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França diz que Comissão Europeia quer ‘impor’ acordo entre Mercosul e UE

A ministra francesa da Agricultura elevou o tom nesta quarta-feira (25) contra a Comissão Europeia, que ela acusa de querer “impor” o acordo entre a UE e os países sul-americanos do Mercosul, mas há incertezas sobre a capacidade da França de bloquear esse acordo comercial.
“As preocupações são intensas porque a Comissão quer impor sua vontade. Isso é muito grave. Os Estados não foram realmente envolvidos na negociação. Os agricultores, ainda menos”, indignou-se Annie Genevard ao lado de seu homólogo polonês, Czesław Siekierski, que compartilha suas preocupações.
“Estamos sendo apoiados em nossa luta por Hungria, Áustria, Irlanda, Países Baixos, Romênia, Itália, que expressaram suas grandes preocupações. É necessário que a Comissão tenha maioria qualificada para poder aprovar esse texto. Isso não está garantido”, acrescentou ela, também mencionando o compromisso da Bélgica.
Esses países emitiram reservas, mas nem todos indicaram claramente se se absteriam ou votariam contra.
A minoria de bloqueio – pelo menos quatro Estados-membros do Conselho, representando mais de 35% da população da União Europeia – não parece garantida para a ministra, que afirma, há semanas, estar perto disso, embora “não tenha certeza de nada”, e multiplicou deslocamentos para bloquear a adoção do tratado comercial entre a União Europeia e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).
“Poderíamos fazer uma declaração conjunta (com o ministro italiano) nesta sexta-feira em Roma. A Itália tem as mesmas reservas que nós”, afirmou ela nesta quarta-feira, embora o país, peso pesado na votação, não tenha indicado claramente sua decisão.
Um responsável europeu afirmou na terça-feira que “a proposta para uma assinatura e conclusão seria adotada pela Comissão antes do final do mês” de junho.
“Alguns falam do dia 30 de junho, não sabemos. Mas, de qualquer forma, se a Comissão se aventurasse a passar rapidamente e impor, ela nos encontrará (…) em seu caminho”, ameaçou Annie Genevard, acrescentando que isso poderia “levar os agricultores de volta às ruas”.
“Que sentido teria uma decisão tomada pela Comissão enquanto uma maioria não seria favorável a ela”, disse ela ainda.
– PAC também “ameaçada” –
O texto prevê a possibilidade de a UE exportar, em particular, mais carros, máquinas ou bebidas destiladas. Em contrapartida, facilitaria a entrada de carne, açúcar, arroz, mel e soja sul-americanos.
O comissário europeu da Agricultura, Christophe Hansen, declarou na terça-feira que as garantias para proteger os agricultores de concorrência desleal eram suficientes e rejeitou a ideia de um “protocolo adicional” mencionada pelo presidente Emmanuel Macron durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pressionava por uma rápida adoção.
Nesta quarta-feira, Annie Genevard declarou que seria de responsabilidade do presidente explicar em que consistiria um tal protocolo adicional.
Ela afirmou ter proposto na terça-feira aos 27 ministros da Agricultura, dos quais quinze eram favoráveis, uma medida prevendo uma “cláusula automática” para “todos os tratados de livre comércio” referente aos “limites máximos de resíduos” de pesticidas em produtos importados.
Assim, “nenhum produto tratado” com um pesticida proibido na Europa poderia “passar as fronteiras do mercado europeu”, acrescentou ela sem mais detalhes. Questionada sobre os prazos ou o instrumento legislativo que permitiria introduzir essa cláusula, a ministra não respondeu.
A crítica de Annie Genevard também se voltou para os “projetos da Comissão sobre a política agrícola comum”, enquanto as negociações sobre a próxima PAC estão apenas começando.
Questionado se esses projetos foram oficialmente comunicados pela Comissão, o ministério não respondeu.
“A PAC está ameaçada em seu orçamento e em seu caráter comum (…)”, alertou a ministra. As hipóteses de uma fusão dos fundos da PAC com fundos direcionados a outros setores e sua renacionalização, mencionadas em Bruxelas há meses sem comunicação oficial da Comissão até agora, “são verdadeiramente um perigo”, segundo Genevard.
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Cesta básica tem queda de 2,18% em MT e atinge menor valor em três meses, R$ 820 I MT

A cesta básica em Cuiabá registrou uma queda de 2,18% na terceira semana de julho, conforme dados do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT (IPF-MT). O valor médio do mantimento ficou em R$ 820,17, representando uma redução de R$ 18, 30 em relação à semana anterior o menor patamar em mais de três meses.
Apesar do recuo, o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destaca que a cesta ainda se mantém em um nível elevado, pressionando o orçamento das famílias cuiabanas.
“Mesmo com a queda, o valor ainda está próximo dos R$ 820,00, o que é alto quando comparado ao mesmo período do ano passado, mesmo considerando a inflação”, avaliou Wenceslau.
Os itens com queda foram: A batata: R$ 3,94/kg (queda de 18,58%) — 5ª queda consecutiva, atribuída à colheita de inverno, o tomate R$ 8,96/kg (queda de 7,88%) — maior oferta devido à safra do período, feijão R$ 6,09/kg (queda de 2,17%) — menor valor desde 2022, com mais oferta no mercado local.
A análise do IPF-MT aponta que a maior disponibilidade de produtos no mercado tem ajudado a reduzir os preços, trazendo algum alívio ao consumidor. No entanto, a persistência de um patamar alto para o valor total da cesta ainda representa um desafio para as famílias da capital mato-grossense.
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Secretários de MT e SP debatem avanços na reforma tributária e transformação digital

O secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, recebeu nesta sexta-feira (18.7), em Cuiabá, o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Samuel Kinoshita. O encontro teve como objetivo a troca de experiências sobre gestão fiscal, arrecadação tributária e inovação tecnológica aplicada à administração pública.
Durante a reunião, o principal tema discutido foi a modernização tecnológica na gestão dos tributos e os impactos da reforma tributária em andamento. Segundo Gallo, o intercâmbio entre os estados é essencial para alinhar as estratégias que vão sustentar o novo modelo de tributação nacional.
“Falamos sobre aprendizados, trocas de experiências e, claro, sobre o novo tributo criado pela reforma, o IBS. Discutimos como será a gestão desse imposto que reunirá todos os estados e municípios do país em um único comitê gestor. Precisamos falar a mesma linguagem, tanto na construção dos padrões quanto no uso da tecnologia. Precisamos tornar a vida dos empreendedores e dos cidadãos mais simples, mais fácil. Esse é o espírito da reforma tributária”, disse.
Na oportunidade, o secretário Samuel Kinoshita também destacou a importância da visita a Mato Grosso para conhecer de perto as soluções desenvolvidas pela Sefaz-MT.
“Os resultados de Mato Grosso dos últimos anos chamam muita atenção, o avanço do governador Mauro Mendes e do secretário Gallo são destaques no Comsefaz, nosso grupo de secretários de Fazenda de todo o país. Então eu vim aqui com o intuito primordial de aprender algumas das vertentes de trabalho, tanto na parte tecnológica, quanto na parte técnica tributária”, explicou.
Os gestores também trataram dos próximos passos para a construção do Comitê Gestor do IBS, debatendo a importância de integrar secretários de Fazenda de todos os estados em um processo coordenado e eficiente.
A visita ocorreu durante a passagem do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por Mato Grosso, que cumpriu agenda oficial ao lado do governador Mauro Mendes.
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Próxima semana será marcada por dois eventos dedicados à cadeia da soja

A cidade de Campinas sediará, na próxima semana, dois importantes eventos da cadeia produtiva de soja. Entre os dias 21 e 24 de julho, a cidade paulista será palco da 10ª edição do Congresso Brasileiro de Soja (Cbsoja), realizado em conjunto com o Mercosoja 2025. Promovido pela Embrapa Soja, o evento marca duas datas: os 100 anos da soja no Brasil e os 50 anos da Embrapa. As inscrições seguem abertas por aqui.
Com o tema “Pilares para o amanhã”, o encontro reunirá pesquisadores, produtores, técnicos, representantes da indústria, cooperativas, governo e setor financeiro, em uma agenda intensa voltada ao futuro da cultura da soja. As inscrições seguem abertas.
Há 14 temporadas, a Embrapa Soja mantém uma parceria técnica com o projeto Soja Brasil, fortalecendo sua atuação junto ao setor produtivo e reafirmando seu compromisso com a disseminação do conhecimento científico no campo.
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Programação técnica e espaço para prática
A agenda inclui quatro conferências e nove painéis temáticos, com mais de 50 palestras de especialistas do Brasil e do exterior. Os assuntos abordados englobam biotecnologia, sustentabilidade, valor agregado, propriedade intelectual, logística no Mercosul e desafios da agricultura tropical.
Uma das inovações desta edição é o espaço “Mãos à Obra”, voltado à discussão prática sobre temas-chave para o manejo da lavoura. Serão cinco focos principais: fertilidade do solo e adubação, controle de plantas daninhas, bioinsumos, manejo de nematoides e impedimentos ao desenvolvimento radicular.
Cenário internacional e produção científica
O congresso também sediará o workshop internacional Soybean2035, que propõe um debate sobre os próximos dez anos da biotecnologia na soja, com a participação de pesquisadores do Brasil, China, Estados Unidos e Canadá.
No campo da pesquisa, foram aprovados 328 trabalhos científicos, que serão apresentados em nove sessões temáticas. Os temas abordam desde fisiologia, genética e fitopatologia até economia rural e transferência de tecnologia.
Trajetória da soja no Brasil
Embora introduzida no país em 1882, a soja só passou a ter peso comercial na década de 1960. A criação da Embrapa, em 1975, foi determinante para o desenvolvimento de cultivares adaptadas às condições do Cerrado, ampliando o cultivo da oleaginosa para novas fronteiras agrícolas. Esse é um dos temas que será discutido durante a programação.
Segundo dados da Conab, o Brasil colheu cerca de 167 milhões de toneladas de soja na safra 2024/25, mantendo-se como o maior produtor mundial, à frente de Estados Unidos e Argentina.
Embrapa Soja e suas cinco décadas de protagonismo
Com 50 anos de atuação, a Embrapa Soja liderou avanços tecnológicos que contribuíram para elevar a produtividade, reduzir custos e ampliar a sustentabilidade da cultura no Brasil. A unidade é hoje considerada uma referência global em pesquisa aplicada à soja em ambientes tropicais.
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