Sustentabilidade
Até a última sexta-feira, a colheita do algodão da safra 24/25 em MT atingiu 9,75% da área de cultivo projetada para o ciclo – MAIS SOJA

Segundo o relatório do USDA divulgado na segunda-feira (28/07), referente à última semana, as lavouras de algodão dos Estados Unidos seguem com bom desempenho, com 55,00% das áreas classificadas em condições boas e excelentes, mesmo com a retração de 2,00 p.p. em relação ao observado na semana anterior.
Apesar das fortes chuvas que atingiram parte do Texas no início de julho, o estado se encontra com 50,00% de sua área nas melhores condições. Ainda, de acordo com o NOAA, a previsão para o estado é de ocorrência de chuvas dentro ou acima da normalidade para as próximas duas semanas, o que, se confirmado, pode refletir positivamente no desempenho produtivo.
Por fim, a combinação entre o bom desenvolvimento das lavouras e menores taxas de abandono de área leva à expectativa de uma produção robusta que deve ser superior à da safra passada nos EUA.
QUEDA: no comparativo semanal, o dólar compra Ptax teve um recuo de 0,20%, fechando na média de R$ 5,55/ US$, influenciado pela tensão política entre EUA e Brasil.
DESVALORIZAÇÃO: o óleo do algodão encerrou a semana cotado em média R$ 5.412,43/t, recuo de 0,39%. Destaca-se que os preços vêm se mantendo estáveis, sem grandes oscilações recentes.
RECUO: a paridade de jul/26 exibiu queda de 0,89% quando comparado à semana passada, fechando em R$ 137,95/@, com os preços pressionados pela expectativa de alta oferta no mercado futuro.
Até a última sexta-feira (25/07), a colheita do algodão da safra 24/25 em Mato Grosso atingiu 9,75% da área de cultivo projetada para o ciclo
Com avanço semanal de 4,33 p.p., o percentual alcançado representa um atraso de 13,98 p.p. em relação ao registrado na safra 23/24, e de 14,59 p.p. no comparativo com a média dos últimos cinco anos. No que se refere às regiões do estado, a Nordeste é a mais avançada com 32,71%, seguida pelo Sudeste, com 12,21%, enquanto a Oeste apresenta o ritmo mais lento, com 4,99%.
Este cenário de atraso está atrelado às condições climáticas no estado, que levaram ao alongamento do ciclo, além de certa resistência na abertura dos capulhos em algumas lavouras, devido às temperaturas mais baixas registradas em algumas regiões, o que tem comprometido o avanço da colheita, de acordo com informantes do Imea.
Por fim, a expectativa é de que nas próximas semanas os trabalhos a campo ganhem maior ritmo, devido à intensificação da colheita em áreas de segunda safra no estado, que representam 80,48% da área estimada.
Confira o Boletim Semanal do Algodão n° 783 completo, clicando aqui!
Fonte: Imea
Sustentabilidade
Perdas de produtividade da soja em função do amassamento – MAIS SOJA

O manejo e controle de pragas, doenças e plantas daninhas em lavouras agrícolas é determinante para reduzir o impacto desses agentes bióticos sobre a produtividade e qualidade dos grãos produzidos. Embora diferentes estratégias de manejo possam ser empregadas no manejo fitossanitário da cultura da soja, o controle químico via pulverização de defensivos agrícolas ainda é o método mais usual em escala comercial.
Diferentes métodos de pulverização podem ser utilizados no programa fitossanitário da soja, incluindo pulverizações áreas e terrestres, ambos apresentando vantagens e desvantagens. Dentre os métodos mais utilizados, a pulverização terrestre se destacar por sua maior acessibilidade e versatilidade, atendendo desde pequenas a grandes propriedades.
Contudo, embora mais acessível, esse método apresenta algumas desvantagens, dentre elas: maior necessidade de manipulação de agrotóxicos; maior mão de obra, amassamento/quebra de plantas em função do trafego de tratores e pulverizadores, bem como limitada atuação sob condições de solo úmido. Embora com o aprimoramento das tecnologias de georreferenciamento o tráfego de pulverizadores tenha sido otimizado em áreas agrícolas, o amassamento das plantas é inevitável em pulverizações terrestres, e impacta a produtividade da cultura, reduzindo o potencial produtivo da lavoura.
Figura 1. Rastros oriundos do tráfegos de máquinas para pulverização. Amassamento de plantas.
Impacto do amassamento da produtividade da soja
Embora o impacto do amassamento de planta na produtividade da soja possa variar de acordo com fatores bióticos e abióticos, bem como características da cultivar e índice de amassamento, Oliveira et al. (2014) destacam que plantas amassadas tendem a apresentar uma redução acentuada do potencial produtivo, ao ponto em que, o amassamento das linhas pelo rodado do trator reduz em 50% a produção das linhas amassadas.
Vale destacar que o tipo de equipamento também influencia no índice de perdas por amassamento. Equipamentos com barras de maior comprimento tendem a reduzir o amassamento, uma vez que reduzem a necessidade de tráfego por proporcionarem um maior rendimento operacional nas aplicações. Da mesma forma, pulverizadores equipados com GPS (Global Positioning System) minimizam as perdas ao otimizar o aproveitamento da área tratada. Além disso, o número de aplicações impacta diretamente o amassamento das plantas, sendo que normalmente, quanto menor o número de pulverizações, menor o amassamento.
Pesquisas apontam que as perdas por amassamento em lavouras de soja, causadas por aplicações terrestres de defensivos agrícolas, podem variar de 4% a 7%, especialmente quando são realizadas entre três e cinco aplicações ao longo do ciclo da cultura (Costa, 2017). Considerando uma produtividade média de 60 sc ha⁻¹ (3.600 kg ha⁻¹) e uma taxa de amassamento de 5%, a perda pode chegar a aproximadamente 3 sc ha⁻¹ (180 kg ha⁻¹), o que representa uma redução expressiva na produtividade e, consequentemente, na rentabilidade da lavoura.
A um preço médio da saca de soja de R$ 138,68 (CEPEA/ESALQ – Paranaguá, 28/07/2025), a perda de 3 sc ha-1 equivale a uma redução da receita bruta de R$416,04. Em uma área de 100 hectares, essa perda de produtividade representa um impacto negativo de mais de 41 mil reais, que ocorre exclusivamente em função amassamento da soja.
Nesse sentido, o planejamento das pulverizações visando reduzir a intensidade do tráfego nas áreas agrícolas, o adequado posicionamento de defensivos agrícolas para um controle mais efetivo de pragas, doenças e plantas daninhas, o ajuste da bitola dos tratores e pulverizadores bem como o uso de rodados mais estreitos, são estratégias importantes para reduzir as perdas por amassamento.
Outra alterativa é a pulverização aérea, utilizando aviões e/ou drones. Esse método não gera amassamento de plantas, entretanto, normalmente representa um maior custo por pulverização. Logo, deve-se analisar as perdas observadas pelo amassamento, considerando a realidade logística e estrutural da propriedade, a fim de adotar estratégias de manejo que reduzam as perdas pelo amassamento, como as estratégias supracitadas.
Veja mais: Drones ganham espaço nas lavouras brasileiras e viram opção para agricultores e prestadores de serviço
Referências:
CEPEA/ESALQ. SOJA: INDICADOR DA SOJA CEPEA/ESALQ – PARANAGUÁ. Cepea, 2025. Disponível em: < https://www.cepea.org.br/br/indicador/soja.aspx >, acesso em: 29/07/2025.
COSTA, C. C. CUSTOS E BENEFÍCIOS DO SUO DA PULVERIZAÇÃO AÉREA DE AGROTÓXICOS NA AGRÍCULTURA. Embrapa, Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, n. 39, 2017. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1085336/1/BoletimPD39Custoebeneficio….pdf >, acesso em 29/07/2025.
OLIVEIRA, S. et al. AMASSAMENTO DURANTE O MANEJO DO CULTIVO: EFEITO NO RENDIMENTO E NA QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA. Biosci. J., 2014. Disponível em: < https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/10/948362/amassamento-durante-o-manejo-do-cultivo-efeito-no-rendimento-e-_IEAqC3z.pdf >, acesso em: 29/07/2025.
Sustentabilidade
Em dia de troca e aprendizado, Canal Rural recebe representantes da Aprosoja MT

Muitos produtores acompanham diariamente os conteúdos sobre o setor, mas nem todos conhecem, de fato, como funciona a produção de informação nos bastidores. O que aparece na tela, muitas vezes resumido em um texto lido no TP, é resultado do trabalho de várias pessoas. Com o objetivo de aproximar o campo da comunicação, o Canal Rural recebeu, nesta quinta-feira (31), cerca de 50 representantes da Aprosoja Mato Grosso
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A visita à emissora integra as atividades da Academia de Liderança da associação e reforça a parceria entre as instituições. Logo no início, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a história e os números do Canal Rural, primeiro veículo de comunicação do agro a ingressar em uma rede social. Eles também acompanharam a rotina da redação e entenderam todo o processo, da apuração à exibição.
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”É uma honra enorme recebê-los aqui. Ver o produtor dentro do Canal Rural, conhecendo nossos bastidores de perto, é muito importante. Esse contato direto, que já é tradição, nos ajuda a entender melhor as demandas do campo e a produzir um conteúdo que realmente contribua para a tomada de decisões no dia a dia do produtor”, afirmou Julio Cargnino, presidente do Canal Rural.
Durante a visita da Aprosoja MT, os participantes puderam conhecer os bastidores da redação, os processos de produção e a curadoria das notícias que vão ao ar diariamente. “A gente acompanha o Canal Rural todos os dias, mas estar aqui, ver como tudo funciona e quantas pessoas estão envolvidas muda a nossa percepção. É muita gente trabalhando para levar informação com responsabilidade ao campo”, destacou Ligia Pedrini, produtora de soja de Diamantino (MT).
Diretor da Aprosoja MT comenta parceria
Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja MT, destacou a importância da parceria com o Canal Rural. “A Aprosoja Mato Grosso, por meio da Academia de Liderança, tem a iniciativa de aproximar os produtores do que acontece por trás das câmeras. É uma forma de mostrar a credibilidade do nosso trabalho e dar visibilidade ao que os agricultores estão vivendo no campo”, disse.
A visita também foi oportunidade para refletir sobre os desafios que marcam o início da temporada 25/26. Segundo Bertuol, o setor enfrenta altos níveis de endividamento, escassez de crédito e insegurança quanto à oferta de insumos, agravada por fatores internacionais e pela recente taxação de 50% imposta pelos EUA.
Embora o Plano Safra tenha sido anunciado como o maior da história, Bertuol pontua que ele não tem alcançado todos os produtores. “O crédito chega caro e, muitas vezes, inacessível. O próximo ciclo será de grandes desafios, e precisamos estar preparados para enfrentá-los com informação e planejamento.”
Sustentabilidade
Trigo/RS: Semeadura está tecnicamente encerrada no Estado – MAIS SOJA

A semeadura está tecnicamente encerrada. Restam apenas áreas pontuais a serem complementadas, sem impacto significativo no andamento da safra. Assim, o cronograma de implantação manteve-se dentro da janela recomendada pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), assegurando a conformidade técnica e a adequada condução da safra.
As precipitações em volumes significativos, distribuídas em todo o Estado, em 26 e 27/07, foram favoráveis para a cultura, uma vez que o mês de julho registrava condições predominantemente secas, com acumulados pluviométricos anteriores (16 e 17/07) considerados baixos e insuficientes para repor a umidade do solo em profundidade.
As lavouras implantadas na segunda semana de julho, que apresentavam a emergência inicialmente lenta em função do déficit hídrico no solo, foram uniformizadas após a recarga de umidade proporcionada pelas chuvas do período, garantindo população de plantas próxima ao ideal.
Os cultivos semeados entre o final de maio e durante o mês de junho estão, majoritariamente, no estádio de perfilhamento; algumas áreas mais adiantadas começam a fase de elongação do colmo; as demais seguem em desenvolvimento vegetativo. Observa-se homogeneidade no porte das plantas, e o estande final é considerado adequado. Porém, em pequenas áreas, especialmente onde a erosão superficial foi mais intensa, houve comprometimento parcial da emergência ou da fixação das plântulas, reduzindo a densidade das plantas.
Em termos de manejo cultural, nos dias que precederam as precipitações, foram efetuadas adubações nitrogenadas em cobertura e controle de plantas daninhas em lavouras mais recentes; nas mais adiantadas, esses tratos foram finalizados. Também foram intensificadas as aplicações de fungicidas para evitar a proliferação de doenças, especialmente manchas foliares.
A área cultivada no Estado está projetada pela Emater/RS-Ascar em 1.198.276 hectares. A estimativa de produtividade está em 2.997 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas ocorridas nos últimos períodos uniformizaram a germinação das áreas semeadas no final da janela de plantio. Houve intensificação das práticas de manejo, como capinas, adubações nitrogenadas e aplicações de fungicidas nas lavouras em fase vegetativa e de perfilhamento. A ocorrência de dias ensolarados contribuiu para a retomada do desenvolvimento das plantas.
Na de Caxias do Sul, a semeadura avançou de forma satisfatória e está em finalização. Restam apenas frações pontuais onde os produtores planejam cultivar feijão na safra de verão, e a colheita do cereal pode se estender até meados de dezembro. Os cultivos apresentam germinação uniforme, bom estabelecimento inicial e condições fitossanitárias dentro da normalidade.
Na de Frederico Westphalen, as lavouras estão na fase vegetativa, e há adequada taxa de afilhamento. Embora as condições climáticas tenham sido propícias, o desenvolvimento está aquém do esperado. Quanto ao manejo, intensificaram-se as aplicações de herbicidas para o controle de azevém e, nas áreas com desenvolvimento mais avançado, foram efetuadas aplicações de fungicidas.
Na de Ijuí, a cultura apresenta crescimento vigoroso e uniforme nas lavouras. O controle de plantas daninhas tem sido eficiente, auxiliando na manutenção do potencial produtivo da cultura.
Na de Pelotas, antes das chuvas no final do período, houve cerração nas manhãs e baixa luminosidade por vários dias consecutivos, limitando temporariamente o desenvolvimento fisiológico das plantas. Mesmo assim, a semeadura avançou significativamente, chegando à sua fase final.
Na de Santa Maria, os dias ensolarados intercalados com chuvas favoreceram o desenvolvimento dos cultivos, permitindo a retomada do crescimento das plantas, a aplicação eficiente da adubação nitrogenada e o avanço das práticas de manejo, especialmente o controle de plantas invasoras.
Na de Santa Rosa, a cultura se encontra predominantemente na fase de perfilhamento, e algumas lavouras iniciam o estágio de alongamento do colmo. As condições climáticas no período foram propícias. A expectativa de produtividade segue positiva. Observa-se um incremento na semeadura de trigo destinado ao pastejo e à produção de silagem, visando ao aproveitamento forrageiro da cultura.
Na de Soledade, a semeadura foi concluída. Cerca de 50% da área foi implantada durante o período de tempo firme no início de junho, e o restante no início de julho, respeitando a janela recomendada pelo Zarc. Em áreas com maior nível tecnológico, já está sendo realizada a segunda aplicação de nitrogênio e iniciadas as aplicações de fungicidas para controle de manchas foliares, que se beneficiaram das condições climáticas do período. As lavouras implantadas em julho apresentam germinação e estande adequados bem como emergência uniforme.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, retraiu 0,36% quando comparado à semana anterior, de R$ 70,17 para R$ 69,92.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1878 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS
Autor:Informativo Conjuntural 1878
Site: EMATER/RS
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