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Agro Mato Grosso

Com incentivo do Governo de MT, o produtor de Aripuanã colhe primeira safra de café

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Habituado à lida no campo, ele destaca que a transição para a cultura do café não foi difícil

Os investimentos realizados pelo Governo de Mato Grosso estão criando novas oportunidades na agricultura familiar. A história do produtor, Maurílio Márcio Lima, de Aripuanã, é um exemplo disso. Aos 60 anos, ao lado da esposa, ele trocou a criação de gado pelo cultivo do café e já colhe os primeiros resultados. Com incentivo da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e assistência técnica da Empresa de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), o casal cuida sozinho de 4.600 pés de café em 1,5 hectare. A experiência, que começou com incentivo público, já virou paixão e alternativa de renda para a família.

 

“A gente mexia com o gado, aí resolvemos mexer com o café. Vamos tentar plantar mais um pouco, porque estou achando muito boa essa produção. Esse é o primeiro ano da colheita, e é só eu e minha esposa que cuidamos”, contou seo Maurílio.

Habituado à lida no campo, ele destaca que a transição para a cultura do café não foi difícil, especialmente com o apoio técnico constante. “A gente já é acostumado a lidar aqui no sítio, então não temos muita dificuldade. Em cada passo temos o apoio da Seaf, do técnico da Empaer e da Secretaria de Agricultura. Eles olham, fazem análise da terra, é um apoio muito bom”, afirmou.

A conexão com a cultura do café veio justamente por meio da Seaf em parceria com o município. Para Maurílio, cultivar a terra é mais do que um trabalho, é uma forma de vida.

“Se eu tivesse condições de plantar mais café, eu plantaria. Na minha rotina, o que mais gosto de fazer é lidar com o café. Hoje, com esse Governo, está bem melhor. Temos mais força e incentivo para trabalhar. A gente tem o apoio da prefeitura também. Agora estou até animado a iniciar a produção de mel, com apoio da Seaf e assistência da Empaer vamos ter condições de aprender também a produzir mel”, compartilhou.

O Dia Internacional do Café é lembrado no dia 1º de outubro por 75 países membros da Organização Internacional do Café (OIC), e o principal produtor mundial é o Brasil. No ranking nacional Mato Grosso ocupa a nona posição, e a maior parte da produção está na agricultura de pequena escala.

Impacto direto das políticas públicas

A prefeita de Aripuanã, Seluir Peixer, ressalta a importância do investimento que vem sendo entregue aos pequenos produtores e o impacto disso no município. “Aqui na propriedade do seo Maurílio a gente vê a importância de quando há incentivo, de quando tem o olhar do Governo para o produtor iniciar uma produção e para ele querer ficar em sua terra e ter como sobreviver dela. A gente vê o pedacinho de terra do seo Maurílio, quase 5 mil mudas de café e agora, em pouco tempo, ele vai colher sua primeira safra”, destacou.

Segundo ela, o investimento em infraestrutura e equipamentos vem mudando a realidade no campo. “Nos últimos anos, o nosso Governo tem investido muito em infraestrutura para o produtor de pequena escala. O município recebeu patrulha mecanizada, irrigação; e isso está fazendo a diferença para eles quererem ficar na terra, mas ficarem felizes, produzindo e colhendo com qualidade”, reforçou

A prefeita também destacou a parceria com os órgãos estaduais: “A gente é grato ao nosso Governo, juntamente com a Seaf e a Empaer com assistência técnica. Às vezes o produtor está ali preocupado em plantar e fazer o essencial que é a água para molhar, mas existe todo o conhecimento técnico, o tempo certo de clima, e aí entra o governo. A agricultura de pequena escala é a nossa força, o nosso orgulho”, destacou a prefeita.

Tecnologia e conhecimento transformando realidades

Walison Mendonça de Souza, técnico agropecuário da Empaer, é o responsável pelo acompanhamento da propriedade de seo Maurílio e explica os benefícios da escolha pela cultura do café clonal, que tem alta produtividade e exige menos mão de obra.

“A receptividade do produtor para atuar com a cultura do café aqui em Aripuanã é muito boa, porque ela ocupa pouco espaço e tem alta rentabilidade. Um exemplo: na propriedade do seo Maurílio temos 1,5 hectare do lado da casa dele. Ele está o tempo todo presente e consegue acompanhar tudo. Ele e a esposa, mesmo com idade mais avançada, mantêm uma roça muito bem cuidada”, explicou.

O técnico agropecuário ainda esclareceu que o uso de tecnologias simples está ao alcance do produtor e facilita o manejo. “A irrigação é automatizada, basta abrir o registro e monitorar. Quando surge alguma dúvida ou necessidade, eles nos procuram e damos o suporte. Isso torna o processo produtivo mais leve e eficiente”, completou.

Expansão regional da cultura do café

Na ponta a direita, o gestor regional da Empaer, José Aparecido

O gestor territorial da Empaer no Vale do Arinos e Juruena, José Aparecido dos Santos, explica que o cultivo de café tem se expandido em diversos municípios da região, graças ao apoio do Estado.

“A cultura do café é nova em Aripuanã, mas vem se desenvolvendo, especialmente no distrito de Conselvan. Isso é reflexo direto do apoio do Governo, que distribui mudas, calcário, kits de irrigação e oferece assistência técnica constante. Sempre que o produtor entra em contato, tentamos atender o mais rápido possível. A comunicação digital também tem ajudado muito nesse processo”, afirmou.

José Aparecido cita o avanço em outras cidades da região: “Já temos ações em Brasnorte, Juara, Juína, que hoje é a segunda maior produtora de café do estado,  além de Castanheira, Juruena e Cotriguaçu. Mas o destaque vai para Colniza, nosso polo, com mais de 5 mil produtores familiares e mais de 11 mil hectares de café plantado”.

A comercialização também já está no radar da equipe técnica. “Nosso foco agora é garantir que esses produtores tenham não só produtividade, mas também qualidade. Estamos incentivando o beneficiamento do café para que agreguem valor ao produto. Juína, por exemplo, já foi contemplada com uma recolhedora de café, que reduz o custo com mão de obra. O Estado, por meio da Seaf, está trabalhando para viabilizar novas máquinas para outras regiões. Estamos muito animados com o futuro da cafeicultura familiar no estado”, salientou.

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Como os pulgões vencem as defesas naturais das plantas I MT

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Pesquisa revela estratégias moleculares e comportamentais para neutralizar compostos tóxicos produzidos por culturas agrícolas

Estudo detalhou como os pulgões superam os compostos tóxicos defensivos produzidos por plantas. Esses compostos, chamados metabólitos secundários (PSMs), deveriam funcionar como uma barreira natural contra pragas. Mas os pulgões desenvolvem mecanismos de resistência que reduzem a eficácia das substâncias.

Pesquisadores da Universidade de Yangzhou, na China, apresentaram revisão sobre os mecanismos fisiológicos, bioquímicos e comportamentais que permitem aos pulgões sobreviver, se multiplicar e continuar a transmitir vírus mesmo sob pressão de defesas vegetais complexas.

Enzimas contra venenos

As plantas produzem compostos químicos como terpenoides, fenóis e alcaloides que atuam como inseticidas naturais. Em resposta, os pulgões ativam enzimas de desintoxicação, como as citocromo P450, transferases de glutationa (GSTs) e UDP-glicosiltransferases (UGTs), capazes de neutralizar os efeitos tóxicos desses compostos.

O processo ocorre em três fases.

Primeiro, as toxinas sofrem transformações químicas para se tornarem mais solúveis.

Em seguida, essas substâncias são ligadas a outras moléculas que facilitam sua eliminação.

Por fim, o organismo excreta os resíduos por transportadores de membrana celular, como os ABC transporters.

<i>Brevicoryne brassicae</i> - Foto: Jesse Rorabaugh
Brevicoryne brassicae – Foto: Jesse Rorabaugh

A pesquisa destaca que as enzimas antioxidantes também ajudam os pulgões a suportar o estresse oxidativo causado pelos metabólitos das plantas. Essa combinação bioquímica contribui para a sobrevivência e reprodução dos insetos, mesmo em ambientes hostis.

Bactérias aliadas

Os pulgões também contam com bactérias simbióticas que potencializam suas defesas. Algumas dessas bactérias, como Hamiltonella defensa e Regiella insecticola, interferem nas defesas hormonais das plantas, reduzindo a produção de compostos tóxicos ou neutralizando a resposta do sistema vegetal.

Em experimentos, pulgões com determinadas bactérias simbióticas demonstraram maior sobrevivência em cultivares naturalmente tóxicos. Em casos mais extremos, essas bactérias são capazes de metabolizar inseticidas sintéticos e compostos naturais presentes em folhas e caules.

Efeito viral

Além das enzimas e das bactérias, os pulgões também se beneficiam da ação de vírus que transmitem às plantas.

Muitos desses vírus enfraquecem as defesas vegetais ao suprimir vias hormonais importantes, como as de ácido jasmônico e ácido salicílico.

O resultado é duplo: plantas menos resistentes e maior atratividade para novos pulgões. Em testes com plantas infectadas por vírus como o Turnip mosaic virus ou o Potato leafroll virus, os insetos apresentaram aumento na fecundidade e maior tempo de permanência sobre a planta.

Comportamento estratégico

O comportamento dos pulgões também contribui para o sucesso da infestação. Eles evitam tecidos vegetais ricos em compostos tóxicos e preferem variedades com menor teor de PSMs. Essa seleção ocorre durante a alimentação, quando os insetos sondam os tecidos com seus estiletes e recuam diante de sinais químicos indesejáveis.

<i>Acyrthosiphon pisum</i> - Mihajlo Tomić
Acyrthosiphon pisum – Mihajlo Tomić

Certas linhagens ou haplótipos de pulgões mostram preferência por cultivares específicas. Essa seleção reflete não apenas adaptação fisiológica, mas também uma capacidade comportamental refinada para escapar de defesas vegetais mais eficazes.

Sequestro químico

Em algumas espécies, os pulgões acumulam compostos tóxicos das plantas sem sofrer efeitos adversos. O sequestro de metabólitos secundários, como glucosinolatos e alcaloides, pode inclusive servir como mecanismo de defesa contra predadores.

O pulgão Brevicoryne brassicae, por exemplo, armazena compostos de mostarda em seu corpo e libera substâncias tóxicas quando atacado.

Esse comportamento transforma o inseto em uma espécie de “bomba química ambulante”.

Em outras espécies, como Acyrthosiphon pisum, o sequestro de compostos como L-DOPA mostrou efeitos antioxidantes e até reparação tecidual.

Outras informações em doi.org/10.1093/hr/uhaf267

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Sistema CNA/Senar lança cartilha para tirar dúvidas sobre segurança e saúde no trabalho rural

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) lançaram uma cartilha com respostas às perguntas frequentes (FAQ) dos produtores e trabalhadores rurais sobre os principais pontos da Norma Regulamentadora (NR) nº 31.

A norma traz as regras sobre segurança e saúde no trabalho da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura.

O documento elaborado pela CNA está disponível no portal Senar Play, com informações que explicam o que são as NR’s, para que servem, e responde dúvidas mais complexas sobre obrigações do empregador e do trabalhador rural.

A cartilha traz ainda detalhes sobre o Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural, o Serviço Especializado em Segurança no Trabalho Rural e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio do Trabalho Rural (Cipatr), além de esmiuçar o uso correto do Equipamento de Proteção Individual (EPI) e as condições sanitárias e de conforto no trabalho rural.

É necessário fazer o cadastro no portal Senar Play para acessar a cartilha. Além do FAQ, o portal traz cursos de curta e média duração e outros materiais sobre a temática. Saiba mais em senarplay.org.br .

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Com apoio da Aprosoja MT, 6º Encontro Mulheres do Agro reúne mais de 400 participantes em Lucas do Rio Verde

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Evento organizado pelo Comitê Mulher Agro Detalhes celebrou o protagonismo feminino no campo e contou com palestra da jornalista Kellen Severo

Nesta sexta-feira (10.10), a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) participou do 6º Encontro de Mulheres do Agro, realizado em Lucas do Rio Verde. O evento, promovido pelo Comitê Mulher Agro Detalhes, do Sindicato Rural, reuniu mais de 400 mulheres ligadas ao agronegócio.

Durante o evento, a delegada coordenadora do núcleo da Aprosoja MT de Lucas do Rio Verde, Taisa Botton, destacou o papel estratégico que a mulher ocupa dentro e fora da porteira. Além disso, enfatizou o incentivo que a entidade faz por essa participação, não apenas na formação de lideranças entre produtoras rurais, mas também dentro do seu próprio quadro de colaboradores, que hoje é composto majoritariamente por mulheres. “A Aprosoja MT é uma importante patrocinadora, não apenas desse evento, sobretudo dentro do agronegócio em que a mulher está atuando não apenas nas decisões, mas em todo o setor e estratégias, dentro da gestão e efetivamente no campo. Para nós é extremamente importante estar em eventos como esse, que valorizam e expõem a nossa força dentro do campo e fora dele”, afirma Taisa.

O destaque da programação foi a palestra da jornalista e especialista em agronegócio Kellen Severo, com o tema “Mulheres no Agro: Ousadia para Crescer”, que exaltou a relevância da participação feminina e o crescimento do setor. “Vir para Mato Grosso é sempre um grande privilégio, porque a cada nova visita eu vejo as transformações acontecendo. Já na chegada, um aeroporto completamente renovado, duplicações de rodovias, investimentos enormes em etanol de milho. É o agro futuro, o agro pujante acontecendo que a gente vê na prática. Não há nada melhor do que o exemplo e a realidade para mostrar essa revolução que o setor traz e por onde ele passa, e Mato Grosso é um exemplo disso. A medida que esse setor cresce, crescem também os desafios, por isso a importância de associações como a Aprosoja MT e de eventos como esse, com 400 mulheres juntas para aprender, evoluir e trocar. Estou muito honrada por estar aqui”, ressalta Kellen.

A produtora rural e presidente do Comitê Mulher Agro Detalhes, Denise Hasse, também destacou a importância do apoio da entidade para o fortalecimento da rede de mulheres do agro. “É um prazer receber aqui a Aprosoja MT, ter mais um ano a entidade sendo a nossa patrocinadora, acreditando na nossa missão, no nosso propósito de trazer o protagonismo, a força da mulher dentro do seu negócio. E esse evento faz parte de toda essa nossa missão, fortalecer a mulher, fazer ela se conectar, aprender, se divertir, e também levar para o seu negócio informações sobre economia, agronegócio e o futuro que vem por aí”, aponta.

O apoio e participação da Aprosoja Mato Grosso no 6º Encontro Mulheres do Agro reforça o compromisso da associação com a valorização da mulher no campo, promovendo debates, formações e conexões que contribuem para um agro mais forte, inovador e representativo.

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