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Preços da soja não sentem impacto de relatório baixista do USDA; veja cotações

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O mercado brasileiro de soja registrou baixa liquidez nesta sexta-feira (12), avaliou o analista da Safras & Mercado Thiago Oleto.

“Os ganhos em Chicago não se converteram em comercialização, já que a queda dos prêmios e do dólar pressionou a paridade e desestimulou a formação de preços, mantendo muitos participantes fora do mercado”, disse.

Preços da soja no mercado físico

  • Passo Fundo (RS): permaneceu em R$ 135
  • Santa Rosa (RS): ficou em R$ 136
  • Porto de Rio Grande (RS): subiu de R$ 141 para R$ 142
  • Cascavel (PR): se manteve em R$ 136
  • Porto de Paranaguá (PR): subiu de R$ 140,50 para R$ 141
  • Rondonópolis (MT): continuou em R$ 129
  • Dourados (MS): seguiu em R$ 128
  • Rio Verde (GO): ficou em R$ 126

Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja subiram na sessão desta sexta-feira na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Os agentes ignoraram os dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O esperado relatório foi considerado baixista, mas não o suficiente para surpreender os investidores.

O órgão norte-americano indicou que a safra dos EUA de soja deverá ficar em 4,301 bilhões de bushels em 2025/26, o equivalente a 117,05 milhões de toneladas. No relatório anterior, os números eram de 4,292 bilhões (116,8 milhões). O mercado esperava uma produção de 4,273 bilhões ou 116,3 milhões.

Os estoques finais estão projetados em 300 milhões de bushels ou 8,16 milhões de toneladas, contra 290 milhões do relório anterior – 7,89 milhões. O mercado apostava em carryover de 293 milhões de bushels ou 7,97 milhões de toneladas.

O USDA está trabalhando com esmagamento de 2,555 bilhões de bushels e exportações de 1,685 bilhão. Em agosto, os números eram de 2,540 bilhões e 1,705 bilhão.

Para a temporada 2024/25, o órgão indicou estoques de passagem de 330 milhões de bushels, acima da estimativa do mercado de 327 milhões. As exportações estão projetadas em 1,875 bilhão e o esmagamento em 2,430 bilhões de bushels.

O relatório projetou safra mundial de soja em 2025/26 em 425,87 milhões de toneladas. Para 2024/25, a previsão é de 424,2 milhões de toneladas. Os estoques finais para 2025/26 estão estimados em 124 milhões de toneladas, abaixo da previsão do mercado de 125,4 milhões de toneladas.

Os estoques da temporada 2024/25 estão estimados em 123,58 milhões de toneladas, contra expectativa de 125,6 milhões de toneladas.

Safra brasileira e argentina

O USDA indicou safra brasileira em 2025/26 em 175 milhões de toneladas. Para 2024/25, a estimativa foi mantida em 169 milhões de toneladas.

Já a produção da Argentina em 2025/26 está prevista em 48,5 milhões de toneladas. Para 2024/25, o número foi mantido em 50,9 milhões de toneladas.

As importações da China estão estimadas em 112 milhões de toneladas em 2025/26 e em 106,5 milhões de toneladas em 2024/25, sem alterações.

Contratos futuros

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 12,75 centavos de dólar, ou 1,23%, a US$ 10,46 1/4 por bushel.

A posição janeiro teve cotação de US$ 10,65 1/4 por bushel, com alta de 12,75 centavos ou 1,21%. Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 0,90 ou 0,31%, a US$ 288,60 por tonelada.

No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 52,17 centavos de dólar, com ganho de 0,57 centavo ou 1,10%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,70%, sendo negociado a R$ 5,3536 para venda e a R$ 5,3516 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3442 e a máxima de R$ 5,4067. Na semana, a moeda teve desvalorização de 1,13%.

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Feijões da Amazônia têm até 27% de proteína e podem ganhar selo de origem

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Um estudo inédito realizado no Vale do Juruá, no Acre, revelou que os feijões-caupi costela-de-vaca e manteiguinha branco possuem teores de proteína de até 27%, bem acima da média mundial e dos 20% registrados em variedades de outras regiões do Brasil. A descoberta integra a tese de doutorado “Qualidade nutricional e armazenamento de feijões do Juruá no Acre”, desenvolvida pela professora do Instituto Federal do Acre (Ifac), Guiomar Almeida Sousa, sob orientação do pesquisador da Embrapa Acre, Amauri Siviero.

As análises foram realizadas no laboratório de Bromatologia da Embrapa Acre e mostraram que as duas variedades com maior índice proteico são cultivadas por agricultores familiares que ainda utilizam sistemas agrícolas tradicionais. A maioria das plantações ocorre nas praias dos rios da região durante o período seco.

Foto: Felipe Sá/Embrapa

Riqueza nutricional e benefícios à saúde

Além do alto teor de proteína, o estudo também mediu a presença de antocianinas, substâncias antioxidantes naturais que ajudam a combater o envelhecimento celular e a prevenir doenças como câncer, Alzheimer e problemas cardíacos.

Os feijões preto de arranque e preto de praia apresentaram índices dessas substências que variam de 420 a 962 microgramas por grama, valores superiores aos encontrados em variedades brancas e coloridas.

Segundo a professora Guiomar Sousa, as diferenças na composição nutricional entre as espécies estão ligadas à diversidade de ambientes e manejos da agricultura local. “Essas variedades possuem pouco ou nenhum estudo, o que mostra que ainda temos muito a aprender sobre elas”, afirma.

Conservação e potencial econômico

Outro resultado importante da pesquisa é a boa conservação dos grãos, que mantiveram seus valores nutricionais após 12 meses de armazenamento.
Para o pesquisador Amauri Siviero, esse desempenho reflete o manejo cuidadoso das sementes por agricultores familiares, indígenas e quilombolas. “Essas sementes foram adaptadas ao longo dos anos às condições locais e ao manejo das populações tradicionais”, afirma.

Durante três anos, foram analisadas 14 variedades de feijões cultivadas nos rios Juruá, Breu, Tejo e Amônia, em Marechal Thaumaturgo, município que concentra a maior diversidade de feijões do Acre. O levantamento resultou em um mapa da distribuição das variedades crioulas do estado, confirmando a relevância da região para a conservação da agrobiodiversidade.

Segundo Siviero, o Vale do Juruá pode ser considerado um dos principais centros de conservação on farm de feijões do mundo. “Enquanto o feijão-comum é cultivado em terra firme, o feijão-caupi cresce em várzeas e pequenos roçados, em áreas de até um hectare”, detalha.

Pantio de feijão em praia do Rio Juruá. Foto: Felipe Sá/Embrapa

Caminho para a valorização

O reconhecimento do valor nutricional e genético dos feijões do Juruá abre espaço para novos mercados e políticas públicas.

Em setembro, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) lançou o Selo Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil, que poderá ser solicitado por associações e cooperativas locais.

Para o professor Eduardo Pacca, da Universidade Federal do Acre (Ufac), as variedades da região têm potencial para obter Indicação Geográfica (IG) e certificação orgânica, como já ocorre com a farinha de mandioca do Acre.

Patrimônio agrícola e cultural

Os feijões do Juruá integram também o projeto “Registro dos Sistemas Agrícolas Tradicionais do Alto Juruá (RSAT Alto Juruá)”, coordenado pela Embrapa e parceiros como a Ufac e o Ifac.

A iniciativa tem documentado o conhecimento ancestral das comunidades ribeirinhas e suas estratégias sustentáveis de cultivo. Em agosto de 2025, a equipe percorreu 190 quilômetros pelo rio Juruá, registrando práticas agrícolas em sete municípios do Acre e do Amazonas.

De acordo com Siviero, “os feijões do Vale do Juruá se perpetuam como herança entre gerações e como práticas de conservação da agrobiodiversidade”. Ele destaca que essas tradições envolvem também cultivos de mandioca, milho, banana e tubérculos, além de festas culturais como a farinhada e o festival do feijão e milho.

Sustentabilidade e reconhecimento internacional

A pesquisadora Elisa Wandelli, da Embrapa Amazônia Ocidental, reforça que a agricultura dos ribeirinhos do Juruá é exemplo de sustentabilidade. “Vimos uma população sábia, que mostra que é possível produzir alimentos e cuidar da natureza ao mesmo tempo”, afirma.

Essas práticas estarão em destaque na COP30, em Belém (PA), onde os sistemas agrícolas tradicionais serão apresentados na AgriZone, espaço da Embrapa dedicado à inovação e inclusão.

“Nossa presença na COP 30 reforça a importância de proteger esses sistemas e valorizar as comunidades que preservam a biodiversidade do Brasil”, conclui Siviero.

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MP denuncia empresário por 120 golpes e fraude de mais de R$ 20 milhões

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O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou na última sexta-feira (10) Celso Antônio Fruet, um empresário de 72 anos do ramo de cereais, que aplicou golpes contra pelo menos 120 produtores rurais e lucrou ilicitamente R$ 20,3 milhões no município de Campo Bonito, no oeste do estrado.

O golpista era proprietário de uma empresa cerealista. Mesmo após vender o seu negócio para uma cooperativa da região, continuou negociando grãos com diversos agricultores, adquirindo e recebendo mercadorias sem realizar os pagamentos.

Segundo a promotora de Justiça Ana Carolina Lacerda Schneider, a venda de sua empresa gerou lucro de mais de R$ 40 milhões. O MP está em processo de verificação sobre a destinação do dinheiro.

De acordo com investigação, o denunciado possuía o negócio há cerca de 30 anos na região e atuava armazenando sacas de soja e trigo de agricultores nos silos de sua propriedade.

Consequências para vítimas e golpista

As vítimas receberam a notificação da fraude no dia 21 de julho deste ano quando, ao se deslocaram até o estabelecimento comercial de Fruet, descobriram o local vendido e as atividades encerradas.

Conforme denúncia, a Promotoria de Justiça acredita que ele se aproveitava da relação de confiança que criou com diversos produtores rurais para aplicar os golpes.

Além disso, as investigações também apontaram que ele teria praticado crimes semelhantes em anos anteriores nos municípios paranaenses de Capanema e Catanduvas, sendo que esses crimes já prescreveram.

Ao todo, Celso Antônio Fruet foi denunciado por 124 ocorrências do crime de estelionato, sendo que em 38 desses casos as vítimas eram idosos. Além da condenação às penas previstas em lei, o MP também requer o pagamento de valor mínimo a título de reparação aos danos causados às vítimas.

O suspeito tem um mandado de prisão em aberto e é considerado foragido pela polícia.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

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Chuva sem trégua? Frente fria segue no Brasil e muda o tempo nos próximos dias

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Nesta semana, a frente fria que atua sobre o Brasil avança e espalha chuva por áreas de São Paulo, Minas Gerais e Centro-Oeste, ajudando a repor a umidade do solo e a impulsionar o ritmo da semeadura da safra 2025/26.

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Sul do país

No Sul do país, a previsão indica o retorno das precipitações ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná a partir de sexta-feira (17) e sábado (18), com a chegada de uma nova frente fria. Essa chuva é essencial para manter o solo úmido e garantir boas condições para o plantio.

Calorão no Matopiba

Enquanto isso, o Matopiba segue sob atenção pela falta de chuva. A boa notícia é que, entre os dias 19 e 23 de outubro, as precipitações devem finalmente avançar para o centro-sul da Bahia e parte do Tocantins, com volumes de até 50 milímetros e aliviando o calor e o tempo seco.

Chuvas previstas

No mesmo período, as chuvas permanecem constantes em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, com acumulados próximos de 50 mm, praticamente encerrando o déficit hídrico em várias áreas produtoras.

Previsão para Sorriso (MT)

Em municípios estratégicos, como Sorriso (MT), os próximos 30 dias devem registrar temperaturas entre 30 °C e 33 °C, acompanhadas de chuvas frequentes. A atenção do produtor deve se voltar especialmente ao período de 19 a 22 de outubro, quando os volumes podem variar de 30 mm a 60 mm e comprometer os trabalhos de campo. No geral, a umidade será bastante favorável entre os dias 17 e 19 e novamente entre 23 e 28 de outubro.

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