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maior feira mundial de máquinas agrícolas tem lotação de expositores esgotada

Considerada a maior feira mundial de máquinas agrícolas, a Agritechnica 2025 está com lotação completa, com mais de 2.700 expositores ocupando 23 pavilhões. Com expectativa de receber 430 mil visitantes internacionais, o evento será realizado de 9 a 15 de novembro em Hanover, Alemanha, e estreará o formato “7 Dias, 7 Temas”, com cada dia voltado para um público específico.
Todos os principais fabricantes globais de equipamentos agrícolas já confirmaram presença no evento, ao lado de uma ampla gama de empresas especializadas, fornecedores e uma forte presença de startups. Juntos, esses expositores de mais de 50 países apresentarão soluções para todas as etapas do processo agrícola – desde tratores, preparo do solo e distribuidores até pulverizadores e colheitadeiras.
Sistemas autônomos, robôs de campo e tecnologias digitais avançadas – principais motores da inovação na agricultura de grãos – também estarão em destaque. De acordo com a organização da feira, 65% dos expositores vêm de fora da Alemanha. Ainda assim, o país representa o maior grupo nacional de expositores, seguido por Itália, China, Turquia, Holanda, França e Índia.
O Brasil, como um dos líderes na produção de alimentos no mundo, também estará no evento com uma delegação de mais de 400 visitantes profissionais. Opaís ainda terá dois pavilhões nacionais com apoio da ApexBrasil – do (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) – com aproximadamente 30 empresas exportadoras participantes.
“Os números falam por si, e o retorno confirma isso. A indústria continua alinhando o lançamento de suas inovações com a Agritechnica. Diversas empresas manifestaram forte apoio ao nosso novo conceito ‘7 dias, 7 temas’, que alinha tecnologias e temas específicos a públicos-alvo definidos em cada dia. Isso garante um engajamento mais focado e maior eficiência para todos os envolvidos”, afirma Timo Zipf, gerente de projeto da Agritechnica.
Agritechnica premia novidades mundiais do setor
A Agritechnica 2025 apresenta três prêmios com o objetivo de destacar as inovações pioneiras na tecnologia agrícola internacional: o Prêmio de Inovação Agritechnica em ouro e prata; o Troféu Systems & Components – Engineers’ Choice; e o prêmio DLG Agrifuture Concept Winner.
“Os prêmios de Inovação da DLG ressaltam o potencial de visões técnicas e inovações para conciliar produtividade com conservação dos recursos. Todos os anos a competição é bastante acirrada e estar entre os vencedores é realmente um reconhecimento enorme”, ressalta Brena Bäumle, diretora da Bäumle Organização de Feiras, representante oficial da DLG para o Brasil.
Quem deseja concorrer pode se inscrever até o dia 18 de julho pelo site da Agritechnica. Todos os vencedores são escolhidos por um júri independente, divulgados no final de setembro e homenageados durante a Agritechnica 2025.
O “Prêmio de Inovação Agritechnica” da DLG é um dos principais da indústria internacional de máquinas agrícolas. Ele reconhece inovações que transformam fundamentalmente a função de um produto, possibilitam processos totalmente novos ou melhoram significativamente os processos existentes. Assim, o prêmio destaca a importância das máquinas agrícolas modernas para a agricultura e premia um inscrito com a medalha de ouro e outros com medalhas de prata.
Em 2023, a New Holland foi a vencedora da medalha de ouro com a inovadora colheitadeira CR de rotor axial duplo, que promete inaugurar uma era de desempenho superior em colheitadeiras com sistema de fluxo longitudinal.
Já na medalha de prata, em 2023, houve inovações como: o trator Hybrid CVT, da Steyr, que com uma propulsão diesel-elétrica conseguiu incorporar uma série de funções adicionais à tecnologia de tratores; os novos carregadores frontais da Stoll que com a extensão da função telescópica trouxe grandes benefícios para o uso prático; e ainda o sistema 3A da AgXeed que representa um avanço importante na digitalização da agricultura rumo à utilização de robôs de campo autônomos.
Outro prêmio da Agritechnica é o “DLG-Agrifuture Concept Winner”, que traz destaque para conceitos pioneiros e visões para o futuro da tecnologia agrícola.
“A tecnologia agrícola visionária desempenha um papel fundamental para garantir o futuro da produção agrícola no mundo todo. No entanto, nem todas as ideias e conceitos se transformam em um produto finalizado. Condições técnicas ou legais podem limitar seu desenvolvimento até a maturidade de mercado. Mesmo assim, muitos desses conceitos têm potencial para inspirar e incentivar agricultores, engenheiros e pesquisadores a pensar de novas formas. O prêmio ressalta a relevância desse trabalho pioneiro na engenharia agrícola para o futuro da agricultura em cinco a dez anos”, afirma Brena.
Por fim, com o Troféu Systems & Components – Engineers’ Choice, engenheiros de desenvolvimento do setor fornecedor de máquinas agrícolas e tecnologia premiam sistemas e componentes inovadores com conceitos novos ou significativamente melhorados, que podem contribuir de forma relevante para o desenvolvimento e a realização de produtos ou processos novos ou aprimorados.
Agritechnica Hanover 2025
Data: 9 a 15 de novembro de 2025
Local: Pavilhão de exposições de Hanover, Messegelände (Alemanha)
Informações: https://www.agritechnica.com/en/
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Brasil tem potencial para elevar o uso de bioinsumos de 15% para 50%, aponta pesquisadora

Durante a COP30, em Belém, Pará, a Agrizone (espaço dedicado à agricultura sustentável) abriu um painel sobre bioinsumos e intensificação sustentável, com foco nas estratégias de implementação e ampliação do uso dessas tecnologias no campo.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Soja, Mariangela Hungria, o Brasil é atualmente o líder mundial no uso de bioinsumos, crescendo de três a quatro vezes mais do que a média global. Mesmo assim, os produtos biológicos representam apenas 15% do mercado, frente aos químicos.
“Existem soluções prontas que poderiam elevar esse índice para 50%, mas é preciso implementar de forma mais ampla e estratégica. Então, o que nós precisamos é implementar e eu espero que a gente discuta aqui essas estratégias de implementação”, afirma.
Desafios e estratégias
A pesquisadora destacou que um dos principais desafios para ampliar o uso dos bioinsumos no país é garantir acesso aos pequenos e médios produtores rurais. Segundo ela, embora a pesquisa já disponha de soluções prontas e validadas a campo para 80 a 100 espécies vegetais, o setor privado ainda concentra esforços nas grandes culturas, como soja e milho.
“O pequeno, médio agricultor, por exemplo, não tem acesso a pacotes que sejam voltados a propriedade dele. Então, temos que discutir como que vamos conseguir implementar isso, principalmente para o pequeno e médio agricultor”, afirma.
Cenário futuro e expectativas
Dados da entidade CropLife Brasil, que representa 56 indústrias de bioinsumos e sementes, apontam que a área tratada com esses produtos no país já alcança 156 milhões de hectares. Para a pesquisadora, a expansão entre os produtores de menor porte é essencial.
“Estamos crescendo 15% ao ano, quatro vezes mais do que em outros países. Mas o que eu considero agora fundamental é crescer entre os pequenos e médios produtores, porque eles são extremamente importantes em ocupação territorial, melhoria de qualidade de vida e geração de empregos”, destaca.
Agrizone
A Agrizone, conhecida como a Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa, é um dos espaços mais visitados da COP30. Pela primeira vez, a Embrapa leva para o evento internacional um ambiente totalmente voltado ao agronegócio sustentável, com vitrines tecnológicas, demonstrações de sistemas produtivos e práticas de recuperação ambiental.
O espaço, instalado na sede da Embrapa Amazônia Oriental, reúne pesquisadores, representantes do setor produtivo e visitantes interessados em conhecer as soluções sustentáveis desenvolvidas no Brasil.
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Mapa divulga lista com quatro marcas de azeite impróprias para consumo

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu um alerta aos consumidores sobre a comercialização e o consumo de azeites de oliva fraudados.
Os produtos foram fiscalizados pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária (Dipov). De acordo com o órgão, eles não atendem aos padrões de identidade e qualidade estabelecidos pela legislação. 
As amostras coletadas pelo departamento foram analisadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) que confirmaram a presença de outros tipos de óleos vegetais na composição, o que caracteriza fraude.
Com base nos resultados, o ministério determinou o recolhimento dos produtos e reforça que a comercialização desses itens é infração grave. Os estabelecimentos que os mantiverem à venda poderão ser responsabilizados.
Confira as marcas e lotes:

O ministério orienta os consumidores a interromper imediatamente o uso dos produtos, caso tenham adquirido. Lembra, ainda, que é possível solicitar a substituição do produto, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor.
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Mapa deve concluir regulamentação da Lei dos Bioinsumos até dezembro deste ano

Representantes do governo e do setor produtivo correm contra o tempo para concluir a regulamentação da Lei dos Bioinsumos. A proposta tem que ser concluída até 23 de dezembro e o decreto deve ser publicado no início de 2026. O objetivo é atualizar o modelo regulatório dos produtos biológicos usados na agricultura e na pecuária.
O tema é discutido no Grupo de Trabalho (GT) criado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Segundo Reginaldo Minaré, diretor-executivo da Associação Brasileira de Bioinsumos (Abbins) e integrante do GT, o decreto precisa refletir a lógica inovadora da nova lei.
“Não se trata apenas de ajustar regras, mas de adotar um modelo compatível com a era digital e com as particularidades dos bioinsumos”, afirma.
Mudança de lógica
A Lei dos Bioinsumos unificou regras antes espalhadas por diferentes legislações e abriu espaço para modelos regionais de produção, incluindo a fabricação para uso próprio por cooperativas e associações. O texto também redistribuiu competências entre órgãos públicos e criou novas metodologias para o registro de produtos biológicos.
Minaré destaca que boa parte da antiga regulamentação funcionava como um “puxadinho” da Lei dos Agrotóxicos, de 1989, e já não atendia à realidade atual. Segundo o executivo, a legislação foi feita para uma época diferente e com outra lógica de mercado.
Para o diretor da Abbins, o desafio agora é garantir que o decreto preserve o caráter inovador da nova lei. “A Lei dos Bioinsumos foi construída para o futuro. Se o decreto repetir estruturas antigas, ele já nasce ultrapassado.”
Avanços e próximos passos
Neste sentido, o grupo trabalha na calibração das duas metodologias previstas na lei: o método de análise caso a caso, mais adequado aos produtos da biotecnologia, e o método dogmático, com parâmetros gerais. A combinação deve dar mais agilidade e eficiência ao processo regulatório.
“O método caso a caso é ideal para o universo dos bioinsumos, porque parte de experiências reais para aprimorar os critérios de registro. Já o método dogmático traz uma base geral, útil para situações excepcionais. O equilíbrio entre os dois será decisivo para a eficiência do decreto”, afirma.
Minaré também alerta para a necessidade de o governo focar no funcionamento do setor, e não em disputas internas entre órgãos públicos. De acordo com ele, dinâmicas de poder não podem se sobrepor ao interesse da população em geral.
Sendo assim, a proposta final será encaminhada à Casa Civil após a conclusão dos trabalhos do GT, prevista o fim do ano. Além disso, o texto passará por análise técnica e jurídica antes da assinatura presidencial.
“O Mapa e os demais órgãos envolvidos estão muito empenhados. A participação do setor produtivo traz uma visão prática e ajuda a resolver dúvidas e conflitos. Mesmo que a publicação ocorra só em 2026, teremos um decreto moderno, funcional e alinhado à realidade do mercado de bioinsumos”, conclui.
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