Sustentabilidade
NY fecha no terreno negativo no algodão diante de fatores técnicos – MAIS SOJA

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures) para o algodão fechou com preços mais baixos nesta quarta-feira.
O mercado teve perdas no dia diante de fatores técnicos e realização de lucros. No entanto, a valorização do petróleo limitou o movimento baixista, pois torna a fibra natural mais competitiva em relação à sintética.
Os contratos com entrega em dezembro/2025 fecharam o dia a 63,74 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 0,68 centavo, ou de 1,0%. Março/2026 fechou a 65,42 centavos, perda de 0,56 centavo ou de 0,8%.
Fonte: Lessandro Carvalho – Safras News
Sustentabilidade
Boro: Quanto aplicar e qual o impacto na produtividade da soja? – MAIS SOJA

O Boro (B) é um micronutriente essencial para o crescimento e desenvolvimento da soja. Embora seja requerido em pequenas quantidades, desempenha funções metabólicas fundamentais na planta. Do ponto de vista fisiológico, o Boro participa da estruturação da parede celular e de processos relacionados ao crescimento celular, como divisão e elongação celular, translocação de açúcares e regulação hormonal (Tagliapietra et al., 2022). Além disso, esse micronutriente está diretamente associado à germinação do pólen, à elongação do tubo polínico e à fecundação (Furlani et al., 2001), sendo, portanto, crucial durante a fase reprodutiva da cultura.
Em soja, estudos demonstram que a adequada adubação com Boro, pode proporcionar ganhos significativos de produtividade, especialmente em áreas cuja limitação de Boro restringe o potencial produtivo da lavoura. Em casos de deficiência desse micronutriente na cultura da soja, pode-se observar sintomas como engrossamento e enrugamento das folhas, a clorose internerval, pontas curvadas para baixo, morte dos ponteiros, inibição do florescimento e paralização do crescimento radicular (Santos & Consonni, 2024). Além das características supracitadas, a deficiência de Boro pode afetar negativamente a fase reprodutiva da soja, exercendo influência sobre a formação de componentes de produtividade essenciais para altos rendimentos.
Figura 1. Sintomas de deficiência de Boro em folhas de soja.
Entretanto, mesmo que repostas positivas sejam observadas em função da adubação com Boro em soja, vale destacar que elevadas doses desse micronutriente podem desencadear efeitos fitotóxicos à cultura, resultando entre outros sintomas, no surgimento de manchas marrons nas bordas das folhas, que evoluem para necrose e pontuações entre as nervuras (Santos & Consonni, 2024).
Avaliando a produtividade a soja em função da adubação com diferentes doses de Boro, Saldanha (2024) observou que, as melhores repostas de produtividade da soja são observadas com 2 kg ha-1 de Boro. Entretanto, para efeito de manejo, deve-se considerar o teor de Boro presente no solo e a requerimento nutricional da soja, para dada expectativa de produtividade.
Figura 2. Produtividade de soja em função de doses e do teor de Boro no solo.

Resultados similares também foram observados por Santini et al. (2015), que observou que a adubação com Boro até 2 kg ha-1 pode resultar em incrementos de produtividade de até 10%. Sobretudo, para resultados expressivos em função da adubação com Boro, é preciso posicionar adequadamente esse micronutriente durante o ciclo da soja.
Quando aplicar Boro em soja ?
Mesmo que diversas fontes de Boro possam ser utilizadas na agricultura, as fontes mais utilizadas incluem Bórax, Ácido bórico e Solubor®, com respectivamente 11%, 17% e 20-21% de Boro em suas formulações. Visando maximizar a eficiência desse insumo e a sua utilização pela planta, recomenda-se que a adubação com Boro em soja seja realizada em V2 ou R2 (início do florescimento).
Por se tratar de pequenas quantidades, esse fertilizante pode ser aplicado em conjunto a defensivos agrícolas em pós-emergência da cultura. Vale destacar que para melhores resultados, deve-se considerar o pH do solo, uma vez que ele exerce influência direta sobre a disponibilidade de Boro na solução do solo.
Veja mais: Boro pode ser aplicado junto a herbicidas na soja?

Referências:
FURLANI, A. M. C. et al. EXIGÊNCIA A BORO EM CULTIVARES DE SOJA. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 2001. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rbcs/a/fBcQt6NPdJbdCHQsMwtw4Xr/?format=pdf&lang=pt >, acesso em: 12/12/2025.
SALDANHA, E. C. M. FERTILIZAÇÃO BORATADA AUMENTA PRODUTIVIDADE DA SOJAEM SOLO ARGILOSO. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v.37, n.1, 2024. Disponível em: < https://publicacoes.epagri.sc.gov.br/rac/article/view/1798/1657 >, acesso em: 12/12/2025.
SANTINI, J. M. K. et al. ADUBAÇAO BORATADA NA CULTURA DA SOJA EM ÁREA DE CERRADO. XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2015. Disponível em: < SANTINI, J. M. K. et al. ADUBAÇAO BORATADA NA CULTURA DA SOJA EM ÁREA DE CERRADO. XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2015. Disponível em: < https://www.eventossolos.org.br/cbcs2015/arearestrita/arquivos/843.pdf >, acesso em: 12/12/2025.
SANTOS, M. S.; CONSONI, A. C. GUIA ILUSTRADO DE DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DA SOJA. Métrics, 2024. Disponível em: < https://conteudo.maissoja.com.br/guia-ilustrado-de-deficiencias-nutricionais >, acesso em: 12/12/2025.
TAGLIAPIETRA, E. L. et al. ECOFISIOLOGIA DA SOJA: VISANDO ALTAS PRODUTIVIDADES. Santa Maria, ed. 2, 2022.

Sustentabilidade
Farmers Edge anuncia nova marca de tecnologia corporativa — Corvian — elevando a área de “Managed Services” a uma divisão global independente – MAIS SOJA

A Farmers Edge Inc. anunciou hoje uma evolução estratégica em sua estrutura corporativa com o lançamento da Corvian, uma nova marca de tecnologia corporativa dedicada exclusivamente à habilitação tecnológica e à transformação digital.
A Corvian posiciona a principal oferta da empresa, “Managed Services”, como uma divisão global independente, conferindo-lhe identidade própria, um modelo operacional de nível empresarial e a missão de apoiar as maiores organizações dos setores agrícola, alimentício, energético e de seguros na ampliação de programas digitais em suas cadeias de suprimentos.
“A Corvian marca uma mudança decisiva em nossa evolução”, afirma Vibhore Arora, CEO da Corvian. “Ela fornece a estrutura e a capacidade de execução em nível corporativo para apoiar as organizações mais complexas do mundo e nos posiciona para liderar a próxima era da transformação digital na agricultura e nas cadeias de suprimentos globais.”
Uma divisão criada para execução em nível corporativo
A Corvian irá se concentrar em três soluções principais:
Consultoria & “Outsourcing” de Talentos — design de programas, talentos técnicos e execução operacional
“White-Labeling” & Licenciamento de Dados e Soluções Digitais — soluções digitais de sustentabilidade e agronomia para implantação corporativa
Customização de Projetos — criação de soluções digitais em nível Empresarial.
Essas ofertas são suportadas por uma base técnica sem igual no setor: 36 patentes em AgTech, 40,5 milhões de hectares de dados processados e 3,3 milhões de hectares digitalizados para programas de carbono na América do Norte.
Essa profundidade de inteligência validada em nível de campo permite que empresas globais integrem sistemas agrícolas, operem programas digitais complexos e entreguem resultados verificados em escala.
O negócio tradicional continua como Farmers Edge Inc.
Enquanto a Corvian expande sua atuação no mercado de tecnologia corporativa, o negócio tradicional voltado ao produtor continuará operando sob o nome Farmers Edge.
A Farmers Edge Labs também seguirá como uma marca corporativa independente ao lado da Corvian, fornecendo análises avançadas de solo, ‘insights’ agronômicos e dados e inteligência em nível de campo. Todos os serviços existentes continuarão operando sem interrupções.
Por que isso é importante
A agricultura e os setores de cadeia de suprimentos estão entre os mais tradicionais e operacionalmente complexos do mundo — muitos deles baseados em décadas de processos manuais, sistemas legados e fluxos de trabalho em papel.
Mesmo CEOs e CTOs comprometidos com a digitalização enfrentam desafios como dados fragmentados, infraestrutura obsoleta e capacidade técnica interna limitada.
A Corvian foi criada para preencher essa lacuna: um parceiro de transformação que ajuda empresas a modernizar sistemas centrais e acelerar a adoção digital com inteligência, capacidade de execução e disciplina de nível empresarial — elementos historicamente ausentes no setor.
Os desafios que a Corvian busca resolver incluem:
Ecossistemas tecnológicos fragmentados e ferramentas desconectadas
Alto custo e complexidade da transformação digital, com capacidade técnica interna limitada
Crescentes demandas por produtividade e eficiência
Aumento do risco para seguradoras, instituições financeiras e parceiros da cadeia de suprimentos
Regras complexas de sustentabilidade, regulamentação e conformidade
Lacunas na qualidade, governança, verificação e relatórios de dados em nível de campo
Um crescente “gap de execução”: organizações sabem o que precisam alcançar, mas não possuem a infraestrutura para entregar
Falta de um parceiro confiável e capaz de transformação digital ponta a ponta com expertise relevante no setor.
“Em toda a cadeia de valor agrícola — de CPGs e indústrias de agroquímicos a ‘tradings’ e seguradoras — o diferencial já não é mais acesso a dados, mas sim a capacidade de executar com eles”, afirma Amit Pradhan, vice-presidente de Estratégia da Corvian.
“As empresas querem velocidade, confiabilidade e um modelo de entrega sem atritos que se integre às suas operações sem interrupção. Essa nova marca fortalece nosso papel como parceiro de execução, ajudando os clientes a transformar estratégia em impacto real e mensurável, com clareza e confiança.”
Ao estabelecer “Managed Services” como uma divisão independente, apoiada por duas décadas de inteligência agronômica e infraestrutura proprietária, a Farmers Edge se posiciona como um dos únicos habilitadores tecnológicos ponta a ponta na agricultura.
A Corvian permite que empresas construam, implantem e escalem programas digitais complexos com um parceiro que entende tanto o campo quanto o nível executivo.
Visite https://corvian.com/ para conhecer as soluções.
Sobre a Corvian
A Corvian é o parceiro de tecnologia corporativa e transformação digital para os setores de agricultura, alimentos, energia, seguros, CPG, finanças e cadeias de suprimentos sustentáveis.
Apoiados pela Fairfax Financial (TSX: FFH) e fundamentados em mais de 30 patentes em AgTech, profundo conhecimento setorial, vasta experiência de campo e infraestrutura de nível corporativo, a Corvian viabiliza a transformação digital em escala empresarial.
Seu modelo de “Managed Services” ponta a ponta unifica dados, tecnologia e entrega disciplinada para modernizar sistemas centrais e acelerar iniciativas digitais.
Com arquitetura, governança e escala robustas, a Corvian cria a base para a transformação digital em toda a empresa.
A Corvian atua como a divisão de tecnologia corporativa da Farmers Edge Inc..
Fonte: Assessoria de Imprensa Corvian
Sustentabilidade
Chicago cai forte e deve contaminar preços da soja no Brasil – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de soja pode ter um dia de preços pressionados, diante da queda acentuada na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Lá fora, seguem as incertezas sobre a capacidade chinesa de comprar grandes volumes até o final de fevereiro, a fim de atingir o patamar estabelecido de 12 milhões de toneladas pelo governo norte-americano. O dólar, que podia atuar como contraponto às cotações, tem apenas uma alta tímida no início da sessão. Neste cenário, os negócios devem seguir escassos.
Na quinta-feira, o mercado brasileiro de soja segue operando sem grandes definições. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Rafael Silveira, o cenário continua marcado por baixa efetivação de negócios. “O mercado voltou a ficar travado, com o porto sem referência de grandes ofertas”, relata. No interno, a lógica é semelhante: produtores seguem segurando a soja, enquanto os preços da safra nova não despertam interesse para avançar nas vendas.
Silveira destaca que a Bolsa de Chicago operou praticamente de lado ao longo do dia, sem movimentos expressivos, enquanto o dólar recuou e os prêmios mantiveram-se positivos no porto. “No geral, o que se observa são cotações mistas, com muitas ofertas apenas nominais”, resume.
No mercado físico, em Passo Fundo (RS), a saca seguiu em R$ 136,00, enquanto em Santa Rosa (RS) manteve-se em R$ 137,00. Em Cascavel (PR), os valores permaneceram em R$ 136,00. Em Rondonópolis (MT), as cotações estabilizaram em R$ 122,00, e em Dourados (MS) ficaram em R$ 128,00. Já em Rio Verde (GO), a saca continuou em R$ 127,00.
Nos portos, Paranaguá (PR) seguiu em R$ 143,00 por saca, enquanto no terminal de Rio Grande (RS) houve leve recuo, de R$ 144,00 para R$ 143,50.
CHICAGO
* A Bolsa de Mercadorias de Chicago opera com perda de 0,93% para o contrato janeiro/26 do grão, cotado a U$ 10,83 1/4 por bushel.
* O mercado firma perdas e, caso o movimento se confirme, será a segunda semana seguida de desvalorização. O suporte trazido pelas recentes compras chinesas foi diluído pela oferta abundante e pela incerteza sobre a capacidade da China de adquirir volumes suficientes para estancar novas baixas. A valorização do dólar ante outras moedas adiciona pressão ao cenário.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra alta de 0,17%, a R$ 5,4135. O Dollar Index registra alta de 0,17%, a 98,520 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia encerraram em alta. China, +0,41%. Japão, +1,37%.
* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +0,48%. Frankfurt, +0,03%. Londres, +0,25%.
* O petróleo opera próximo à estabilidade. Janeiro do WTI em NY: US$ 57,64 o barril (+0,06%).
AGENDA
—–Sexta-feira (12/12)
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Fonte: Rodrigo Ramos / Safras News
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