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Sustentabilidade

Análise Ceema: Cotações do trigo voltou a recuar nesta semana – MAIS SOJA

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Por Argemiro Luís Brum

A cotação do trigo, para o primeiro mês, em Chicago, voltou a recuar nesta semana. O bushel do cereal fechou a quinta-feira (31) em US$ 5,23/bushel, contra US$ 5,41 uma semana antes.

Neste contexto, nos EUA, a colheita do trigo de inverno atingia, no dia 27/07, a 80% da área semeada, contra 81% na média histórica. Já o trigo de primavera estava com 1% da área colhida, contra 3% na média histórica. As condições das lavouras deste último trigo se apresentavam com 49% entre boas a excelentes, 33% regulares e 18% entre ruins a muito ruins.

Por outro lado, os embarques de trigo, por parte dos EUA, atingiram a 288.793 toneladas, ficando abaixo das expectativas do mercado. Com isso, no atual ano comercial, as exportações totais de trigo já atingem a 3,3 milhões de toneladas, ou seja, 6% a mais do que no mesmo período do ano passado.

Enquanto isso, na Austrália, as chuvas de julho melhoraram as condições das lavouras de trigo, permitindo esperar uma produção final de 33 a 34 milhões de toneladas, contra uma expectativa anterior de 30,6 milhões. Com isso, a pressão sobre os preços internacionais do cereal deve aumentar, em um momento que os mesmos já estão baixos. Tais preços, na tendência futura, já estão próximos de seus níveis mais baixos desde 2020. Lembrando que nos últimos cinco anos, a produção anual média de trigo, na Austrália, foi de 33,8 milhões de toneladas, contra 21,4 milhões nos cinco anos anteriores.

E aqui no Brasil os preços continuaram estáveis, com um viés de baixa no Paraná. No Rio Grande do Sul o produto permaneceu em R$ 70,00/saco nas principais praças, enquanto a média, pela primeira vez depois de muito tempo, veio a R$ 69,62/saco. E no Paraná, o preço médio em algumas regiões recuou para R$ 76,00/saco (Marechal Cândido Rondon, por exemplo), enquanto em outras o mesmo se manteve nos R$ 78,00/saco.

Enfim, enquanto o plantio se encerrou no Sul do Brasil, regiões do Centro-Oeste e de Minas Gerais já iniciaram a colheita.

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 

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Aprosoja MT alerta que atraso nas chuvas pode prejudicar o andamento da safra 25/26 de soja – MAIS SOJA

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O atraso na regularização das chuvas em todo o estado tem sido motivo de alerta para a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT). Apesar do fim do vazio sanitário da soja no dia 6 de setembro, até a última atualização do Instituto Mato-Grossense De Economia Agropecuária (IMEA), menos de 25% da semeadura havia acontecido. A entidade avalia que a falta de precipitações contínuas limita o ritmo das operações em campo e amplia o risco de falhas de estande, necessidade de replantio e pressão da janela para a segunda safra de milho.

O presidente da entidade, Lucas Costa Beber, avalia que o cenário tem sido desafiador nas diferentes regiões do estado.

“O andamento do plantio chegou a 21%, porém nós temos observado que há muitas previsões de chuva que não tem se confirmado. Havia uma expectativa de aceleração de plantio já após a segunda quinzena de setembro e estamos entrando na segunda quinzena de outubro e as chuvas ainda não regularizaram, ou seja, mesmo com esse plantio em andamento, havia lugares que estavam há mais de 10 dias sem chuvas, o que pode causar deficiência no estande de plantas, uma má distribuição de plantio ou também replantio, que ainda não é possível mensurar. Tem sido um plantio desafiador esse ano, porque apesar do ritmo acelerado, as chuvas ainda precisam se regularizar para ter uma maior segurança”, afirmou.

A Aprosoja Mato Grosso reforça que a regularização das precipitações é decisiva para acelerar o plantio e resguardar a janela da safra do milho, cultura que ganha cada vez mais espaço na produção mato-grossense. Lucas Costa Beber lembra que um dos desafios é a possível queda de produtividade, provocada pela falta de chuva.

“Tivemos casos de lavouras semeadas que só receberam chuva até poucos dias depois. Essas plantas tendem a perder porte, ficar mais baixas e, com falhas de estande, podem comprometer a produtividade e, consequentemente, a produção do estado, até porque uma área significativa já foi plantada. Isso pode impactar o resultado final lá na frente e, além disso, muitos produtores não conseguiram acelerar o plantio, para evitar um atraso na segunda safra. Isso preocupa, já que o ideal é que, até 20 de outubro, as áreas destinadas ao milho estejam todas plantadas para garantir uma janela segura de produção.”

Em um ano de margens pressionadas e com menos espaço para investimentos, a Aprosoja MT alerta também para os efeitos financeiros que afetam os produtores, especialmente com a necessidade de replantio.

“Quando é preciso replantar, o custo é muito alto. Muitas vezes o produtor fica em dúvida para não perder a janela da segunda safra. Por outro lado, se não replantar, pode colher menos, ainda que tenha caprichado no plantio. E ainda temos outros cenários, como quando a semente não tem o vigor desejável e as perdas podem aumentar”, afirma o presidente da Aprosoja MT.

A Aprosoja MT segue acompanhando o avanço da semeadura e reforçando a necessidade de condições de crédito compatíveis com as dificuldades enfrentadas no campo, a fim de mitigar perdas em cenários desafiadores e preservar a viabilidade econômica dos produtores.

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Produtores e indústria alertam para desafios na implementação da rastreabilidade de defensivos no país – MAIS SOJA

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Produtores rurais, representantes da indústria e parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) destacaram nesta quarta-feira (15), durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados (CAPADR), a importância da rastreabilidade de defensivos, mas reforçaram a necessidade de cautela na implementação do Programa Nacional de Rastreabilidade de Produtos Agrotóxicos e Afins (PNRA), instituído pela Portaria nº 805/2025 do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

O debate foi proposto pelo presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), e pelos deputados Pezenti (MDB-SC) e Luiz Nishimori (PSD-PR). Convidado para apresentar o programa que o MAPA vai implantar, o secretário-executivo do órgão, Irajá Rezende de Lacerda, destacou que o PNRA amplia a proteção, a segurança e a transparência em todos os elos da cadeia produtiva. Segundo ele, “o Brasil se consolidou como um dos principais garantidores da segurança alimentar mundial, mas esse avanço trouxe novos desafios, como aprimorar a gestão pública e lidar com temas sensíveis, como o uso de agrotóxicos.”

Irajá ressaltou falhas no modelo atual de fiscalização, em que sistemas federais, estaduais, municipais e privados não se comunicam, e permitem concorrência desleal, falsificação, contrabando, evasão fiscal e prejuízos à saúde humana, animal e ambiental. Para corrigir essas falhas, “o Ministério está implementando o Sistema Integrado de Rastreabilidade (CIR), baseado em criptografia pública e QR Code, que permitirá rastrear os agrotóxicos desde a origem até o destino final, garantindo integração entre órgãos públicos e setor privado sem gerar custos adicionais aos produtores,” disse o secretário.

Durante a audiência, o deputado Tião Medeiros (PP-PR), coordenador de Infraestrutura e Logística da FPA, reforçou preocupações práticas dos produtores, citando dificuldades como a identificação de embalagens durante transporte e armazenagem em condições adversas. “O grande temor é que essa medida venha onerar ainda mais o produtor rural. Nosso papel é proteger quem produz, quem sustenta a base da economia e garante a segurança alimentar do país”, disse.

O deputado Luiz Carlos Hauly (PODE- PR), também integrante da FPA, ressaltou exemplos de sucesso no Brasil, como o programa de logística reversa de embalagens do InpEV Campo Limpo, que “recicla 97% das embalagens de agroquímicos, e o sistema de nota fiscal eletrônica, considerado um dos mais modernos do mundo, destacando que é possível implementar rastreabilidade sem onerar os produtores”.

Implementação

Arthur Gomes, diretor de defensivos químicos da CropLife Brasil, que representa 70% da indústria no país, alertou que o prazo atual previsto para implementação é insuficiente. “Dois anos para a indústria talvez signifique três ou quatro anos para distribuição. O prazo de 120 dias, como previsto atualmente, está muito distante da realidade do Brasil, considerando fabricante, transportador, armazenagem, distribuição, varejista e agricultor”, disse.

“Precisamos de uma implementação faseada, com padrões unificados para todos os elos, visando aumentar transparência, eficiência operacional e confiança do consumidor, sem gerar burocracia desnecessária com rastreamento de veículos, que já existe,” acrescentou Gomes.

Leonardo Minaré, assessor técnico da Aprosoja Brasil, chamou atenção para o tempo necessário para implementação de sistemas complexos de rastreabilidade, comparando-os ao controle de medicamentos.

“O sistema nacional de controle de medicamentos, criado pela lei 11.903 em 2009, só foi concluído pela Anvisa em 2022 — 13 anos de implementação. Ele utiliza QR Code e checkpoints em cada etapa, sem rastrear a carga, mas garante que cada medicamento seja rastreável até o consumidor final. Um defensivo agrícola mal usado pode causar tanto dano quanto um medicamento, mas a pressa na implementação da portaria 805 pode gerar ônus excessivo para o produtor, que já enfrenta endividamento e custos altos”, afirmou.

Minaré acrescentou que a falta de discussão e transparência na criação do novo sistema de rastreabilidade de grãos, instituído recentemente pelo MAPA, também preocupa o setor. Segundo ele, a exigência de adesão para acessar linhas de crédito públicas, custeio ou armazéns pode criar mais burocracia e custos para os produtores, sem que o sistema esteja plenamente testado e implementado. “É preciso transparência e diálogo com o setor antes de aplicar essas regras na prática”, concluiu.

Diálogo

Para encaminhar o debate, o deputado Domingos Sávio (PL-MG), coordenador de Defesa Agropecuária da FPA, afirmou que pretende ampliar o debate na bancada. “Considero extremamente relevante. Vou sugerir um convite para que possamos debater o tema mais profundamente, sem nos limitarmos ao regimental. É importante ouvir todos os segmentos e esclarecer as dúvidas sobre acesso a crédito e obrigações dos produtores”, disse.

Irajá concluiu que o PNRA pretende eliminar “ilhas de informação” entre os sistemas públicos e privados, para garantir transparência, rastreabilidade e segurança na cadeia de agrotóxicos, e proteger produtores, consumidores e o meio ambiente. Ele enfatizou que “o programa será implementado de forma gradual, utilizando infraestrutura já existente e tecnologia segura, sem custos adicionais aos produtores.”

A audiência reforçou a importância de manter um diálogo permanente entre governo e produtores rurais, para equilibrar as ações de controle e fiscalização com as condições reais do campo. O objetivo é garantir que o Brasil avance na rastreabilidade de agrotóxicos de forma técnica e responsável, sem comprometer a produtividade nem a competitividade do setor agrícola.

Fonte: Agência FPA



 

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Chicago/CBOT: O milho fechou em alta com otimismo da demanda, mesmo sem dados oficiais – MAIS SOJA

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Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 15/10/2025
FECHAMENTOS DO DIA 15/10

Chicago: A cotação de dezembro, fechou em alta de 0,91% ou $ 3,75 cents/bushel, a $416,75. A cotação para março fechou em alta de 0,70% ou $ 3,00 cents/bushel, a $ 432,25.

ANÁLISE DA ALTA DE HOJE

O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta quarta-feira. O cereal teve o melhor desempenho no complexo de grãos, puxado pela demanda. Durante a madrugada americana, Taiwan e Coreia do Sul concluíram duas grandes compras, com o primeiro já negociado com os EUA. “A demanda tem sido relativamente robusta nas últimas semanas, e os traders esperam que esse ritmo forte continue no curto prazo.” Afirmou o analista americano Ben Potter.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho fechou em leve alta com Anec apontando maiores exportações

Os principais contratos de milho encerraram de forma mista nesta quarta-feira. Apenas a cotações de novembro fechou em baixa, com realização de lucros por parte dos investidores e proximidade do aviso de entrega.

As demais cotações fecharam em leve alta com a Anec estimando os embarques de outubro em 6,459 milhões de toneladas, um aumento de 6,58% em relação a semana anterior. A demanda interna, principalmente pela indústria de Etanol segue aquecida.

OS FECHAMENTOS DO DIA 15/10

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de novembro/25 foi de R$ 67,51, apresentando baixa de R$ -0,29 no dia e alta de R$ 0,91 na semana; o vencimento de janeiro/26 foi de R$ 70,47, com alta de R$ 0,19 no dia e alta de R$ 1,68 na semana; O contrato de março/26 fechou a R$ 72,20, com alta de R$ 0,17 no dia e alta de R$ 0,68 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-AGRICULTORES CONTINUAM NA RETRANCA (altista)

O milho foi sendo negociado em leve alta no pregão diário de Chicago devido ao fato já mencionado no mercado de soja: a falta de vendas por parte dos agricultores, que consideram as cotações oferecidas pelos compradores insuficientes.

AÇÃO DOS FUNDOS (altista)

Ao mesmo tempo, há algumas compras de oportunidade por parte dos investidores em um mercado que, até a paralisação do governo americano, vinha apresentando um bom ritmo de exportações.

COLHEITA, TENSÕES COMERCIAIS E ARGENTINA (baixistas)

O limite para a recuperação dos preços é determinado pelo ritmo acelerado da colheita nos EUA, graças ao clima seco que prevaleceu nas últimas semanas e agora está dando lugar a chuvas leves; pelas tensões comerciais que a Casa Branca continua a gerar; e pelas atuais perspectivas positivas para a produção na Argentina.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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