Agro Mato Grosso
Lula homologa demarcação de terras indígenas e delimita áreas ocupadas por fazendas em MT

Decretos garantem a posse permanente dos povos indígenas Parecis, Irantxe-Manoki e Paresí, respectivamente, em áreas que somam mais de 250 mil hectares.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) homologou a demarcação administrativa de três terras indígenas em Mato Grosso: a Terra Indígena Estação Parecis, em Diamantino, a Terra Indígena Manoki, em Brasnorte, e a Terra Indígena Uirapuru, localizada nos municípios de Campos de Júlio, Nova Lacerda e Conquista D’Oeste.
Os decretos, publicados no Diário Oficial da União, nesta terça-feira (18), garantem a posse permanente dos povos indígenas Parecis, Irantxe-Manoki e Paresí, respectivamente, em áreas que somam mais de 250 mil hectares.
A homologação das três terras indígenas foi realizada com base na Lei do Estatuto do Índio, que estabelece que a demarcação de terras indígenas deve ser confirmada pelo presidente da República, garantindo a posse permanente das comunidades sobre os territórios.
As medidas integram o conjunto de atos do Poder Executivo previstos na legislação que rege a demarcação de terras indígenas no país.
T.I Estação Parecis
A área, destinada ao povo indígena Parecis, possui 2.170 hectares e teve o processo conduzido pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Com a homologação presidencial, que é a última etapa antes do registro em cartório, o território passa a ter garantia plena de posse permanente pelos indígenas.
Na homologação consta que o perímetro da Terra Indígena Estação Parecis começa confrontando a fazenda Espigão e segue delimitado por estradas vicinais, cruzando diversos trechos da propriedade.
A demarcação continua ao longo das fazendas SamPaulo-Parcela 01 e Brasilusa, sempre acompanhando estradas vicinais e limites ideais das propriedades vizinhas. Parte da área também é limitada pela fazenda Beira do Rio Chapéu e pela fazenda Colorado, com trechos ao longo da faixa de domínio da rodovia federal BR-364.
O limite segue cruzando trevos e estradas de acesso, passando próximo à Aldeia Parecis, até alcançar o Córrego do Cágado, que marca a divisa final antes de retornar ao ponto inicial próximo à Fazenda Espigão.
T.I Manoki
A área, destinada ao povo indígena Irantxe-Manoki, possui 250.539 hectares e também teve o processo conduzido pela Funai. Com a homologação presidencial, o território passa a ter garantia plena de posse permanente pelos indígenas.
Segundo o decreto, o perímetro da TI Manoki segue confrontando diversas propriedades rurais, estradas vicinais e trechos da faixa de domínio da rodovia federal BR-364. A delimitação inclui trechos próximos a outras terras e cursos d’água, garantindo que os limites estejam claramente definidos e respeitando os marcos naturais e infraestruturais existentes.
A demarcação continua ao longo do perímetro iniciado no ponto P-01, na confluência do Rio Treze de Maio com o Rio do Sangue, seguindo pela margem esquerda até o encontro com o Rio Membeca e, em seguida, pela margem esquerda do rio até a confluência com um igarapé sem nome.
O limite segue pelo Igarapé Uga, alcançando o marco próximo à cabeceira e à Fazenda Uga-Uga. Depois, percorre linhas secas que confrontam as fazendas Agro São Luiz, Valdir Orso, São Bernardo, Agro São Luiz novamente, Palotinence, Palotinence II, Mariussi, Perdigão, Triângulo, Horizonte Norte, Guanabara, Membeca e Centro Oeste, retornando à margem direita do Rio Treze de Maio, completando o contorno da área.
T.I Uirapuru
ATerra Indígena Uirapuru fica localizada nos municípios de Campos de Júlio, Nova Lacerda e Conquista D’Oeste. A homologação garante ao povo Paresí a posse permanente da área, que possui superfície total de 21.667 hectares.
O documento detalha que a terra indígena está integralmente inserida nos três municípios citados, obedecendo ao traçado definido pelos estudos técnicos realizados para delimitação administrativa.
A homologação formaliza os limites estabelecidos pela Funai e assegura que o território seja destinado exclusivamente à ocupação tradicional do povo Paresí, conforme determina a legislação.
A área homologada da T.I Uirapuru abrange uma ampla faixa territorial delimitada por rios, cabeceiras d’água, rodovia federal e diversas propriedades rurais da região. O perímetro tem início na confluência do Rio Juininha com a cabeceira do Rio Juína e segue por esse curso d’água até alcançar a divisa com a Fazenda Sol Aberto.
A demarcação acompanha uma série de limites com essa propriedade, avança pela margem esquerda do Rio Juína e prossegue até a confrontação com a Fazenda Carolina. O traçado também acompanha o Igarapé do Motinha, segue até o Rio Securi, ponto de encontro com a Terra Indígena Juininha, e continua por trechos que fazem divisa com essa T.I.
Em seguida, o perímetro alcança a faixa de domínio da BR-364, pela qual avança no sentido entre Conquista D’Oeste e Nova Lacerda, passando por diversos pontos de referência ao longo da rodovia. Na área sul, o território confronta ainda com a Fazenda Montedan, e depois segue até retornar à cabeceira do Rio Juininha, encerrando o circuito.
Agro Mato Grosso
Governo de Mato Grosso aciona STF contra decreto ilegal de Lula I MT

Estado aponta ausência de ocupação indígena, omissão no processo e risco à segurança jurídica de famílias e produtores
O Governo de Mato Grosso entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender os efeitos do decreto assinado pelo presidente Lula, que amplia a Terra Indígena Manoki, em Brasnorte, de 46 mil para 252 mil hectares, por ser inconstitucional.
O pedido foi protocolado nesta semana e está anexado na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nº 87, sob relatoria do ministro Gilmar Mendes.
Na ação, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) alegou que o ato do presidente viola a Lei 14.701/2023 (que estabelece o marco temporal).
“A tentativa de ampliação revela grave afronta ao princípio da legalidade, pois desconsidera o artigo 13 da nova lei, que veda de forma expressa a ampliação de terras já homologadas”, diz trecho do documento.
Outro ponto-chave da ação é a ausência de comprovação de ocupação indígena na nova área até 5 de outubro de 1988, que é o marco estabelecido para reconhecimento de terras tradicionais.
A PGE afirmou que há registros históricos e jurídicos que comprovam que a área “foi ocupada por famílias não indígenas desde a década de 1950, com plena ciência do poder público”.
“Não há vestígios materiais, registros ou presença cultural que indiquem ocupação indígena na data constitucionalmente exigida”, relatou.
Outro ponto de atenção apontado na ação foi o impacto social e fundiário gerado pela medida. O governo afirma que a ampliação atinge diretamente centenas de produtores e famílias com títulos legítimos, Cadastros Ambientais Rurais (CAR) ativos e, em alguns casos, decisões judiciais reconhecendo sua ocupação regular.
“A ampliação promovida por decreto desestrutura a malha fundiária da região e instaura o caos jurídico, penalizando cidadãos que sempre atuaram conforme a lei”.
A PGE também criticou a ausência de diálogo com o Estado e o município de Brasnorte, que são diretamente afetados pelo decreto.
“Não houve qualquer consulta ou notificação formal aos entes federativos diretamente afetados, o que compromete a legitimidade do processo e afronta o pacto federativo”, pontuou.
De acordo com o governador Mauro Mendes, a ação não questiona os direitos dos povos indígenas, mas sim o desrespeito à legislação e às garantias fundamentais.
“Não aceitaremos que um decreto presidencial, editado de forma açodada e sem respaldo legal, prejudique quem produz e vive há décadas nessas regiões”, declarou.
Atualmente, Mato Grosso possui 73 terras indígenas demarcadas, que somam mais de 15 milhões de hectares, o equivalente a 16% de todo o território estadual.
“Defendemos o meio ambiente, respeitamos as comunidades indígenas, mas exigimos que tudo seja feito dentro da lei. A Constituição não pode ser ignorada para atender interesses ideológicos”, concluiu o governador.
Agro Mato Grosso
Tempestade com ventos de até 100 km/h colocam 57 municípios de MT em alerta; saiba quais

Regiões podem registrar precipitação de até 60 mm por hora e rajadas de 100 km/h, segundo o Inmet. Alerta vale até sábado e inclui risco de alagamentos, quedas de galhos e falta de energia.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo para tempestades em Cuiabá e outros 56 municípios de Mato Grosso. O aviso vale entre esta sexta-feira (21) e sábado (22).
Segundo o órgão, podem ocorrer chuvas entre 30 e 60 milímetros por hora e ventos que variam de 60 a 100 km/h durante o período. A combinação de chuva intensa e rajadas fortes aumenta o risco de cortes de energia elétrica, queda de galhos, alagamentos e descargas elétricas.
O órgão alerta para que aumenta a possibilidade de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas. Para reforçar a segurança da população, a Defesa Civil orienta que moradores evitem:
- Evitar áreas alagadas;
- Buscar abrigo seguro durante rajadas de vento;
- Manter distância de árvores e estruturas metálicas;
- Interromper a condução do veículo caso a visibilidade fique comprometida;
- Checar telhados, calhas e árvores próximas às residências.
Confira os municípios em alerta de perigo: Acorizal, Alto Paraguai, Araputanga, Arenápolis, Barão de Melgaço, Barra do Bugres, Brasnorte, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Comodoro, Conquista D’Oeste, Cuiabá, Curvelândia, Denise, Diamantino, Figueirópolis D’Oeste, Glória D’Oeste, Indiavaí, Itiquira, Jangada, Jauru, Juara, Juína, Lambari D’Oeste, Lucas do Rio Verde, Mirassol d’Oeste, Nobres, Nortelândia, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Nova Lacerda, Nova Marilândia, Nova Maringá, Nova Mutum, Nova Olímpia, Poconé, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião, Porto Estrela, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Rosário Oeste, Salto do Céu, Santa Rita do Trivelato, Santo Afonso, Santo Antônio do Leverger, São José do Rio Claro, São José dos Quatro Marcos, Sapezal, Tangará da Serra, Tapurah, Vale de São Domingos, Várzea Grande e Vila Bela da Santíssima Trindade.
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Veja munícipios com risco de perigo em potencial neste fim de semana
🌧️ Perigo em potencial
Cidades como Água Boa, Alta Floresta, Araguaiana e Barra do Garças também estão em alerta de perigo potencial, mas com previsão de chuvas mais moderadas em relação ao restante do estado.
Nessas regiões, não há risco iminente, porém podem ocorrer precipitações entre 20 e 30 milímetros por hora e ventos de 40 a 60 km/h até as 10h deste sábado (22).
Agro Mato Grosso
Trabalhador é internado em estado grave após ficar com perna presa em silo de grãos em MT

Equipe do Samu já atuava no local quando Ciopaer chegou para atender a ocorrência. Circunstância do acidente é investigada.
Um trabalhador foi internado em estado grave após ficar com a perna presa em um silo de grãos em uma fazenda em Boa Esperança do Norte, a 420 km de Cuiabá. Uma equipe da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) fez o resgate e o levou até o hospital em Sorriso (veja momento acima).
A circunstância do acidente é investigada.
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No local, a equipe não precisou usar ferramentas especiais, como um desencarcerador, para liberar a perna da vítima. Porém, diante da gravidade do quadro, a equipe precisou levar o trabalhador de helicóptero até a cidade.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já atendia a vítima quando a equipe do Ciopaer chegou ao local do acidente.
A vítima permanece internada. O acidente é investigado.
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