Featured
Anec revisa projeções e reduz embarques de soja e farelo; embarques de milho crescem

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) ajustou para baixo as estimativas de exportação de soja em grão e de farelo de soja. Além disso, diferente da última semana, a associação elevou as projeções para os embarques de milho em setembro.
- Fique por dentro das novidades e notícias recentes sobre a soja! Participe da nossa comunidade através do link! 🌱
Soja em grão
Para a soja em grão, a projeção passou de um intervalo entre 7,2 milhões e 7,85 milhões de toneladas para 7,15 milhões de toneladas. O volume continua abaixo dos 8,12 milhões de toneladas embarcadas em agosto deste ano. Em setembro de 2024, os embarques haviam somado 5,161 milhões de toneladas.
Farelo de soja
No caso do farelo de soja, a estimativa recuou de 2,18 milhões para 2,09 milhões de toneladas, uma queda de 4,13% em relação à semana anterior. Em agosto, os embarques totalizaram 1,97 milhão de toneladas, enquanto em setembro de 2024 os números somaram 1,62 milhão de toneladas.
Milho
Para o milho, a Anec passou a prever embarques entre 7,2 milhões e 8,01 milhões de toneladas, acima da estimativa anterior, que variava de 6,20 milhões a 8,03 milhões de toneladas. Em agosto, as exportações do cereal alcançaram 7,311 milhões de toneladas, enquanto em setembro de 2024 foram 6,56 milhões de toneladas.
Portos
O line-up dos portos para a semana de 21 a 27 de setembro aponta embarques de 1,54 milhão de toneladas de soja, redução de 10,98% em relação à semana anterior, com cargas concentradas principalmente nos portos de Santos, Rio Grande, São Luís/Itaqui e Paranaguá.
Para o milho, estão programadas 2,187 milhões de toneladas, alta de 10,62% sobre a semana anterior, com destaque para os portos de Santos, Barcarena, Paranaguá e São Luís/Itaqui.
No caso do farelo de soja, devem ser embarcadas 526,312 mil toneladas, queda de 10,63% em relação à semana anterior, concentradas nos portos de Santos, Paranaguá e Rio Grande.
Janeiro a setembro
Considerando o acumulado de janeiro a setembro, o Brasil deve alcançar 95,034 milhões de toneladas de soja exportada, 17,417 milhões de toneladas de farelo de soja e entre 24,141 e 24,955 milhões de toneladas de milho. O total de exportações do complexo soja, farelo, milho e trigo pode variar entre 138,065 milhões e 138,879 milhões de toneladas no período.
Para setembro, o volume total deve ficar entre 16,451 milhões e 17,265 milhões de toneladas, acima das 13,35 milhões de toneladas do complexo soja registradas no mesmo mês de 2024.
Featured
Mercado de Carbono: oportunidade para produtores rurais rentabilizarem e empresas compensarem emissões

O mercado de carbono vem novamente se posicionando como uma avenida promissora de receita e de transição para um agro mais sustentável, e Mato Grosso, com sua escala produtiva e experiência em práticas de conservação, está no centro desse movimento.
Enquanto empresas buscam compensar emissões e cumprir metas climáticas, muitos produtores rurais passam a enxergar nos créditos de carbono uma fonte adicional de renda e um instrumento para acessar novas cadeias de valor.
De forma simples, o mercado de carbono transforma reduções ou remoções de gases de efeito estufa em unidades negociáveis, os créditos de carbono, que podem ser compradas por governos ou empresas para compensar suas emissões. É um mecanismo que aplica lógica de mercado à mitigação climática, com regras e padrões para garantir que cada crédito represente uma tonelada de CO₂ equivalente realmente evitada ou removida.
Como funciona — o papel do MRV e da certificação
Para que uma redução ou remoção vire crédito, é preciso medir, reportar e verificar (MRV) os resultados: sem MRV rigoroso não há mercado. O MRV comprova que a ação ocorreu, quantifica o impacto em tCO₂e e dá transparência ao comprador. Padrões reconhecidos e registries (como os usados por grandes padrões internacionais) fazem a checagem técnica e publicam os créditos emitidos.
Para produtores rurais, o mercado de carbono abre pelo algumas frentes de oportunidade:
- Remuneração direta na venda de créditos de carbono originados através de práticas que removem carbono (reflorestamento, recuperação produtiva de áreas degradadas), reduzem emissões (melhoria no manejo, uso de insumos com menor pegada de carbono) ou que evitam emissões (evitar desmatamento e reduzir as queimadas).
- Benefícios indiretos através de programas de REDD+ jurisdicionais, onde a redução do desmatamento e da degradação florestal de uma região (normalmente de escala estadual) gera receita financeira, utilizada em projetos de desenvolvimento da região (brigadas de incêndios, assistência técnica para produtores).
- Acesso a finanças e seguros com melhores preços, quando o produtor comprova desempenho socioambiental e se conecta a financiadores e seguradoras dispostos a fornecer linhas de crédito mais atrativas, em especial pela redução de risco da operação agropecuária.
- Prêmio no produto, ao apoiar empresas compradoras a cumprir suas metas de neutralidade (insetting), melhorar a rastreabilidade da cadeia e demonstrar compromissos com a sustentabilidade.
Casos e programas que interessam a Mato Grosso
O Estado já possui algumas iniciativas que geram receitas financeiras por resultados climáticos, como o Programa REM (REDD Early Movers) Mato Grosso, onde a conservação de florestas, através da comprovada redução do desmatamento e da degradação florestal é remunerada através de um acordo com países europeus.
Entrevista — Charton Locks, COO da Produzindo Certo
Conversamos com Charton Locks, COO da Produzindo Certo, para trazer uma explicação prática e direta sobre o mercado de carbono e a realidade dos produtores.
LIVRE – Como você explica, de forma simples, o que é o mercado de carbono e por que ele é importante para o setor agropecuário?
O mercado de carbono é um mecanismo que valoriza financeiramente práticas que reduzem emissões ou removem gases de efeito estufa. Na prática, quem consegue reduzir ou remover carbono da atmosfera, por exemplo, recuperando pastagens degradadas, preservando áreas de vegetação nativa (excedentes ao exigido por lei) ou adotando técnicas agrícolas mais eficientes, pode transformar esse resultado em créditos de carbono. Esses créditos podem ser comprados por empresas que precisam compensar suas emissões.
Para o setor agropecuário, esse mercado poderá ser importante por dois motivos principais: primeiro, ao reconhecer e remunerar os produtores rurais pela conservação ambiental, além das exigências legais, e na adoção de novas práticas sustentáveis; segundo, porque abre novas oportunidades de mercado, conectando o campo às demandas globais de sustentabilidade.”
LIVRE – O quanto os produtores estão preparados, na prática, para aderir a esse mercado?
“Na Produzindo Certo, a nossa experiência mostra que, quando os produtores recebem apoio técnico e informações claras sobre as oportunidades, eles se engajam rapidamente. Existe uma grande disposição para participar, mas é fundamental simplificar os processos e criar mecanismos que deem confiança e segurança tanto para o produtor quanto para o comprador dos créditos.
Uma ressalva importante é que a regra de adicionalidade, central nesse mercado, acaba punindo produtores que já apresentam boa performance ambiental, com baixas emissões ou altos estoques de carbono no solo, pois muitas vezes eles não têm espaço para gerar remoções e reduções adicionais e, consequentemente, ficam de fora das oportunidades de créditos, apesar de serem parte da solução”.
Mato Grosso no mapa do carbono
Mato Grosso reúne escala produtiva, experiência em programas de pagamento por resultados (como REM) e um parque de tecnologias e serviços ambientais que podem acelerar a entrada de produtores no mercado de carbono. O desafio é transformar a disposição e o potencial em fluxo real de projetos de qualidade: isso passa por simplificar acesso ao MRV, lidar com a questão da adicionalidade de forma justa e fortalecer canais de comercialização que paguem um preço condizente com a integridade dos créditos.
Quando isso ocorre, o mercado de carbono deixa de ser apenas uma ferramenta de compensação e vira um motor de transição para um setor agropecuário mais resiliente e remunerador.
Featured
Mercado imobiliário segue aquecido, impulsionado por programa habitacional

O setor imobiliário de Cuiabá vem apresentando expansão ao longo do ano. Entre julho e setembro, o Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT) registrou 3,8 mil unidades comercializadas, que movimentaram R$ 1,46 bilhão, segundo a pesquisa do 3º trimestre dos Indicadores do Mercado Imobiliário. De acordo com o presidente do Secovi-MT, Marco Pessoz, a maior parte dessas transações está ligada ao programa habitacional do Governo Federal.
“Percebemos que esse movimento está muito relacionado ao programa Minha Casa, Minha Vida. Hoje, entre 60% e 70% das 3,8 mil unidades transacionadas no período envolvem imóveis com valor médio de até R$ 250 mil.”
Apesar de o mercado imobiliário da capital manter ritmo de crescimento entre o segundo e o terceiro trimestres deste ano, houve mudança no perfil dos compradores: o número de unidades vendidas aumentou, enquanto o valor médio dos imóveis caiu.
O ticket médio passou de R$ 410 mil no 2º trimestre para R$ 384,6 mil no 3º trimestre. Mesmo assim, o volume de transações cresceu 18,7%, o que demonstra que a demanda se manteve forte, com mais unidades vendidas em faixas de preço mais baixas.
As regiões Oeste e Sul da capital concentraram o maior número de unidades vendidas e com menor valor médio, enquanto as regiões Leste e Norte apresentaram maiores tickets médios e imóveis de padrão mais alto.
Segundo Pessoz, “nos imóveis fora do programa — ou seja, que não contam com incentivos fiscais ou redução de juros do governo — foi observada uma queda significativa, especialmente no segmento de médio e alto padrão.”
O presidente também destacou a influência das taxas de juros sobre o comportamento do mercado: “As taxas ainda elevadas inviabilizam muitas operações de crédito imobiliário e retraem esse segmento. É um cenário bem diferente do programa Minha Casa, Minha Vida, que conta com condições de financiamento mais acessíveis e segue impulsionando as vendas.”
O levantamento conta com o apoio da Fecomércio-MT e é realizado desde 2015 pelo Secovi-MT, em parceria com a Secretaria de Fazenda de Cuiabá, com base nas informações do ITBI municipal.
Featured
À espera por cotações melhores, produtores de soja focam no plantio; confira os preços do dia

O mercado brasileiro de soja começou a semana com baixa oferta e poucas indicações de negócios. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Rafael Silveira, os produtores permanecem concentrados no plantio da nova safra e mais cautelosos nas vendas, à espera de cotações mais atrativas.
- Fique por dentro das novidades e notícias recentes sobre a soja! Participe da nossa comunidade através do link! 🌱
Silveira explica que não houve grandes movimentações nem no porto e nem na indústria, com prêmios praticamente estáveis. A leve alta registrada na Bolsa de Chicago (CBOT) limitou-se a ajustes técnicos, sem força para alterar o cenário doméstico. “Os preços tiveram apenas pequenas oscilações”, resume o analista.
Preços de soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): manteve em R$ 133,00
- Santa Rosa (RS): manteve em R$ 134,00
- Cascavel (PR): caiu de R$ 135,00 para R$ 134,00
- Rondonópolis (MT): manteve em R$ 126,00
- Dourados (MS): caiu de R$ 126,00 para R$ 125,00
- Rio Verde (GO): manteve em R$ 126,00
- Paranaguá (PR): manteve em R$ 138,00
- Rio Grande (RS): manteve em R$ 139,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja fecharam em leve alta na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira. Após a queda expressiva do pregão anterior, o mercado reagiu a declarações mais conciliatórias do presidente Donald Trump e do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, que amenizaram o tom das tensões comerciais com a China.
A recuperação, no entanto, foi limitada pelo cenário fundamental, ou seja, avanço da colheita norte-americana e boas condições para o plantio no Brasil. A paralisação parcial do governo americano segue no radar e afeta a divulgação de dados importantes de oferta, demanda e embarques.
Contratos futuros
O contrato de novembro subiu 1,00 centavo de dólar (0,09%), fechando a US$ 10,07 ¾ por bushel. A posição janeiro encerrou a US$ 10,25 ¼, com ganho de 2,00 centavos (0,19%).
Nos subprodutos, o farelo para dezembro caiu US$ 0,90 (0,32%), a US$ 274,10 por tonelada, enquanto o óleo fechou a 50,60 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 0,63 centavo (1,26%).
Câmbio
O dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,80%, cotado a R$ 5,4593 para venda e R$ 5,4573 para compra, após oscilar entre R$ 5,4412 e R$ 5,4997.
- Sustentabilidade20 horas ago
Bioinsumos ganham força como pilar da sustentabilidade no agro brasileiro – MAIS SOJA
- Sustentabilidade23 horas ago
Capal: safra de trigo em SP se destaca pela qualidade e encosta em 100 mil toneladas – MAIS SOJA
- Sustentabilidade20 horas ago
Mato Grosso semeou 21,22% da área prevista de soja na safra 2025/26
- Business17 horas ago
Chuva sem trégua? Frente fria segue no Brasil e muda o tempo nos próximos dias
- Agro Mato Grosso23 horas ago
Com apoio da Aprosoja MT, 6º Encontro Mulheres do Agro reúne mais de 400 participantes em Lucas do Rio Verde
- Agro Mato Grosso23 horas ago
Sistema CNA/Senar lança cartilha para tirar dúvidas sobre segurança e saúde no trabalho rural
- Agro Mato Grosso23 horas ago
Como os pulgões vencem as defesas naturais das plantas I MT
- Sustentabilidade17 horas ago
Previsão do tempo de 13/out a 28/out de 2025 para a Metade Sul do RS – MAIS SOJA