Sustentabilidade
Chicago sobe antes de relatórios do USDA, mantendo movimento de recuperação

A sessão eletrônica da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja chega ao intervalo desta segunda-feira (30) com preços mais altos para grão e óleo, e cotações mais baixas para farelo.
Em sessão volátil, o mercado se firmou no território positivo nos últimos negócios, estendendo o movimento de recuperação iniciado na sexta-feira (27).
Os contratos com vencimento em agosto de 2025 tinham preço de US$ 10,37 por bushel, alta de 3,75 centavos de dólar por bushel ou 0,36%. A posição novembro de 2025 era cotada a US$ 10,30 3/4 por bushel, elevação de 6,00 centavos de dólar por bushel ou 0,58%. No farelo, dezembro de 2025 tinha preço de US$ 288,00 por tonelada, desvalorização de US$ 0,50 por tonelada ou 0,17%. Já a posição dezembro de 2025 do óleo era cotada a 53,05 centavos de dólar por libra-peso, ganho de 0,44 centavo de dólar por libra-peso ou 0,83%.
Os investidores se posicionam entre os relatórios de área plantada e estoques trimestrais, que saem nesta segunda-feira, às 13 horas (horário de Brasília), além das condições das lavouras do país, a serem divulgadas no fim da tarde.
Os estoques trimestrais norte-americanos de soja na posição 1º de junho deverão ficar levemente acima do número indicado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em igual período do ano anterior. A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 971 milhões de bushels. Em igual período do ano anterior, o número era de 970 milhões de bushels.
Em 1º de março, data do relatório anterior, os estoques de soja estavam em 1,910 bilhão de bushels. Já a área plantada norte-americana com soja deve somar 83,648 milhões de acres em 2025, acima da intenção de plantio, divulgada em março, de 83,495 milhões de acres. No ano passado, a área ficou em 87,050 milhões de acres. A previsão é compartilhada por analistas e corretores consultados pelas agências internacionais. Segundo a consulta, as estimativas oscilaram de 83 a 85 milhões de acres.
Sustentabilidade
Mercado de fertilizantes vive novo momento de instabilidade – MAIS SOJA

A escalada do conflito entre Irã e Israel, iniciada em 13 de junho de 2025, trouxe novos elementos de instabilidade ao mercado global de fertilizantes. Os efeitos já são sentidos especialmente entre os nitrogenados, com paralisações produtivas relevantes e impactos logísticos que ampliam a volatilidade de preços e reforçam os riscos para o abastecimento global, inclusive no Brasil.
O mercado internacional de ureia enfrenta um efeito dominó que deve continuar sendo o principal direcionador de preços enquanto o conflito durar. Inicialmente, o Egito, que já havia enfrentado restrições no fornecimento de gás em meados de maio, teve sua produção de ureia paralisada após a interrupção do gás israelense. Na sequência, todas as sete plantas de fertilizantes nitrogenados do Irã também foram desativadas, o que desencadeou aumentos de preços em diferentes origens.
O caso mais expressivo foi na Argélia, único fornecedor remanescente no Norte da África, justamente quando a demanda local egípcia começava a se fortalecer. A dificuldade da Índia (maior consumidora global de ureia) em adquirir volumes expressivos no último leilão reforça a pressão no mercado: apenas 15,3% do volume desejado foi efetivamente comprado. O cenário atual reflete as incertezas geopolíticas, com cerca de 11% da capacidade global de ureia já comprometida. Paralelamente, o conflito entre Rússia e Ucrânia continua a afetar a produção de nitrogenados, com destaque aos ataques com drones às plantas da Novomoskovsk Azot JSC e da Nevinnomyssk Azot.
No Brasil, negócios com ureia de origem chinesa voltaram a ocorrer, mesmo com preços mais elevados em relação aos praticados em junho. Após um período de restrições nas exportações, a China voltou a se mostrar competitiva frente ao cenário global desfavorável. Com o agravamento das restrições de oferta, cresce o interesse por alternativas como o nitrato de amônio e o sulfato de amônio, ambos já com aumento de demanda e preços. O mercado de nitratos, em especial, enfrenta desafios adicionais devido às interrupções na produção russa.
Outro fator que pode afetar ainda mais o mercado global de fertilizantes é o possível fechamento do Estreito de Ormuz, por onde transita cerca de 20% do fornecimento mundial de petróleo. Uma eventual interrupção do tráfego pelo estreito teria impactos significativos na cadeia produtiva de diferentes fertilizantes, inclusive no transporte de ureia proveniente do Catar, um dos principais exportadores para o Brasil. Apesar de o Estreito ser reconhecido como uma via de trânsito internacional segundo a ONU, o que impede legalmente seu bloqueio, o Irã já demonstrou capacidade de interferir na navegação da região por meio de ações militares e táticas de pressão. Em momentos de tensão geopolítica, o país costuma usar o estreito como ferramenta estratégica, ampliando os riscos logísticos globais.
Embora a produção de fosfatados ainda não tenha sido diretamente afetada, os preços já refletem o temor de gargalos logísticos. O fechamento do Estreito de Ormuz redirecionaria cargas da Arábia Saudita para o Canal de Suez, elevando tempo de trânsito e custos de frete. Como reflexo da reação do mercado, o preço internacional do MAP subiu 5,6% na última sexta-feira (20/06).
Embora o conflito ainda exerça pouca influência direta sobre os potássicos, os riscos logísticos e os custos de energia seguem no radar. Israel, que respondeu por 7,7% das importações brasileiras de KCl em 2024 (fonte: Outlook GlobalFert), não comunicou interrupções na produção até o momento. Mesmo sem impacto direto na oferta global, o cenário de incerteza aumenta a volatilidade e pode estimular compras antecipadas. Além disso, o aumento nos preços do enxofre, insumo essencial na produção de sulfato de potássio (SOP), reforça a pressão indireta sobre esse segmento.
O atual conflito entre Irã e Israel adiciona uma nova camada de instabilidade ao já sensível mercado global de fertilizantes. Embora os impactos imediatos variem entre os diferentes segmentos, os riscos logísticos, o aumento nos custos de energia e a possibilidade de interrupções em rotas estratégicas de transporte elevam a preocupação em toda a cadeia. Diante desse cenário, produtores, importadores e distribuidores devem intensificar o monitoramento do mercado e adotar estratégias mais ágeis e flexíveis para garantir o abastecimento na próxima safra.
Fonte: GlobalFert, disponível em Fecoagro
Autor:GlobalFert, disponível em Fecoagro
Site: FECOAGRO
Sustentabilidade
Governo federal lança Plano Safra 2025/2026 com R$ 516,2 bilhões e 89 bilhões na agricultura familiar – MAIS SOJA

O Governo Federal lançou os dois panos de apoio a agropecuária brasileira para o período 2025-2026. O Plano Safra 2025/2026, para agricultura empresarial terá recursos na ordem de R$ 516,2 bilhões. O valor representa um acréscimo nominal de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior.
Voltado a médios e grandes produtores, o Plano Safra da agricultura empresarial é coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e contempla operações de custeio, comercialização e investimento. As condições variam de acordo com o perfil do beneficiário e o programa acessado.
A partir deste ano, o crédito rural de custeio agrícola passa a exigir a observância das recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Anteriormente restrita a operações de até R$ 200 mil contratadas por agricultores familiares do Pronaf com enquadramento obrigatório no Proagro, a exigência agora se estende a financiamentos acima desse valor e a contratos em que o Proagro não é exigido. O objetivo é evitar a liberação de crédito fora dos períodos indicados ou em áreas com restrições, contribuindo para maior segurança e sustentabilidade na produção. A exceção ocorre somente nos casos em que não houver zoneamento disponível para o município ou para a cultura financiada.
Outra novidade é a autorização para o financiamento de rações, suplementos e medicamentos adquiridos até 180 dias antes da formalização do crédito, o que flexibiliza o acesso aos insumos.
O crédito de custeio também poderá ser destinado à produção de sementes e mudas de essências florestais, nativas ou exóticas, valorizando iniciativas voltadas à preservação ambiental. Ainda nesse contexto, será permitido o financiamento de insumos e tratos culturais voltados ao cultivo de plantas utilizadas para cobertura e proteção do solo no período de entressafra, incentivando práticas agrícolas sustentáveis.
Além disso, o novo ciclo do Plano Safra traz medidas para facilitar a renegociação de dívidas, oferecendo aos produtores que enfrentaram dificuldades em safras anteriores mais flexibilidade para reorganizar seus passivos e retomar o fluxo produtivo.
O programa de armazenagem (PCA) foi ampliado. O limite de capacidade por projeto passou de 6 mil para 12 mil toneladas, o que contribui para melhorar a infraestrutura de estocagem e escoamento da produção rural.
Outra novidade é a ampliação do limite de renda para enquadramento no Pronamp, que passou de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões por ano, permitindo que mais produtores tenham acesso às condições diferenciadas oferecidas pelo programa.
No caso da Agricultura familiar, tem como destaque, ampliação do crédito rural, juros negativos para a produção de alimentos e mecanização e linhas novas para irrigação sustentável, quintais produtivos para mulheres rurais e transição agroecológica. Serão R$ 89 bilhões para políticas de crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo, entre outras. Do total, R$ 78,2 bilhões são do Pronaf, que este ano completa 30 anos. O valor representa aumento de 47,5% do crédito rural para a agricultura familiar. Está mantida a taxa de apenas 3% para financiar a produção de alimentos, como arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, ovos e leite – caindo para 2% quando o cultivo for orgânico ou agroecológico. Essa estratégia, adotada nos últimos dois planos safras da agricultura familiar, resultou no aumento dos financiamentos para produtos da cesta básica, gerando renda no campo e garantindo preços mais justos aos consumidores.
Este Plano Safra da Agricultura Familiar também traz incentivos para a mecanização, no contexto do Programa Mais Alimentos. O limite para a compra de máquinas e equipamentos menores foi ampliado de R$ 50 mil para R$ 100 mil com a manutenção da taxa de juros de apenas 2.5%. Para máquinas maiores, de até R$ 250 mil, a taxa de juros é de 5%, com grande subsídio do Governo Federal para incentivar mais tecnologia no campo, que impacta em mais produtividade, qualidade de vida e alimentos para o Brasil.
Lideranças do setor agro de SC opinaram sobre os planos anunciados pelo governo federal, como Arno Pandolfo e Vanir Zanatta. Confira clicando aqui.
Fonte: Fecoagro com informações GOV
Autor:Fecoagro com informações GOV
Site: FECOAGRO
Sustentabilidade
Imea projeta estoque de 940 mil t em Mato Grosso para safra 2025/26

A oferta total de soja em Mato Grosso na safra 2025/26 foi estimada em 48,55 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O volume considera a produção estimada de 47,18 milhões de toneladas e estoques iniciais de 1,36 milhão.
A demanda total foi projetada em 47,61 milhões de toneladas, com estoque final de 940 mil toneladas.
O número representa recuo de 3,28% em relação à estimativa anterior. A produção estimada recuou 7,29% na comparação com a safra 2024/25, quando foram colhidas 50,89 milhões de toneladas. A retração foi projetada com base em menor produtividade, calculada em 60,45 sacas por hectare, ante 66,29 sacas na safra passada.
A área plantada foi estimada em 13,01 milhões de hectares, aumento de 1,67% sobre o ciclo anterior.
O Imea utilizou a média de produtividade dos últimos três anos como base inicial de cálculo, diante das indefinições sobre clima, pragas, doenças e volume efetivo de investimento. As projeções poderão ser revistas ao longo da safra.
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