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Asiáticos compram menos e impactam nos volumes exportados

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Mesmo com safra recorde, Mato Grosso – maior produtor de soja do Brasil – não contabiliza ganhos no comércio exterior

Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que houve uma ligeira redução no volume exportador de soja, neste ano.

O motivo é a perda de apetite de potenciais compradores: Tailândia, Bangladesh e a transcontinental Turquia.

Como explicam os analistas do Imea, em maio, o Brasil exportou 14,10 milhões de toneladas de soja, volume 4,93% superior ao registrado no mesmo período de 2024.

No acumulado de 2025, as exportações de soja atingiram o recorde de 51,53 mi t, aumento de 2,67% ante ao acumulado de 2024.

Esse crescimento está relacionado à ampla disponibilidade de soja no país, resultado de uma grande temporada.

Destaca-se que, no acumulado de 2025, a China importou 2,38 mi t a mais em comparação com 2024, impulsionando o volume total exportado.

Mesmo com safra recorde, Mato Grosso – maior produtor de soja do Brasil – não contabiliza ganhos no comércio exterior.

Conforme o Instituto, as exportações da soja mato-grossense somaram 4,95 mi t em maio/25, alta de 17,36% ante maio/24.

No entanto, no acumulado do ano, o estado exportou 16,96 mi t, 0,69% inferior ao acumulado de 2024, motivado pela redução das importações por países como Tailândia, Turquia e Bangladesh que juntos totalizaram 0,88 mi t.

Segundo os analistas do Imea, embora as compras chinesas tenham aumentado 12,68%, esse crescimento não foi suficiente para compensar as perdas, resultando na retração das exportações do Estado.

COMERCIALIZAÇÃO – Em maio/25, a comercialização de soja para a safra 2024/25, em Mato Grosso, apresentou um avanço de 5,47 pontos percentuais (p.p.) no comparativo mensal, alcançando 76,02% da produção.

Esse desempenho é pautado pela necessidade dos produtores de fazer caixa e abrir espaço nos armazéns. O progresso no ritmo das vendas só não foi maior devido ao recuo mensal de 1,26% no preço negociado da oleaginosa em maio/25, que fechou na média de R$ 110,64/sc, explicam os analistas.

No que se refere à safra 2025/26, a comercialização da temporada atingiu 14,15% da produção estimada, representando um avanço de 3,44 p.p. em comparação ao mês anterior.

Essa evolução foi impulsionada pela valorização de 1,79% no preço mensal, que ficou na média de R$ 111,93/sc, o que estimulou os produtores a aproveitarem o cenário favorável e intensificarem as vendas.

Destaca-se que a comercialização da safra 2025/26 está 2,36 p.p. abaixo do registrado no mesmo período da safra anterior, reflexo das incertezas em relação à próxima temporada.

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Business

Cesta básica tem queda de 2,18% em MT e atinge menor valor em três meses, R$ 820 I MT

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A cesta básica em Cuiabá registrou uma queda de 2,18% na terceira semana de julho, conforme dados do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT (IPF-MT). O valor médio do mantimento ficou em  R$ 820,17,  representando uma redução de R$ 18, 30 em relação à semana anterior  o menor patamar em mais de três meses.

Apesar do recuo, o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destaca que a cesta ainda se mantém em um nível elevado, pressionando o orçamento das famílias cuiabanas.

“Mesmo com a queda, o valor ainda está próximo dos R$ 820,00, o que é alto quando comparado ao mesmo período do ano passado, mesmo considerando a inflação”, avaliou Wenceslau.

Os itens com queda foram: A batata:  R$ 3,94/kg (queda de 18,58%) — 5ª queda consecutiva, atribuída à colheita de inverno, o tomate R$ 8,96/kg (queda de 7,88%) — maior oferta devido à safra do período,  feijão R$ 6,09/kg (queda de 2,17%) — menor valor desde 2022, com mais oferta no mercado local.

A análise do IPF-MT aponta que a maior disponibilidade de produtos no mercado tem ajudado a reduzir os preços, trazendo algum alívio ao consumidor. No entanto, a persistência de um patamar alto para o valor total da cesta ainda representa um desafio para as famílias da capital mato-grossense.

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Secretários de MT e SP debatem avanços na reforma tributária e transformação digital

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O secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, recebeu nesta sexta-feira (18.7), em Cuiabá, o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Samuel Kinoshita. O encontro teve como objetivo a troca de experiências sobre gestão fiscal, arrecadação tributária e inovação tecnológica aplicada à administração pública.

Durante a reunião, o principal tema discutido foi a modernização tecnológica na gestão dos tributos e os impactos da reforma tributária em andamento. Segundo Gallo, o intercâmbio entre os estados é essencial para alinhar as estratégias que vão sustentar o novo modelo de tributação nacional.

“Falamos sobre aprendizados, trocas de experiências e, claro, sobre o novo tributo criado pela reforma, o IBS. Discutimos como será a gestão desse imposto que reunirá todos os estados e municípios do país em um único comitê gestor. Precisamos falar a mesma linguagem, tanto na construção dos padrões quanto no uso da tecnologia. Precisamos tornar a vida dos empreendedores e dos cidadãos mais simples, mais fácil. Esse é o espírito da reforma tributária”, disse.

Na oportunidade, o secretário Samuel Kinoshita também destacou a importância da visita a Mato Grosso para conhecer de perto as soluções desenvolvidas pela Sefaz-MT.

“Os resultados de Mato Grosso dos últimos anos chamam muita atenção, o avanço do governador Mauro Mendes e do secretário Gallo são destaques no Comsefaz, nosso grupo de secretários de Fazenda de todo o país. Então eu vim aqui com o intuito primordial de aprender algumas das vertentes de trabalho, tanto na parte tecnológica, quanto na parte técnica tributária”, explicou. 

Os gestores também trataram dos próximos passos para a construção do Comitê Gestor do IBS, debatendo a importância de integrar secretários de Fazenda de todos os estados em um processo coordenado e eficiente.

A visita ocorreu durante a passagem do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por Mato Grosso, que cumpriu agenda oficial ao lado do governador Mauro Mendes.



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Próxima semana será marcada por dois eventos dedicados à cadeia da soja

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A cidade de Campinas sediará, na próxima semana, dois importantes eventos da cadeia produtiva de soja. Entre os dias 21 e 24 de julho, a cidade paulista será palco da 10ª edição do Congresso Brasileiro de Soja (Cbsoja), realizado em conjunto com o Mercosoja 2025. Promovido pela Embrapa Soja, o evento marca duas datas: os 100 anos da soja no Brasil e os 50 anos da Embrapa. As inscrições seguem abertas por aqui.

Com o tema “Pilares para o amanhã”, o encontro reunirá pesquisadores, produtores, técnicos, representantes da indústria, cooperativas, governo e setor financeiro, em uma agenda intensa voltada ao futuro da cultura da soja. As inscrições seguem abertas.

Há 14 temporadas, a Embrapa Soja mantém uma parceria técnica com o projeto Soja Brasil, fortalecendo sua atuação junto ao setor produtivo e reafirmando seu compromisso com a disseminação do conhecimento científico no campo.

  • Fique por dentro das novidades e notícias recentes sobre a soja! Participe da nossa comunidade através do link! 🌱

Programação técnica e espaço para prática

A agenda inclui quatro conferências e nove painéis temáticos, com mais de 50 palestras de especialistas do Brasil e do exterior. Os assuntos abordados englobam biotecnologia, sustentabilidade, valor agregado, propriedade intelectual, logística no Mercosul e desafios da agricultura tropical.

Uma das inovações desta edição é o espaço “Mãos à Obra”, voltado à discussão prática sobre temas-chave para o manejo da lavoura. Serão cinco focos principais: fertilidade do solo e adubação, controle de plantas daninhas, bioinsumos, manejo de nematoides e impedimentos ao desenvolvimento radicular.

Cenário internacional e produção científica

O congresso também sediará o workshop internacional Soybean2035, que propõe um debate sobre os próximos dez anos da biotecnologia na soja, com a participação de pesquisadores do Brasil, China, Estados Unidos e Canadá.

No campo da pesquisa, foram aprovados 328 trabalhos científicos, que serão apresentados em nove sessões temáticas. Os temas abordam desde fisiologia, genética e fitopatologia até economia rural e transferência de tecnologia.

Trajetória da soja no Brasil

Embora introduzida no país em 1882, a soja só passou a ter peso comercial na década de 1960. A criação da Embrapa, em 1975, foi determinante para o desenvolvimento de cultivares adaptadas às condições do Cerrado, ampliando o cultivo da oleaginosa para novas fronteiras agrícolas. Esse é um dos temas que será discutido durante a programação.

Segundo dados da Conab, o Brasil colheu cerca de 167 milhões de toneladas de soja na safra 2024/25, mantendo-se como o maior produtor mundial, à frente de Estados Unidos e Argentina.

Embrapa Soja e suas cinco décadas de protagonismo

Com 50 anos de atuação, a Embrapa Soja liderou avanços tecnológicos que contribuíram para elevar a produtividade, reduzir custos e ampliar a sustentabilidade da cultura no Brasil. A unidade é hoje considerada uma referência global em pesquisa aplicada à soja em ambientes tropicais.

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