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Brasil abre novos mercados na Argentina e no Paraguai

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O Brasil concluiu negociações com Argentina e Paraguai para iniciar exportações de produtos agropecuários, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta segunda-feira (8).

Para o Paraguai, chia em grão começará a ser vendida. De acordo com a pasta, trata-se de uma oportunidade de negócio para pequenos e médios produtores rurais, principalmente nos estados do Centro-Oeste, no oeste paranaense e noroeste do Rio Grande do Sul.

Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 963 milhões em produtos agropecuários para a nação vizinha, que possui cerca de 7 milhões de habitantes.

Já para a Argentina, os embarques de ovos em pó para alimentação animal, matérias-primas de suínos e miúdos suínos “in natura” serão iniciados a partir de agora .

“Essas novas aberturas de mercado fortalecem a integração comercial entre Brasil e Argentina, principais parceiros no âmbito do Mercosul. Com mais de 45 milhões de habitantes, a Argentina tem um mercado de produtos “pet” em expansão, com demanda crescente por produtos voltados para a indústria de nutrição animal”, diz o Mapa, em nota.

No caso da cadeia suinícola, o setor produtivo nacional terá novas oportunidades de negócio para cortes menos consumidos no mercado doméstico.

Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 1,5 bilhão em produtos agropecuários para a Argentina, com destaque para produtos agroflorestais, cacau e café.

Com estes anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 426 aberturas de mercado desde o início de 2023.

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Café brasileiro pode continuar fora de isenção do tarifaço; entenda

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Sendo os Estados Unidos o principal destino do café do Brasil, havia a expectativa de que o produto entrasse na lista de exceções divulgada em agosto, quando o país efetivou o tarifaço contra as exportações brasileiras. Mas parece que isso não deve ocorrer tão cedo. Pelo menos é o que indica uma ordem assinada pelo presidente Donald Trump.

O texto oficial, publicado no site da Casa Branca na última sexta-feira (5), não cita diretamente o café nem outros produtos. No entanto, Trump afirma que pode reduzir a zero as tarifas recíprocas de importações consideradas estratégicas, desde que os países tenham compromissos firmados em acordos comerciais com os Estados Unidos e que isso atenda aos “interesses nacionais” e à emergência declarada pelo governo. 

No documento, o líder norte-americano acrescenta que a lista de possíveis isenções reúne produtos “que não podem ser cultivados, minerados ou produzidos naturalmente nos Estados Unidos ou em quantidade suficiente para atender à demanda doméstica”.

Negociações em andamento: o que diz o Cecafé 

Apesar da publicação, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) confirma que o grão foi inserido na chamada “lista master” de potenciais exceções. Isso porque o café se enquadra entre os itens estratégicos não produzidos em escala suficiente nos Estados Unidos. 

A entidade destaca, porém, que não há definição nem seleção dos países que produzem esses produtos a serem isentados pelo governo norte-americano. Para o Cecafé, o próximo passo será levar o tema ao Comitê Interministerial de Gestão da Crise do Tarifaço, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, com o objetivo de pleitear a isenção para o Brasil. 

Vale lembrar que na semana passada, representantes do setor produtivo e da indústria estiveram em Washington para tentar negociar uma saída com os Estados Unidos. Em uma rede social, o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, reafirmou o papel da entidade nas negociações. “Alcançamos um resultado e agora o foco está em levar essa informação junto ao comitê”. 

Nos bastidores, a expectativa é de que o próximo passo seja justamente uma reunião com a gestão interministerial para pleitear a isenção para o Brasil.

Café brasileiro sem garantias: o que esperar?

O consultor em agronegócios Carlos Cogo, diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, no entanto, faz um alerta sobre a ausência de menção explícita do café. “Não está claro se haverá redução de tarifas sobre o café de outros países. Porém, se ocorrer, pode aliviar a situação de abastecimento do mercado norte-americano”. No longo prazo, o especialista afirma que isso poderia afetar negativamente os preços pagos no Brasil.

Sobre o avanço das negociações entre os governos de Brasil e Estados Unidos, Cogo é categórico: sem canal diplomático aberto neste momento, o café brasileiro está na mão das negociações do setor privado dos dois países.

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Agro Mato Grosso

Professores enfrentam dificuldades em políticas públicas com falta de dados oficiais sobre uso de terras em MT

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Professores que estudam o uso da terra em Mato Grosso enfrentam dificuldades ao terem que cruzar informações de diferentes instituições para acompanhar o avanço do agronegócio e do tecido urbano. Isso porque os dados oficiais deste tipo de estudo não são atualizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) há cinco anos.

🔍Essas informações são usadas para planejar e subsidiar a formulação de políticas públicas em diversas áreas nas cidades, tanto por especialistas quanto por autoridades. E são utilizadas sobretudo em escolas.

Na última atualização do estudo do IBGE, Mato Grosso lidera o ranking de estado em que houve avanço de áreas agrícolas com (18,1%), seguido por São Paulo (14,9%), Rio Grande do Sul (14,3%) e Paraná (10,5%) com os maiores percentuais de terras nessa classe, em relação ao total do país.

O estudo também mostrou, que entre 2018 e 2020, o uso da terra no país foi alterado em área equivalente à de Alagoas e do Rio de JaneiroDesde então, os dados não foram mais atualizados.

Com isso, o país chega às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que acontece em novembro em Belém (PA), sem dados oficiais sobre o manejo da terra.

O IBGE foi procurado para entender o motivo da descontinuidade do estudo, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Para contornar esse problema, especialistas e professores recorrem ao cruzamento de dados de diferentes instituições, como Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). (veja imagem abaixo).

Especialistas precisam cruzar dados de diferentes instituições para monitorar uso da terra — Foto: Imea

Especialistas precisam cruzar dados de diferentes instituições para monitorar uso da terra — Foto: Imea

Os dados, porém, geralmente são feitos por imagens automáticas de satélites, conforme metodologia do MapBiomas. Mas fotos de satélites não contam toda a história por trás de um desmatamento, por exemplo. É o que aponta Camila de Faria, professora do departamento de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

“Tem uma área que está aumentado a extração de madeira seletiva, porque a imagem do MapBiomas não aparece, porque não gera um hectare de desmatamento, e sim gera uma imagem de estrada e isso não aparece na leitura. Então, tem que fazer mais um cruzamento de informação para ter certeza do que se está vendo”, afirmou.

Ela também menciona os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Chegamos sem dados oficiais na COP 30. Claro que temos dados do Inpe sobre desmatamento, mas não sabemos para que se está sendo desmatado. Temos que pensar tudo isso articulado, porque falta política de articulação entre dados.”

Impactos

A falta de dados oficiais produzidos pelo IBGE sobre o uso e monitoramento da terra também traz efeitos econômicos, segundo a professora de pós-graduação em Geografia da Universidade do Estado de Mato Grosso (PPGGeo Unemat), Sandra Mara Alves da Silva Neves.

“Esses dados implicam ainda em defasagem no planejamento dos setores econômicos, que dependem de avaliações sistematizadas para a organização de suas cadeias produtivas”, afirmou.

A economia do estado gira em torno da terra. Para se ter uma ideia, Mato Grosso deve bater um novo recorde de produção com 101,5 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/2025, e superar as 100 milhões de toneladas na temporada de 2023, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Outro aumento visto no estado é da área plantada, que saiu de 12,3 milhões de hectares para 12,7 milhões, alta de 2,9%.

Tecido urbano

A área agrícola não é a única que avança. O número de habitantes também cresce e já coloca Mato Grosso como 16º maior estado do país, com 3,84 milhões de pessoas.

“As cidades cresceram, com expansão do tecido urbano. Se for pensar com o último censo, elas cresceram em número de pessoas e em tecido urbano. Por exemplo, Sinop dobrou de tamanho nos dois sentidos, e isso promove outra dinâmica no território”, destacou Faria.

🔍Tecido urbano: termo usado para descrever uma cidade que cresce tanto populacionalmente quanto em área urbanizada.

A falta dos dados oficiais atinge até mesmo a prevenção de impactos ambientais, segundo Neves.

“É fundamental, pois subsidia os planejamentos e as tomadas de decisões, que, muitas vezes, implicam na necessidade de ações de prevenção de impactos ambientais, como os climáticos, perda de biodiversidade, na poluição do ar, da água e dos solos, na desertificação. Medidas mitigadoras dos impactos que atingem de forma acentuada nas condições de vida dos povos indígenas, as comunidades tradicionais, ribeirinhas, morroquianas, quilombolas, entre outras”, afirmou.

Não ter esses dados, de acordo com a professora, retira a eficácia das políticas públicas.

O que aconteceu com o IBGE?

No começo deste ano, o IBGE foi marcado por uma crise interna entre os servidores e o atual presidente, Marcio Pochmann. A insatisfação teve origem na criação do IBGE+, que logo foi suspenso por causa da repercussão negativa.

Outro ponto de desgaste foi a criação de um mapa-múndi invertido, que também desagradou os servidores, dizendo que o mapa mais distorce do que informa.

Além disso, mais de 600 servidores, incluindo diretores, assinaram uma carta aberta pedindo a destituição de Pochmann. Eles alegam sofrerem autoritarismo dentro da instituição.

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Tecnologia consegue prever a produtividade da cana com 89% de acerto

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Um modelo em desenvolvimento pela Embrapa conseguiu estimar com assertividade a produtividade da cana-de-açúcar com base em imagens de satélite coletadas durante a fase de crescimento da lavoura.

O resultado foi obtido integrando as fotos com técnicas estatísticas, aprendizagem de máquina e tecnologia.

A pesquisa utiliza uma série temporal de imagens da PlanetScope disponibilizadas por meio do Programa Brasil Mais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

As imagens diárias permitem que os pesquisadores identifiquem os melhores momentos do desenvolvimento da planta para se obter o índice de vegetação usado na previsão.

As informações coletadas nas imagens integradas a variáveis como cultivar, ciclo de produção e precipitação acumulada durante a fase de crescimento são usadas em um modelo de predição.

No caso da cana-de-açúcar, um trabalho feito em parceria com a Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana) monitorou duas safras durante três anos e obteve coeficiente de determinação de 0,89.

Isso significa que quando comparadas as predições do modelo com a produtividade observada na lavoura pelos métodos agronômicos tradicionais, houve 89% de precisão, índice considerado alto para previsões.

O pesquisador da Embrapa Agricultura Digital Geraldo Magela Cançado destaca que o trabalho começou com um modelo mais simples, mas, conforme os trabalhos avançarem, novas variáveis serão inseridas, como temperatura, textura do solo e disponibilidade hídrica. Com essas variáveis espera-se melhorar a eficiência da ferramenta.

A expectativa da equipe que trabalha na pesquisa é a de gerar um modelo de predição que possa ser utilizado por produtores e indústria com dados por talhão nas propriedades rurais.

Isso possibilitaria melhor planejamento estratégico, antecipação de negociações, programação de logística e a orientação para possíveis intervenções na lavoura. Outro possível uso seria pelo poder público na previsão de safras.

“Essa metodologia permite um levantamento de safra mais objetivo. Queremos diminuir a subjetividade dessa previsão e ser mais abrangente. Considerada a imensidão deste país, só com o uso de imagens de satélites isso se torna possível”, afirma o pesquisador João Antunes.

Produtividade da soja

Foto: Divulgação

Após a primeira experiência com a cana-de-açúcar, a mesma metodologia começou a ser utilizada na cultura da soja em uma pesquisa de validação do uso do bioestimulante Hydratus, que protege plantas contra a seca e estimula o crescimento vegetal.

Três áreas foram monitoradas. Em duas delas, a equipe da pesquisa utilizou as imagens de satélite do PlanetScope e, na terceira, imagens feitas com uso de drone. Enquanto na cana foi adotado o índice vegetativo por diferença normalizada verde (GNDVI) para predição da produtividade, na soja foi usado o índice de vegetação realçado (EVI2).

Os resultados obtidos não só acusaram a diferença de produtividade entre os tratamentos com diferentes doses e testemunha do bioestimulante Hydratus, como tiveram uma correlação de 71% entre a produtividade predita e a observada. Embora menor do que a assertividade da cana-de-açúcar, o índice de predição do modelo é considerado alto.

“Cada cultura tem um comportamento diferente e é normal essa variação entre elas. No geral, assumimos como aceitáveis níveis de correlação acima de 0,6 (ou seja, o modelo é capaz de explicar acima de 60% da variação observada).

No caso da cana, como a produção está muito ligada ao próprio dossel da planta (parte da planta sobre a superfície do solo, formada por folhas e colmos), obtêm-se melhores resultados, pois é quase uma relação direta entre biomassa e produtividade de colmo (caule típico de gramíneas, como a cana).

Já no caso da soja, como o produto é o grão, a relação dossel da soja e produtividade não é tão direta”, diz Cançado. Segundo ele, os bons resultados do modelo de predição trazem otimismo para o uso em pesquisas de campo, permitindo o monitoramento preciso e não destrutivo.

“Essa estrutura de avaliação dupla, combinando métricas agronômicas com sensoriamento remoto, fornece uma estratégia inovadora e econômica para avaliação do desempenho das culturas em tempo real”, afirma o pesquisador.

De acordo com o analista da Embrapa Eduardo Speranza, devido ao volume ainda pequeno de amostras usadas para treinar o algorítmo, o modelo com cálculos estatísticos vem se mostrando mais preciso.

“Apesar de ter muitos experimentos, trabalhamos em uma publicação com 500-600 amostras para treinar um algoritmo. Essa quantidade para aprendizado de máquina é pequena. O método de aprendizagem de máquina tem potencial de ser melhor, mas necessita de milhares de amostras”, contextualiza.

Sob supervisão de Victor Faverin

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