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Mapa aprova zoneamento agrícola de milho 2ª safra para 13 estados

O Ministério da Agricultura aprovou o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para o cultivo de milho segunda safra no ciclo 2025/26. A medida, que consta das portarias de números de 384 a 397, foi publicada pela Secretaria de Política Agrícola do ministério no Diário Oficial da União (DOU).
O zoneamento foi aprovado para o cultivo de milho para os seguintes estados:
- Acre;
- Goiás;
- Maranhão;
- Minas Gerais;
- Mato Grosso do Sul;
- Mato Grosso;
- Pará;
- Piauí;
- Paraná;
- Rio de janeiro;
- Rondônia;
- São Paulo;
- Tocantins; e
- Distrito Federal
Para cada estado, o ministério estabeleceu os períodos mais adequados para o plantio do cereal e indicou as cultivares mais adaptadas a cada unidade federativa.
A pasta reforça que o zoneamento objetiva reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e orienta o produtor quanto ao período adequado para a semeadura em cada região de acordo com o solo e a variedade da cultura.
A política define as áreas e os períodos de plantio, de acordo com probabilidades de perdas de produtividade de 20%, 30% e 40%. A concessão de crédito rural e a cobertura de seguro rural estão vinculadas ao Zarc.
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Mato Grosso deve colher menos milho na safra 25/26, mas economia segue em alta

Após colher a maior safra de milho da história – 55 milhões de toneladas –, Mato Grosso deve reduzir a produção no próximo ciclo. Contudo, o cereal não deixa de atrair investimentos. Um exemplo, é a usina de etanol de milho anunciada em Rondonópolis recentemente, cuja previsão de investimento é de R$ 2,5 bilhões, considerado o maior já realizado no município.
A primeira projeção do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) para a safra 2025/26 de milho aponta uma produção de 51,7 milhões de toneladas no estado, uma queda de 6,7% em relação ao ciclo anterior. Na produtividade, a estimativa é de 116,6 sacas por hectare, redução de 8,38%.
Na avaliação do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, a projeção representa cautela, uma vez que não se sabe ainda como o clima se comportará no próximo ano.
“O Imea está agindo correto, sendo conservador, porque esse ano o clima correu muito melhor que a média, ou seja, nós tivemos uma alta produtividade no estado o que contribuiu para termos uma safra recorde. Mas, o normal não é que se repita esse mesmo padrão e teremos uma safra mais ajustada com a realidade das médias dos anos anteriores”, diz Lucas Beber ao projeto Mais Milho.
Gergelim dá espaço para o milho
Em relação a área o Imea prevê um aumento de 1,83%, devendo ser destinados para o milho no próximo ciclo 7,39 milhões de hectares. O destaque, conforme o Instituto, é a região nordeste do estado, onde parte dos produtores devem trocar o gergelim pelo cereal.
“A área de gergelim vai se ajustar, mesmo porquê você não pode ficar plantando só uma cultura. É bom rotacionar. Então o produtor vai partir para esse lado do sorgo, do milho”, comenta o presidente do Sindicato Rural de Canarana, Lino Costa, ao Canal Rural Mato Grosso.
Ainda conforme o presidente da Aprosoja, a demanda por milho continua aquecida, o que também estimula um aumento de área. Ele destaca que os Estados Unidos têm sido o maior exportador mundial, mas que o Brasil em alguns momentos já superou o país norte-americano e que com as tarifas impostas em 2025 pode gerar uma oportunidade para a comercialização da produção brasileira.
“A demanda por milho ainda continua aquecida. Ela é uma cultura que tem complementado a renda do produtor de soja. E o milho também melhora a nossa produtividade de soja”, frisa Lucas Beber.

Grão segue atraindo investimentos para o estado
Mesmo abaixo do recorde da safra 2024/25, Mato Grosso deve colher quase 10% a mais do que o observado na safra 2023/24 e segue como o maior produtor do país. Tal força também puxa novos investimentos. Na última semana, como comentado pelo Canal Rural Mato Grosso, a Amaggi e a Inpasa anunciaram a criação de uma joint venture para a construção de ao menos três usinas de etanol de milho. A primeira delas, com aporte de R$ 2,5 bilhões, será construída em Rondonópolis.
A previsão é que a obra gere dois mil empregos e após concluída cerca de 350 empregos diretos. A planta é considerada o maior investimento já realizado no município localizado na região sudeste de Mato Grosso. A unidade deverá produzir 900 milhões de litros de etanol por ano, além de DDG, óleo e energia, movimentando logística, pecuária e comércio, garantindo mais receita para a cidade, cuja estimativa da prefeitura é de R$ 60 milhões por ano.
“É uma notícia muito positiva para a cidade neste momento em que o país passa por uma dificuldade econômica. Vem muito ao encontro do que a gente sonhava para Rondonópolis”, diz o prefeito Cláudio Ferreira.
Para o presidente executivo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco, a união das duas empresas é mais um novo grande player de mercado que pode influenciar tanto na cadeia primária da produção quanto na comercialização.
“É uma união de dois gigantes do agronegócio que tem muita sinergia e essa parceria tem tudo para ser longeva e de grande sucesso, uma vez que passa a contar ainda com mais um novo player no mercado podendo influenciar tanto a cadeia primária da produção e comercialização do milho, quanto o grande ofertante fruto dessa produção, o etanol, farelo de milho, o óleo ao mercado. Essa indústria vem com a oportunidade de transformar isso em empregos, em rendas em valor agregado”, pontua Guilherme Nolasco.
O presidente da Aprosoja-MT ressalta que o estado possui vocação para industrializar o milho que produz, pois “tem um potencial industrial muito forte”.
“Nós temos aqui excesso de oferta, grande produção e longa distância dos portos, ou seja, a vocação de Mato Grosso é industrializar esse milho e a tendência é que novas indústrias venham se instalar aqui já que somos o maior produtor de etanol de milho”.
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Custo e altitude são alguns dos desafios para novos plantios de floresta

O planejamento é fundamental para quem deseja investir em floresta plantada. A atividade, de longo prazo, exige que o produtor atrele o investimento ao consumo para evitar uma nova onda de sobre oferta no mercado. É o que explica Haroldo Klein, diretor da Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta).
Segundo ele, a produtividade no estado já alcança patamares que permitem retorno ao produtor. “Hoje já se fala em 350 metros, 400 metros estéreos por hectare, que são produtividades que pagam o custo da floresta e te dá uma remuneração”, diz em entrevista ao programa Direto ao Ponto desta semana.
Mas os custos iniciais seguem elevados e exigem planejamento. “O produtor que mete a mão na massa vai ter um investimento aí de R$ 12 mil, R$ 13 mil por hectare. Na terceirização vai de R$ 15 mil a R$ 16 mil. Tudo isso onera”, explica.
Klein ressalta que “para investir em floresta, como é uma atividade de longo prazo, há necessidade de ter um atrelamento com o consumo, uma ligação muito próxima para não ter de novo essa sobre oferta”.
Ele defende o Programa de Suprimento Sustentável (PSS), no qual as indústrias contratam o fornecimento com antecedência. Segundo o especialista, isso proporciona mais segurança para o produtor.
Escalonamento de plantio é a melhor estratégia
Um dos grandes desafios para os produtores é o alto investimento inicial, concentrado principalmente nos dois primeiros anos. Haroldo Klein sugere que a melhor estratégia é fazer plantios menores, escalonados, para que a floresta atinja o ponto de colheita em anos diferentes.
“A solução seria você fazer plantios menores, você formar uma floresta. Daí você vai ter no futuro receitas também intercaladas”, pontua.
Essa abordagem não apenas reduz o desembolso financeiro, mas também otimiza o uso de maquinário e o tempo das operações, que são concentradas em um período curto no ano.
Produtividade e altitude: pontos de atenção
A produtividade de uma floresta plantada depende diretamente da tecnologia empregada no campo. O diretor da Arefloresta explica que as expectativas atuais de produtividade no setor são bem mais altas do que no passado.
“Produtividade hoje ela se fala no mínimo. Inicialmente quando eu comecei a gente atingia 150 metros estéreos por hectare e estávamos contentes. Hoje já se fala em 350 metros, 400 metros estéreos por hectare”, diz Klein.
Ele ressalta, no entanto, que a altitude é um fator crítico, especialmente em Mato Grosso. Áreas com altitudes mais baixas, de 150 a 200 metros, são mais suscetíveis ao déficit hídrico e apresentam problemas para o plantio.
“A altitude tem um impacto violento na produtividade. A melhor altitude aqui em Mato Grosso é de 600 metros para cima. Aí produz mesmo, é garantia. Nós temos poucas espécies, poucos clones adaptados para essa condição de altitude”, finaliza.
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Ministério regulamenta pedidos de registro de novos defensivos agrícolas

O Ministério da Agricultura regulamentou o recebimento de pedidos de registros de novos defensivos agrícolas. A partir de 15 de setembro de 2025, as empresas que pretendem pleitear o registro de agrotóxicos deverão protocolar seus novos processos de registros exclusivamente junto ao Ministério da Agricultura por meio de sistema eletrônico, conforme ato da Secretaria de Defesa Agropecuária da pasta, publicado no Diário Oficial da União.
O ato ocorre no âmbito da regulamentação da Lei 14.785/2023, conhecida como novo marco legal dos defensivos agrícolas, que estabelece a competência do protocolo e distribuição das solicitações de registro de agrotóxicos ao Ministério da Agricultura.
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Após o recebimento dos pedidos de registro de novos produtos, o ministério deve distribuir os processos para análise dos órgãos competentes – à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
De acordo com a portaria, os protocolos de registros de produtos pleiteados a partir de 15 de setembro juntamente à Anvisa e Ibama não serão considerados.
A lei que regulamenta o registro, controle e fiscalização de defensivos agrícolas estabelece que o peticionamento para registro dos produtos deve ser centralizado no Ministério da Agricultura, que coordena a fila de protocolos. Mas a análise sobre os produtos permanece de forma tripartite, sendo compartilhada pelos órgãos de defesa agropecuária, de meio ambiente e saúde pública.
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