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China puxa recorde nas exportações de soja em Mato Grosso

Mato Grosso registra recorde nas exportações de soja em 2025. O estado enviou para o mercado externo 27,89 milhões de toneladas até agosto. O volume representa um aumento de 16,07% em comparação ao período analisado em 2024. A China foi responsável por 68,62% dos embarques.
Entre janeiro e agosto de 2024, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), Mato Grosso havia exportado 24,03 milhões de toneladas. A quantidade supera, inclusive, o mesmo período em 2023, quando 26,14 milhões de toneladas deixaram o estado rumo aos portos.
Somente em agosto, aponta a Secex, 1,25 milhões de toneladas de soja foram exportadas pelo estado, avanço de 118,08% em relação a agosto de 2024. O volume também é considerado recorde.
O consumo da soja mato-grossense pelo exterior é puxado pela China, que respondeu por 82,40% dos embarques do estado em agosto e por 68,62% no acumulado do ano. Entre janeiro e agosto, a gigante da Ásia adquiriu 19,14 milhões de toneladas do grão, quantidade 33,41% superior ao registrado no mesmo período em 2024.
Brasil também registra recorde na soja
O recorde observado no estado, também é verificado no país. No acumulado das exportações da soja brasileira em 2025 (até agosto), o país enviou para o exterior 86,54 milhões de toneladas, incremento de 3,72% em relação ao mesmo período de 2024.
Conforme a Secex, apesar da queda de 23,81% nos envios de agosto em relação a julho, os 9,34 milhões de toneladas embarcados pelo país representam o maior volume da série histórica para o mês e aumento de 16,13% frente a agosto de 2024.
“Esse desempenho foi impulsionado pela forte demanda da China, que, em meio à disputa comercial com os EUA, manteve o foco na soja brasileira”, explica o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em seu boletim semanal.
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Com supersafras no Brasil e nos EUA, soja e milho devem iniciar ciclo de baixa

A combinação de safras recordes nos Estados Unidos e no Brasil, somada a um real valorizado e a incertezas na demanda chinesa, dão sinais de um ciclo de baixa aos preços das commodities agrícolas, em especial soja e milho.
A afirmação é do consultor Agribusiness na FlowInvest Eduardo Anastácio Jr. Ele lembra que, no Brasil, a soja CIF Paranaguá segue em torno de R$ 140 por saca, praticamente no mesmo nível do ano passado. “Esse aparente equilíbrio, no entanto, esconde pressões estruturais”, adverte.
Isso porque o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em seu último relatório, projeta que a safra 2025/26 norte-americana da oleaginosa seja de 116,8 milhões de toneladas, ao passo que o ciclo do cereal deve atingir o recorde de 425 milhões de toneladas.
Demanda chinesa
O órgão aponta, ainda, que os estoques finais de milho devem alcançar 53,8 milhões de toneladas, o maior patamar em cinco anos. Assim, com a colheita norte-americana ganhando força nas próximas semanas, a demanda ganha papel de destaque.
Neste cenário, os holofotes se dirigem à China. “Tradicionalmente, cerca de três quartos da soja exportada no mundo têm como destino o país asiático. Em 2024, suas importações ficaram em 112 milhões de toneladas, e a projeção para 2025 é de 106,5 milhões de toneladas, segundo o USDA”, destaca Anastácio Jr.
A redução do apetite chinês se deve à diminuição de seu rebanho suíno e às tensões comerciais com Washington.
“Até o momento, Pequim concentrou suas compras no Brasil e na Argentina, deixando de adquirir volumes significativos dos Estados Unidos. Esse movimento tem ajudado a sustentar os preços locais, mas caso se prolongue, pode levar os Estados Unidos a acumular excedentes capazes de pressionar os contratos futuros na Bolsa de Chicago”, considera o consultor da FlowInvest.
De acordo com ele, o milho sofre menos influência direta da China, já que suas importações variam de quatro a 23 milhões de toneladas, dependendo da produção local. “Contudo, o impacto indireto de uma safra farta nos Estados Unidos e da falta de demanda chinesa pode intensificar a pressão global”, salienta.
Oferta brasileira
Em momentos de excesso de estoque, é comum um ajuste do lado da oferta, mas isso não tem ocorrido. Pelo menos no que se refere à soja: de acordo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2025/26 de soja deve alcançar 175 milhões de toneladas, frente às 169 milhões do ciclo anterior.
Anastácio Jr. lembra que o câmbio é outro fator de peso. “Como as commodities são precificadas em dólar, a conversão para o real impacta diretamente a rentabilidade do produtor. O real está na faixa de R$ 5,40, após se valorizar cerca de 12% em 2025, sustentado pelo fluxo de capital estrangeiro atraído por uma Selic em 15% ao ano. Essa valorização reduz o ganho dos exportadores, mesmo em um cenário de preços internacionais estáveis”, alerta.
De acordo com ele, a próxima janela de oportunidade para valorização pode vir do clima no Brasil, entre setembro e o final do ano.
“Eventos climáticos adversos poderiam reduzir a produção e sustentar as cotações. No entanto, se a safra se desenvolver sem grandes problemas, a tendência é de pressão contínua: a expansão da oferta neutraliza qualquer aumento de consumo estimulado por preços mais baixos.”
O consultor destaca que no cenário macroeconômico também não há sinais de mudança relevante. “O governo segue sem indicar cortes de gastos capazes de abrir espaço para uma queda mais acentuada nos juros, o que poderia levar a uma desvalorização do real”, pondera.
De modo geral, soja e milho enfrentam um cenário de abundância de produção, incerteza na demanda chinesa e moeda doméstica valorizada. Anastácio Jr. reforça que a única variável de curto prazo capaz de alterar essa equação é o clima. “Até lá, produtores e investidores devem se preparar para um mercado pressionado, sem muito espaço para valorização”, conclui.
Business
Agricultura de precisão cresce na América Latina com novas tecnologias para o produtor

Um dos softwares que vem ganhando destaque é o AgroCAD® da empresa Tecgraf Agro
A agricultura de precisão vem ganhando destaque no Brasil e em toda a América Latina, impulsionada pela necessidade de aumentar a eficiência no campo e reduzir desperdícios. As previsões de mercado indicam que o setor deve crescer mundialmente acima de 12% ao ano até 2030, movimentando bilhões de dólares e tornando-se peça-chave para um agro mais sustentável e produtivo.
A expansão se deve ao avanço de tecnologias como sensores, drones e softwares agrícolas que permitem planejar e executar atividades de maneira mais precisa. Além de elevar a produtividade, essas ferramentas contribuem diretamente para a sustentabilidade, reduzindo o uso de insumos e preservando recursos naturais.
E é em cenários como esse que o AgroCAD® se apresenta como solução estratégica para produtores rurais. O software permite projetar linhas de plantio, programar manobras de tratores com piloto automático, mapear talhões e antecipar riscos no campo. De forma prática ele ajuda a garantir mais segurança nas operações e otimiza o tempo e insumos.
“O Civil 3D é o programa que o AgroCAD utiliza como plataforma. Ele foi criado, originalmente, para projetos de topografia urbana, como estradas, loteamentos e infraestrutura em geral. O que nós fizemos foi adaptar esses recursos poderosíssimos para direcioná-los à agricultura.” conta João Camelini, um dos desenvolvedores do software.
“A importância desse direcionamento é viabilizar projetos para a agricultura. Já parou para pensar que ninguém constrói uma casa sem ter um mínimo de planejamento? Antes de colocar o primeiro tijolo, as pessoas fazem todo o projeto, calculam custos, prazos, riscos, senão toda obra seria um caos completo. A mesma ideia vale para agricultura, que antigamente era mais intuitiva, transmitida sem grandes avanços entre as gerações, mas hoje em dia é pura técnica, com evolução muito rápida. Quem não aderir ao planejamento no escritório estará com os dias contados, não terá a menor condição de competir no mercado e será engolido pela concorrência”, completa Camelini.
Com o crescimento acelerado da digitalização do campo, a expectativa é que soluções como o AgroCAD® estejam cada vez mais presentes não apenas no Brasil, mas em países latino-americanos, fortalecendo o Brasil como referência em inovação agrícola.
Fontes: Grand View Research (2024); Market Data Forecast (2024); IMARC Group (2024).
Agro Mato Grosso
Três trabalhadores morrem após acidente com rolo compressor em obras de duplicação da BR-163 em MT

Dois morreram ainda no local e um terceiro foi encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Causas são investigadas.
Três trabalhadores da concessionária Nova Rota do Oeste morreram nesta quarta-feira (10) após um acidente envolvendo um rolo compressor usado nas obras de duplicação da BR-163, no Km 729, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá.
Segundo informações preliminares da Polícia Rodoviária Federal, o rolo compressor teria passado sobre os trabalhadores.
Dois morreram no local e um terceiro funcionário foi encaminhado ao hospital em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos.
A Nova Rota do Oeste foi procurada pela reportagem, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
A Polícia Rodoviária Federal investiga a dinâmica do ocorrido.
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