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Conselho aprova campanha internacional para posicionar Pantanal como destino de safári

Projeto com a National Geographic é o quarto pilar de uma estratégia integrada para atrair turistas estrangeiros ao bioma
O Conselho Estadual de Desenvolvimento do Turismo de Mato Grosso aprovou, nesta segunda-feira (23), o investimento de US$ 150 mil, por meio do Fundo Estadual de Desenvolvimento do Turismo (Funtur), para a campanha internacional “Safari for the Senses”, uma iniciativa conjunta entre os Governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Embratur e a National Geographic. O objetivo é posicionar o Pantanal como um dos principais destinos de turismo de vida selvagem no mundo.
A campanha será veiculada em canais oficiais da National Geographic e faz parte de uma estratégia internacional composta por quatro pilares principais: a vinda de jornalistas, influenciadores internacionais e operadores de turismo estrangeiro para vivenciar o Pantanal; participação em feiras internacionais; a realização da Galeria Visit Brasil em Nova Iorque de 28 de outubro a 1º de novembro e, agora, a produção de conteúdo proprietário com a National Geographic, voltado para os sentidos — visão, audição, tato e experiência emocional no bioma pantaneiro.
Durante a reunião, o diretor de Marketing, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, Bruno Reis, apresentou os detalhes do projeto e destacou que a campanha será voltada especialmente aos mercados dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França e Austrália — onde o Brasil disputa espaço com destinos de safári africanos e países como Costa Rica, Peru e Indonésia, voltados ao ecoturismo.
“A África do Sul é nosso maior concorrente em produtos de safári, e o Pantanal tem potencial para competir com diferenciais únicos. Com a National Geographic produzindo conteúdo proprietário, vamos alcançar milhões de pessoas com uma campanha sensorial e estratégica, dentro de uma galeria exclusiva em Nova York”, destacou Bruno.
Segundo ele, a iniciativa já está em andamento. Um fotógrafo e influenciador brasileiro radicado nos Estados Unidos, Filipe DeAndrade, está percorrendo o Pantanal registrando a experiência de forma imersiva. O conteúdo será divulgado em plataformas com alcance estimado de 10 milhões de impressões e inclui postagens no perfil global da @natgeo, com 280 milhões de seguidores no Instagram.
A secretária adjunta de Turismo, Maria Letícia Costa, destacou que a campanha representa um passo decisivo na consolidação do Estado como destino turístico global.
“A aprovação desse projeto é um marco para o turismo de Mato Grosso. Estamos falando de uma ação estratégica, com alcance global, que vai posicionar o Pantanal como um dos principais destinos de vida selvagem do mundo. O conselho compreendeu a importância de investir na promoção qualificada, com parceiros que têm credibilidade internacional, como a Embratur e a National Geographic. Essa campanha faz parte de um plano estruturado, com pilares sólidos, que vão consolidar o Pantanal na rota do turismo internacional e gerar resultados reais para quem vive do turismo no Estado”.
O diretor técnico do Sebrae/MT, André Schelini, reforçou que a proposta está alinhada com o novo plano estadual de turismo e com as metas de transformar o Pantanal em destino de safári de vida selvagem, com alto valor agregado e foco no mercado norte-americano. Ele lembrou ainda que a entidade é uma das parceiras do Governo de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e da Embratur na Galeria Visit Brasil, em Nova Iorque, de 28 de outubro a 1º de novembro.
“Já temos turistas estrangeiros vindo para observação de aves, mas queremos mais. Queremos entrar de vez no competitivo mercado de safáris, oferecendo experiências autênticas e sustentáveis. Mato Grosso já é referência em produção agropecuária e agora damos um passo firme para ocupar espaço de destaque no turismo internacional”, disse Schelini.
O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS-MT), Luis Carlos Nigro, celebrou a aprovação do projeto, destacando que a ação conjunta com Mato Grosso do Sul amplia o alcance e reduz os custos para os empreendedores do turismo.
“O Nordeste já se vende como um bloco turístico. Agora é a vez de o Pantanal fazer o mesmo. Isso vai permitir a gente alcançar muito mais pessoas e num custo mais reduzido para todo mundo. É um sonho, pois há muito tempo a gente vem tentando trabalhar em conjunto com o Mato Grosso do Sul e com o Sebrae. Esse trabalho é realmente muito importante”.
A ativação com a National Geographic também será uma das atrações da Galeria Visit Brasil, em Nova York, no final de outubro. Filipe DeAndrade, que participou da expedição, fará um talk show exclusivo, apresentando a experiência vivida no Pantanal para jornalistas, operadores e formadores de opinião do turismo internacional.
A expectativa do Governo de Mato Grosso é que, com os quatro pilares articulados, o Estado amplie sua visibilidade e competitividade no turismo internacional, com geração de renda, emprego e fortalecimento da marca Pantanal como símbolo do Brasil sustentável.
Agro Mato Grosso
Comercialização da soja avança em MT, mas retração nos preços limita novos negócios

Em setembro, o ritmo de comercialização da soja em Mato Grosso manteve-se firme, embora tenha sido afetado pela instabilidade dos preços ao longo do mês. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 95,70% da safra 2024/25 já foi negociada, avanço de 3,76 pontos percentuais em relação a agosto. O impulso veio principalmente da alta nos preços da oleaginosa no início de setembro, que estimulou produtores a aproveitarem as cotações mais favoráveis.
Contudo, a posterior retração nas cotações conteve o ritmo das vendas nas semanas seguintes, levando o preço médio mensal a encerrar o período em R$ 120,53 por saca de 60 kg, queda de 0,94% frente ao mês anterior.
Para a safra 2025/26, as negociações também evoluíram. O estado já comercializou 31,46% da produção prevista, avanço de 4,06 pontos percentuais ante agosto. Esse movimento tem sido motivado, sobretudo, pela estratégia dos produtores de travar custos e reduzir riscos financeiros, diante de um cenário de preços mais volátil.
Mesmo assim, o preço médio das negociações futuras recuou 0,85% no comparativo mensal, fechando a R$ 109,28 por saca. A tendência, segundo analistas, é de que a comercialização siga em ritmo moderado nas próximas semanas, enquanto o mercado observa o comportamento climático e os impactos sobre a safra 2025/26, que está em fase de plantio em grande parte do estado.
Business
BASF recebe aprovação para fungicida Zorina nos Estados Unidos

Produto oferece controle em soja, canola e feijão
A BASF anunciou a aprovação do fungicida Zorina pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA). O produto, voltado ao controle do mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum), poderá ser comercializado assim que receber as autorizações estaduais.
Zorina une o desempenho do Endura (Boscalida) ao controle prolongado e de amplo espectro do Revysol (Mefentrifluconazol).
Segundo Erick Garcia, gerente sênior de produtos da BASF Agricultural Solutions, Zorina foi desenvolvido para oferecer controle específico do mofo-branco com alta performance e residual prolongado.
A empresa considera o produto uma solução completa para proteção de lavouras em regiões do Meio-Oeste e das Grandes Planícies, onde o patógeno causa os maiores prejuízos.
Para melhores resultados, a aplicação deve ser preventiva no florescimento pleno das culturas: estádio R2 em soja e feijão, e entre 30% e 50% de florescimento na canola. O objetivo é impedir a colonização por ascósporos do fungo, evitando perdas de rendimento.
Agro Mato Grosso
Safra recorde; Conab aponta para uma colheita de 354,7 milhões de toneladas de grãos na safra 2025/26

O primeiro levantamento para a safra de grãos 2025/26 indica mais um ciclo de crescimento na agricultura brasileira. De acordo com a pesquisa realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a primeira estimativa indica uma produção total de 354,7 milhões de toneladas de grãos para a nova safra, volume 0,8% superior ao obtido em 2024/25, e um crescimento na área a ser semeada de 3,3% em relação ao ciclo anterior, sendo estimada em 84,4 milhões de hectares na temporada 2025/26. Os dados estão no 1º Levantamento de safra do novo ano agrícola, divulgado nesta terça-feira (14) pela estatal.
Neste novo ciclo, há uma expectativa de crescimento de 3,6% na área semeada para soja se comparada com 2024/25, estimada em 49,1 milhões de hectares. Com isso, a Conab estima uma colheita de 177,6 milhões de toneladas na safra 2025/26 frente à colheita de 171,5 milhões de toneladas da temporada anterior. As precipitações ocorridas em setembro nos estados do Centro-Sul do país permitiram o início do plantio com 11,1% da área já semeada, índice ligeiramente superior ao ocorrido até o mesmo momento do ciclo passado, Nos maiores estados produtores de soja do país, Mato Grosso e Paraná, nos primeiros 10 dias de outubro, registravam 18,9% e 31%, respectivamente, da área semeada.
Assim como a soja, é esperada uma maior área plantada para o milho em 2025/26, podendo chegar a 22,7 milhões de hectares, com uma expectativa de produção de 138,6 milhões de toneladas somadas as 3 safras do grão. Apenas na primeira safra do cereal, a Companhia prevê um incremento na área semeada em torno de 6,1%, com estimativa de colher 25,6 milhões de toneladas, crescimento de 2,8% em relação à safra passada. No Rio Grande do Sul, onde a semeadura tem início a partir do final de agosto, em 11 de outubro, já havia 83% da área semeada, 84% no Paraná e 72% em Santa Catarina. Já no Centro-Oeste e nos demais estados, o plantio ainda não foi iniciado.
Já para o arroz, a primeira estimativa para o ciclo 2025/26 indica uma redução de 5,6% na área a ser semeada, projetada em 1,66 milhão de hectares, sendo que na área irrigada a queda está prevista em 3,7% e na de sequeiro a diminuição pode chegar a 12,5%. Com a menor área destinada à cultura, a produção de arroz pode chegar a 11,5 milhões de toneladas. Na região Sul, principal produtora do grão, os produtores intensificam os trabalhos de preparo do solo e do plantio.
No caso do feijão, por ser uma cultura de ciclo curto, a tendência é que a safra 2025/26 mantenha-se próxima da estabilidade. Somada as três safras da leguminosa, a produção está estimada em 3 milhões de toneladas. A área da primeira safra do grão deverá ter redução de 7,5% em comparação com o primeiro ciclo da temporada 2024/25, totalizando uma previsão de plantio em 840,4 mil hectares. A semeadura foi iniciada na região Sudeste do país, com 100% da área semeada em São Paulo, e em andamento nos demais estados da região. Na Bahia, terceiro maior produtor da leguminosa, e nos demais estados, o plantio ainda não foi iniciado.
Culturas de inverno
Com cerca de 40% das lavouras de trigo colhidas, a previsão aponta para uma produção em 2025 de 7,7 milhões de toneladas, 2,4% abaixo da safra 2024. Principal produto dentre as culturas de inverno, a redução prevista para a colheita decorre, principalmente, da retração de 19,9% na área cultivada, motivada por condições menos favoráveis ao cultivo no momento de decisão da implantação da atual safra.
Mercado
As primeiras projeções da Conab para a safra 2025/26 apontam um incremento nas exportações de milho. Enquanto os embarques do grão do ciclo 2024/25 estão estimados em 40 milhões de toneladas, para a nova temporada a Conab prevê uma comercialização de 46,5 milhões de toneladas. Também é esperado um incremento no consumo interno, que passa de 90,5 milhões para 94,5 milhões de toneladas, impulsionado principalmente pela maior demanda de milho para produção de etanol. Ainda assim, a estimativa é que os estoques de passagem ao final da safra 2025/26 permaneçam próximos da estabilidade.
Para a soja, a previsão de redução nas exportações dos Estados Unidos e o aumento da procura global, aliados à expansão da produção brasileira, permitem prever um crescimento nas exportações brasileiras. Assim, o país deve manter-se, mais uma vez, como o maior exportador mundial da oleaginosa, podendo ultrapassar as 112,11 milhões de toneladas exportadas. Além disso, a previsão de aumento na mistura de biodiesel ao diesel e a crescente procura por proteína vegetal indicam que o volume de esmagamento de soja poderá atingir 59,56 milhões de toneladas em 2026.
No caso do arroz, mesmo com a redução na área semeada, há expectativa de manutenção de boa oferta do grão no mercado interno. Diante deste cenário, o país deverá ampliar o volume exportado do grão, alcançando 2,1 milhões de toneladas na safra 2025/26 frente a uma estimativa de embarque de 1,6 milhão de toneladas na safra 2024/25. Já as importações e o consumo no mercado doméstico deverão permanecer estáveis, em torno de 1,4 milhão de toneladas e 11 milhões de toneladas respectivamente. Com isso, para a safra 2025/26, a expectativa é de leve redução de 11,4% nos estoques de passagem, estimados em 1,82 milhão de toneladas em fevereiro de 2027, embora ainda em patamar elevado.
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