Connect with us

Agro Mato Grosso

Aquecimento acelera gerações de Diceraeus melacanthus

Published

on

O percevejo-barriga-verde (Diceraeus melacanthus) amplia gerações anuais nas regiões mais quentes do Centro-Sul. Estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná e da Universidade Estadual de Londrina calculou limites térmicos de desenvolvimento da praga e estimou o número de ciclos possíveis em Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Os pesquisadores associaram esses parâmetros a séries históricas de temperatura e construíram mapas que mostram o potencial reprodutivo do inseto nessas áreas.

O trabalho apontou que Mato Grosso do Sul registra maior número de gerações. O estado alcança média de 11 ciclos ao ano. Municípios como Corumbá chegam a 13 gerações. A combinação de baixa altitude e altas temperaturas favorece o desenvolvimento do inseto.

São Paulo aparece em seguida. O estado registra média de nove gerações anuais. As regiões oeste e noroeste concentram os maiores valores, com até 11 ciclos por ano. Campos do Jordão apresenta apenas três gerações por causa das baixas temperaturas e da altitude elevada.

O Paraná mostra o menor potencial reprodutivo. O estado sustenta média de sete gerações anuais. Áreas frias e altas, como Palmas, Lapa e Pinhais, registram apenas quatro ciclos por ano. Os maiores valores, de até dez gerações, ocorrem no noroeste paranaense, próximo das divisas com Mato Grosso do Sul e São Paulo.

A latitude exerce a maior influência sobre o número de gerações. A altitude contribui menos. O estudo confirmou que regiões quentes aceleram o ciclo do inseto. Regiões frias retardam o desenvolvimento e reduzem a taxa reprodutiva.

Temperatura mínima

Os pesquisadores definiram a temperatura mínima de desenvolvimento em cerca de 14 ºC e o limite superior próximo de 33 ºC. O inseto completa o ciclo entre 16 e 31 ºC, com maior rapidez nas faixas mais elevadas. Esses dados sustentam o cálculo dos graus-dia e a projeção das gerações anuais.

O mapa conjunto dos três estados evidencia maior risco nas fronteiras agrícolas entre Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Essas áreas sustentam de oito a mais de dez gerações por ano. Regiões frias, como o Vale do Paraíba e o sul paranaense, funcionam como barreiras climáticas.

Os autores destacam que a presença de hospedeiros alternativos e sistemas como a sucessão soja-milho permitem a permanência do percevejo. A praga encontra alimento no ano todo. O estudo reforça a importância do tratamento de sementes no milho e do monitoramento constante em áreas que apresentam maior número de gerações.

O trabalhou foi desenvolvido por Luciano Mendes de Oliveira, Rodolfo Bianco, Maurício Ursi Ventura, Ayres de Oliveira Menezes Júnior e Humberto Godoy Androcioli.

Outras informações em doi.org/10.3390/insects16121242

Continue Reading

Agro Mato Grosso

Patrulha Rural impede 62ª invasão de terra na zona rural de Mato Grosso

Published

on

Suspeitos montaram acampamento clandestino com diversas placas solares, às margens do Rio Alegre

Policiais militares da Patrulha Rural do 12º Comando Regional prenderam dois homens, nesta quarta-feira (10.12), suspeitos de invadir uma propriedade rural localizada na zona rural de Pontes e Lacerda (a 445 km de Cuiabá). As equipes apreenderam diversas placas solares já instaladas em estruturas montadas pelos envolvidos. Essa é a 62ª ação de invasão de terra impedida pelas Forças de Segurança do Estado.

Os policiais militares receberam informações de que um grupo havia invadido uma fazenda no município e instalado um acampamento ilegal às margens do Rio Alegre. Segundo a denúncia, o número de indivíduos aumentava diariamente e já havia sinais de degradação ambiental na área de pastagem e na vegetação nativa.

No âmbito do programa Tolerância Zero Contra as Invasões de Terras, as equipes reforçaram o policiamento na região e se deslocaram até o ponto informado. Durante o patrulhamento, foram visualizados cerca de oito suspeitos, que fugiram em meio à mata.

Durante as buscas, os militares localizaram dois suspeitos no interior de um grande acampamento clandestino montado em área de mata fechada. No local, havia uma extensa estrutura logística utilizada pelos invasores, incluindo placas solares, baterias e geradores a combustão.

Além disso, as equipes apreenderam eletrodomésticos, nove barracos de lona e uma espingarda calibre .22 com 25 munições. O acampamento clandestino foi destruído e os equipamentos foram inutilizados. Um dos suspeitos possui passagem por receptação. A dupla e os demais equipamentos recolhidos foram encaminhados à delegacia para registro do boletim de ocorrência.

Patrulha Rural impede 62ª invasão de terra na zona rural de Mato Grosso -
Disque-denúncia

A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190 ou 0800.065.3939.

Continue Reading

Agro Mato Grosso

MT Clima e Mercado acompanha avanço da safra na região leste de Mato Grosso

Published

on

O 11º episódio da Quarta Temporada da Série Mato Grosso Clima e Mercado, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), iniciou, nesta quinta-feira (11.12), a etapa da região leste do estado, com acompanhamento da safra 2025/26 nos municípios de Gaúcha do Norte e Canarana. Os relatos mostram um cenário de plantio irregular, necessidade de replantios em algumas áreas e lavouras que começam a responder positivamente após o retorno das chuvas.

Em Gaúcha do Norte, o produtor Valdomiro Schulz explicou que o início da safra foi atípico, com chuvas pontuais ainda em setembro, mas sem regularidade suficiente para garantir o avanço do plantio. Segundo ele, alguns produtores chegaram a iniciar a semeadura nesse período, porém em áreas muito pequenas, o que acabou resultando em atraso no calendário. “Houve um período com pouca umidade e os plantios acabaram atrasando”, relatou.

Com a volta das chuvas na última semana, Valdomiro destacou uma melhora significativa nas lavouras, inclusive nas áreas que precisaram de replantio. “As áreas que houve replantio já estão nascidas novamente. Aqui na propriedade o estande está bom e houve uma recuperação muito grande depois das chuvas dos últimos dias”, afirmou. Ele avalia que, se o clima seguir favorável, a expectativa é de boa produtividade, mesmo com algumas áreas apresentando menor população de plantas.

O delegado coordenador do Núcleo de Gaúcha do Norte, Jhonatan Loss, também observou melhora no desempenho das lavouras após o retorno das precipitações. Para ele, áreas que sofreram com a falta de chuva no início agora apresentam condições de recuperação dentro da janela adequada. “As propriedades que tiveram mais dificuldade hídrica estão apresentando bom resultado, porque ainda é um período em que a lavoura consegue se recuperar até a colheita”, avaliou.

Em relação à segunda safra, Valdomiro explicou que a tendência no município é de redução na área destinada ao milho. “No nosso caso vamos diminuir um pouco o plantio da safrinha de milho. Outros vão manter a mesma área do ano passado, mas acredito que no geral, aqui no município a safrinha de milho vai ser um pouco menor do que na safra passada.”

Ele também ressaltou a preocupação com o escoamento da produção durante a colheita, já que o município conta com poucas estruturas de recebimento, o que pode gerar filas caso as chuvas coincidam com o período de colheita.

No município de Canarana, o produtor Arlindo Cancian relatou que o plantio também foi marcado por grande irregularidade das chuvas, tanto entre propriedades quanto dentro das próprias áreas. Segundo ele, algumas lavouras receberam chuva cedo, enquanto outras demoraram mais para acumular um volume mínimo.

“O plantio em Canarana foi mal distribuído, muito localizado. Teve áreas onde choveu mais cedo e outras onde a chuva demorou, inclusive dentro da própria propriedade, com precipitações bem pontuais. Aqui na fazenda, a gente costuma iniciar o plantio com cerca de 60 milímetros, mas este ano começamos com apenas 15 milímetros, e a chuva não continuou. Mesmo assim, optamos por plantar metade da lavoura em poucos dias, com esses 15 milímetros e algumas chuvinhas de 3, 5 e 7 milímetros”, afirmou.

No município, parte dos produtores precisou recorrer ao replantio em algumas áreas, especialmente em propriedades onde o tipo de solo dificulta o desenvolvimento da cultura em períodos de baixa precipitação. Mesmo diante desse cenário, Arlindo Cancian destaca que a regularização das chuvas nos últimos dias trouxe uma recuperação visível às lavouras. “A chuva veio tarde, mas ainda em um momento importante. De uns dez dias para cá, modificou muito a lavoura. Agora é acompanhar para ver como será o comportamento da produtividade lá na frente”, avaliou.

Sobre a segunda safra, Arlindo explicou que parte das áreas deve ficar fora da janela ideal do milho, levando produtores a optar por outras culturas, como o gergelim, muito comum na região. “Quem conseguiu plantar mais cedo ainda vai fazer milho. O restante deve ir para gergelim, milheto ou sorgo. A rotação é necessária, mesmo com os preços não tão atrativos”, destacou.

A série MT Clima e Mercado segue agora pela região leste de Mato Grosso. Nos próximos episódios, a Aprosoja MT vai percorrer outros municípios, acompanhando o desenvolvimento das lavouras e registrando a realidade da safra 2025/26 em diferentes regiões produtoras do estado.

Continue Reading

Agro Mato Grosso

Produção de grãos do Brasil na safra 2025/26 cresce e deve alcançar 354,4 milhões de toneladas

Published

on

A produção brasileira de grãos na safra 2025/26 deve alcançar 354,4 milhões de toneladas, segundo o terceiro levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume representa um pequeno avanço de 0,6% em relação ao ciclo 2024/25, somando 2,2 milhões de toneladas adicionais ao total colhido no último ano. O desempenho é resultado de uma combinação contrastante entre o aumento de 3% na área semeada, que passou de 81,7 para 84,2 milhões de hectares, e uma leve queda na produtividade média nacional, estimada em 4.210 quilos por hectare — abaixo dos 4.310 quilos por hectare registrados no ciclo anterior.

Na abertura do plantio da 1ª safra, a soja mantém seu protagonismo e já ocupa 90,3% da área estimada para a cultura. Em Mato Grosso, principal estado produtor, a semeadura está 100% concluída, conforme boletim de Progresso de Safra. O comportamento das chuvas, porém, trouxe contrastes. Enquanto a Região Sul registrou precipitações mais regulares na primeira quinzena de novembro e ganhou ritmo no plantio, os estados do Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Minas Gerais enfrentaram atrasos por causa da inconstância climática. A situação se normalizou na segunda metade do mês, acelerando os trabalhos. Com 48,9 milhões de hectares destinados à cultura, a Conab projeta 177,1 milhões de toneladas de soja, alta de 3,3% e potencial para um novo recorde nacional, caso o clima se mantenha favorável.

Outra cultura-chave da primeira safra, o arroz, deve colher 11,2 milhões de toneladas, queda de 12,4% em relação ao ciclo anterior. O recuo ocorre em meio às condições atuais de mercado e à redução da área plantada, estimada em 1,62 milhão de hectares. No Rio Grande do Sul, principal produtor do cereal, a semeadura atinge 98% da área prevista, enquanto em Santa Catarina o plantio já foi concluído.

Companheiro inseparável do arroz na mesa do brasileiro, o feijão mantém estabilidade no volume total, estimado em 3 milhões de toneladas, somando as três safras. O desempenho assegura o abastecimento interno. A primeira safra está avançada: Paraná e São Paulo já concluíram o plantio, Minas Gerais chega a 93,8% da área semeada e a Bahia atinge 67%.

Para o milho, a previsão total das três safras é de 138,9 milhões de toneladas, recuo de 1,5% sobre o ciclo passado. Ainda assim, o primeiro plantio apresenta bom ritmo: 71,3% da área prevista já está semeada, num total de 4 milhões de hectares. A produção esperada para essa etapa é de 25,9 milhões de toneladas, crescimento de 3,9% em relação ao ciclo anterior.

As culturas de inverno caminham para o encerramento da colheita da safra 2025. O trigo, principal cultivo do período, já tem 98% da área colhida e deve fechar com produção de 8 milhões de toneladas, aumento de 0,9% frente ao último ciclo. O resultado se apoia nas condições climáticas predominantemente favoráveis, apesar de alguns eventos adversos registrados em regiões específicas.

No mercado, a Conab manteve praticamente estáveis as estimativas do quadro de suprimentos da safra 2024/25, com pequenos ajustes decorrentes de novas informações de produção e comportamento do mercado. Um dos destaques deste levantamento é o aumento de 313 mil toneladas na previsão de exportações, elevando o total para 106,97 milhões de toneladas até o fim de 2025. Desse volume, a soja em grãos responde pela maior fatia: de janeiro a novembro, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Brasil embarcou 104,79 milhões de toneladas, volume recorde que já supera as 101,87 milhões exportadas em todo o ano de 2021. O movimento rendeu ao país US$ 42 bilhões em receita apenas nos 11 primeiros meses do ano.

Continue Reading
Advertisement

Agro MT