Agro Mato Grosso
Do nascimento ao abate: deputados de MT aprovam projeto que torna obrigatório rastreio da carne bovina

Proposta cria três programas para acompanhar e monitorar toda a cadeia produtiva de acordo com objetivos socioambientais.
Os deputados da Assembleia Legislativa do estado (ALMT) aprovaram nesta quarta-feira (19), em primeira votação, o projeto de lei que torna obrigatório o rastreio da origem legal de rebanho bovino e bubalino. Esse monitoramento vai do nascimento até o abate do animal, contemplando toda a cadeia produtiva.
A proposta ainda deve passar por segunda votação.
O texto foi enviado pelo governador Mauro Mendes (União), que justificou, no documento, a obrigatoriedade de se rastrear a carne e seguir objetivos socioambientais como fatores essenciais para agregar valor à produção do estado, garantir acesso a linhas de financiamento diferenciadas e para ampliar a competitividade em mercados internacionais, como na União Europeia e nos Estados Unidos.
A votação ocorre no momento em que o estado ampliou as exportações de carne bovina para novos mercados internacionais, como Argentina e Uruguai, apesar das sobretaxas impostas pelo presidente americano Donald Trump, que foram reduzidas para 40%. Além disso, o estado ainda habilitou seis frigoríficos para exportar carne bovina à Indonésia.
O projeto de lei cria três programas:
- Passaporte Verde: rastreia e monitora as propriedades, transporte e abate dos animais em conformidade com os critérios socioambientais;
- Reinserção e Monitoramento (PREM): reinsere propriedades que estão desabilitadas para voltarem à atividade econômica, ajudando na transição e recuperação ambiental destes locais;
- Carne de Mato Grosso: cria um selo de certificação para reconhecer a carne produzida que segue critérios de sustentabilidade, qualidade e rastreabilidade.
O projeto ainda autoriza o governo estadual a abrir crédito especial de até R$ 10 milhões para cobrir as despesas necessárias à execução do programa.
Além disso, também fica liberado a criação de um instrumento financeiro de apoio, com fundo privado sem fins lucrativos, com possibilidade de participação do estado e gestão transparente, voltado à implementação das ações previstas. As receitas podem vir de fontes públicas e privadas, nacionais e internacionais, segundo o texto.
A lei pretende seguir os seguintes objetivos:
- estimula a regularização ambiental voluntária;
- fortalece mecanismos de rastreabilidade da produção;
- contribui para as metas estaduais e nacionais de combate ao desmatamento ilegal;
- gera incentivos econômicos à produção sustentável;
- garante maior segurança jurídica aos produtores;
- impulsiona o acesso da carne mato-grossense a mercados de alto valor.
O projeto de lei justifica ainda que Mato Grosso já é reconhecido internacionalmente por seu protagonismo na redução do desmatamento e pela estratégia “Produzir, Conservar e Incluir”, apresentada na COP 21, em 2015.
A votação do texto ocorre no momento em que acontece a COP 30, em Belém, onde uma equipe do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) defendeu a proposta pioneira durante o evento internacional.
“Nas últimas três décadas, o estado passou por um intenso processo de conversão de áreas de vegetação nativa para o uso produtivo, principalmente nas cadeias do agronegócio, como a pecuária e a produção de grãos. Diante do desafio de conciliar desenvolvimento econômico e conservação ambiental, Mato Grosso foi pioneiro na adoção de estratégias para conter o desmatamento ilegal”, diz trecho do projeto de lei.
O programa pode receber recursos por meio de financiamentos públicos, fundos, doações de empresas do setor, doações regulares de pessoas jurídicas, do Fundo de Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato Grosso (Fundes), recursos de serviços do próprio programa.
Fica a cargo do governo estadual constituir um comitê permanente para definir diretrizes, governança e acompanhar o monitoramento e os resultados da política de sustentabilidade na pecuária bovina e bubalina.
Agro Mato Grosso
Governo de Mato Grosso aciona STF contra decreto ilegal de Lula I MT

Estado aponta ausência de ocupação indígena, omissão no processo e risco à segurança jurídica de famílias e produtores
O Governo de Mato Grosso entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender os efeitos do decreto assinado pelo presidente Lula, que amplia a Terra Indígena Manoki, em Brasnorte, de 46 mil para 252 mil hectares, por ser inconstitucional.
O pedido foi protocolado nesta semana e está anexado na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nº 87, sob relatoria do ministro Gilmar Mendes.
Na ação, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) alegou que o ato do presidente viola a Lei 14.701/2023 (que estabelece o marco temporal).
“A tentativa de ampliação revela grave afronta ao princípio da legalidade, pois desconsidera o artigo 13 da nova lei, que veda de forma expressa a ampliação de terras já homologadas”, diz trecho do documento.
Outro ponto-chave da ação é a ausência de comprovação de ocupação indígena na nova área até 5 de outubro de 1988, que é o marco estabelecido para reconhecimento de terras tradicionais.
A PGE afirmou que há registros históricos e jurídicos que comprovam que a área “foi ocupada por famílias não indígenas desde a década de 1950, com plena ciência do poder público”.
“Não há vestígios materiais, registros ou presença cultural que indiquem ocupação indígena na data constitucionalmente exigida”, relatou.
Outro ponto de atenção apontado na ação foi o impacto social e fundiário gerado pela medida. O governo afirma que a ampliação atinge diretamente centenas de produtores e famílias com títulos legítimos, Cadastros Ambientais Rurais (CAR) ativos e, em alguns casos, decisões judiciais reconhecendo sua ocupação regular.
“A ampliação promovida por decreto desestrutura a malha fundiária da região e instaura o caos jurídico, penalizando cidadãos que sempre atuaram conforme a lei”.
A PGE também criticou a ausência de diálogo com o Estado e o município de Brasnorte, que são diretamente afetados pelo decreto.
“Não houve qualquer consulta ou notificação formal aos entes federativos diretamente afetados, o que compromete a legitimidade do processo e afronta o pacto federativo”, pontuou.
De acordo com o governador Mauro Mendes, a ação não questiona os direitos dos povos indígenas, mas sim o desrespeito à legislação e às garantias fundamentais.
“Não aceitaremos que um decreto presidencial, editado de forma açodada e sem respaldo legal, prejudique quem produz e vive há décadas nessas regiões”, declarou.
Atualmente, Mato Grosso possui 73 terras indígenas demarcadas, que somam mais de 15 milhões de hectares, o equivalente a 16% de todo o território estadual.
“Defendemos o meio ambiente, respeitamos as comunidades indígenas, mas exigimos que tudo seja feito dentro da lei. A Constituição não pode ser ignorada para atender interesses ideológicos”, concluiu o governador.
Agro Mato Grosso
Tempestade com ventos de até 100 km/h colocam 57 municípios de MT em alerta; saiba quais

Regiões podem registrar precipitação de até 60 mm por hora e rajadas de 100 km/h, segundo o Inmet. Alerta vale até sábado e inclui risco de alagamentos, quedas de galhos e falta de energia.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo para tempestades em Cuiabá e outros 56 municípios de Mato Grosso. O aviso vale entre esta sexta-feira (21) e sábado (22).
Segundo o órgão, podem ocorrer chuvas entre 30 e 60 milímetros por hora e ventos que variam de 60 a 100 km/h durante o período. A combinação de chuva intensa e rajadas fortes aumenta o risco de cortes de energia elétrica, queda de galhos, alagamentos e descargas elétricas.
O órgão alerta para que aumenta a possibilidade de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas. Para reforçar a segurança da população, a Defesa Civil orienta que moradores evitem:
- Evitar áreas alagadas;
- Buscar abrigo seguro durante rajadas de vento;
- Manter distância de árvores e estruturas metálicas;
- Interromper a condução do veículo caso a visibilidade fique comprometida;
- Checar telhados, calhas e árvores próximas às residências.
Confira os municípios em alerta de perigo: Acorizal, Alto Paraguai, Araputanga, Arenápolis, Barão de Melgaço, Barra do Bugres, Brasnorte, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Comodoro, Conquista D’Oeste, Cuiabá, Curvelândia, Denise, Diamantino, Figueirópolis D’Oeste, Glória D’Oeste, Indiavaí, Itiquira, Jangada, Jauru, Juara, Juína, Lambari D’Oeste, Lucas do Rio Verde, Mirassol d’Oeste, Nobres, Nortelândia, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Nova Lacerda, Nova Marilândia, Nova Maringá, Nova Mutum, Nova Olímpia, Poconé, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião, Porto Estrela, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Rosário Oeste, Salto do Céu, Santa Rita do Trivelato, Santo Afonso, Santo Antônio do Leverger, São José do Rio Claro, São José dos Quatro Marcos, Sapezal, Tangará da Serra, Tapurah, Vale de São Domingos, Várzea Grande e Vila Bela da Santíssima Trindade.
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Veja munícipios com risco de perigo em potencial neste fim de semana
🌧️ Perigo em potencial
Cidades como Água Boa, Alta Floresta, Araguaiana e Barra do Garças também estão em alerta de perigo potencial, mas com previsão de chuvas mais moderadas em relação ao restante do estado.
Nessas regiões, não há risco iminente, porém podem ocorrer precipitações entre 20 e 30 milímetros por hora e ventos de 40 a 60 km/h até as 10h deste sábado (22).
Agro Mato Grosso
Trabalhador é internado em estado grave após ficar com perna presa em silo de grãos em MT

Equipe do Samu já atuava no local quando Ciopaer chegou para atender a ocorrência. Circunstância do acidente é investigada.
Um trabalhador foi internado em estado grave após ficar com a perna presa em um silo de grãos em uma fazenda em Boa Esperança do Norte, a 420 km de Cuiabá. Uma equipe da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) fez o resgate e o levou até o hospital em Sorriso (veja momento acima).
A circunstância do acidente é investigada.
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No local, a equipe não precisou usar ferramentas especiais, como um desencarcerador, para liberar a perna da vítima. Porém, diante da gravidade do quadro, a equipe precisou levar o trabalhador de helicóptero até a cidade.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já atendia a vítima quando a equipe do Ciopaer chegou ao local do acidente.
A vítima permanece internada. O acidente é investigado.
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