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como fica o clima para a colheita do trigo?

Faltando praticamente um mês para o evento de Abertura Nacional da Colheita do Trigo, em Campo Novo, no Rio Grande do Sul, o panorama das condições climáticas para os trabalhos em campo em outubro é de bastante chuva em toda a região Sul do Brasil. Essa é a avaliação do meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller.
Atenção, produtor de trigo
O especialista aproveita para fazer um alerta para os agricultores que já começaram a colheita de trigo. “O produtor paranaense, que já está colhendo, deve aproveitar setembro, antes da primavera, para acelerar os trabalhos. Em outubro, a previsão indica acumulados de cerca de 200 milímetros ao longo do mês”. Apesar da chuva poder atrapalhar o ritmo, Müller diz que não deve haver perdas significativas.
Nas demais regiões, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, as chuvas frequentes vão exigir planejamento e atenção. No entanto, o meteorologista reforça que os agricultores devem conseguir colher sem grandes problemas, desde que aproveitem as janelas de tempo firme.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até a última semana, os produtores colheram 9,1% da área de trigo. O número está abaixo do total do mesmo período de 2024 e também da média dos últimos cinco anos, quando os agricultores já tinham avançado sobre 11,6% e 10,3% da área, respectivamente.
Previsão para os próximos dias
Em regiões onde a colheita já passa da metade, como Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, o clima deve continuar ajudando. Por outro lado, São Paulo segue em ritmo mais lento por causa das geadas ocorridas em julho.
Segundo Müller, o vendaval e a queda de granizo no Rio Grande do Sul nos últimos dias podem trazer prejuízos pontuais, porém nada que configure uma quebra de safra. Até porque no estado e também em Santa Catarina, o plantio de trigo acontece tardiamente. “No geral, a umidade e as temperaturas têm sido adequadas no Sul, favorecendo o desenvolvimento das lavouras que ainda estão em floração”, reforça.
Portanto, a recomendação do meteorologista é clara: acompanhar a previsão semanal e aproveitar as melhores janelas de tempo firme para avançar com a colheita.
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Brasil exportará embriões e sêmen bovino para dois novos países

O Brasil iniciará as exportações de sêmen e de embriões bovinos para a Indonésia, informou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última terça-feira (9)
A abertura de mercado aconteceu após o governo receber das autoridades sanitárias do país asiático o aceite para os modelos de Certificado Zoossanitário Internacional.
Para o Ministério, a nova oportunidade é mais uma chance de a pecuária brasileira, que se destaca pela excelência genética, qualidade sanitária e pelo uso de biotecnologias avançadas em reprodução animal expandir horizontes.
“O envio de material genético permite à Indonésia fortalecer o seu rebanho, aumentar a produtividade local e reduzir custos de importação de animais vivos, ao mesmo tempo que abre novas frentes de negócios para empresas brasileiras do setor”, diz a pasta, em nota.
A Indonésia é a quarta nação mais populosa do mundo, com mais de 270 milhões de habitantes. O país vem ampliando sua demanda por proteínas animais e investindo em melhoramento genético para atender à crescente necessidade de abastecimento interno.
“Nesse contexto, o Brasil se posiciona como parceiro confiável, oferecendo tecnologia de ponta e de qualidade”, diz o Mapa.
Genética bovina também na África
Também na terça-feira, o Ministério da Agricultura anunciou que o Brasil passará a embarcar bovinos vivos para reprodução, material genético bovino (sêmen e embriões), bem como alevinos, ovos férteis e pintos de um dia para Burkina Faso, país da África Ocidental.
“Estas novas aberturas de mercado permitirão ao Brasil exportar produtos agropecuários de alto valor agregado, que contribuirão para a melhoria de qualidade no plantel de Burkina Faso, além de oferecer oportunidades futuras para produtores brasileiros, em vista do grande potencial do continente africano em termos de expansão demográfica e de crescimento econômico”, diz o Mapa, em nota.
Com estes anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 434 aberturas de mercado desde o início de 2023.
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Bioinsumos ganham protagonismo na agricultura regenerativa

Os bioinsumos se consolidam como aliados estratégicos no manejo agrícola, ajudando a equilibrar o solo e reduzir a dependência de defensivos químicos. Para o presidente do Grupo de Agricultura Sustentável (GAAS), Eduardo Martins, eles são essenciais para a agricultura regenerativa.
“Eles são a principal ferramenta que a gente vai dispor para poder estabelecer manejo de pragas e doenças e aumentar a nossa resiliência à falta de água”.
Além disso, segundo Eduardo, os bioinsumos ajudam na fertilidade do solo e fortalecem a proteção natural das plantas. “Ele ajuda muito na disponibilização de nutrientes para a planta. Ele estimula crescimento e ainda cria uma condição de proteção da planta do ponto de vista de ser mais resistente à seca e também a problemas de patógenos”.
Competitividade brasileira
O Brasil conta com um diferencial regulatório que incentiva o setor. O presidente do GAAS destaca à reportagem do Canal Rural Mato Grosso que “o Brasil aprovou uma lei e ela é única no mundo até o momento, que regulamenta e separa a forma de registrar esses produtos dos defensivos agrícolas”.
Essa legislação, segundo ele, dá segurança para o crescimento do mercado e ajuda o país a se consolidar como líder no uso de bioinsumos. “O Brasil já é o maior consumidor de bioinsumos para agricultura. Comparado com os Estados Unidos, é o dobro. Se compara com a Europa, é mais que o dobro de uso”.
O presidente do GAAS reforça que os bioinsumos são fundamentais para o futuro da agricultura. “Vão ser os principais instrumentos da agricultura de agora em diante”.
Ele ainda aponta que o mercado tende a ser mais diversificado. “Em vez da gente estar com coisas concentradas, como acontece, poucas empresas, no caso de bioinsumos, nós vamos ter uma multiplicidade de empresas. Significa mais competitividade e mais vantagem para o agricultor”.
Fórum Brasileiro de Agricultura Regenerativa
Nesta semana em Sinop, região médio-norte de Mato Grosso, é realizado o 5º Fórum Brasileiro de Agricultura Regenerativa, evento promovido pelo GAAS que reuniu produtores e especialistas para debater práticas sustentáveis.
Para Eduardo, encontros como este aceleram o acesso a informações e soluções inovadoras. “O pessoal pergunta: quer saber como é que faz, quer saber como é que começa essa, quer saber como é que melhora aquilo que já tá fazendo e a razão da gente ter feito esse evento é exatamente para isso”.
Autonomia e estabilidade
A agricultura regenerativa com bioinsumos abre espaço para soluções regionais e aumenta a sustentabilidade econômica. “Nós temos a possibilidade de criar uma agricultura com autonomia, com a ajuda dos bioinsumos, com a ajuda das possibilidades de solução local e regional. Isso envolve redução de custo, isso envolve a gente ter mais competitividade e isso envolve a gente melhorar nosso solo e entregar produto com qualidade”, afirma Eduardo.
Ele lembra que o interesse do produtor está ligado à viabilidade financeira. “Até porque a gente precisa pagar as contas no final de cada ciclo e se preparar para a próxima. Esse é um caminho para a gente poder também ter mais estabilidade econômica”.
Uso racional dos químicos
A transição para práticas mais sustentáveis não significa abandonar totalmente os defensivos e fertilizantes químicos. Eduardo explica que “tem hora que eu não resolvo as coisas com as nossas práticas. Eu vou ter que usar o químico e nós não temos problema nenhum em usar o químico. Nós não somos contra o químico. A gente só quer que isso acabe sendo adotado e utilizado de uma forma mais racional possível”.
O maior desafio ainda é a dependência de herbicidas. “Nesse caso, a gente tá trabalhando com alternativas mecânicas e de manejo para a gente diminuir a nossa necessidade de herbicida. Nós vamos também conseguir diminuir herbicida”, detalha Eduardo.
Ele resume que a agricultura regenerativa é um caminho sem volta. “Eu acho que é um caminho que tá começando, mas ele não tem volta não. Quando a gente faz as coisas com a boa intenção e tentando acertar e não desistindo quando erra, a gente avança, não tem volta não”.
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Produtividade de arroz no Rio Grande do Sul bate recorde histórico

O Rio Grande do Sul alcançou um marco histórico na produção de arroz irrigado na safra 2024/25. O rendimento médio chegou a 9.044 kg por hectare (180,9 sacas/ha), a maior já registrada no estado.
Os dados partem de levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), que aponta produção total em 8,76 milhões de toneladas, crescimento de 21,7% em relação ao ciclo anterior.
De acordo com o documento, as condições climáticas foram determinantes para o resultado. Apesar de atrasos na semeadura em algumas regiões, a ocorrência de radiação solar acima da média entre dezembro de 2024 e março deste ano beneficiou as lavouras, inclusive as semeadas mais tarde.
“Esse resultado expressivo é fruto da combinação entre fatores meteorológicos favoráveis, avanços em pesquisa e extensão e, principalmente, da resiliência dos produtores gaúchos”, destaca.
No rol das lavouras do estado, as cultivares desenvolvidas pelo Irga representaram 63,1% da área plantada, com destaque para a IRGA 424 RI, presente em 54,5% das lavouras.
O levantamento do Instituto também ressalta que a soja cultivada em rotação com o arroz apresentou aumento expressivo de produtividade, apesar da redução de área semeada (375 mil hectares, 16,9% a menos que no ciclo anterior).
A média estadual foi de 2.420 kg/ha (40,3 sc/ha), 37,9% superior à da safra passada. “O sistema de rotação segue contribuindo para a fertilidade do solo, o controle de plantas daninhas e a diversificação da renda do produtor”, diz o Irga.
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