Sustentabilidade
Análise Ceema: Cotação do trigo em Chicago deu um salto para US$5,74/bushel – MAIS SOJA

Por Argemiro Luís Brum
A cotação do trigo, em Chicago, que vinha relativamente estável durante o corrente mês de junho, deu um salto para US$ 5,74/bushel no dia 18/06 (dia 19, quinta-feira, foi feriado, igualmente, nos EUA). Quatro dias antes, este primeiro mês cotado registrava apenas US$ 5,26.
Este comportamento tem a ver com a futura produção nos EUA e algumas regiões do mundo, e a possibilidade de o mercado do cereal ser atingido, no seu transporte marítimo, pelo conflito entre Israel e Irã.
Dito isso, os embarques de trigo, pelos EUA, na semana encerrada em 12/06, somaram 388.752 toneladas, ficando dentro do esperado pelo mercado. Com isso, no atual ano comercial 2025/26, iniciado em 1º de junho, o total embarcado pelos EUA chega a 590.086 toneladas, ou seja, 17% menos do que no mesmo período do ano anterior.
E aqui no Brasil, o viés de baixa do trigo voltou a se fazer presente no Paraná. Neste estado o produto de qualidade superior caiu para R$ 78,00/saco, enquanto se manteve em R$ 70,00 no Rio Grande do Sul. A firmeza do Real, que nesta semana girou ao redor de R$ 5,50/dólar, permite importações mais baratas, o que segura os preços mesmo diante de uma expectativa de forte redução na área semeada nesta nova safra nacional. Soma-se a isso, a fraca demanda interna, com a maioria dos moinhos abastecidos, sendo que muitos trabalham com produto importado. Segundo a Conab, até o dia 7 de junho 42% da área nacional de trigo teria sido semeada, ficando 12,6% abaixo do registrado no mesmo período de 2024. No Paraná, o plantio já havia atingido a 85% da área esperada até o início da presente semana, enquanto no Rio Grande do Sul o mesmo chegava a 37% até o dia 18/06, contra 49% na média histórica.
A grande questão continua sendo o quanto a área do cereal será reduzida no país. Há dúvidas importantes ainda, embora a média das projeções tenha indicado algo ao redor de 20%. Mas o quadro ainda pode mudar. No Rio Grande do Sul, segundo a Emater local, a área recuaria “apenas” 10% sobre o ano anterior, ficando em 1,2 milhão de hectares, o que poderia gerar um total de 3,6 milhões de toneladas. Todavia, o clima voltou a apresentar problemas, com as fortes e constantes chuvas desta última semana, as quais causaram inundações generalizadas e muita erosão nas lavouras. O trigo já semeado teria sofrido bastante com esta realidade, já comprometendo a futura safra e/ou obrigado a muitos produtores a replantarem muitas áreas, algo que está longe de ser evidente diante dos elevados custos de produção. Por outro lado, muitos analistas e representantes do setor produtivo local avançam uma redução de área bem maior no estado.
Já no Paraná, estima-se um recuo de 25% na área semeada, com a mesma chegando a apenas 850.000 hectares. Mesmo assim se espera uma produção de 2,7 milhões de toneladas, em clima normal. Em considerando que o Paraná e o Rio Grande do Sul produziriam 80% da safra nacional do cereal, considerando os já existentes problemas climáticos e a necessidade de o clima se ajustar positivamente até o final da colheita, o volume final de trigo a ser colhido pelo Brasil pode ficar em 7,5 milhões de toneladas (talvez menos), contra os 7,9 milhões esperadas por parte do setor privado e os 8,2 milhões ainda esperados pela Conab.
Pelo sim ou pelo, o fato é que as importações de trigo pelo Brasil deverão crescer neste novo ano comercial, devendo alcançar até 7 milhões de toneladas, lembrando que o ano comercial 2025/26, para o trigo no Brasil, começa em 1º de agosto próximo.
Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹
1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).
Sustentabilidade
Sem novidades, mercado de arroz segue travado e desafiador – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de arroz encerra a penúltima semana de junho ainda travado, repetindo o padrão de comportamento observado desde o fim da última temporada: ora produtores tentam vender e não encontram compradores, ora indústrias voltam ao mercado, mas enfrentam resistência vendedora.
“Este vaivém entre oferta retida e demanda cautelosa reflete a ausência de vetores sólidos de retomada e um ambiente estruturalmente desequilibrado”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
No lado externo, os dados da balança comercial reforçam a estagnação. Entre março e maio, o Brasil acumulou um déficit de 42,7 mil toneladas (base casca), revelando que o fluxo de importações segue superior às exportações.
As vendas externas permaneceram praticamente estáveis em relação ao ano anterior (311,3 mil t em 2025 vs. 311,7 mil t em 2024), resultado muito aquém das expectativas do setor. Embora o arroz em casca tenha apresentado crescimento expressivo (+39,9%), puxado por México, Costa Rica e Venezuela, e o arroz quebrado tenha subido 4,5%, os embarques de arroz beneficiado caíram drasticamente (-37,7%), com retrações acentuadas para destinos tradicionais como Peru e Cuba.
Do lado das importações, houve redução geral de 6,3%, mas o recorte por categoria aponta alerta: o volume de arroz descascado subiu 11%, com Paraguai e Uruguai liderando os embarques ao Brasil. “Este tipo de arroz, que exige pouco beneficiamento interno, entra no país com vantagens competitivas e pressiona a indústria nacional, que já lida com margens negativas e custos elevados de operação”, lembra Oliveira.
A queda nas compras de arroz beneficiado, exceto pela alta vinda da Argentina (+104%), indica também uma tentativa do varejo de reduzir custos na ponta final da cadeia. “Esse cenário amplia a saturação do mercado interno, dificulta escoamento da produção nacional e inibe qualquer tentativa de recuperação consistente de preços”, lamenta o analista.
Para o consultor, a perda de espaço em mercados externos, somada à entrada de produto estrangeiro mais competitivo, reforça o ciclo de compressão de margens e adiamento de decisões estratégicas — tanto por parte dos produtores quanto das indústrias.
A média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou a quinta-feira em R$ 65,59, alta de 0,07% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo era de 11,91%, enquanto, em relação a 2024, a desvalorização atingia 42,10%.
Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News
Sustentabilidade
Mercado brasileiro de trigo segue travado e clima domina atenções no Sul; Safras projeta menor área em 2025 – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de trigo manteve ritmo lento nesta semana, com pouca movimentação nos preços e negócios pontuais. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, a principal atenção do setor está voltada para as condições climáticas, especialmente para as geadas registradas em áreas produtoras do Sul do país.
No Paraná, embora haja apreensão, a maioria das lavouras ainda não se encontra em estágios críticos, o que reduz o risco de perdas significativas. Já no Rio Grande do Sul, o frio tem sido, por enquanto, benéfico para o desenvolvimento das plantas, que se encontram em fases iniciais.
“A cautela dos agentes é reforçada pela perspectiva de uma redução expressiva na área plantada nesta safra, o que torna o impacto climático ainda mais sensível”, apontou o analista.
De acordo com Bento, caso haja quebras de produção, sobretudo no Paraná, que é principal polo de moagem do país, a necessidade de importações pode aumentar.
No mercado físico, os negócios seguiram pontuais. No Rio Grande do Sul, compradores têm indicado interesse de compra em torno de R$ 1.300 por tonelada. No Paraná, os moinhos sinalizam intenção de pagar cerca de R$ 1.450 por tonelada, com entrega CIF.
Área de plantio no Brasil
A mais recente pesquisa de intenção de plantio realizada pela Safras & Mercado para a safra 2025/26 aponta uma retração significativa na área destinada ao do trigo no Brasil. Segundo o analista Elcio Bento, a queda deve ser 16,5% em relação ao ciclo anterior.
A área cultivada deve passar de 2,957 milhões para 2,470 milhões de hectares. Desde o último levantamento, feito em abril, a retração já soma 2,2%, sinalizando que o desânimo com o trigo ganhou ainda mais força nos últimos meses.
De acordo com Bento, a decisão de plantar menos trigo é resultado de uma série de fatores que têm penalizado o produtor rural nos últimos anos. “Os preços baixos, muitas vezes abaixo dos custos de produção, margens negativas e a sucessão de eventos climáticos extremos (como secas, geadas e excesso de chuvas) provocaram quebras consecutivas de safra e comprometeram a renda no campo”, apontou.
Para completar o cenário, o acesso ao crédito rural e ao seguro agrícola tem se tornado cada vez mais difícil, agravado por limitações no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e alta inadimplência bancária. Diante disso, muitos agricultores optaram por culturas com menor risco e maior liquidez.
USDA
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga na segunda-feira (30), às 13h, seu relatório de área plantada. A expectativa do mercado é de que ela possa ocupar 45,410 milhões de acres na safra 2025/26, volume que fica acima dos 45,350 milhões de acres estimados em março. A área, entretanto, deve ficar abaixo dos 46,079 milhões de acres cultivados na temporada 2024/25.
Já no relatório de estoques trimestrais na posição 1 de junho, o mercado espera que eles sejam indicados em 835 milhões de bushels, volume que fica acima dos 696 milhões de bushels indicados na posição 1 de junho de 2024. Na posição 1 de março de 2025, os estoques haviam sido indicados em 1,237 bilhão de bushels.
Importações brasileiras
O line-up, programação das chegadas de trigo ao Brasil, projeta a importação de 611,607 mil toneladas em junho. O material foi elaborado por Safras & Mercado. Em maio, foram 446,432 mil toneladas. Para julho, já se projeta 144,650 mil toneladas.
O documento aponta que, na temporada 2024/25 (de agosto/24 a julho/25), os desembarques de trigo nos portos brasileiros somam 5,509 milhões de toneladas. O volume é 943 mil toneladas superior ao registrado no mesmo período do ano anterior.
Para mais informações, confira:
Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News
Sustentabilidade
Com soluções da Sumitomo Chemical, agricultor alcança maior produtividade de soja no Pará – MAIS SOJA

Na última safra, o agricultor Rodolfo Schlatter alcançou uma produtividade de 108,8 sacas por hectare na cultura de soja, integrando estratégias de manejo avançadas e colaborando com tecnologias modernas do portfólio da Sumitomo Chemical – Soluções para o Agro. Esse desempenho o consagrou campeão paraense no Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), do qual a Sumitomo Chemical é patrocinadora. Os resultados foram divulgados na última quinta-feira (26/6) durante o 17º Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja. A conquista reforça a importância da adoção de boas práticas agrícolas, do apoio técnico e da parceria entre pesquisa e indústria para promover ganhos de produtividade.
Engenheiro agrônomo e produtor rural, Rodolfo Schlatter é natural de Itambé (PR) e conquistou o resultado na fazenda Santana Rios, no município de Santana do Araguaia (PA), em uma área de sequeiro. Além do primeiro lugar no estado, alcançou ainda o sexto lugar na região.
“Parabenizamos com entusiasmo o nosso campeão no Pará Rodolfo Schlatter, produtor parceiro, por essa conquista que é fruto de trabalho sério, visão de futuro e paixão pela agricultura. A Sumitomo Chemical agradece a confiança e reforça seu compromisso com os produtores rurais, protagonistas do agronegócio brasileiro”, afirma Marcelo Figueira, gerente de Fungicidas e Líder para a Cultura da Soja da Sumitomo Chemical. “Rodolfo utilizou nossos BioRacionais em 100% da área inscrita no desafio. A companhia tem um portfólio que está presente em lavouras com as maiores produtividades da cultura da soja no Brasil e se orgulha de apoiar iniciativas como o Prêmio de Máxima Produtividade de Soja do Cesb, que reconhecem e impulsionam a alta performance no campo”, destaca.
Soluções para o Agro
Cliente da Sumitomo Chemical, Schlatter usou BioRacionais – produtos biológicos ou de origem natural que atuam na proteção, produtividade ou melhor qualidade da produção das plantas – em 100% da área inscrita no desafio.
A começar pela solução de tratamento de sementes Aveo® EZ, que cria uma simbiose com as raízes, formando um biofilme que protege do ataque de nematoides (vermes que ficam no solo). Também utilizou o inseticida Inside® FS, que elimina os alvos rapidamente, no manejo de sugadores.
Para impulsionar o desenvolvimento da planta, aplicou os reguladores de crescimento MaxCel® e ProGibb®, que fazem parte do programa SOJA+. MaxCel induz a formação de mais hastes laterais para uma melhor arquitetura produtiva da planta e ProGibb diminui significativamente o abortamento de flores e vagens, resultando em mais grãos e maior produtividade.
Somadas a essas eficientes soluções, o produtor utilizou também os fungicidas Pladius® e Excalia Max® e o MycoApply EndoFuse®, esta voltada para melhorar a qualidade biológica, promovendo maior longevidade, saúde e qualidade à planta.
Sobre a Sumitomo Chemical – Soluções para o Agro
Sediada em Tóquio, no Japão, a Sumitomo Chemical – Soluções para o Agro é uma das principais empresas de pesquisa e desenvolvimento de inovações para o campo no mundo. Fundada em 1913, está presente em mais de 180 países, com cerca de 34 mil funcionários. Na América Latina, a companhia opera com soluções para a agricultura e saúde ambiental, com o objetivo de promover o bem-estar e oferecer propostas sustentáveis para a produção de alimentos e a saúde da sociedade. No Brasil, a Sumitomo Chemical realiza suas atividades a partir de um escritório central, localizado em São Paulo (SP), um centro de pesquisas em Mogi Mirim (SP), um centro de inovação e uma fábrica, ambos em Maracanaú (CE), além de contar com unidades de distribuição e equipe técnica altamente capacitada em todo o território nacional. É signatária do Pacto Global e promove ações para contribuir com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) que estipula metas para transformar o mundo até 2030.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sumitomo Chemical
- Featured20 horas ago
Contas de luz permanecem com bandeira tarifária vermelha no mês de julho
- Politica19 horas ago
Emanuel garante presença na CPI da CS Mobi da Câmara e vê oportunidade para defender “legado”
- Business16 horas ago
Ibrafe e USDBC alinham e cooperação internacional em prol dos feijões
- Business18 horas ago
federação quer que governo do RS use taxa do setor para apoiar comercialização
- Business11 horas ago
Safra global de grãos terá alta em 2025/26 puxada pelo milho
- Politica9 horas ago
Desembargador se aposenta no Tribunal de Justiça e retorna à advocacia aos 75 anos em MT
- Politica11 horas ago
Secretária de Comunicação de Várzea Grande desmente suposta saída do cargo
- Business9 horas ago
Semana negativa para a soja em Chicago, com pressão da ampla oferta e clima favorável nos EUA