Sustentabilidade
Educação técnica é chave para crescimento no agronegócio, aponta especialista – MAIS SOJA

O agronegócio brasileiro, responsável por cerca de 25% do PIB nacional, vive um momento de transformação e crescimento acelerado. Mais do que força produtiva, o setor exige, agora, profissionais cada vez mais preparados, tecnicamente capacitados e conectados às novas tecnologias. É o que aponta o especialista em recursos humanos no agro, Fernando Barreto, da Wiabiliza, empresa com mais de 30 anos de atuação no mercado e referência em soluções de RH para o setor.
Segundo Barreto, a qualificação técnica deixou de ser um diferencial e passou a ser pré-requisito para quem deseja entrar ou se manter competitivo no setor.
“O agronegócio está cada vez mais conectado a tecnologias como inteligência artificial, drones, sensores e softwares de gestão agrícola. Além disso, competências como gestão estratégica, liderança, comunicação e adaptabilidade são cada vez mais necessárias. Isso exige um novo perfil de profissional: mais analítico, adaptável e capaz de tomar decisões rápidas com base em dados”, afirma.
Além da formação técnica tradicional, áreas como gestão rural, agricultura de precisão, sustentabilidade e logística no campo ganham protagonismo nas demandas do mercado. Para Barreto, quem se aprofunda nessas frentes tem maiores chances de se destacar.
“Empresas buscam profissionais com visão estratégica da cadeia produtiva, desde a produção até o consumidor final. Comunicação clara, liderança e trabalho em equipe — que podem e devem ser estimulados e aperfeiçoados por meio de cursos e treinamentos — também são habilidades altamente valorizadas”, complementa.
A boa notícia é que a capacitação está mais acessível do que nunca. Iniciativas como as do SENAR, Institutos Federais e plataformas digitais especializadas em agro ampliaram o alcance e a variedade dos cursos disponíveis, tanto para quem está ingressando quanto para quem já atua no setor. Além disso, um caminho altamente recomendado são as consultorias especializadas em treinamentos e capacitações, que podem atuar em formato remoto ou in company, oferecendo soluções personalizadas à realidade de cada empresa.
Para os profissionais que já atuam no agronegócio, a atualização técnica se torna indispensável. Barreto reforça que, em um setor em constante evolução, “não basta mais fazer bem o que sempre foi feito”. Acompanhar tendências, participar de eventos, buscar cursos e manter networking com especialistas são estratégias essenciais para garantir competitividade e crescimento na carreira.
“O agro moderno é dinâmico. Quem não se atualiza corre o risco de ficar para trás. Por outro lado, quem busca conhecimento continuamente tende a gerar mais resultados e alcançar posições estratégicas dentro das empresas”, afirma.
Mais do que um mercado promissor, o agronegócio brasileiro representa hoje uma das maiores plataformas de inovação e desenvolvimento profissional do país. E, para Fernando Barreto, esse movimento deve continuar nos próximos anos.
“O agro não é mais sinônimo apenas de campo. É também tecnologia, estratégia e inovação. E quem estiver preparado, certamente terá espaço para crescer.”
Sobre a Wiabiliza: Com mais de 35 anos de atuação, a Wiabiliza é uma consultoria empresarial que atua nos mais variados setores, oferecendo soluções em recrutamento, seleção, capacitação e desenvolvimento de profissionais para todas as etapas da cadeia produtiva. Com unidades de negócios em polos estratégicos pelo Brasil, a empresa atua conectando talentos e empresas em todo território nacional.
Fonte: Assessoria de Imprensa Wiabiliza
Sustentabilidade
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Biodiversidade de Mato Grosso é destaque na maior feira mundial de observação de aves

Evento internacional reúne operadores e entusiastas de viagens voltadas à vida selvagem e conservação ambiental
Com um dos maiores potenciais de biodiversidade do Brasil, Mato Grosso participou da Global BirdFair 2025, realizada de 11 a 13 de julho, em Rutland, no Reino Unido, com o objetivo de fortalecer sua presença no turismo internacional de natureza e se consolidar como destino de safári e observação de aves.
O evento é considerado a principal feira mundial dedicada à avifauna e à conservação ambiental, reunindo operadores, especialistas e entusiastas do ecoturismo de diversos países.
Abrangendo Pantanal, Cerrado e Amazônia, Mato Grosso reúne condições únicas para o ecoturismo, com experiências que vão desde o avistamento da arara-azul nas planícies pantaneiras até a busca pelo som encantador do uirapuru em meio à floresta amazônica.
Representando a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), a superintendente de Política e Promoção do Turismo, Júlia Assis, participou da programação com foco em promover o estado como um dos destinos mais promissores da América do Sul para o birdwatching e o ecoturismo de safári.
“Quando a gente mostra os nossos biomas, a nossa extensão territorial e a nossa quantidade de espécies registradas aqui no nosso estado, impressiona. Em Mato Grosso, nós temos 909 espécies registradas. Então eu tenho certeza que a gente vai conseguir atrair com mais potência esse turista para vir para cá e conhecer seja Pantanal, seja Cerrado, seja Amazônia, porque a nossa diversidade de espécies é um potencial”, afirma.
Além de reunir características ecológicas excepcionais, o estado também tem investido na estruturação do turismo internacional. Um exemplo disso é o reconhecimento do Cristalino Lodge, em Alta Floresta, que possui representante no Reino Unido e articula diretamente com os turistas britânicos.
A presença na feira integra uma agenda estratégica de promoção do turismo internacional, coordenada pela Sedec em parceria com a Embratur. Dados recentes apontam que o número de turistas estrangeiros entrando diretamente em Mato Grosso aumentou mais de 19% em 2024, tendência que se mantém forte em 2025.
Próxima parada: Nova York
As ações de divulgação internacional continuam no segundo semestre, com a participação do estado na Galeria Visit Brasil, que será realizada entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro, em Nova York (EUA).
Durante o evento, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul se reúnem para promover o pantanal como destino de safári sul-americano, com destaque para espécies emblemáticas como onça-pintada, lobo-guará e tamanduá-bandeira, além de apresentar ao público norte-americano elementos culturais e gastronômicos da região.
Sustentabilidade
Polinização por abelhas e animais contribui com até 25% do valor da produção do agro

A polinização animal tem ganhado protagonismo na produção agropecuária brasileira. Segundo estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a contribuição dos polinizadores como abelhas, borboletas e morcegos representou, em média, 16,14% do valor da produção agrícola e extrativista do Brasil em 2023 — um aumento em relação aos 14,4% registrados em 1996.
Nos cenários mais favoráveis, essa participação pode chegar a 25% do valor total da produção nacional. O estudo “Contribuição dos Polinizadores para as Produções Agrícola e Extrativista do Brasil 1981-2023” considerou dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) e da Produção da Extração Vegetal e Silvicultura (PEVS).
Dos 89 produtos analisados, 48,3% têm algum grau de dependência da polinização animal. O efeito é mais acentuado nas culturas permanentes, como frutas e café, e no extrativismo vegetal, com destaque para o açaí e o babaçu.
Em 2023, a contribuição dos polinizadores no extrativismo alcançou 47,2%, mais que o dobro do índice observado em 1996 (21,8%). Nas lavouras permanentes, o índice ficou em 38,7%, enquanto nas temporárias, como soja e feijão, chegou a 12%. Apesar disso, os cultivos temporários dominam a área plantada e a produção nacional.
Soja: baixa dependência, mas alta influência
Principal cultura temporária do Brasil, a soja possui dependência considerada modesta da polinização. Ainda assim, por seu elevado volume de produção e expansão territorial, ela contribui significativamente para a ampliação da área agrícola com algum nível de dependência de polinizadores.
A soja aparece entre os cinco principais produtos com dependência de polinizadores em todas as regiões do Brasil.
Mesmo com dependência modesta dos polinizadores, devido ao volume produzido e valor de produção, a expansão da soja para além de suas áreas tradicionais de cultivo, na região Sul, teve duas consequências: por um lado, contribuiu para o aumento da área ocupada por culturas que dependem de polinizadores e, por outro, substituiu cultivos com maior dependência desses agentes, reduzindo a participação de produtos associados à polinização animal, especialmente aqueles de menor valor comercial.
Na região Norte, o açaí – com alta dependência de polinização – é o principal destaque. Já no Nordeste, frutas como manga, cacau e uva se sobressaem. No Sudeste, produtos como o café e a laranja lideram a lista. No Sul, a maçã é uma das mais dependentes da polinização. E no Centro-Oeste, soja e algodão dominam, mesmo com dependência modesta.
Municípios mais dependentes de polinizadores crescem no Brasil
Entre 1996 e 2023, houve aumento de quase 6 pontos percentuais na proporção de municípios cuja produção agrícola e extrativista depende, em mais de 5%, da polinização. O Nordeste, com sua forte produção de frutas, foi a região com maior destaque nesse crescimento.
O estudo do IBGE destaca que até mesmo culturas de menor expressão nacional podem ter impacto estratégico local. “Além de contribuírem para a agricultura, os polinizadores são vitais para a manutenção dos ecossistemas”, reforça Leonardo Bergamini, analista do IBGE.
Mais da metade da área colhida tem dependência modesta
Em 2023, 53,5% da área colhida no Brasil era ocupada por produtos classificados com dependência modesta de polinização, como soja e feijão. A expansão dessa classe é um dos destaques da série histórica, que aponta crescimento constante desde 1975.
Nas lavouras permanentes, embora a classe com dependência modesta represente apenas 19,4% dos produtos, ela ocupa 41,2% da área plantada — com destaque para o café arábica e a laranja. Já as classes com alta ou essencial dependência, como o cacau e o caju, têm ampliado sua área cultivada ao longo dos anos.
Produtos dependentes de polinização representam 17,6% da produção
Apesar de a maioria da produção agrícola brasileira (82,4%) ainda ser formada por produtos sem dependência de polinizadores, o grupo com dependência modesta já responde por 15,9%. As classes com alta ou essencial dependência somam 1,6%, mas são fundamentais para determinadas regiões e produtos estratégicos.
No extrativismo, mais de 40% da quantidade coletada vem de produtos com dependência alta ou essencial, como açaí e babaçu. Embora a erva-mate — sem dependência de polinizadores — continue sendo o produto mais coletado, a tendência é de crescimento das culturas dependentes.
Ameaças aos polinizadores exigem atenção
A crescente dependência da polinização animal contrasta com a redução das populações de polinizadores, ameaçadas por perda de habitat, uso de agrotóxicos, doenças, mudanças climáticas e espécies invasoras.
“Garantir a continuidade desse serviço essencial exige investimentos em pesquisa e políticas públicas”, conclui Bergamini.
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