto físico e de automação foi desenhado em parceria entre a Embrapa Instrumentação e a empresa Equitron Automação, de São Carlos (SP), sob medida para o funcionamento na casa de vegetação.
A fotônica é um ramo da física que estuda aplicações da luz, sua geração, manipulação e detecção. As técnicas são largamente aplicadas em várias áreas por sua sensibilidade, precisão e alto potencial de portabilidade.
Os nematoides
Nematoides são vermes microscópicos abundantes no solo, água doce e salgada e muitas vezes são parasitas de animais, insetos e também de plantas, segundo a Embrapa. Eles atacam as raízes, diminuindo a absorção de água e nutrientes, o que resulta em redução do crescimento da planta e perdas de produtividade.
O experimento para diagnóstico da praga está sendo conduzido com 400 plantas em vasos em casa de vegetação, separadas em quatro grupos de 100 – controle, estresse hídrico, inoculadas com o nematoide Aphelenchoides besseyi, e inoculadas com o nematóide Rotylenchulus reniformis, espécies mais comuns encontradas nas lavouras.
Segundo Kaique Pereira, o nematoide Rotylenchulus reniformis causa o comprometimento das plantas, reduzindo os rendimentos da plantação, sendo frequente em regiões tropicais e subtropicais do país, enquanto a Aphelenchoides besseyi é responsável pelos sintomas de haste verde, retenção foliar e deforma tecidos da planta, comum em ambientes quentes e úmidos, fatores essenciais para seu desenvolvimento.
“Os nematóides são um problema muito sério dentro do cultivo do algodão e resulta em muitas perdas para os agricultores, principalmente para o Estado do Mato Grosso”, diz Sérgio Dutra, consultor da Comdeagro.
O pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Rafael Galbieri, diz que não se sabe ao certo quanto da produtividade está sendo perdida em função dos nematoides em Mato Grosso.
“O fato é que existem localidades onde há perdas expressivas e outras onde o problema é menor. Há relatos de perdas de 50% a 60% em casos extremos, com média de até 10% a 12% em determinadas regiões. Estima-se uma perda anual superior a 4 bilhões de reais na cultura do algodoeiro em função de problemas relacionados a nematoides. Existem vários exemplos de áreas de produção que se tornaram inviáveis pela infestação desses parasitas”, relata o doutor em agricultura tropical.
Com a soja não é diferente. O prejuízo é de R$ 27,7 bilhões, de acordo com estudo da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), Syngenta e consultoria Agroconsult.
“Geralmente, as perdas mais expressivas associadas aos nematoides são observadas em culturas como soja e algodão. No entanto, já é possível constatar que esses patógenos afetam a produtividade de praticamente todas as culturas agrícolas do País, muitas vezes de forma ainda mais acentuada do que nas grandes culturas”, afirma a presidente da SBN, Andressa Cristina Zamboni Machado.
Segundo ela, o Brasil abriga diversas espécies de nematoides altamente agressivas, disseminadas amplamente por todas as regiões agrícolas e responsáveis por extensas perdas econômicas no agronegócio. “Entretanto, esses organismos nem sempre são corretamente diagnosticados ou manejados, o que agrava ainda mais seus efeitos sobre a produção”, conta.
Fotos: Wilson Aiello
Fonte: Joana Silva – Embrapa Instrumentação
Autor:Joana Silva – Embrapa Instrumentação
Site: Embrapa
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