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mesmo em estabilidade, preços caem mais de 6% em julho

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Os preços do açúcar cristal no mercado spot paulista encerraram julho praticamente estáveis, porém a média mensal caiu. É isso o que mostram os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

De 28 de julho a 1º de agosto, o Indicador Cepea/Esalq (Icumsa de 130 a 180) foi de R$ 120,39/saca de 50 kg, ligeira alta de 0,07% em relação à semana anterior. Em julho, o Indicador teve média de R$ 118,49/sc, queda de 6,29% sobre a de junho. 

De modo geral, pesquisadores explicam que as cotações domésticas do açúcar vêm se recuperando desde a segunda quinzena de julho, após registrarem, no início do mês, as mínimas nominais dos últimos três anos. 

Usinas têm buscado manter os valores pedidos nas negociações, mesmo que a demanda não sinalize aquecimento. Na semana passada, a liquidez captada pelo Cepea apresentou pequena redução.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

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Comercialização da safra 24/25 de soja chega a quase 79%

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A comercialização da safra 2024/25 de soja no Brasil alcançou 78,4% da produção estimada até o dia 5 de agosto, segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado. O número representa avanço em relação ao mês anterior, quando o percentual era de 69,8%, com dados de 4 de julho.

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Apesar da evolução mensal, o ritmo segue abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, quando 82,2% da produção já estava comprometida. A média dos últimos cinco anos para o período é ainda maior, de 85,7%. Considerando a atual estimativa de safra em 171,93 milhões de toneladas, o volume já negociado chega a 134,87 milhões de toneladas.

Safra de soja 25/26

Para a safra 2025/26, a comercialização antecipada segue em ritmo ainda mais lento. Até o início de agosto, apenas 16,8% da produção projetada foi negociada, o equivalente a 30,28 milhões de toneladas, com base na previsão de uma colheita de 179,88 milhões de toneladas.

O percentual é inferior à média histórica para o período, que é de 26,8%, e também ao ritmo observado no mesmo período do ano passado, quando 22,5% da safra futura já havia sido comercializada. Em relação ao relatório anterior, de julho, houve leve avanço. Na ocasião, o índice estava em 16,4%.

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Com tarifaço, exportações de cacau brasileiro para os EUA se tornam ‘proibitivas’, diz AIPC

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Com um prejuízo estimado em torno de R$ 180 milhões, o setor de cacau e derivados vê no aumento das tarifas um obstáculo à continuidade das exportações para os Estados Unidos. Em entrevista a Pryscilla Paiva, no Mercado & Cia, a presidente executiva da AIPC (Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau), Anna Paula Losi, afirmou que o cenário é bastante desafiador.

“Uma tarifa de 50% torna a nossa manteiga de cacau proibitiva para o mercado americano. Com isso, nossos importadores certamente buscarão outros fornecedores”, declarou Losi.

A executiva explicou que, apesar de o Brasil ser um país importador de cacau, o mercado interno não tem capacidade para absorver o volume atualmente destinado às exportações para os EUA.

“A gente calcula que, se as tarifas forem mantidas, a perda será de quase 10% na moagem de cacau no Brasil, ou seja, na atividade da indústria nacional. E aí vem a pergunta: ‘Mas o Brasil não tem cacau suficiente e precisa importar, então vai deixar de importar?’ Sim, muito provavelmente vamos reduzir a importação de amêndoas, porque não teremos mais para quem exportar os produtos derivados. Ao mesmo tempo, teremos um déficit de pó de cacau no mercado interno. Com a redução da moagem, a demanda pela amêndoa nacional também diminuirá. Ou seja, o impacto, que num primeiro momento atinge a indústria, acaba se espalhando por toda a cadeia produtiva.”

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Losi alertou ainda que, sem as exportações, a indústria brasileira de cacau corre o risco de ter que reduzir sua atividade produtiva:

“Temos um potencial gigantesco aqui no Brasil, mas infelizmente ainda não produzimos amêndoa suficiente para atender à demanda da indústria. Somente com cacau nacional, a nossa ociosidade média hoje é de quase 40%. Por isso, importamos cacau, industrializamos e exportamos, o que nos permite aumentar a produção, atender o mercado interno e o internacional. Se eu deixo de ter o mercado externo, preciso reduzir minha capacidade instalada, reduzir a moagem e, com isso, a operação de várias linhas de produção se torna inviável. Atualmente, temos uma capacidade instalada de cerca de 275 mil toneladas. Se operarmos somente com o que é produzido no Brasil, essa capacidade cairia para, no máximo, 200 mil toneladas.”

Além do impacto do tarifaço, o setor enfrenta outro desafio: a produção de cacau não tem conseguido atender à demanda, como relata Losi.

“Em 2024, tivemos muitas restrições na oferta, inclusive no mercado brasileiro. Não foi apenas uma escassez global. O recebimento de cacau não chegou a 180 mil toneladas, um volume muito abaixo do registrado em 2023. E agora, em 2025, ainda não vemos uma recuperação. O primeiro semestre de 2025 ficou muito próximo ao mesmo período de 2024, com cerca de 58 mil toneladas, o que representa aproximadamente um terço do necessário para atender à demanda do semestre”, explica.

“Por isso, as importações geralmente ocorrem no início do ano, quando a safra nacional é menor e a indústria precisa se abastecer com cacau importado para não parar. Para o segundo semestre, temos ouvido dos produtores que houve uma leve melhora, mas ainda assim a perspectiva é de que não ultrapassemos as 200 mil toneladas neste ano,ou seja, ainda estamos longe de alcançar o patamar necessário para utilizar plenamente a capacidade instalada da indústria”, complementa Losi.

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Planta da tequila será transformada em etanol e forragem no Brasil

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Planta largamente utilizada no México na produção da bebida símbolo do país, a tequila, a Agave tequilana começa a ganhar novos usos no Brasil.

Em uma pesquisa conduzida pela Embrapa Algodão, da Paraíba, em parceria com a empresa Santa Anna Bioenergia, da Bahia, a espécie está sendo estudada como alternativa para a produção de etanol, sequestro de carbono e alimentação animal.

Com isso, a proposta é diversificar o uso do agave como fonte de energia renovável adaptada ao Semiárido, impulsionar a bioeconomia e contribuir para a transição energética no país.

O estudo inclui também outras variedades promissoras do gênero agave mantidas no Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa, para produção de biomassa, entre elas a Agave sisalana (sisal), hoje utilizada principalmente para a produção de cordas, tapetes, carpetes e também na construção civil.

Além de contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa, o estudo tem como objetivo desenvolver um sistema de cultivo para a produção de Agave tequilana e outras espécies com fins energéticos.

O intuito é também promover o melhor aproveitamento dessas plantas, considerando que, atualmente, apenas 4% da biomassa da folha da Agave sisalana é utilizada no processo de industrialização.

Maio produtor de Agave sisalana

O Brasil é o maior produtor mundial de Agave sisalana, com 95 mil toneladas de fibra em 2023, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Cerca de 95% da produção nacional se concentra no estado da Bahia, onde a cultura é uma das principais fontes de renda do chamado Território do Sisal. A Paraíba, por sua vez, ocupa o segundo lugar no ranking nacional de produção da fibra em uma área de aproximadamente cinco mil hectares.

De acordo com a Embrapa, o gênero agave vem atraindo a atenção de empresas de energia como potencial matéria-prima para produção de bioenergia, a exemplo do etanol, bem como na compensação líquida de gases de efeito estufa devido às características de adaptação ao clima do Semiárido.

Bioenergia e justiça social

Pesquisador Tarcísio Gondim, da Embrapa Algodão. Foto: Alexandre Oliveira

Além dos aspectos econômicos e ambientais, o pesquisador da Embrapa Algodão Tarcísio Gondim destaca que a inovação trazida pela pesquisa pode contribuir para mitigar desigualdades regionais e enfrentar a precarização das áreas sisaleiras do Nordeste brasileiro.

“Para isso, vamos utilizar plantas xerófilas – adaptadas a ambientes secos – com múltiplo propósito: produção de etanol, alimentação para ruminantes e captura de CO2 em regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”, contextualiza.

Embora o ciclo do agave seja mais longo que o da cana-de-açúcar, sua principal vantagem é a adaptação às condições semiáridas, onde outras culturas não alcançam rendimentos competitivos.

“O ciclo do agave pode levar cerca de cinco anos ou mais para atingir a fase de colheita. No entanto, o escalonamento das áreas de plantio ao longo do período permitirá a estabilização da produção de biomassa para fins energéticos, garantindo competitividade na exploração comercial no Semiárido”, reforça Gondim.

Segundo ele, para que isso se concretize, é necessário investir em estudos para avançar na padronização de cultivares, no manejo da cultura, nos tratos culturais, na fertilidade do solo, na mecanização do cultivo e no processamento integral da biomassa.

Primeiras mudas da planta

Em março, pesquisadores da Embrapa Algodão realizaram uma missão ao México, onde visitaram o Instituto Nacional de Investigações Florestais, Agrícolas e Pecuárias (Inipaf), órgão equivalente à Embrapa naquele país, além de diversas instituições ligadas à cadeia produtiva da tequila.

O objetivo foi identificar oportunidades de colaboração em pesquisas sobre a produção de biomassa para obtenção de biocombustíveis, sequestro de carbono e aproveitamento dos resíduos da planta para alimentação animal.

As primeiras 500 mudas de Agave tequilana Weber var. Azul, oriundas do México e trazidas pela Santa Anna Bioenergia, já passaram pelo processo de quarentena e atualmente a equipe de pesquisadores brasileiros está iniciando os estudos de avaliação da espécie no município de Jacobina, na Bahia, onde está sendo instalada a primeira Unidade de Referência Tecnológica (URT) de Agave tequilana.

Outras duas URTs serão implantadas nos municípios de Alagoinha e Monteiro, na Paraíba, totalizando 1.800 mudas de Agave tequilana na primeira etapa do projeto.

Para o zootecnista Manoel Francisco de Sousa, também da Embrapa Algodão, “os resíduos do processo de produção de etanol a partir da Agave tequilana podem atuar como importante aporte forrageiro na alimentação de ruminantes, especialmente na época de escassez de forragens no Semiárido”.

Outro desafio do projeto será viabilizar a mecanização das etapas do plantio e da colheita do Agave. “Nossa visão de futuro é ter grandes áreas cultivadas com Agave e isso não pode ser feito manualmente. No México, embora diversas etapas do cultivo do Agave sejam mecanizadas, a exemplo do preparo do solo, adubação, capina, aplicação de inseticidas e herbicidas, a etapa do plantio ainda é feita cavando-se a cova manualmente”, relata o pesquisador da Embrapa Algodão Odilon Reny Ribeiro, especialista em mecanização agrícola.

O experimento faz parte do projeto “Agave na produção de etanol, sequestro de carbono e ração animal nas condições do Semiárido brasileiro” e terá duração de cinco anos.

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