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cotações do grão estabilizam e do farelo sobem

Os preços do trigo estão estáveis no mercado spot nestes últimos dias, como mostram os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
As médias vem operando na casa dos R$ 1.500 a tonelada no Paraná e na dos R$ 1.300/t no Rio Grande do Sul. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário pode estar atrelado à redução da área da atual temporada e às condições climáticas extremas no Sul do País.
Quanto aos derivados, os preços do farelo estão avançando, impulsionados pelo aumento na demanda para consumo de ração animal.
No mercado externo os valores do estiveram elevados na semana passada. este fato se deu por conta das fortes chuvas na região das Grandes Planícies dos Estados Unidos. Somado a isso , houve também a piora nas condições das lavouras norte-americanas de trigo de inverno e o atraso na colheita daquele país.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
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Dia Mundial da Alimentação reforça papel do agro na segurança alimentar

O Dia Mundial da Alimentação, celebrado nesta quarta-feira (16), destaca a importância da produção sustentável e da segurança alimentar. Criada em referência à fundação da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a data completa 80 anos em 2025 com o tema “De mãos dadas por uma alimentação melhor e um futuro melhor”.
O objetivo é estimular a cooperação entre governos, produtores e empresas para erradicar a fome e garantir acesso a alimentos saudáveis. Mesmo com avanços, milhões de brasileiros ainda enfrentam insegurança alimentar, reforçando a urgência do tema no país.
Sendo assim, neste Dia Mundial da Alimentação, o setor agropecuário é lembrado como parte essencial da resposta para alimentar o mundo sem esgotar os recursos naturais.
Sistemas alimentares no centro da agenda climática
A agricultura responde por cerca de 10% do PIB global e um terço dos empregos no mundo. Ao mesmo tempo, é responsável por parte significativa das emissões de gases de efeito estufa e do consumo de água. Essa combinação de abundância e escassez coloca os sistemas alimentares como parte do problema e, ao mesmo tempo, da solução climática.
“Sem transformar a forma como produzimos, será impossível cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC”, afirma Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS.
Além disso, ele ressalta que a COP30, marcada para 2025 em Belém (PA), será uma oportunidade histórica. “Pela primeira vez, uma grande economia agrícola sediará uma conferência do clima, dando voz a agricultores e pecuaristas nas negociações internacionais”, acrescenta.
Práticas sustentáveis mostram resultados no campo
No Brasil, sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta ocupam 17 milhões de hectares, permitindo até três safras anuais e recuperação de solos degradados. Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da consultoria OCBio revelou que quase um terço das fazendas analisadas removeu mais carbono do que emitiu.
“O desafio agora é ampliar essas soluções, garantindo que pequenos produtores tenham acesso a tecnologia e crédito, e que práticas sustentáveis sejam recompensadas”, afirma Tomazoni.
Segundo o executivo, iniciativas de assistência técnica, como os Escritórios Verdes, já atenderam mais de 20 mil propriedades desde 2021, promovendo produtividade e adequação ambiental.
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Em dia lento, apenas uma região apresenta aumento nas cotações de soja; saiba qual

O mercado brasileiro de soja seguiu em ritmo lento nesta quinta-feira (16). De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Rafael Silveira, os produtores da oleaginosa seguem focados nos trabalhos de plantio após o retorno das chuvas ao Centro-Oeste.
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Silveira destacou que os preços do físico não mudaram muito, refletindo a bolsa em leve alta, dólar com pequeno recuo e prêmios praticamente estabilizados. Ele observa que a semana permanece travada, com spread elevado entre comprador e vendedor e baixa movimentação na safra nova.
Saiba os preços da soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): manteve em R$ 133,00
- Santa Rosa (RS): manteve em R$ 134,00
- Cascavel (PR): manteve em R$ 134,00
- Rondonópolis (MT): manteve em R$ 126,00
- Dourados (MS): manteve em R$ 126,00
- Rio Verde (GO): caiu de R$ 126,00 para R$ 125,00
- Paranaguá (PR): subiu de R$ 138,50 para R$ 139,00
- Rio Grande (RS): manteve em R$ 139,50
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja fecharam em alta nesta quinta-feira na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado estendeu o movimento de recuperação esboçado no final da quarta-feira. O esmagamento acima do esperado em setembro e a fraqueza do dólar frente a outras moedas asseguraram a elevação.
A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa) informou que o esmagamento de soja atingiu 197,863 milhões de bushels em setembro, ante 189,810 milhões no mês anterior. A expectativa do mercado era de 186,340 milhões. Em setembro de 2024, foram 177,320 milhões de bushels.
A Associação indicou ainda que os estoques de óleo de soja americanos em setembro somaram 1,243 bilhão de libras, ante o esperado de 1,220 bilhão. No mês anterior, foram 1,245 bilhão de libras. Em setembro do passado, atingiram 1,066 bilhão de libras.
Contratos futuros de soja
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 4,25 centavos de dólar a US$ 10,10 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,28 1/2 por bushel, com elevação de 4,25 centavos de dólar.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 1,00 ou 0,36%, a US$ 276,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 50,87 centavos de dólar, com ganho de 0,07 centavo ou 0,13%
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,37%, sendo negociado a R$ 5,4418 para venda e a R$ 5,4398 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4215 e a máxima de R$ 5,4580
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com incertezas geopolíticas, Brasil assume protagonismo no mercado global

O mercado global de soja atravessa um momento de elevada incerteza, marcado por tensões geopolíticas crescentes e mudanças profundas nas rotas de comércio internacional. O embate entre Estados Unidos e China — os dois players mundiais da oleaginosa — tem gerado um impasse relevante, com reflexos diretos sobre os preços, os prêmios e a competitividade entre as origens exportadoras.
China ausente do mercado americano
Desde maio, a China praticamente interrompeu suas compras de soja norte-americana, redirecionando a demanda quase que exclusivamente para o Brasil. Essa mudança estrutural tem provocado forte desvalorização nos preços da soja nos Estados Unidos e pressionado as margens dos produtores locais, que enfrentam custos elevados e uma Bolsa de Chicago (CBOT) com tendência persistentemente baixista.
O cenário é agravado por recentes movimentos do presidente Donald Trump, que tem aventado novas tarifas sobre produtos chineses e discutido restrições no comércio de terras raras. Contudo, no campo da soja em grão, os chineses têm se mantido firmemente abastecidos pela safra brasileira, reduzindo de forma significativa sua dependência do produto americano.
Brasil domina a janela americana
Embora em setembro o impacto ainda fosse limitado, a ausência chinesa no mercado dos EUA passou a ser mais sensível a partir de outubro — meses tradicionalmente considerados o pico das exportações norte-americanas. Entre janeiro e setembro, o Brasil já exportou mais soja para a China do que em todo o ano de 2024, um avanço de aproximadamente 12% sobre o volume embarcado no mesmo período do ano anterior, e ainda restam janelas de embarque até dezembro.
Para os Estados Unidos, a perda de competitividade nesse período crítico tende a se refletir em revisões nos estoques e em uma maior pressão sobre os preços futuros em Chicago. Além disso, o país enfrenta o problema adicional do shutdown governamental, que tem atrasado a divulgação de dados oficiais sobre colheita, oferta e exportações — deixando o mercado sem referências fundamentais justamente no meio da safra.
Brasil como protagonista
Enquanto isso, o Brasil assume de forma cada vez mais consolidada o papel de principal fornecedor global de soja. Os line-ups indicam mais de 102 milhões de toneladas já comprometidas para exportação, com potencial de atingir 107 milhões até o fim do ano. Esse volume recorde tem sustentado os prêmios nos portos brasileiros, especialmente em outubro, mês que promete quebrar a sazonalidade tradicional de desaceleração no final do ano.
Mesmo com a força atual das exportações, o país deve encerrar o ciclo com estoques de passagem mais confortáveis, próximos de 6 milhões de toneladas, um avanço em relação
a 2024. Contudo, a manutenção dessa condição dependerá da continuidade das compras chinesas.
Perspectivas para 2026: pressão de oferta e ajuste de preços
O horizonte para 2026, entretanto, aponta para uma mudança significativa no equilíbrio do mercado. O Brasil pode colher uma safra recorde de até 180,8 milhões de toneladas, o que, somado a estoques mais altos nos Estados Unidos, tende a gerar um cenário de oferta abundante e prêmios sob pressão. Nos portos brasileiros, os prêmios hoje positivos para a safra nova podem rapidamente se tornar negativos à medida que o volume de oferta aumenta entre março e maio.
Essa dinâmica, combinada a uma possível cotação abaixo de US$ 10,00 por bushel na CBOT, deve resultar em recuos importantes nos preços físicos durante o primeiro semestre de 2026.
O mercado de soja entra em um novo ciclo de realinhamento global, no qual o Brasil se consolida como principal origem da oleaginosa, mas também se torna mais vulnerável às flutuações de demanda e às oscilações geopolíticas. O comportamento da China nos próximos meses e o ritmo da colheita americana serão determinantes para definir se o atual equilíbrio se manterá — ou se novas correções de preço virão pela frente.
*Rafael Silveira é economista com pós-graduação em Finanças, Investimento e Banking pela PUC-RS. É especialista em mercados agrícolas na consultoria Safras & Mercado, com ênfase em estratégias de investimento e gestão de risco em commodities
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