Sustentabilidade
Análise Ceema: Cotação do milho em Chicago pouco se alterou na semana, fechando a quarta-feira em US$4,33/bushel – MAIS SOJA

Por Argemiro Luís Brum
A cotação do milho em Chicago, para o primeiro mês, pouco se alterou na semana, pois o reflexo da guerra Israel x Irã é menor junto ao cereal. Além disso, o mercado espera uma safra recorde nos EUA, na medida em que o plantio foi concluído e o clima continua positivo. Assim, o bushel do cereal recuou na semana, fechando a quarta-feira (18) em US$ 4,33, contra US$ 4,38 uma semana antes (quinta-feira, 19/06, foi feriado nos EUA).
Também neste mercado se espera com expectativa os relatórios de plantio definitivo e de estoques trimestrais, previstos para o dia 30/06.
Dito isso, os embarques estadunidenses de milho, na semana encerrada em 12/06, fecharam em 1,67 milhão de toneladas, o que levou o somatório do atual ano comercial a alcançar 52 milhões de toneladas no período, sendo 28% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.
E no Brasil, os preços do milho continuam com viés de baixa. No Rio Grande do Sul, a média caiu para R$ 63,74/saco, enquanto as principais praças se mantiveram em R$ 61,00. Já no restante do país as médias oscilaram entre R$ 48,00 e R$ 64,00/saco.
Com a produção total sendo esperada, agora, entre 128 e 131 milhões de toneladas, diante de um clima geralmente positivo para a safrinha, e exportações lentas, os preços não reagem. A Conab vem esperando uma safrinha de 101 milhões de toneladas, ou seja, 12% acima do registrado em 2024, segundo suas estatísticas.
A colheita da segunda safra vai se realizando, porém, em ritmo ainda lento. Até o dia 14/06 a mesma chegava a 3,9% no país, segundo a Conab, contra 13,1% no mesmo período do ano passado e 8,4% na média dos últimos anos. Naquela data, 61,2% das áreas estavam em maturação, 32,2% em enchimento de grãos e 2,7% em floração.
Já no Centro-Sul brasileiro a colheita da segunda safra atingia a 5,2% até o dia 12/06, contra 21% um ano atrás (cf. AgRural). As chuvas nestes últimos dias estão atrasando mais a mesma em regiões do Paraná.
No Mato Grosso, a colheita da safrinha teria chegado a 7,2% no final da semana anterior, continuando atrasada. Em meados de junho do ano passado o estado já havia colhido 21,7% de sua safrinha, enquanto a média histórica é de 15,2% nesta época. Apesar disso, a produtividade está vindo melhor, reforçando a estimativa de um volume final de safrinha em 50,4 milhões de toneladas no Mato Grosso (cf. Imea).
Por outro lado, o mesmo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária divulgou relatório apontando que o custeio do milho de alta tecnologia, para a safra 2025/26 no Mato Grosso, está em R$ 3.216,06 por hectare, queda de 0,29% em maio diante do levantamento de abril. Com a redução do custeio, o Custo Operacional Efetivo apresentou queda de 0,19% frente ao mês de abril e ficou em R$ 4.706,30 por hectare.
Já o Custo Total teve alta de 0,07%, alcançando R$ 6.638,14/ha, influenciado pelos acréscimos no custo de oportunidade da terra, capital circulante e máquinas e equipamentos, que subiram em decorrência da elevação da Taxa Selic. Assim, para que o produtor mato-grossense de milho consiga cobrir apenas o Custo Operacional, considerando a produtividade média das últimas três safras, de 116,7 sacos/ha, é necessário que ele comercialize seu cereal a pelo menos R$ 40,33/saco para a safra 2025/26. E para cobrir o Custo Total, será preciso vender o milho safrinha, em 2025/26, a R$ 56,88/saco. Neste momento, o preço do milho, em Campo Novo do Parecis, por exemplo, está em R$ 48,00/saco, com pressão baixista, pois ainda falta a quase totalidade da área de safrinha para ser colhida.
E no Paraná, segundo o Deral, 8% da safrinha estaria colhido no início da presente semana, com o restante das áreas registrando 54% em maturação, 43% em frutificação e 3% em floração. Por sua vez, 67% dessas áreas estavam em boas condições, 20% médias e 13% ruins.
Enfim, as exportações brasileira de milho, segundo a Secex, nos primeiros 10 dias úteis de junho atingiram a apenas 67.091 toneladas, com a média diária ficando 84,2% abaixo da média de todo o mês de junho do ano passado. Se as exportações não aumentarem significativamente no segundo semestre, o quadro de preços internos do cereal irá piorar bastante. O problema é o conflito atual entre Israel e Irã, já que este último país comprou quase 40% do milho brasileiro exportado no último ano comercial.
A Anec, por sua vez, se mantém otimista esperando que o país exporte, em todo o mês de junho, um volume de 913.316 toneladas. Por enquanto, está muito difícil isso ocorrer.
Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹
1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).
Sustentabilidade
Line-up aponta importação de 7,220 mi de t de fertilizantes em outubro – Williams – MAIS SOJA

De acordo com levantamento realizado pela agência marítima Williams Brasil, foi agendada a importação de 7,220 milhões de toneladas de fertilizantes no período de 1º a 13 de outubro.
Pelo porto de Santos (SP) deve ser desembarcada a maior parte (2,062 milhões de toneladas). Depois aparece o porto de Paranaguá (PR), com 1,764 milhão de toneladas.
O relatório da agência leva em conta as embarcações já ancoradas, as que estão em largo esperando atracação e ainda as com previsão de chegada até o dia 20 de dezembro de 2025.
Fonte: Rodrigo Ramos / Safras News
Sustentabilidade
Projeções climáticas para o Brasil para os meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2025 – MAIS SOJA

ANÁLISE CLIMÁTICA DE SETEMBRO
Em setembro de 2025, os maiores acumulados de chuva ocorreram no oeste da Região Norte e em parte da Região Sul, com volumes que ultrapassaram 120 mm, contribuindo para a manutenção da umidade do solo nessas áreas. Já no interior da Região Nordeste e parte central do país, menores acumulados de chuvas foram observados, reduzindo os níveis de umidade do solo.
Na Região Norte, os maiores volumes de chuva foram superiores a 150 mm sobre o sudoeste e sul do Amazonas e no oeste do Acre. Volumes entre 40 mm e 100 mm, ocorreram em grande parte do Amazonas, norte de Rondônia, além do sul de Roraima e do Pará. Já o norte de Roraima, Amapá, norte do Pará, Tocantins e sul de Rondônia apresentaram volumes abaixo de 40 mm e em algumas localidades não houve registro de chuva, reduzindo a umidade do solo nestas áreas.
Na Região Nordeste, diversas áreas do interior tiveram acumulados de chuva abaixo de 50 mm, reduzindo os níveis de umidade do solo, principalmente na parte centro-oeste da Bahia, Piauí, Ceará, oeste dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, além do leste do Maranhão. Volumes mais significativos ocorreram na costa leste, desde o litoral do Rio Grande do Norte até o nordeste da Bahia, com volumes acima dos 50 mm. De forma geral, as condições foram favoráveis para a maturação e colheita do milho terceira safra na região do Sealba.
Em grande parte da Região Centro-Oeste, os volumes de chuva ficaram abaixo de 30 mm, restringindo os cultivos de sequeiro. Por outro lado, no centro de Goiás, sul de Mato Grosso do Sul e noroeste de Mato Grosso, os totais de chuva ultrapassaram 50 mm, contribuindo para a elevação dos níveis de umidade no solo e a semeadura da soja.
Na Região Sudeste, os acumulados de chuva ficaram abaixo de 40 mm, com exceção do Espírito Santo, Rio de Janeiro e leste de São Paulo, onde algumas localidades apresentaram volumes acima dos 50 mm. Contudo, o cenário na região seguiu com umidade no solo insuficiente para a semeadura dos cultivos não irrigados, na maior parte de São Paulo e Minas Gerais.
Na Região Sul, os volumes de chuva foram acima de 150 mm no Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina. Na maior parte do Paraná e centro-leste de Santa Catarina, os acumulados variaram entre 40 mm e 100 mm, exceto no extremo-norte do Paraná, onde as chuvas foram mais escassas. No geral, os volumes de chuva garantiram níveis de armazenamento de água no solo satisfatórios, favorecendo o manejo e o desenvolvimento das lavouras.
Em setembro, as temperaturas máximas foram acima de 30 °C nas Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, além do oeste da Região Sudeste e norte do Paraná. Em áreas da costa da Região Sudeste e na maior parte da Região Sul, os valores permaneceram abaixo de 28 °C. Quanto às temperaturas mínimas, os valores superaram os 22 °C na Região Norte, centro-norte da Região Nordeste e parte de Mato Grosso. Já no leste da Região Centro-Oeste, sul da Bahia, além das regiões Sul e Sudeste, as temperaturas foram inferiores a 20 °C. Ressalta-se que, no primeiro decêndio de setembro, foram registradas temperaturas mais baixas em algumas localidades do Rio Grande do Sul, com valores inferiores a 1,5 °C, com episódios de geadas de fraca intensidade, como por exemplo no município de São Luiz Gonzaga (RS), nos dias 3 e 8 de setembro.
CONDIÇÕES OCEÂNICAS RECENTES E TENDÊNCIAS
Na figura abaixo, observa-se a anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) entre os dias 16 e 30 de setembro de 2025. Nesse período, registraram-se valores entre -1 °C e -2 °C ao longo da faixa longitudinal, compreendida entre 120°W e a linha de data, indicando a área de maior resfriamento das águas. Em contraste, nas proximidades da costa oeste da América do Sul, as temperaturas permaneceram ligeiramente acima da média. Ao analisar especificamente as anomalias médias diárias de TSM na região do Niño 3.4 (delimitada entre 170°W e 120°W), verificaram-se valores variando entre -1 °C e -0,5 °C durante setembro. Esse comportamento indica um resfriamento significativo da região, configurando uma condição inicial para a formação do fenômeno La Niña no Pacífico Equatorial, caracterizado por desvios de TSM inferiores a -0,5 °C.
A análise do modelo de previsão do ENOS (El Niño – Oscilação Sul), realizada pelo Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI), indica o início do fenômeno La Niña, durante o trimestre outubro, novembro e dezembro de 2025, com probabilidade de 60% e persistência destas condições no próximo trimestre (novembro, dezembro e janeiro de 2025/26), com probabilidade de 59%.
PROGNÓSTICO CLIMÁTICO PARA O BRASIL – PERÍODO OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2025
As previsões climáticas para os próximos três meses, de acordo com o modelo do Inmet, são apresentadas na figura abaixo. O modelo indica a ocorrência de chuvas próximas ou acima da média em áreas do norte da Região Norte, oeste da Região Nordeste, leste da Região Centro-Oeste e centro-norte da Região Sudeste. Nas demais localidades, são previstas chuvas abaixo da média, especialmente na divisa entre o sudoeste do Pará e nordeste de Mato Grosso, bem como em grande parte da Região Sul. Ressalta-se que as chuvas devem apresentar maior irregularidade na parte central do país, com retorno gradual, sobretudo em novembro, favorecendo a recomposição da disponibilidade hídrica nesses locais.
Analisando separadamente cada região do país, a previsão indica chuvas acima da média no Amapá, Roraima, leste e noroeste do Pará, centro do Amazonas e sul de Tocantins. Nas demais áreas, são previstas chuvas próximas ou abaixo da média, com destaque para o sudoeste do Pará. Embora o armazenamento de água no solo ainda se mantenha elevado na porção norte da região, e a parte sul com baixos níveis de umidade do solo, este padrão deve se inverter a partir de novembro.
Na Região Nordeste, a previsão indica chuvas acima da média no centrooeste da região e redução dos volumes na faixa leste, especialmente entre novembro e dezembro. Os níveis de umidade do solo tendem a se recuperar ao longo de dezembro, principalmente no sul do Maranhão e do Piauí, além das porções oeste e sul da Bahia.
Em grande parte das Regiões Centro-Oeste e Sudeste, o modelo do Inmet indica o retorno gradual das chuvas, com volumes próximos e acima da média, exceto em áreas do centro-leste de Mato Grosso, São Paulo, como na divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde as chuvas podem ficar abaixo da média. Este cenário favorece a elevação dos níveis de umidade do solo ao longo dos próximos meses.
Em grande parte da Região Sul, são previstas chuvas abaixo da média, enquanto que a porção mais a leste, são previstas chuvas próximas ou acima da média. No geral, os níveis de umidade do solo não deverão sofrer grande redução nos próximos meses, exceto na região centro-sul do Rio Grande do Sul, onde o armazenamento poderá ser mais baixo.
Quanto às temperaturas, elas devem permanecer próximas ou acima da média histórica no centro-norte do país, com temperaturas acima de 25°C. Nas Regiões Norte e Nordeste, as temperaturas podem superar os 28 °C. Em parte da Região Sudeste e Região Sul, as temperaturas devem ser mais amenas, com valores menores que 22 °C.
Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu principal do site do Inmet (https://portal. inmet.gov.br).
Confira o Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos/Safra 2025/26 1° Levantamento completo, clicando aqui!
Fonte: CONAB
Autor:Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos 2025/2026 – 1° Levantamento
Site: Conab
Sustentabilidade
Plantio de soja 25/26 atinge 11,1% da área no Brasil, aponta Conab

O plantio da safra 2025/26 de soja no Brasil alcançou 11,1% da área total prevista, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com dados até 11 de outubro.
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Na semana anterior, a semeadura estava em 8,2%. No mesmo período do ano passado, os trabalhos atingiram 9,1% da área. Apesar do avanço em relação a 2024, o ritmo atual segue abaixo da média dos últimos cinco anos para a data, que é de 16,9%.
Plantio de soja pelo Brasil
O estado do Paraná lidera os trabalhos, com 31% da área já semeada. No Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso alcança 18,9% e o Mato Grosso do Sul chega a 14%, enquanto Goiás registra 2%. Em Minas Gerais, o avanço é de 2,7% e, em São Paulo, de 4%. A Bahia soma 4% e o Tocantins 2%. Já em Santa Catarina, o plantio atinge 2% da área estimada.
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