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Do chão à ciência: como pesquisa e tecnologia transformaram a soja em MT

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O aumento da produção de grão no estado é resultado direto de décadas de pesquisa científica, avanços tecnológicos e mudanças profundas nas práticas agrícolas.

O agricultor Ignácio Shevenski, que vive a rotina da lavoura desde criança, contou que sofreu muito no início, mas, com os avanços tecnológicos e infraestrutura, a vida no campo mudou. Segundo ele, uma das maiores melhorias foi no sistema de plantio.

“Antes a gente mexia na terra todo ano, passava grade aradora. Hoje ninguém mais planta assim. É tudo na palhada, com plantio direto. E os insumos também mudaram, estão mais adequados ao meio ambiente”, explicou.

Pesquisas em sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas são responsáveis por ganhos expressivos de produtividade.

De acordo com o doutor em ciência e tecnologia de sementes da Aprosmat, Suemar Avelar, o avanço genético foi um fator decisivo, já que atualmente os cultivares têm tolerância a herbicidas, resistência a insetos, maior tolerância à seca e doenças.

“A qualidade da semente também é rigorosamente controlada. No caso da soja, precisamos de 99% de pureza, qualquer parte de planta, solo ou inseto é considerado material inerte. E semente de outra espécie não pode estar presente. Com a escolha do material certo pode aumentar o rendimento em até 30%, disse.

Outro avanço na pesquisa que tem ajudado muito no campo é o adjuvante — produto que potencializa a ação de fertilizantes e defensivos. Os fertilizantes são a vitamina da planta. Os defensivos, o remédio. O adjuvante garante que esse tratamento funcione.

Segundo o químico industrial Marcelo Garcia, o adjuvante dá peso à gota, faz com que a calda caia onde tem que cair e, sem as pesquisas, a produção não avançaria.

Verticalização da produção

 

A cidade de Sorriso é um dos pilares do agronegócio em MT — Foto: TVCA/Reprodução

A cidade de Sorriso é um dos pilares do agronegócio em MT — Foto: TVCA/Reprodução

A verticalização da produção também contribuiu para o desenvolvimento regional, segundo o agricultor Marino Franz. Em 2006, a Sadia, que hoje é a Brasil Foods (BRF) veio para o estado. Para o agricultor, isso motivou o aumento da qualidade da produção, o que alavancou a industrialização agregando valor e fortalecendo a economia local.

O presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Diogo Damiani, afirmou que a soja teve um grande impacto no crescimento da cidade. Ele informou que Sorriso cresceu 20% ao ano e tem cerca de 1.200 escritórios de agronegócio e indústrias que transformam o grão em produtos industrializados. Isso representa quase 15% das ações do estado.

Mato Grosso tem sido exemplo de como tradição e inovação podem caminhar juntas. E como o trabalho no campo, aliado à pesquisa, pode transformar uma região e alimentar o mundo.

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MP denuncia empresário por 120 golpes e fraude de mais de R$ 20 milhões

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O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou na última sexta-feira (10) Celso Antônio Fruet, um empresário de 72 anos do ramo de cereais, que aplicou golpes contra pelo menos 120 produtores rurais e lucrou ilicitamente R$ 20,3 milhões no município de Campo Bonito, no oeste do estrado.

O golpista era proprietário de uma empresa cerealista. Mesmo após vender o seu negócio para uma cooperativa da região, continuou negociando grãos com diversos agricultores, adquirindo e recebendo mercadorias sem realizar os pagamentos.

Segundo a promotora de Justiça Ana Carolina Lacerda Schneider, a venda de sua empresa gerou lucro de mais de R$ 40 milhões. O MP está em processo de verificação sobre a destinação do dinheiro.

De acordo com investigação, o denunciado possuía o negócio há cerca de 30 anos na região e atuava armazenando sacas de soja e trigo de agricultores nos silos de sua propriedade.

Consequências para vítimas e golpista

As vítimas receberam a notificação da fraude no dia 21 de julho deste ano quando, ao se deslocaram até o estabelecimento comercial de Fruet, descobriram o local vendido e as atividades encerradas.

Conforme denúncia, a Promotoria de Justiça acredita que ele se aproveitava da relação de confiança que criou com diversos produtores rurais para aplicar os golpes.

Além disso, as investigações também apontaram que ele teria praticado crimes semelhantes em anos anteriores nos municípios paranaenses de Capanema e Catanduvas, sendo que esses crimes já prescreveram.

Ao todo, Celso Antônio Fruet foi denunciado por 124 ocorrências do crime de estelionato, sendo que em 38 desses casos as vítimas eram idosos. Além da condenação às penas previstas em lei, o MP também requer o pagamento de valor mínimo a título de reparação aos danos causados às vítimas.

O suspeito tem um mandado de prisão em aberto e é considerado foragido pela polícia.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

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Chuva sem trégua? Frente fria segue no Brasil e muda o tempo nos próximos dias

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Nesta semana, a frente fria que atua sobre o Brasil avança e espalha chuva por áreas de São Paulo, Minas Gerais e Centro-Oeste, ajudando a repor a umidade do solo e a impulsionar o ritmo da semeadura da safra 2025/26.

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Sul do país

No Sul do país, a previsão indica o retorno das precipitações ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná a partir de sexta-feira (17) e sábado (18), com a chegada de uma nova frente fria. Essa chuva é essencial para manter o solo úmido e garantir boas condições para o plantio.

Calorão no Matopiba

Enquanto isso, o Matopiba segue sob atenção pela falta de chuva. A boa notícia é que, entre os dias 19 e 23 de outubro, as precipitações devem finalmente avançar para o centro-sul da Bahia e parte do Tocantins, com volumes de até 50 milímetros e aliviando o calor e o tempo seco.

Chuvas previstas

No mesmo período, as chuvas permanecem constantes em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, com acumulados próximos de 50 mm, praticamente encerrando o déficit hídrico em várias áreas produtoras.

Previsão para Sorriso (MT)

Em municípios estratégicos, como Sorriso (MT), os próximos 30 dias devem registrar temperaturas entre 30 °C e 33 °C, acompanhadas de chuvas frequentes. A atenção do produtor deve se voltar especialmente ao período de 19 a 22 de outubro, quando os volumes podem variar de 30 mm a 60 mm e comprometer os trabalhos de campo. No geral, a umidade será bastante favorável entre os dias 17 e 19 e novamente entre 23 e 28 de outubro.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.
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Tensões entre EUA e China não ‘mudam jogo’ para soja brasileira, diz analista

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Os recentes eventos envolvendo China e Estados Unidos seguirão reverberando no mercado agrícola, especialmente na soja. Na última sexta-feira (10), Donald Trump anunciou uma tarifa adicional de 100% contra o país asiático, após a limitação das exportações de terras raras e produtos fabricados a partir desses elementos.

O governo dos EUA, entretanto, voltou atrás e adiou a medida, que passaria a valer em 1º de novembro. Para o consultor em agronegócios, Carlos Cogo, esse movimento não “muda o jogo” para o Brasil. Sobre um possível acordo entre os dois países, ele avalia que esse cenário fica cada vez mais distante.

Impactos na soja em Chicago e no Brasil

Na avaliação de Cogo, o cenário mais provável a partir de agora é de pressão sobre as cotações futuras em Chicago, mas sem avanço significativo, já que não há demanda por soja norte-americana. Nesse sentido, o Brasil segue abastecendo o mercado chinês. Das 12,87 milhões de toneladas compradas pela China em setembro, 78% correspondem à soja brasileira.

“Os chineses continuam comprando grandes volumes aqui e já se preparam para a nova safra brasileira e na América do Sul, o que deve fortalecer os prêmios no Brasil”, explica. Segundo o especialista, o movimento deve ocorrer principalmente no primeiro semestre de 2026, gerando preços melhores para o produtor.

Diante desse cenário, Cogo afirma que não há impacto relevante ou mudança significativa para o mercado brasileiro. “Com a colheita, nossa soja já tende a ser mais valorizada, o que praticamente não muda o jogo para nós neste momento”, conclui.

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