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com oferta menos volumosa, indicador registra altas

Os preços médios do açúcar cristal no mercado spot paulista seguiram firmes na última semana. É isso o que mostram os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Entre 21 e 25 de julho, a média do Indicador Cepea /Esalq do açúcar cristal branco (cor Icumsa de 130 a 180, estado de São Paulo) foi de R$ 120,31/saca de 50 kg. O valor representa alta de 1,29% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo o centro de pesquisas, as ofertas não são volumosas, especialmente do açúcar de melhor qualidade (Icumsa até 180).
Este fator tem ajudado usinas a manter firmes os preços pedidos pelo cristal na pronta-entrega, mesmo com compradores sinalizando que as vendas para o varejo (consumidor final) seguem fracas. Ainda assim, a liquidez captada pelo Cepea teve leve melhora nos últimos dias.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
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Setor cafeeiro pode ser forçado a redirecionar produção, diz Cepea

A partir de 6 de agosto, a exportação do café brasileiro para os Estados Unidos passará a ser taxada em 50%.
Enquanto permanece batalhando para ficar de fora da lista de produtos brasileiros que vão ser taxados pelo governo norte-americano, o setor cafeeiro nacional segue marcado por incertezas, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo pesquisadores do Cepea, por causa dessa alta taxa, os produtores brasileiros poderão ser forçados a redirecionar parte de sua produção para outros mercados, o que deverá exigir “agilidade logística e estratégia comercial para mitigar os prejuízos à cadeia produtiva nacional”.
Principal destino do café
Os Estados Unidos são o principal destino das exportações de café do Brasil. Em 2024, eles importaram cerca de 23% do grão nacional, especialmente da variedade arábica, insumo essencial para a indústria local de torrefação.
A Colômbia representou cerca de 17% do total das importações norte-americanas, enquanto o Vietnã contribuiu com aproximadamente 4%.
Para o Cepea, como os Estados Unidos não produzem café, a elevação do custo de importação deve comprometer a viabilidade de toda a cadeia interna, que envolve torrefadoras, cafeterias, indústrias de bebidas e redes de varejo.
“O Cepea avalia que a eventual entrada em vigor da tarifa tende a impactar não apenas a competitividade do café nacional, mas também os preços ao consumidor norte-americano e a formulação dos blends tradicionais, que utilizam os grãos brasileiros como base sensorial e de equilíbrio”, diz o comunicado.
Exceções às tarifas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou, na última quarta (30), a proposta de taxação de produtos brasileiros comercializados com os EUA.
Contudo, a Ordem Executiva trouxe cerca de 700 exceções, como suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis.
O café não entrou nessa lista de exceções. Com isso, logo após o anúncio de Trump, o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé) disse que vai seguir em tratativas para que o café seja incluído na lista de produtos brasileiros que vão ficar de fora da taxação.
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Brasil começará a exportar farinhas de aves e suínos à China

A China concedeu autorização para que 46 estabelecimentos brasileiros comecem a lhe vender farinhas de aves e suínos.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destacou, em nota, que a medida sinaliza dois importantes marcos: um avanço concreto na relação comercial entre os dois países, sendo que os asiáticos são o maior parceiro do agro brasileiro; e abre novas oportunidades para o setor de reciclagem animal nacional.
“Esta nova etapa só foi possível após a assinatura do Protocolo Sanitário bilateral, em abril de 2023, seguida da realização de auditorias presenciais conduzidas pela Administração Geral das Alfândegas da China (GACC), e da conclusão do modelo de certificado sanitário acordado entre as autoridades competentes dos dois países”, reitera a pasta.
Além disso, outros quatro estabelecimentos de farinha de pescado também foram habilitados para exportar ao mercado chinês. De acordo com o Mapa, a autorização contempla unidades com diferentes perfis produtivos, o que amplia o escopo de empresas aptas a atender ao gigante asiático.
A despeito das tensões comerciais com os Estados Unidos, motivadas pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil, o Ministério da Agricultura ressalta que a China segue o principal destino das exportações agropecuárias brasileiras.
“Em 2024, o país asiático importou mais de US$ 49,6 bilhões em produtos do agro nacional. Especificamente no segmento de farinhas de miudezas, que agora passa a incluir as farinhas de aves e suínos, as compras somaram mais de US$ 304 milhões no ano”, conclui a nota.
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a reviravolta de um agricultor alagoano

Foi preciso coragem — e uma boa dose de fé — para Alaércio Barbosa da Silva transformar a vida no sertão alagoano. Aos 11 anos, já cuidava de vacas antes de ir para a escola. Com poucos recursos, aprendeu a tirar da terra o que podia, sem acesso a técnicas modernas ou insumos agrícolas. Mas foi só recentemente, ao conhecer o programa Prospera, que viu a possibilidade real de mudar sua produção — e seu destino.
Nascido no que chama de “Sertão Sofrido”, Alaércio cresceu ajudando os pais no campo e trabalhando para os outros. Aos 20 anos, passou a plantar por conta própria numa pequena área da família, cultivando milho, feijão e palma. Por anos, fez tudo à moda antiga — na matraca, sem adubo, colhendo o pouco que a terra seca podia oferecer.
A mudança começou com uma reunião promovida por uma cooperativa local, que realizou uma palestra com gerente de Projetos Estratégicos da Corteva no Brasil, Alexsandro Mastropaulo, a qual foi apresentado aos produtores o Prospera, programa que oferece capacitação, assistência técnica e conexão com a cadeia produtiva do milho.
Alaércio se interessou, mas não tinha recursos para investir. Foi então que arrendou terras maiores com base em acordos de confiança e conseguiu um trator usado graças a uma negociação informal. “Disse pra minha esposa: vamos fazer com fé e coragem. E começamos”, diz ele ao contar a sua história ao programa Direto ao Ponto desta semana.
Com o trator e uma matraca, ainda sem apoio técnico, colheu 35 sacas por hectare. Mas quando conseguiu acessar o crédito via cooperativa e aplicar as orientações do Prospera, os números mudaram: chegou à colher 120 sacas por hectare.
Hoje, Alaércio cultiva 75 hectares arrendados, trabalha com milho grão e silagem, e ainda presta serviço com o trator para vizinhos da região. Apesar das dificuldades com acesso a crédito bancário, ele afirma à reportagem do Canal Rural Mato Grosso que segue determinado a investir na produtividade. “Meu objetivo agora não é aumentar a área, é a produtividade”.
Criado para fortalecer a agricultura familiar no Nordeste, o Prospera já capacitou mais de cinco mil produtores em estados como Alagoas, Ceará e Pernambuco, promovendo o uso de tecnologias adaptadas ao semiárido e fortalecendo elos da cadeia produtiva do milho. Na vida de Alaércio, o impacto é visível e profundo. “Todo dia eu peço a Deus que nunca tire o pessoal do Prospera do nosso caminho”, diz ele.
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