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Sustentabilidade

FPA cobra agilidade do governo na liberação de crédito rural e alerta para aumento do endividamento no campo – MAIS SOJA

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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) cobrou nesta terça-feira (21) do governo federal maior rapidez na execução da Medida Provisória 1.314/2025, que prevê a destinação de R$ 12 bilhões — com possibilidade de ampliação para R$ 20 bilhões — em linhas de crédito rural voltadas à liquidação ou amortização de dívidas de produtores afetados por eventos climáticos adversos. A bancada também demonstrou preocupação com o aumento do endividamento no campo e com o impacto da política de piso mínimo do frete rodoviário sobre a competitividade do setor.

O encontro contou com a participação do vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do Banco do Brasil, Gilson Bittencourt, e do head de Agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.

O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), reforçou que a escassez de crédito e o alto custo do financiamento têm se tornado um gargalo crescente para a produção agropecuária. Segundo ele, a reunião com o Banco do Brasil e a Serasa Experian confirmou o que o setor vem alertando: o Plano Safra atual não atende à dimensão da demanda agrícola brasileira.

“Os números apresentados hoje pelo Banco do Brasil confirmam o que já temos alertado: o Plano Safra é totalmente insuficiente diante da dimensão do nosso agronegócio”, afirmou Lupion.

O deputado defendeu a aprovação de uma nova Lei de Seguro Agrícola, em discussão no Senado, e a destinação de R$ 30 bilhões do Fundo Social e dos Fundos Constitucionais para apoiar produtores em dificuldade — valor previsto em projeto aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados.

“Os R$ 12 bilhões previstos atualmente são completamente insuficientes. Precisamos que essa medida provisória saia da gaveta e seja votada com urgência. O tempo está se esgotando para o produtor rural”, disse.

Lupion relatou ainda o agravamento da situação no Rio Grande do Sul, onde a cadeia de alimentos enfrenta endividamento severo, somado ao aumento dos custos logísticos e do frete.

“Faltam garantias reais e um sistema de seguro rural robusto. Essa é uma pauta essencial para dar estabilidade ao produtor e previsibilidade ao setor”, completou.

Crise social

Coordenador da Comissão Trabalhista da FPA, o deputado Afonso Hamm (PP-RS) afirmou que a Medida Provisória 1.314/25 é insuficiente para atender o conjunto dos produtores rurais, sobretudo os que enfrentaram perdas de safra.

“Essa medida provisória atende a uma parte muito pequena das necessidades do agro brasileiro. E não falo do agro que perdeu renda, mas daquele que perdeu produção por causa do clima”, disse.

O parlamentar lembrou que o programa, anunciado durante a Expointer, previa R$ 12 bilhões, com possibilidade de ampliação para R$ 20 bilhões, mas que nenhum produtor do Rio Grande do Sul — estado que soma cerca de R$ 30 bilhões em renegociações — recebeu recursos até o momento.

“Desde o anúncio, nenhum agricultor gaúcho recebeu um centavo. Nenhum! Apesar de todas as normas e portarias já publicadas, os produtores continuam sem acesso aos recursos prometidos”, afirmou.

Hamm alertou para o agravamento da crise social no campo, citando o aumento dos casos de suicídio entre produtores rurais. “Infelizmente, temos vivido um cenário muito preocupante. Já são 28 casos entre produtores — o mais recente, ontem, no Rio Grande do Sul. Pedi um espaço na tribuna da Câmara para tratar desse tema, pois algo precisa ser feito com urgência”, disse.

O deputado denunciou também irregularidades cometidas por instituições financeiras que, segundo ele, têm orientado produtores a transformar operações de crédito subvencionado em cédulas bancárias ou confissões de dívida, o que configura desvio de finalidade. Ele informou que a Comissão de Agricultura da Câmara aprovou pedido de auditoria no TCU para investigar a atuação de bancos públicos e privados.

“O que pedimos não é favor, é justiça, é cumprimento da lei e respeito a quem produz o alimento que sustenta este país”, concluiu.

Seguro rural

Durante a reunião, o senador Jaime Bagattoli (PL-RO) destacou que o seguro rural precisa ser tratado como prioridade nas políticas agrícolas do governo.

“Estamos enfrentando um grande problema hoje com a inadimplência, a frustração de safra e tantos outros fatores. Mas precisamos nos debruçar sobre o seguro rural. Tem que existir um empenho para que possamos avançar nessa questão. O seguro precisa atuar no Brasil inteiro e o governo precisa ter compromisso de colocar recurso no orçamento”, afirmou.

Na mesma linha, o deputado Zé Vitor (PL-MG) cobrou maior transparência na aplicação dos recursos públicos destinados ao seguro.

“Temos que saber se esse dinheiro do seguro rural está chegando na ponta, lá no produtor. As reclamações são enormes e já de algum tempo. Precisamos entender por que esse recurso não chega a quem mais precisa”, disse.

Diálogo

A senadora Tereza Cristina (PP-MS), vice-presidente da FPA no Senado, defendeu que o governo e o Parlamento busquem alternativas para atender arrendatários e pequenos produtores, que não serão alcançados pelas medidas atuais.

“Esse recurso de R$ 12,5 bilhões é importante, mas muita gente vai ficar de fora. Precisamos pensar fora da caixinha e buscar alternativas para atender essas pessoas”, afirmou.

Ela propôs a realização de uma reunião técnica interna do governo com a FPA para avaliar políticas de apoio a agricultores familiares e arrendatários, com foco em práticas sustentáveis e uso de novas tecnologias.

“Há agricultores que têm máquinas e experiência, mas precisam talvez mudar a forma de produzir. É hora de pensar no que podemos oferecer a eles”, completou a senadora.

Banco do Brasil promete liberar crédito até o fim da semana

O vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do Banco do Brasil, Gilson Bittencourt, afirmou que o banco deve iniciar a liberação dos créditos previstos na MP até o fim da semana. Segundo ele, o sistema do Banco Central que autoriza as operações foi concluído nesta semana, e as solicitações já começaram a ser recebidas.

“O Banco do Brasil está preparado para dar celeridade ao processo. Não há falta de recursos, especialmente para custeio e investimento”, disse.

Bittencourt destacou que cerca de 50% da carteira de crédito rural do banco já possui algum nível de seguro, e defendeu a criação de um modelo nacional de seguro rural mais amplo e equilibrado, capaz de reduzir o risco e melhorar a qualidade do crédito.

“O seguro é fundamental, mas não substitui ajustes estruturais quando há problemas crônicos de perda ou custo elevado. É um debate técnico e político que exige equilíbrio e diálogo”, afirmou.

Aumento da inadimplência e recuperação judicial

Encerrando a reunião, o head de Agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, apresentou um diagnóstico sobre a situação financeira dos produtores rurais.

“Quando falamos em população rural, estamos tratando de um universo de cerca de 15 milhões de brasileiros. Desses, acompanhamos, por meio das transações de crédito, aproximadamente 9,9 milhões”, explicou.

De acordo com o levantamento, a inadimplência rural passou de 6% para 7,9% desde 2022, considerando o prazo de 180 dias de atraso. Entre produtores mais jovens, o índice chega a 11,9%, enquanto entre os mais experientes é de 3,5%.

Os pedidos de recuperação judicial no campo também cresceram de forma expressiva: 127 casos em 2023 saltaram para 566 em 2024, sendo 415 registrados apenas no primeiro semestre deste ano.

“Hoje, 80% dos produtores que entraram em recuperação judicial estavam, antes disso, com o score abaixo de 500 pontos. O problema não surge de forma repentina, ele é um processo que se agrava ao longo do tempo, até o momento em que o crédito se torna inviável”, destacou Pimenta.

O estudo mostra ainda que os produtores com alta dependência de crédito e arrendamento operaram com margens negativas nos últimos três anos, sendo os mais vulneráveis ao risco de inadimplência.

“O produtor que depende fortemente de arrendamento e financiamento está sob maior pressão e é o mais exposto ao risco. Esses dados reforçam a importância de políticas públicas e instrumentos financeiros que deem fôlego ao setor produtivo”, concluiu.

Entidades do setor produtivo entregam carta à FPA sobre o piso mínimo do frete

Ainda durante a reunião-almoço, a presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, entregou ao presidente da FPA, deputado Pedro Lupion, uma carta assinada por 50 entidades representativas do agronegócio, pedindo revisão da Política Nacional de Piso Mínimo do Frete Rodoviário.

Segundo Tania, a metodologia utilizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) desde 2018 está “ultrapassada e descolada da realidade do mercado”. Ela afirmou que os cálculos atuais têm provocado aumento expressivo dos custos logísticos, com impacto direto na competitividade do setor produtivo.

“O objetivo é que a FPA encaminhe nossa proposta aos Ministérios da Agricultura, dos Transportes, da Fazenda, à Casa Civil e à ANTT. Precisamos de uma metodologia mais moderna, equilibrada e justa, que reflita os custos reais de transporte e reduza o peso sobre quem produz”, disse Tania.

A carta detalha três frentes de atuação — política, jurídica e técnica — para reformular a tabela e pede que o governo promova um diálogo técnico e institucional sobre o tema. O documento também alerta para riscos de insegurança jurídica e pressão inflacionária, com destaque para a metodologia atual que não considera diferenças regionais, idade média da frota e o custo real do frete de retorno.

Fonte: Agência FPA



 

FONTE

Autor:Frente Parlamentar da Agropecuária – FPA

Site: Agência FPA

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Simpósio sobre pós-colheita debate qualidade dos grãos e segurança no armazenamento – MAIS SOJA

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O “I Simpósio de Pós-colheita de Grãos de Minas Gerais”, realizado em Uberlândia de 15 a 17 de outubro de 2025, reuniu 327 inscritos e contou com 45 estandes de empresas do setor de armazenagem e afins. O evento foi promovido e realizado pela Associação Brasileira de Pós-colheita (Abrapos), pela Cooperativa Agrícola Mista Iraí Ltda. (Copamil), pela empresa Caramuru Alimentos e pela Embrapa, com apoio de empresas parceiras.

No Painel “Pragas e o manejo integrado nas unidades armazenadoras de grãos”, realizado no dia 16, pela manhã, o pesquisador Marco Aurélio Guerra Pimentel, da Embrapa Milho e Sorgo, abordou as “Inovações no Manejo Integrado de Pragas de grãos armazenados”, destacando tecnologias relacionadas à detecção e identificação precoce de infestações e no desenvolvimento de novas estratégias de controle, que abrangem o uso de novos pós e minerais inertes, aplicação de ozônio gasoso, embalagens ativas, tecnologias em formulações otimizadas e possibilidades dentro do controle biológico.

 “O manejo integrado de pragas prevê a integração de diferentes táticas de manejo, aliadas ao conhecimento técnico, à inovação e às práticas sustentáveis, que contribuem para a redução de perdas e para a preservação da qualidade dos grãos. Dentre as ferramentas existentes é imprescindível ficar atento às tecnologias de aplicação, seguir as recomendações dos fabricantes, utilizar apenas os produtos registrados para pós-colheita e ficar atento aos limites máximos tolerados (LMT) de resíduos. Temos que trabalhar com as tecnologias de forma adequada, para prolongar a eficiências das ferramentas de controle de pragas”, disse Pimentel.

Em seguida, o analista de Armazenagem e Classificação da Caramuru Alimentos, Elivânio dos Santos Rosa, apresentou a palestra “Experiência prática de controle de pragas, roedores e pombos em unidades armazenadoras” e o presidente da Associação Brasileira de Pós-Colheita (Abrapos), José Ronaldo Quirino, ministrou sobre “Sementes tóxicas e sementes quarentenárias no recebimento e expedição de grãos”.

Quirino destacou as principais espécies de plantas daninhas que produzem sementes tóxicas e quarentenárias e que podem contaminar as cargas de grãos, gerando prejuízos a toda a cadeia. “A correta identificação das plantas no campo e das suas sementes nas cargas de grãos podem evitar prejuízos significativos, como nos casos recentes de presença de espécies de sementes suspeitas de sorgo halepense”, disse Quirino.

A mensagem de Elivânio Rosa foi baseada na conscientização e na mudança de comportamento com relação às práticas do Manejo Integrado de Pragas: “Não adianta nada adquirir o conhecimento e manter as mesmas práticas. É possível controlar os insetos por meio da limpeza, dos métodos físicos em que utilizamos com mais intensidade a água para lavar as estruturas e desalojar os insetos. O controle por meio de mapeamentos e de indicadores também contribuem para melhorar a gestão e os resultados do negócio”, frisou Rosa.

Classificação e qualidade

O segundo painel, realizado à tarde, trouxe o tema “Classificação e Métodos de Aferição de Qualidade em Grãos”. A consultora Fátima Chieppe Parizzi, da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (ANEC) ministrou sobre “Impacto da classificação, presença de contaminantes e critérios comerciais nos mercados de grãos”. “A aplicação adequada dos fundamentos de padronização e classificação no controle de qualidade dos grãos é de fundamental importância para garantir a conformidade dos produtos e o atendimento aos requisitos exigidos pelo mercado”, frizou Parizzi.

Para falar sobre “Inovações em determinação de qualidade e composição de grãos”, foi chamada a pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo, Maria Lúcia Ferreira Simeone. “Garantir a qualidade e a segurança de grãos como milho e sorgo é essencial para o valor nutricional e para evitar perdas pós-colheita. Uma alternativa para contribuir para a mudança desse cenário é o uso da espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) na análise de grãos. Essa tecnologia combinada com a quimiometria permite um conhecimento rápido, sustentável e em tempo real da composição físico-química dos grãos”, explicou Simeone.

“Mais ainda”, acrescentou Simeone, as “técnicas avançadas de NIRS, como o NIRS hiperespectral, são capazes de identificar com alta precisão ameaças à saúde e à qualidade, como a infestação por insetos e a contaminação perigosa por micotoxinas (aflatoxinas e fumonisinas). Investir na ciência, como o NIRS e a quimiometria, é o compromisso da Embrapa com uma pós-colheita mais segura, eficiente e transparente para o futuro do agronegócio”, comentou Simeone.

Secagem, aeração e consumo energético

Para o terceiro painel do dia, “Secagem, Aeração e Consumo Energético”, foram convidados o professor Luís César da Silva, da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e diretor do Centro Nacional de Treinamento em Armazenagem (Centreinar), e o consultor Nathan Vanier, especialista em pós-colheita e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Em sua palestra “Fatores que influenciam a eficiência energética na secagem de grãos”, Silva apresentou o panorama dos sistemas de secagem de grãos utilizados no país e ressaltou os procedimentos operacionais aplicados à otimização da eficiência energética dos secadores, bem como à preservação da qualidade dos produtos. Segundo ele, são fatores determinantes para a conservação dos grãos “os aspectos relacionados à operação de secadores quanto às escolhas de níveis adequados de temperatura, a umidade relativa e a vazão de ar de secagem, e os cuidados na regulagem de fluxos de ar” . “Essa regulagem, inclusive, permite alcançar as temperaturas desejadas e garantir os fluxos de ar apropriados para as câmaras de secagem e de resfriamento, presentes nas torres de secagem”, explicouu Silva.

Por sua vez, Vanier ponderou que “a rentabilidade da armazenagem de grãos depende da intensidade das perdas, do custo operacional e da estratégia comercial”. Ele relatou que”Ppara uma tomada de decisão adequada à correta aeração é preciso adotar critérios técnicos para projetar e utilizar o sistema. Além disso, é importante monitorar o tempo de operação para não aumentar o custo operacional da Unidade. As ferramentas de apoio são sempre bem-vindas. São planilhas, aplicativos e softwares de automação que conectam dados em tempo real”.

“A aeração adequada é um manejo essencial na pós-colheita, que está integrado à outras operações. As boas práticas operacionais ainda são o ponto de maior impacto. E as inovações são ferramentas que facilitam a operação e a tornam mais precisa e segura”, pontuou Vanier.

Café, soja e milho

A programação do Simpósio continuou na sexta-feira, 17 de outubro. No painel “Armazenamento e Qualidade do Café”, o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e instrutor do Centro Nacional de Treinamento em Armazenagem (Centreinar) Paulo César Correa ministrou uma palestra abordando as “Boas práticas na pós-colheita do café” e o professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Flávio Meira Borém, dissertou sobre “Qualidade de café para mercados diferenciados”.

“A classificação do café é fundamental na precificação. E as boas práticas na colheita do café influenciam na sua qualidade, devolvendo ao produtor a rentabilidade financeira devido à precificação”, disse Correa.

Borém acrescentou que a qualidade do café é definida na pós-colheita. “O Brasil está exportando cafés diferenciados, seja por sua qualidade ou pela certificação de práticas sustentáveis. Os cafés diferenciados representam, hoje, 22,1% das exportações totais do Brasil nos cinco primeiros meses de 2025. Com uma remessa de três milhões de sacas para o exterior em 2025. Os valores arrecadados com as exportações atuais cresceram 44,3% em relação a 2024. O maior montante da história, para o período, segundo dados do Conselho de Exportadores de Café do Brasil, o Cecafé, relatou Borém.

Para concluir a programação do último dia de evento, o professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Maurício de Oliveira proferiu a respeito da “Perda de matéria seca em soja e milho durante o armazenamento”, com destaque para os principais fatores que levam às perdas e às principais técnicas para minimizá-las. “As estratégias, baseadas em decisões técnicas, envolvem a secagem e o tratamento diferenciado por qualidade da matéria-prima e do genótipo. O manejo da pós-colheita deve ser personalizado com os propósitos de uso do grão”, disse Oliveira.

Realização

O “I Simpósio Pós-colheita de Grãos de Minas Gerais, foi promovido e realizado pela Associação Brasileira de Pós-colheita (Abrapos), pela Cooperativa Agrícola Mista Iraí Ltda. (Copamil), pela empresa Caramuru Alimentos e pela Embrapa, com apoio de empresas parceiras. A coordenação do evento coube ao pesquisador Marco Aurélio Guerra Pimentel, da Embrapa Milho e Sorgo. O evento contribuiu com a missão da associação de “utilizar todos os meios ao seu alcance para a redução dos índices de perdas de grãos durante e após a colheita, em benefício tanto do produtor quanto do consumidor”.

A programação aconteceu de 15 a 17 de outubro, no Centro de Eventos Gaudium Hall, em Uberlândia. Clique aqui para ler a notícia de abertura do Simpósio.

Fonte: Sandra Brito – Embrapa Milho e Sorgo



 

FONTE

Autor:Sandra Brito – Embrapa Milho e Sorgo

Site: Embrapa

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Aprosoja MT participa de audiência sobre concessão da Energisa e reforça cobrança por melhorias no campo – MAIS SOJA

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A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) acompanha, nesta quinta-feira (23.10), no Plenário das Deliberações Deputado Renê Barbour, a audiência pública convocada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). A reunião, organizada pela comissão especial criada para discutir a concessão de energia elétrica no estado, é realizada em parceria com o Senado Federal, com foco na renovação do contrato da Energisa e na qualidade da prestação dos serviços.

A Aprosoja MT considera essencial que o debate inclua a realidade dos produtores rurais, que enfrentam diariamente instabilidade, demora no atendimento e problemas estruturais no fornecimento de energia, fatores que comprometem a operação de pivôs de irrigação, armazenagem e secagem de grãos, além de outros sistemas essenciais à produção no campo.

A entidade tem mantido diálogo contínuo com a Energisa, cobrando investimentos, ampliação de redes e priorização do atendimento rural, e reforça sua atuação junto ao Governo do Estado e à ALMT para que a renovação contratual seja condicionada à melhoria concreta dos serviços.

O presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, afirma que a energia elétrica é essencial para o setor agrícola. Segundo ele, não é possível crescer ou agregar valor à produção sem uma rede elétrica eficiente e confiável.

“A energia é um insumo básico da agricultura. Não se pode pensar em expansão agrícola ou agregação de valor sem uma infraestrutura elétrica minimamente eficiente e estável. O campo não pode mais ficar à margem desse debate”, destaca o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.

A Aprosoja MT seguirá acompanhando o tema de forma técnica e propositiva, representando os interesses dos produtores e cobrando soluções que garantam energia de qualidade, contínua e justa para quem gera alimento, renda e desenvolvimento para Mato Grosso e para o Brasil.

Foto de capa: Aprosoja MT

Fonte: Aprosoja MT



 

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Trigo/RS: Colheita avança gradualmente no Estado, atingindo 10% da área projetada – MAIS SOJA

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A maioria das lavouras de trigo no Estado estão nas fases de enchimento de grãos (38%) e maturação (45%). A colheita avança gradualmente (10%), especialmente nas áreas de semeadura mais precoce.

As condições meteorológicas do período, como temperaturas amenas, boa luminosidade e redução da umidade excessiva, favoreceram tanto a maturação quanto o início da colheita. De modo geral, as lavouras apresentam elevado potencial produtivo, sobretudo nos cultivos conduzidos sob manejo adequado de adubação e controle fitossanitário.

A pressão de doenças fúngicas, como giberela, brusone e ferrugens, é observada em diversas regiões, exigindo atenção e aplicação de fungicidas em áreas não colhidas. Já o estado sanitário geral está satisfatório. Os índices de PH dos grãos colhidos permanecem, em sua maioria, acima de 78, indicando boa qualidade industrial. As produtividades variam entre 2.400 e 4.200 kg/ha, de acordo com a região, a tecnologia empregada e a intensidade de ocorrência de doenças.

Conforme a reestimativa da Safra 2025, realizada pela Emater/RS-Ascar, a área cultivada de trigo no Estado totaliza 1.141.224 hectares. A produtividade revista, considerando o bom desempenho das lavouras, está em 3.261 kg/ha, sendo 8,81% superior à estimada no momento do plantio.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a colheita apresentou avanço significativo: em Itacurubi, cerca de 20% foram colhidos; em São Gabriel, 15%; e em Santa Margarida do Sul, 10%. Em Itaqui e Maçambará, as lavouras mais adiantadas encontram-se em maturação ou colheita, apresentando espigas pequenas, grãos leves e produtividades abaixo de 2.400 kg/ha em algumas áreas. Em São Borja, a colheita atinge 10% da área; a produtividade varia entre 2.400 e 3.000 kg/ha; e PH médio de 78. Os produtores relatam incidência de giberela, brusone e bacterioses, que podem impactar negativamente a produtividade e a qualidade dos grãos.

Na de Caxias do Sul, as lavouras apresentam excelente desenvolvimento vegetativo e fitossanitário, com alta densidade de espigas e boas perspectivas produtivas. Nos Campos de Cima da Serra, onde se cultiva cerca de 90% da área regional, predomina a fase de floração, mas há áreas em enchimento de grãos e emborrachamento, conforme a altitude e época de semeadura. Nos municípios de menor altitude (10% da área de cultivo), as lavouras estão em maturação inicial, com PH médio de 78 e produtividade projetada superior a 3.000 kg/ha.

Na de Erechim, a cultura se encontra entre as fases de formação de panículas e início de amadurecimento, apresentando adequado estado vegetativo. Nas primeiras colheitas, em áreas precoces, a produtividade média é de 3.300 kg/ha. Caso o tempo permaneça seco, a colheita deve se intensificar nos próximos dias, podendo alcançar 50% da área total.

Na de Ijuí, 63% das lavouras estão em maturação, com coloração amarelada intensa e bom potencial produtivo. A colheita chega a 5% com alta variabilidade de produtividade, de 2.400 a 4.200 kg/ha, reflexo das diferenças de solo e manejo. O PH médio acima de 78 confirma a adequada qualidade dos grãos. Em algumas áreas, os produtores realizam aplicações uniformizadoras de maturação para agilizar o início da colheita.

Na de Pelotas, 65% estão em enchimento de grãos; 21% em maturação; e 9% colhidas. A produtividade observada nas primeiras colheitas é de 2.770 kg/ha. As condições climáticas recentes têm sido favoráveis à maturação e à colheita, mantendo boas perspectivas para a produção final.

Na de Santa Maria, a colheita chega a 10%. As lavouras remanescentes se concentram nas fases de enchimento de grãos e maturação. O desempenho produtivo tem sido satisfatório, com média regional em torno de 3.000 kg/ha, confirmando a expectativa inicial.

Na de Santa Rosa, as lavouras apresentam excelente desempenho vegetativo e fitossanitário. Estão 58% em maturação; 17% em enchimento de grãos; e 18% colhidos. O tempo seco e ensolarado favoreceu a colheita, e houve redução de perdas por grãos ardidos ou germinados. As produtividades variam entre 2.400 e 3.600 kg/ha, com PH de 74 a 80; em várias áreas superam as médias históricas.

Na de Soledade, as lavouras seguem em excelente condição fisiológica e sanitária, com 80% em enchimento de grãos, 15% em maturação e algumas áreas colhidas. As chuvas do período foram benéficas à manutenção da umidade do solo, assegurando as produtividades projetadas, frequentemente superiores a 3.900 kg/ha em áreas de alta tecnologia. O controle de doenças fúngicas está em finalização, com foco na giberela, ferrugens e oídio.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, decresceu 1,90% quando comparado à semana anterior, passando de R$ 64,14 para R$ 62,92.

Confira o Informativo Conjuntural n° 1890 completo, clicando aqui!

Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1890

Site: Emater RS

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