Sustentabilidade
Semana terá frio intenso e geadas no RS e SC – Rural Clima – MAIS SOJA

De acordo com o alerta agroclimático da Rural Clima, o ingresso de uma forte massa de ar polar deverá provocar frio intenso e geadas generalizadas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina na madrugada de amanhã (1) e quarta-feira (2). O agrometeorologista Marco Antonio dos Santos não descarta a possibilidade de ocorrência de geadas no sul do Paraná também amanhã e na quarta-feira.
Santos disse que essa massa de ar polar afastou a frente fria que provocou chuvas acima de 100 milímetros no Rio Grande do Sul nas últimas 48 horas, que favoreceram a ocorrência de alagamentos em várias cidades do estado, impedindo também o avanço do plantio de trigo. “As chuvas atingiram o Paraná também, impossibilitando o avanço da colheita de milho safrinha”, comenta.
A frente fria deve provocar algumas chuvas ainda hoje em Santa Catarina e no Paraná e depois deve se afastar para o Atlântico. Ainda assim, ela seguirá atuando e impedindo que a massa de ar polar tenha força suficiente para atingir áreas da região Sudeste ao longo da semana, o que evitará uma queda mais acentuada das temperaturas.
Paraguai
Após a passagem de uma frente fria, o tempo deve ficar mais aberto no Paraguai ao longo dos próximos dias, favorecendo as atividades de colheita, com o retorno das chuvas previsto apenas para o dia 12.
O ingresso de uma massa de ar polar no Paraguai, a partir de hoje, deve provocar um forte resfriamento das temperaturas nas madrugadas de amanhã e quarta-feira, com risco para ocorrência de geadas no sul do país. De acordo com a meteorologista Ludmila Camparotto, apenas na quinta-feira é que as temperaturas devem começar a se elevar no Paraguai.
Estados Unidos
O agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos, destaca que os próximos 15 dias devem ser marcados por bons volumes de chuvas nos Estados Unidos.
Há alguma preocupação em torno de problemas nas lavouras no sul dos Estados Unidos, pelo excesso de chuvas. Já no norte dos Estados Unidos são as elevadas temperaturas para as lavouras é que estão trazendo certo temor aos produtores.
Mais para o curto prazo, apesar da expectativa de volumes um pouco menores de chuvas no país ao longo dos próximos dias, Santos afirma que a expectativa é de que as precipitações voltem a ocorrer em bons volumes no país na próxima semana.
Fonte: Arno Baasch / Safras News
Sustentabilidade
Análise Mensal do Mercado do Algodão – MAIS SOJA

Em junho, os valores do algodão em pluma recuaram com certa força, pressionados pelas desvalorizações externa e do dólar observadas na maior parte do mês. Com a colheita – possivelmente recorde – da safra 2024/25 começando a ganhar ritmo no Brasil, vendedores se mostraram mais dispostos a liquidar os lotes remanescentes de algodão da temporada 2023/24. Compradores, atentos a esse cenário, ofertaram valores menores nas aquisições de novos lotes.
Entre 30 de maio e 30 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, acumulou baixa de 6,16%, fechando a R$ 4,1456/lp no dia 30 – o menor valor nominal desde dia 17 de fevereiro de 2025 (R$ 4,1153/lp). Em junho/25, a média de R$ 4,2901/lp ficou 2,4% abaixo da de maio/25, mas 9,1% superior à de junho/24, em termos nominais.
Em dólar, a média mensal de junho do Indicador à vista foi de US$ 0,7712/lp, 17,5% maior que a do primeiro vencimento na Bolsa de Nova York (ICE Futures), de US$ 0,6561/lp, mas apenas 1,3% abaixo do Índice Cotlook A (referente à pluma posta no Extremo Oriente), de US$ 0,7814/lp.
MERCADO INTERNACIONAL – Cálculos do Cepea apontam que a paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) cedeu 2,7% entre 30 de maio e 30 de junho, passando para R$ 3,7550/lp (US$ 0,6915/lp) no porto de Santos (SP) e R$ 3,7655/lp (US$ 0,6935/lp) no de Paranaguá (PR) no dia 30. Isso é resultado da desvalorização de 5,04% do dólar frente ao Real em junho, para R$ 5,43 no dia 30, enquanto o Índice Cotlook A subiu 2,51% no mesmo período, para US$ 0,7965/lp no dia 30.
Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), de 30 de maio a 30 de junho, o contrato Jul/25 se valorizou 1,88%, a US$ 0,6628/lp no dia 30; já o contrato Out/25 avançou apenas 0,36%, a US$ 0,6768/lp, e o Dez/25 teve elevação de 0,56%, a US$ 0,6813/lp. O vencimento Março/26 subiu 0,35%, indo para US$ 0,6946/lp.
ICAC – Dados divulgados no dia 1º de julho pelo Icac (Comitê Consultivo Internacional do Algodão) estimam a área de algodão no mundo em 31,3 milhões de hectares na safra 2025/26, com produtividade média de 827 kg/ha. Assim, a produção mundial deve somar 25,899 milhões de toneladas, com reajuste negativo de 0,51% frente aos dados de junho e 0,15% acima dos da temporada anterior.
O consumo mundial de algodão, por sua vez, pode chegar em 25,566 milhões de toneladas, com retração de 0,07% sobre o da safra 2024/25, sendo 0,49% abaixo dos dados do relatório do mês anterior e 1,3% menor que a oferta. Já a exportação mundial teve aumento 3,42% frente à temporada anterior, devendo somar 9,656 milhões de toneladas na 2025/26, com retração de apenas 0,01% frente ao mês anterior. Nesse cenário, o Icac projeta estoque de 16,294 milhões de toneladas, 1,58% superior ao da temporada 2024/25.
Quanto ao preço da temporada 2025/26, o Comitê aponta que pode ser de US$ 0,55/lp a US$ 0,94/lp, com média a do Índice Cotlook A de US$ 0,72/lp.
CAROÇO DE ALGODÃO – As negociações envolvendo caroço de algodão seguem acontecendo de forma pontual no mercado spot. No entanto, como vendedores tentam liquidar o estoque da safra 2023/24 e a próxima safra deve entrar de forma gradual, os valores do caroço estão enfraquecidos.
Em junho, levantamento do Cepea mostra que a média do caroço no mercado spot foi de R$ 1.530,27/tonelada em Campo Novo do Parecis (MT), baixa de 10,9% em relação ao do mês anterior, mas expressivos 137,5% acima do de sobre junho/24 (R$ 644,42/t), em termos reais – as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI de maio/25.
Em Primavera do Leste (MT), a média foi de R$ 1.687,33/t, recuo de 2,1% na comparação mensal, porém, aumento de 117,6% na anual. Em Lucas do Rio Verde (MT), a retração foi de 10% frente à média de maio/25, mas houve avanço de 152,2% comparado há um ano, ficando em R$ 1.533,26/t em junho/25. Em São Paulo (SP), a desvalorização no mês foi de 6,7%, mas houve aumento de 44,7% no ano, com a média a R$ 1.796,04/t em junho/25.
Confira o Agromensal do Algodão de Junho/2025 completo, clicando aqui!
Fonte: Cepea
Autor:AGROMENSAIS JUNHO/2025
Site: CEPEA
Sustentabilidade
Análise Mensal do Mercado do Arroz – MAIS SOJA

Em junho, o mercado de arroz em casca do Rio Grande do Sul registrou uma persistente “queda de braço” entre compradores e vendedores. Produtores seguiram descontentes com os preços e limitaram o volume comercializado. Ao mesmo tempo, as indústrias continuaram com dificuldades para reajustar as cotações, uma vez que a venda do arroz beneficiado se manteve lenta no mês.
Com necessidade de repor estoques, algumas unidades de beneficiamento elevaram pontualmente os preços ofertados, tentando atrair vendedores. No entanto, isso não foi suficiente para aumentar significativamente os negócios realizados, e a liquidez seguiu baixa, com parte dos agentes aguardando condições mais favoráveis para negociar.
No final de junho, a demanda internacional avançou e ajudou a limitar as baixas nos preços domésticos. Ainda assim, os negócios seguiram concentrados em lotes pontuais, já que, segundo produtores, os valores oferecidos continuam abaixo dos custos de produção, desestimulando a comercialização de volumes maiores.
PREÇOS REGIONAIS – Entre 30 de maio e 30 de junho, o Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) recuou 6%. Considerando-se as microrregiões que compõem o Indicador, houve redução de 5,10% na Campanha, a R$ 65,03/sc de 50 kg no último dia 30. Na Zona Sul e na Fronteira Oeste, os recuos foram de 5,11% e 5,92% respectivamente, a R$ 67,49/sc e a R$ 66,42/sc. Na Planície Costeira Interna e na Depressão Central, as baixas foram ainda mais expressivas no mesmo comparativo, de 6,54% e 8,54%, na mesma ordem, a R$ 67,20/sc e R$ 64,15/sc.
OUTROS RENDIMENTOS – Em relação aos demais rendimentos acompanhados pelo Cepea, a média de preços do produto com 63% a 65% de grãos inteiros recuou 5,47% entre maio e junho de 2025, a R$ 67,81/sc de 50 kg no dia 30 de junho. Para os grãos com 59% a 62% de inteiros, a baixa foi de 5,85%, a R$ 67,02/sc. Quanto ao produto de 50% a 57% de grãos inteiros, houve desvalorização de 6,13% no mesmo comparativo, a R$ 64,16/sc.
MERCADO EXTERNO – O contrato Julho/25 negociado na CBOT (CME Group) caiu 4% de 30 de maio a 30 de junho, com média de US$ 12,96/quintal (US$ 285,61/t ou US$ 14,28/sc de 50 kg), no último dia de junho. Considerando-se essa cotação e o dólar médio de R$ 5,55 no período, esse contrato, em Reais, seria de R$ 1.585,13/t, o que corresponde a aproximadamente R$ 79,25/sc de 50 kg FOB (Free on Board).
VAREJO – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15, considerado uma prévia da inflação), divulgado pelo IBGE no dia 26, teve ligeiro avanço de 0,26% em junho. Entretanto, especificamente para o arroz, entre 16 de maio e 13 de junho, houve queda de 3,44% na média nacional, sendo a oitava baixa consecutiva.
Confira o Agromensal do Arroz de Junho/2025 completo, clicando aqui!
Fonte: Cepea
Autor:AGROMENSAIS JUNHO/2025
Site: CEPEA
Sustentabilidade
Análise Mensal do Mercado do Milho – MAIS SOJA

Os preços do milho acumularam mais um mês de queda no mercado brasileiro em junho, refletindo sobretudo as boas condições climáticas durante o desenvolvimento da segunda safra do cereal no Brasil que reforçam as expectativas de produção volumosa na temporada 2024/25.
Além da perspectiva de oferta elevada, as limitações na capacidade de armazenamento e a pressão exercida por compradores também explicam o movimento de baixa dos preços do milho. As desvalorizações externas e do dólar reforçaram as quedas internas, à medida que reduzem a paridade de exportação.
Apenas no final do mês que os recuos foram limitados pontualmente em algumas regiões pelo atraso na colheita da segunda safra – chuvas interromperam as atividades de campo.
PREÇOS – O Indicador ESALQ/BM&FBovespa caiu 3% no acumulado de junho, fechando a R$ 67,02/saca de 60 kg no dia 30. A média mensal cedeu expressivos 7% em relação a maio, para o menor patamar do ano, em termos nominais. Na média das regiões pesquisadas pelo Cepea, o cereal se desvalorizou 8,1% no mercado de balcão (ao produtor) e 6,5% no de lotes (negociação entre empresas) também no acumulado de junho. A médias mensais ficaram 8,2% e 7,8% inferiores às de maio, respectivamente.
Já na B3, o primeiro vencimento subiu sobretudo no final de junho, quando as chuvas interromperam o avanço da colheita nas regiões produtoras de segunda safra. O contrato Jul/25 avançou 1%, fechando a R$ 63,44/sc de 60 kg no dia 30.
EXPORTAÇÕES – Os embarques brasileiros de milho voltam a se aproximar do volume exportado no mesmo período de 2024. Dados da Secex mostram que, na parcial de junho (14 dias úteis), foram enviadas 69,52 mil toneladas do cereal, ante as 69,93 mil toneladas de junho/24. Já os preços, influenciados pelas quedas internacionais e pela desvalorização do dólar, recuaram em junho. Em Paranaguá (PR), houve baixa de 3,9% no acumulado do mês; no mesmo período, o dólar se desvalorizou 5%, cotado a R$ 5,43.
ESTIMATIVAS – Dados divulgados em junho pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam produção brasileira da safra 2024/25 em 128,25 milhões de toneladas, 1,37 milhão de toneladas a mais que o indicado na estimativa de maio. O reajuste ocorreu sobretudo devido à maior produção da segunda safra, que deve registrar boa produtividade por conta do clima favorável.
Especificamente para a segunda safra, são projetadas 101 milhões de toneladas, acima das 99,8 milhões de toneladas estimadas em maio, 12% superior à produção da safra anterior e ainda a segunda maior da série história da Conab. Para a primeira safra, a melhora na produtividade elevou a produção para 24,82 milhões de toneladas, 8% acima da anterior. Já a terceira safra apresenta queda de 2,4%, para 2,42 milhões de toneladas, decorrente da redução de 5% na produtividade.
Quanto ao consumo interno, a Conab praticamente manteve a estimativa em 89,39 milhões de toneladas. Os números de exportações e importações também foram mantidos, em respectivos 34 milhões de toneladas e em 1,7 milhão de toneladas. Caso as projeções se concretizem, o Brasil teria, ao final de janeiro de 2026, estoque de passagem de 8,41 milhões de toneladas, acima das 1,84 milhão da safra passada, mas abaixo das 9,19 milhões de toneladas da média dos últimos cinco anos.
Também em relatório divulgado em junho, o USDA manteve as produções brasileira e argentina para a safra 2025/26 em respectivos 131 milhões e 53 milhões de toneladas; para os Estados Unidos, a colheita é estimada em 401,84 milhões de toneladas, um recorde. Com isso, o volume mundial da temporada é projetado pelo USDA em 1,26 bilhão de toneladas, estável frente ao apontado em maio. O consumo é calculado em 1,27 bilhão de toneladas. No entanto, o estoque global caiu de 277,84 milhões de toneladas em maio para 275,23 milhões de toneladas em junho, devido à redução dos estoques norte-americanos.
CAMPO – A colheita da segunda safra avançou por todos os estados produtores em junho, chegando à média nacional 17% até o dia 28, mas ainda abaixo dos 28,2% registrados no mesmo período de 2024, segundo a C No Paraná, a Seab/Deral mostra que 16% da área havia sido colhida até 30 de junho, forte atraso de 37 pontos percentuais em relação há um ano. A Seab/Deral apontou a área do estado em 2,76 milhões de hectares (aumento anual de 9%) e produção de 16,53 milhões de toneladas (27% maior que em2023/24).
O Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) indica que 27%foram colhidos até o dia 27 de junho, atraso de 35 p.p. em relação à temporada anterior. Já para Mato Grosso do Sul, a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) aponta que 4,3% da área estadual havia sido colhida até o dia 20 de junho. Quanto à safra verão, a colheita somava 95,4% da área nacional até o dia 28de junho, segundo a Conab, acima dos 95% da média dos últimos cinco anos.
INTERNACIONAL – Os vencimentos seguiram acumulando quedas em junho, pressionados pelo avanço da colheita brasileira, que pode aumentar a oferta no mercado global, e por previsões indicando produção elevada nos Estados Unidos.
Com isso, os contratos Jul/25 e Set/25 recuaram 5,3% e 3,3% entre 30 de maio e 30 de junho, encerrando o intervalo a US$ 4,205/bushel (US$165,54/t) e a US$ 4,0925/bushel (US$ 161,11/t), nesta ordem.
Quanto às lavouras norte-americanas, o USDA aponta que, até o dia 30 de junho, 73% apresentavam boas condições, em linha com as 70% do mesmo período de 2024. Na Argentina, relatório da Bolsa de Cereais de Buenos Aires mostra que a colheita chegou a 55,3% da área nacional até o dia 25.
Confira o Agromensal do Milho de Junho/2025 completo, clicando aqui!
Fonte: Cepea
Autor:AGROMENSAIS JUNHO/2025
Site: CEPEA
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