Connect with us

Business

ALMT aprova projeto que revoga taxa de irrigação em Mato Grosso

Published

on

A Assembleia de Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou nesta quarta-feira (25) o Projeto de Lei nº 975/2025 que revoga o artigo 27 da Lei nº 12.717/2024, responsável por instituir o Programa Estadual de Irrigação e a Política Estadual de Agricultura Irrigada, e elimina a taxa sobre o uso de sistemas de irrigação no estado.

O projeto de lei é de autoria do deputado estadual Gilberto Cattani (PL) e a proposta segue agora para sanção do governador Mauro Mendes (União Brasil).

O artigo revogado instituía uma taxa de irrigação no estado de aproximadamente R$ 60 por hectare.

“Não faz sentido penalizar quem investe em irrigação, uma ferramenta essencial para aumentar a produtividade. Essa taxa era injusta e prejudicava quem produz. Hoje é um dia de conquista para o agronegócio mato-grossense”, disse Gilberto Cattani, após a votação.

Hoje, o estado conta com cerca de 220 mil hectares de área irrigada. Contudo, estudos já mostram potencial para uma extensão acima de quatro milhões de hectares, como já destacado pelo Canal Rural Mato Grosso.

Para os pulses e culturas especiais, o uso da irrigação é tida como uma oportunidade para a realização de uma terceira safra no estado.

Medida causou preocupação entre produtores

De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) o artigo 27 da Lei nº 12.717/2024 causou preocupação entre os produtores, uma vez que o setor vem enfrentando altos custos de produção nos últimos anos e preços que não cobrem tais custos que deixam as margens apertadas.

A Famato pontua que acompanhou de perto a questão e, em nota, “reforça que continuará vigilante e atuante em defesa dos interesses do setor rural, promovendo o diálogo entre o campo e as instituições públicas e contribuindo para a construção de políticas que garantam segurança jurídica, competitividade e sustentabilidade à agropecuária de Mato Grosso”.


Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.

Continue Reading

Business

Cecafé acompanha diálogo entre Brasil e EUA sobre tarifas do café; saiba mais

Published

on

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) informou que acompanhou o encontro realizado neste domingo (26) na Malásia entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump.

O diálogo tratou do fortalecimento das relações comerciais entre os dois países, com destaque para o tema das tarifas aplicadas ao café brasileiro.

O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, integra a missão nacional na Indonésia e na Malásia. Segundo a entidade, ele participou de reuniões com representantes do governo federal, apresentando informações estratégicas e destacando pontos considerados relevantes para a possível isenção das tarifas sobre o café do Brasil.

Impacto das tarifas na competitividade

De acordo com o Cecafé, os dois governos demonstraram disposição em avançar nas discussões sobre as tarifas em vigor.

A entidade destacou que essas cobranças reduzem a competitividade do café brasileiro nos Estados Unidos, gerando impacto nos preços para os consumidores norte-americanos e colocando em risco a participação do Brasil no principal mercado importador e consumidor do produto.

Atuação institucional e expectativa por avanços

O Cecafé afirmou que tem atuado no Brasil e em Washington para fortalecer a relação comercial entre os dois países e preservar a competitividade das exportações brasileiras.

A entidade disse aguardar resultados concretos que possam levar à isenção das tarifas aplicadas ao café, medida que, segundo o conselho, pode contribuir para reduzir a pressão inflacionária nos Estados Unidos e fortalecer a sustentabilidade da cadeia produtiva do setor no Brasil.

Continue Reading

Agro Mato Grosso

Governo de MT entrega novos títulos do SIAPP a nove agroindústrias

Published

on

Instituído pela Lei Estadual nº 12.387/2024, o SIAPP tem como objetivo fomentar o crescimento e a regularização das agroindústrias familiares e de pequeno porte

O Governo do Estado representado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT), por meio secretária Andreia Fujioka, participou da abertura do 1º Festival do Queijo de Mato Grosso, realizado pelo Serviço de  Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae-MT). O evento também promoveu a 2ª edição do Concurso de Queijo e Produtos Lácteos de Mato Grosso e fez a entrega de nove novos títulos do Selo de Inspeção Agroindustrial de Pequeno Porte (SIAPP) a agroindústrias familiares do estado. A cerimônia aconteceu na sexta-feira (24.10)

Instituído pela Lei Estadual nº 12.387/2024, o SIAPP tem como objetivo fomentar o crescimento e a regularização das agroindústrias familiares e de pequeno porte, garantindo inspeção sanitária, segurança alimentar e maior competitividade dos produtos no mercado. O programa é desenvolvido de forma integrada pela Seaf, Empaer e Indea-MT, com apoio da Assembleia Legislativa.

As nove agroindústrias contempladas com o selo foram: Laticínios L F (Nova Marilândia); Laticínio Brasil Forte (Nova Brasilândia); Linguiças Sinop (Sinop); Mel Recanto do Grilo (Novo Horizonte do Norte); Sítio Dois Corações (Nossa Senhora do Livramento); Queijo L.A. (Cuiabá); Pedra do Índio (Alta Floresta); Apiário 2 Irmãos (Porto dos Gaúchos) e Ovos do Campo (Campo Novo do Parecis).

 

Integração e desenvolvimento da agricultura familiar

Durante a cerimônia, a secretária Andreia Fujioka destacou o compromisso do Governo do Estado com o fortalecimento da agricultura familiar e celebrou o avanço das agroindústrias que conquistaram o selo.

“Estamos celebrando a entrega de nove novos títulos do SIAPP, somando agora 29 certificados emitidos, e até o fim do ano ultrapassaremos a meta de 30. Esse resultado é fruto da integração entre o Estado, os produtores, a Seaf, Empaer e Indea, com o apoio da Assembleia Legislativa. De norte a sul, de leste a oeste de Mato Grosso, o sucesso é ver os produtos da agricultura familiar nas gôndolas dos mercados”, afirmou Fujioka.

A secretária também anunciou novas ações do governo estadual voltadas ao setor. “No dia 6 de novembro teremos o lançamento do programa MT Produtivo – Agricultura Familiar Forte e Sustentável, previsto para o dia 6 de novembro, com aporte de R$ 550 milhões, em parceria com o Banco Mundial, no período de cinco anos para impulsionar a agricultura familiar de forma sustentável. Além disso, será lançado o Edital 2.1 do Programa de Apoio à Agricultura Familiar, com crédito facilitado para pequenos produtores”, anunciou a secretária Andreia Fujioka.

Parcerias e fortalecimento do setor

Representando o Sebrae-MT, a diretora superintendente do Sebrae, Lélia Brun ressaltou a união das instituições em prol do desenvolvimento do agronegócio familiar:

“Esse grupo de entidades é movido por um mesmo propósito: contribuir para o fortalecimento da cadeia leiteira e da produção de queijos, e todos os produtos da agricultura familiar. A Seaf tem sido uma grande parceira do Sebrae nas discussões e projetos voltados à agricultura familiar. Juntos, estamos construindo um Mato Grosso mais forte, humano e íntegro.”, destacou.

O coordenador de inspeção sanitária de produtos de origem animal do Indea-MT, Marcio Carvalho, destacou o impacto do SIAPP para os pequenos produtores:

“Trabalhamos junto à Seaf e à Empaer para realizar o sonho do produtor, que é comercializar dentro da legalidade, com qualidade e acesso a todos os mercados do estado. O SIAPP é mais que um certificado, é uma ferramenta de expansão de renda e de incentivo à sucessão familiar.”

Representando a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Gilberto Cattani também participou do evento e reforçou o papel do Legislativo no apoio à agricultura de pequena escala. “O que vemos hoje é uma nova realidade para os pequenos produtores. Recentemente, aprovamos a inclusão do queijo na cesta básica de Mato Grosso, o que representa mais consumo, mais demanda e fortalecimento das agroindústrias familiarer”, ressaltou o parlamentar.

Entre os contemplados com o selo, o produtor Isaias Nunes de Freitas, do Laticínio Brasil Forte, de Nova Brasilândia, comemorou a conquista após duas décadas de trabalho.

“Com o título, podemos comercializar nossos produtos em todo o estado. Foram anos de esforço e aprendizado, e as equipes da Seaf, Empaer e Indea estiveram conosco em todas as etapas. Hoje produzimos 500 litros de leite por dia e já planejamos ampliar nossa estrutura”, contou o produtor.

Continue Reading

Business

Em época de seca, bagaço de cana pode garantir energia elétrica

Published

on

Uma das principais alternativas que vem se consolidando como uma forma para diversificar a matriz elétrica brasileira é a bioeletricidade gerada a partir do bagaço de cana-de-açúcar. Isso ajuda a reduzir a dependência das hidrelétricas, altamente vulneráveis às variações climáticas.

Durante a estação seca, quando os reservatórios atingem níveis críticos e a produção hidrelétrica diminui, o bagaço entra em ação. A energia da cana supre o sistema elétrico nacional, assegurando fornecimento estável e seguro. Outro diferencial é a possibilidade de priorizar sua geração no período noturno. Assim ela age de forma complementar a energia solar fotovoltaica, cujo pico ocorre durante o dia.

Um estudo publicado na revista Renewable Energy mostra que a bioeletricidade proveniente do bagaço apresenta uma pegada de carbono de cerca de 0,227 kg de CO₂ equivalente por kWh. Esse valor é significativamente menor do que o de termelétricas a diesel, que pode chegar a 1,06 kg de CO₂ equivalente por kWh.

É importante destacar que, mesmo mensuráveis, essas emissões da bioeletricidade do bagaço da cana não adicionam carbono novo à atmosfera. O ciclo começa com a cana, que atua como um “filtro natural” ao absorver CO₂ durante a fotossíntese e transformá-lo em biomassa. Após a colheita e o processamento, parte desse carbono se concentra no bagaço, que, ao ser queimado nas caldeiras para geração de energia, libera de volta apenas uma pequena fração do CO₂ previamente capturado. Enquanto isso, novas plantações de cana já estão em crescimento, reiniciando o processo de absorção.

Dessa forma, a bioeletricidade do bagaço se mostra uma fonte renovável de baixíssimo impacto em emissões, ao mesmo tempo em que fortalece a diversificação e a resiliência da matriz elétrica brasileira. Além disso, ela tem como base um resíduo já disponível da produção de alimento (açúcar) e de biocombustível renovável (etanol). “Tudo isso lhe dá um seu papel estratégico para a segurança energética e para a transição rumo a um sistema mais sustentável e equilibrado”, afirma Vinicius Bufon, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (SP).

No entanto, estudo internacional liderado pela Embrapa, em parceria com instituições como a Universidade das Nações Unidas e a Universidade de Bonn, na Alemanha, alerta que essa fonte estratégica também enfrenta riscos importantes. A pesquisa analisa como as secas severas afetam a geração de bioeletricidade no Brasil, revelando que a produção depende da interação complexa entre fatores agrícolas, industriais e climáticos.

Riscos de “apagões hídricos-energéticos”

O estudo demonstra que, embora a bioeletricidade da cana seja uma alternativa renovável de grande potencial, ela é vulnerável a gargalos estruturais e pode ser comprometida em períodos críticos.

Entre os principais desafios identificados estão a escassez de barragens para armazenamento de água da chuva, resultado da falta de linhas de crédito e das dificuldades de licenciamento ambiental, o que limita a capacidade de enfrentar longas estiagens. O baixo investimento em irrigação nos canaviais, o que aumenta a dependência das chuvas em regiões cada vez mais sujeitas a variações climáticas. A fragilidade dos seguros agrícolas contra a seca, que não refletem os riscos reais enfrentados pelos produtores, deixando-os expostos a prejuízos severos. A ausência de sistemas robustos de alerta precoce, que poderiam antecipar cenários de risco e permitir respostas mais rápidas e eficazes.

Essas vulnerabilidades reforçam a necessidade de fortalecer políticas públicas e ampliar investimentos que integrem de forma articulada as dimensões social, ecológica e tecnológica do setor, segundo explica Bufon. “A bioeletricidade da cana tem um papel único porque a sua produção coincide exatamente com o período de estiagem, quando a geração hidrelétrica cai. Mas, para mantermos essa contribuição estável, precisamos enfrentar as fragilidades estruturais e institucionais que ainda limitam o setor”, defende o especialista.

A pesquisa também aponta soluções para reduzir os riscos e aumentar a resiliência do setor sucroenergético, como expandir a irrigação em áreas estratégicas; modernizar e digitalizar os sistemas de irrigação existentes, minimizando perdas; aprimorar estratégias de manejo hídrico integradas e fomentar políticas públicas de incentivo, garantindo instrumentos de apoio a produtores e indústrias na adoção dessas medidas, além de estimular a inovação e difusão tecnológica no setor.

Bufon ressalta que muitas dessas soluções já estão em desenvolvimento ou aplicação em pesquisas conduzidas pela Embrapa. “Nosso foco é contribuir para uma agricultura climaticamente inteligente, que não apenas aumente a produtividade, mas também fortaleça a capacidade de adaptação às mudanças climáticas e contribua para a redução das emissões de gases de efeito estufa”, conta.

Um dos pontos centrais da análise é mostrar como a bioeletricidade da cana se integra de forma sinérgica e complementar a outras fontes renováveis, fortalecendo a matriz energética. Enquanto a geração solar fotovoltaica é mais limitada durante o inverno e nos meses secos do Centro-Sul, além de só poder ser produzida durante o dia, e a geração hidrelétrica sofre com a redução dos reservatórios na estiagem, a bioeletricidade da cana pode ser gerada também à noite e atinge o seu auge justamente no período da seca, quando ocorre a colheita da safra.

Com isso, os pesquisadores consideram o setor sucroenergético um aliado fundamental na busca por maior segurança energética. “Quando as hidrelétricas reduzem a sua geração, as termelétricas a biomassa de cana (bagaço e palha) assumem papel decisivo para garantir a estabilidade do sistema elétrico. É um recurso firme, capaz de oferecer suporte confiável justamente nos períodos mais críticos do ano”, reforça Bufon.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Environmental Advances. O artigo destaca que, em países altamente dependentes da hidreletricidade, como o Brasil, é fundamental investir em fontes complementares capazes de reduzir a vulnerabilidade climática e operacional do sistema.

Para os pesquisadores, a bioeletricidade da cana é um dos caminhos mais promissores, desde que sejam superados os gargalos que hoje limitam a sua expansão e estabilidade.

Agricultura climaticamente inteligente

As medidas propostas se alinham ao conceito de Agricultura Climaticamente Inteligente, que busca conciliar três objetivos principais: elevar de forma sustentável a produtividade agrícola, fortalecer a resiliência dos sistemas produtivos e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Nesse contexto, a bioeletricidade da cana se apresenta como uma solução que vai além do setor energético, conectando-se a uma agenda mais ampla de sustentabilidade e segurança alimentar. Ao utilizar resíduos agrícolas para gerar energia, o setor contribui para a economia circular e fortalece a bioeconomia, reduzindo a dependência de fontes fósseis e otimizando o aproveitamento dos subprodutos da lavoura.

A pesquisa mostra que, embora os desafios sejam significativos, as oportunidades são ainda maiores. O Brasil, por ser um dos maiores produtores de cana-de-açúcar do mundo, possui vantagens comparativas únicas para consolidar a bioeletricidade como parte central da matriz elétrica. O avanço dependerá, no entanto, de investimentos contínuos em infraestrutura, inovação tecnológica e políticas públicas integradas de longo prazo.

Para Bufon, o setor sucroenergético pode desempenhar papel decisivo não apenas no fornecimento de energia, mas também na transição para uma economia de baixo carbono. “Se conseguirmos fortalecer a resiliência da bioeletricidade, estaremos dando um passo importante para garantir a segurança energética do país e para cumprir os compromissos internacionais de mitigação climática”, conclui o pesquisador.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

Continue Reading
Advertisement

Agro MT