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paralisação nos EUA e feriado na China devem afetar os preços

Os preços do milho seguiram em queda ao longo da semana passada, pressionados pela maior oferta argentina e pelo avanço da colheita nos Estados Unidos.
No Brasil, o momento é mais favorável aos compradores, com preços atrativos no mercado spot. De acordo com análise da plataforma Grão Direto, para os vendedores, a venda futura (dezembro em diante) continua sendo a alternativa mais interessante diante da expectativa de estabilidade até a entrada do milho 1ª safra.
Na última sexta-feira (26), o contrato de milho para novembro de 2025 na Bolsa de Chicago encerrou a US$ 4,21 por bushel, queda de 0,71% na semana. Na B3, o vencimento do mesmo mês teve recuo ainda mais acentuado, de 1,66%, fechando a R$ 66,22 por saca.
Contudo, diante do provável shutdown (paralisação) nos Estados Unidos, que acontece quando o governo federal suspende parte de suas atividades porque o Congresso não aprovou a lei do orçamento pode mudar o paranorama das cotações do cereal.
E agora, o que esperar do mercado do milho?
Análise da Grão Direto traça pontos de atenção ao mercado do milho para esta semana. Acompanhe:
- Comercialização no Brasil: o preço do milho deve continuar estável nesta semana, já que o produtor segue pouco ativo, comercializando em média entre 1% e 1,5% por semana. O frete rodoviário ainda está muito elevado, o que desestimula a venda, pois gera desconto no embarque. Em Mato Grosso, as usinas de etanol continuam comprando apenas para atender à demanda imediata, sem espaço para o milho de exportação. “A janela de comercialização externa praticamente se perdeu, já que não há como competir em preço com o mercado interno”, diz a empresa, em nota.
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- Saca a menos de R$ 50: o mercado interno continua originando milho principalmente de Mato Grosso e Goiás. “Em Mato Grosso, as negociações giram entre R$ 48,00 e R$ 50,00 por saca, enquanto em Goiás o valor está em torno de R$ 56,00 por saca”, diz levantamento da Grão Direto. No momento, não há grandes movimentos: as cooperativas têm realizado vendas, mas o produtor segura a oferta, e os compradores internos seguem comprando apenas o necessário para manter a rotatividade dos estoques.
Giro pelo mercado internacional
- Nos Estados Unidos, a colheita segue avançando e pode trazer movimentos
mais drásticos no mercado; - Nesta semana, um ponto de atenção é a possibilidade de paralisação do governo norte-americano, gerada por uma batalha orçamentária. “Uma paralisação desse tipo poderia atrasar a divulgação de dados importantes, como exportações dos Estados Unidos, o relatório do Commodity Futures Trading Commission (CFTC), indicadores do setor agrícola e o próprio Payroll da sexta-feira (3). Além disso, na quarta-feira (1) haverá feriado na China, o que pode coincidir com essa paralisação nos Estados Unidos e reduzir ainda mais a liquidez do mercado.
- Outro destaque é que, segundo o último relatório do CFTC, os fundos estão na maior posição líquida vendida dos últimos 12 meses em commodities agrícolas. “Isso aumenta o risco: se os agentes ficarem sem dados atualizados, podem optar por recomprar parte dessas posições vendidas para não ficarem tão expostos, o que pode sustentar os preços do milho e da soja na Bolsa de Chicago”, diz a Grão Direto.
Para a empresa, no Brasil, o preço do milho tende a seguir estável ou recuar levemente diante da fraca atuação do produtor e do frete elevado. Em Chicago, pode haver alta pontual, caso a paralisação nos Estados Unidos leve fundos a recomprar posições vendidas e reduza a oferta de dados no curto prazo.
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Congresso de Agronomia: produtividade com sustentabilidade

A engenharia agrônoma e toda a cadeira produtiva do agro brasileiro volta o foco para Maceió, Alagoas, a partir deste dia 14 de outubro, para difundir conhecimento, inovação e experiências que pretendem moldar o futuro da agronomia no Brasil. Em sua trigésima quarta edição, o Congresso Brasileiro de Agronomia – CBA 2025 – tem como tema Produtividade com Sustentabilidade.
Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), através da Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra) realiza o evento com 6 salas temáticas simultâneas, mais de 65 palestras e painéis, mais de 300 trabalhos científicos apresentados, 130 palestrantes especialistas entre eles, Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e embaixador da FAO para o cooperativismo, falando sobre o tema: O Engenheiro Agrônomo do Futuro, e Aldo Rebelo, ex-ministro, que falará sobre “A Importância do Engenheiro Agrônomo para a Segurança Alimentar”.
Entre os temas também figuram os debates, trabalhos e exposições do evento a nanotecnologia e robótica para agricultura sustentável, startups e inovação no campo, agronomia como protagonista da transição energética, políticas públicas, e muito mais.
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Aprosoja-MT pede revisão na MP que renegocia dívidas rurais

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) cobrou do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a revisão dos critérios de acesso ao crédito rural previstos na Medida Provisória nº 1.314/2025, que renegocia dívidas rurais.
A entidade enviou ofício à pasta defendendo que os bancos possam avaliar individualmente os pedidos de produtores, com base em comprovação técnica de perdas, sem restrições territoriais impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Critérios territoriais e impacto no campo
Publicada em setembro, a MP 1.314/2025 criou linhas de crédito com juros subsidiados entre 2% e 6% ao ano para produtores que tiveram perdas em duas ou mais safras entre 2020 e 2025 por causa de eventos climáticos extremos. As regras do CMN, no entanto, limitam o acesso aos produtores localizados em municípios listados pelo Ministério da Agricultura, de acordo com percentuais médios de perdas apurados pelo IBGE.
Para a Aprosoja-MT, o critério desconsidera casos de perdas comprovadas fora desses recortes estatísticos. A entidade afirma que a medida acaba excluindo agricultores que enfrentaram seca, excesso de chuva e queda nos preços da soja e do milho, comprometendo a viabilidade econômica das propriedades.
“Produtores com laudos técnicos e comprovação de prejuízos deveriam ter o mesmo direito ao crédito equalizado. O objetivo é garantir fôlego financeiro para continuar produzindo”, afirmou Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.
Endividamento e burocracia
Dados do Banco Central mostram que cerca de 15% da carteira de crédito rural de Mato Grosso, o equivalente a R$ 14 bilhões, está em atraso ou renegociação. Segundo a Aprosoja, o cenário reforça a necessidade de juros acessíveis e prazos adequados, conforme previsto na MP.
Bertuol também destacou a burocracia e as exigências excessivas como entraves ao crédito rural. “A demora nos processos, a falta de recursos e as altas garantias exigidas impedem o acesso às linhas emergenciais. Em muitos casos, bastaria o alongamento das dívidas com carência e prazos adequados para evitar a falência de produtores”, afirmou.
Pedido de revisão
A entidade solicita que o Mapa reavalie as normas complementares e autorize expressamente as instituições financeiras a realizarem a análise individualizada dos pedidos de crédito, conforme a comprovação técnica das perdas. Para a Aprosoja-MT, o foco da MP deve permanecer em atender produtores em situação de vulnerabilidade, independentemente da localização geográfica.
Caso os critérios não sejam revistos, produtores afetados por secas, chuvas intensas e incêndios podem ser obrigados a renegociar suas dívidas em linhas de mercado, com juros superiores a 16% ao ano, o que, segundo a entidade, aumentaria o risco de insolvência no campo.
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Agricultura regenerativa cresce no Cerrado e melhora resultados nas lavouras

O Cerrado brasileiro passa a ganhar protagonismo na agricultura regenerativa. O projeto Regenera Cerrado, iniciativa do Fórum do Futuro em parceria com universidades e empresas, concluiu a primeira fase em setembro, abrangendo mais de 8 mil hectares de fazendas no sudoeste de Goiás.
Durante essa etapa, foram validadas práticas que diminuíram o uso de insumos químicos, como fertilizantes (-20%), fungicidas (-30%) e inseticidas (-50%), ao mesmo tempo em que aumentaram o uso de bioinsumos e técnicas de controle biológico, mantendo a produtividade das culturas de soja e milho.
O projeto também monitorou serviços ecossistêmicos, como a preservação de polinizadores, mostrando aumento de produtividade próximo a áreas de mata nativa, e melhorias na estruturação do solo e na mitigação de gases de efeito estufa.
Agora, a segunda fase do Regenera Cerrado, iniciada em outubro, ampliará o estudo para cinco pilares: saúde do solo e da água, práticas agrícolas regenerativas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos seguros e sustentáveis e fortalecimento do mercado regenerativo.
O objetivo é coletar dados integrados sobre solo, biodiversidade, polinização, carbono, fitossanidade e qualidade dos grãos, consolidando evidências para ampliar a adoção de práticas regenerativas em todo o país.
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