Business
Contrato do algodão para dezembro volta a se recuperar após atingir mínima

O contrato do algodão para dezembro de 2025 se recuperou de forma consistentes nesta semana e registrou alta de 3,2% e fechou a 68,80 U$c/lp, após atingir a mínima de dez semanas a 66,67 U$c/lp no dia 18 de junho. O que mostra a limitação dos movimentos de preço nos últimos meses em Nova York, diante das incertezas de mercado, principalmente em decorrência aos conflitos armados e tarifários.
As informações constam no Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa desta sexta-feira (27).
Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:
Algodão em NY – O contrato Out/25 fechou nesta quinta 12/jun cotado a 68,14 U$c/lp (+3,1% vs. 19/jun). O contrato Dez/25 fechou em 68,80 U$c/lp (+3,2% vs. 19/jun).
Basis Ásia – Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 838 pts para embarque Jul/Ago-25 (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 26/jun/25).
Altistas 1 – Cessar-fogo entre Israel e Irã trouxe alívio aos mercados. Os mercados acionários globais se mantiveram firmes e até subiram, reduzindo a aversão ao risco e favorecendo ativos como o algodão. Petróleo e dólar americano caíram.
Altistas 2 – O anúncio esta semana, ainda sem detalhes, de um acordo comercial entre EUA e China, é positivo, mas as tarifas de 30% vigentes atualmente para exportações Chinesas para os EUA ainda inviabilizam grande parte das exportações de têxteis Chineses para lá.
Altistas 3 – O relatório de área plantada de algodão nos EUA será divulgado na segunda (30), e o mercado espera um número na faixa inferior, em torno de 9,8 milhões de acres. Se confirmada, essa redução pode indicar uma oferta futura mais apertada, o que pode sustentar os preços no mercado.
Altistas 4 – Em seu último relatório, o USDA estimou a área plantada este ano em 9,9 milhões de acres, uma queda de 12% em relação a 2024. Isso representa o menor nível desde 2015.
Baixistas 1 – O presidente do Federal Reserve (Fed) dos EUA manteve as taxas de juros inalteradas, refletindo preocupação com a inflação gerada pela guerra tarifária internacional, especialmente no atual contexto de incertezas sobre acordos internacionais.
Baixistas 2 – As tarifas dos EUA continuam sendo o principal obstáculo para qualquer melhora ampla ou duradoura no sentimento dos negócios. Atualmente, a suspensão das chamadas tarifas recíprocas, anunciada em 2 de abril, está programada para terminar em 9 de julho.
Baixistas 3 – Eventuais prorrogações de prazo não resolverão as queixas sobre confusão e incerteza em todos os países exportadores, e as empresas continuarão sem condições claras para tomar decisões além do curto prazo.
Evento – Quem não poderá estar presente no ANEA Cotton Dinner deste ano poderá acompanhar online a palestra de Joe Nicosia, da Louis Dreyfus, com o tema “The Cotton Market Outlook”, terça 01/jul, a partir de 8:30 (Brasília), com análises exclusivas sobre o mercado global de algodão. Inscrições gratuitas: https://bit.ly/JoeNicosia.
Informações – Receba informações exclusivas sobre o mercado de algodão participando do Canal do Cotton Brazil clicando aqui https://bit.ly/Canal-CottonBrazil.
Oferta 2025/26 – A Cotlook revisou a estimativa da produção global de algodão em 2025/26 para 25,97 milhões tons (+300 mil tons). O forte aumento da produção na China ajudou a compensar a queda prevista na safra dos EUA.
Demanda 2025/26 – O consumo mundial de pluma foi estimado pela Cotlook em 24,8 milhões tons para 2025/26.
EUA 1 – O plantio de algodão nos EUA está próximo do fim, com 92% da área prevista plantada até 22/jun, segundo o USDA. O número fica ligeiramente abaixo da média histórica de 95% para o período.
EUA 2 – Há forte intenção dos agricultores de plantar, mesmo diante de desafios climáticos. No Midsouth (sul médio dos EUA), muitos produtores tentaram replantar áreas danificadas, mas continuaram enfrentando problemas com chuvas.
EUA 3 – O Mississipi plantou apenas 78% da área prevista, contra 98% normalmente nesta época do ano. Isso pode indicar perdas de produtividade ou área abandonada, caso as condições não melhorem rapidamente.
EUA 4 – Agricultores texanos foram beneficiados por algumas chuvas, mas enfrentaram ventos fortes, o que prejudicou operações de campo e pode impactar o estabelecimento da lavoura.
China 1 – As importações chinesas de algodão em maio caíram para o nível mais baixo em anos ( 34.500 tons ), com o Brasil liderando como principal fornecedor (40%), à frente de EUA (24%) e Turquia (19%).
China 2 – O volume acumulado nos primeiros dez meses de 2025 na China caiu para 1,05 milhão tons (vs 2,9 milhões/2024), O Brasil respondeu por 45% do total (41% em 2024), Austrália por 23% (contra 9%) e EUA 18% (contra 34%).
China 3 – Há boatos na China sobre emissão de quotas de importação de algodão. O órgão estatal NDRC teve reunião esta semana.
China 4 – Não houve uma conclusão oficial na reunião de hoje da NDRC (Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China). Segundo os oficiais, eles não consideram que este seja o momento adequado para tomar decisões sobre cotas de importação ou leilões de algodão dos estoques de reserva. Por isso, optaram por manter o diálogo aberto, sem definir nenhuma ação imediata.
Paquistão – O plantio está quase concluído no Paquistão, atingindo 89% das metas iniciais em Punjab e 65% em Sindh. A previsão é de uma redução de 7% na produção em relação ao ano passado.
Índia – A safra de algodão na Índia avança com o progresso das monções, cobrindo a maior parte das regiões produtoras. As fiações seguem atentas a um possível novo acordo comercial entre Índia e EUA.
Turquia – A safra turca tem previsão para cair para 800 mil tons (ante 850 mil tons em 2024/25) devido à menor área plantada. O clima atual é favorável, mas os riscos climáticos podem afetar a produtividade nos próximos meses.
Brasil – Exportações – As exportações brasileiras de algodão somaram 99,9 mil tons até a terceira semana de junho. A média diária de embarque é 11% menor que no mesmo período em 2024.
Brasil – Colheita 2024/25 – Até ontem (26), foram colhidos no estado da BA 10%, GO 10,58%, MA 5%, MG 27%, MS 3,6%, PI 16,8%, PR 90% e SP 76,5%. Total Brasil: 3,67%.
Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:
Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.
Business
Brasil tem potencial para elevar o uso de bioinsumos de 15% para 50%, aponta pesquisadora

Durante a COP30, em Belém, Pará, a Agrizone (espaço dedicado à agricultura sustentável) abriu um painel sobre bioinsumos e intensificação sustentável, com foco nas estratégias de implementação e ampliação do uso dessas tecnologias no campo.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Soja, Mariangela Hungria, o Brasil é atualmente o líder mundial no uso de bioinsumos, crescendo de três a quatro vezes mais do que a média global. Mesmo assim, os produtos biológicos representam apenas 15% do mercado, frente aos químicos.
“Existem soluções prontas que poderiam elevar esse índice para 50%, mas é preciso implementar de forma mais ampla e estratégica. Então, o que nós precisamos é implementar e eu espero que a gente discuta aqui essas estratégias de implementação”, afirma.
Desafios e estratégias
A pesquisadora destacou que um dos principais desafios para ampliar o uso dos bioinsumos no país é garantir acesso aos pequenos e médios produtores rurais. Segundo ela, embora a pesquisa já disponha de soluções prontas e validadas a campo para 80 a 100 espécies vegetais, o setor privado ainda concentra esforços nas grandes culturas, como soja e milho.
“O pequeno, médio agricultor, por exemplo, não tem acesso a pacotes que sejam voltados a propriedade dele. Então, temos que discutir como que vamos conseguir implementar isso, principalmente para o pequeno e médio agricultor”, afirma.
Cenário futuro e expectativas
Dados da entidade CropLife Brasil, que representa 56 indústrias de bioinsumos e sementes, apontam que a área tratada com esses produtos no país já alcança 156 milhões de hectares. Para a pesquisadora, a expansão entre os produtores de menor porte é essencial.
“Estamos crescendo 15% ao ano, quatro vezes mais do que em outros países. Mas o que eu considero agora fundamental é crescer entre os pequenos e médios produtores, porque eles são extremamente importantes em ocupação territorial, melhoria de qualidade de vida e geração de empregos”, destaca.
Agrizone
A Agrizone, conhecida como a Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa, é um dos espaços mais visitados da COP30. Pela primeira vez, a Embrapa leva para o evento internacional um ambiente totalmente voltado ao agronegócio sustentável, com vitrines tecnológicas, demonstrações de sistemas produtivos e práticas de recuperação ambiental.
O espaço, instalado na sede da Embrapa Amazônia Oriental, reúne pesquisadores, representantes do setor produtivo e visitantes interessados em conhecer as soluções sustentáveis desenvolvidas no Brasil.
Business
Mapa divulga lista com quatro marcas de azeite impróprias para consumo

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu um alerta aos consumidores sobre a comercialização e o consumo de azeites de oliva fraudados.
Os produtos foram fiscalizados pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária (Dipov). De acordo com o órgão, eles não atendem aos padrões de identidade e qualidade estabelecidos pela legislação. 
As amostras coletadas pelo departamento foram analisadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) que confirmaram a presença de outros tipos de óleos vegetais na composição, o que caracteriza fraude.
Com base nos resultados, o ministério determinou o recolhimento dos produtos e reforça que a comercialização desses itens é infração grave. Os estabelecimentos que os mantiverem à venda poderão ser responsabilizados.
Confira as marcas e lotes:

O ministério orienta os consumidores a interromper imediatamente o uso dos produtos, caso tenham adquirido. Lembra, ainda, que é possível solicitar a substituição do produto, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor.
Business
Mapa deve concluir regulamentação da Lei dos Bioinsumos até dezembro deste ano

Representantes do governo e do setor produtivo correm contra o tempo para concluir a regulamentação da Lei dos Bioinsumos. A proposta tem que ser concluída até 23 de dezembro e o decreto deve ser publicado no início de 2026. O objetivo é atualizar o modelo regulatório dos produtos biológicos usados na agricultura e na pecuária.
O tema é discutido no Grupo de Trabalho (GT) criado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Segundo Reginaldo Minaré, diretor-executivo da Associação Brasileira de Bioinsumos (Abbins) e integrante do GT, o decreto precisa refletir a lógica inovadora da nova lei.
“Não se trata apenas de ajustar regras, mas de adotar um modelo compatível com a era digital e com as particularidades dos bioinsumos”, afirma.
Mudança de lógica
A Lei dos Bioinsumos unificou regras antes espalhadas por diferentes legislações e abriu espaço para modelos regionais de produção, incluindo a fabricação para uso próprio por cooperativas e associações. O texto também redistribuiu competências entre órgãos públicos e criou novas metodologias para o registro de produtos biológicos.
Minaré destaca que boa parte da antiga regulamentação funcionava como um “puxadinho” da Lei dos Agrotóxicos, de 1989, e já não atendia à realidade atual. Segundo o executivo, a legislação foi feita para uma época diferente e com outra lógica de mercado.
Para o diretor da Abbins, o desafio agora é garantir que o decreto preserve o caráter inovador da nova lei. “A Lei dos Bioinsumos foi construída para o futuro. Se o decreto repetir estruturas antigas, ele já nasce ultrapassado.”
Avanços e próximos passos
Neste sentido, o grupo trabalha na calibração das duas metodologias previstas na lei: o método de análise caso a caso, mais adequado aos produtos da biotecnologia, e o método dogmático, com parâmetros gerais. A combinação deve dar mais agilidade e eficiência ao processo regulatório.
“O método caso a caso é ideal para o universo dos bioinsumos, porque parte de experiências reais para aprimorar os critérios de registro. Já o método dogmático traz uma base geral, útil para situações excepcionais. O equilíbrio entre os dois será decisivo para a eficiência do decreto”, afirma.
Minaré também alerta para a necessidade de o governo focar no funcionamento do setor, e não em disputas internas entre órgãos públicos. De acordo com ele, dinâmicas de poder não podem se sobrepor ao interesse da população em geral.
Sendo assim, a proposta final será encaminhada à Casa Civil após a conclusão dos trabalhos do GT, prevista o fim do ano. Além disso, o texto passará por análise técnica e jurídica antes da assinatura presidencial.
“O Mapa e os demais órgãos envolvidos estão muito empenhados. A participação do setor produtivo traz uma visão prática e ajuda a resolver dúvidas e conflitos. Mesmo que a publicação ocorra só em 2026, teremos um decreto moderno, funcional e alinhado à realidade do mercado de bioinsumos”, conclui.
Sustentabilidade9 horas agoComponentes de rendimento ótimos para altas produtividades de soja – MAIS SOJA
Sustentabilidade8 horas agoNa véspera do USDA, Chicago sobe bem na soja e agentes procuram sinais sobre demanda chinesa – MAIS SOJA
Sustentabilidade15 horas agoMercado de biodefensivos cresce 18%, para R$ 4,35 bilhões na safra 2024-25, aponta levantamento da Kynetec Brasil – MAIS SOJA
Sustentabilidade14 horas agoConab projeta safra de grãos no Brasil em 2025/26 de 354,833 milhões de toneladas – MAIS SOJA
Sustentabilidade13 horas agoPrognóstico climático para os meses de novembro, dezembro e janeiro no Brasil – MAIS SOJA
Featured11 horas agoBrasil estima colheita de 354,8 milhões de toneladas de grãos
Sustentabilidade17 horas agoMercado brasileiro de milho deve ter mais um dia de lentidão nos negócios – MAIS SOJA
Sustentabilidade16 horas agoModelos que estimam a densidade do solo reduzem custo para monitorar o estoque de carbono no solo em áreas de grãos – MAIS SOJA
















