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Setor moveleiro passa por transformações e exige inovação no relacionamento com o consumidor

O setor moveleiro brasileiro atravessa 2025 imerso em um cenário de mudanças, onde a adaptação rápida às novas dinâmicas do consumo e do mercado tornou-se imperativa para lojistas, fabricantes e fornecedores. Impulsionadas por fatores como o avanço tecnológico, a digitalização da jornada de compra e instabilidades econômicas, as empresas enfrentam o desafio de reavaliar seus modelos comerciais, operacionais e até mesmo criativos.
A análise é de Márcia Oliveira, especialista em mobiliário corporativo e diretora da Neomóbile, que acompanha de perto as movimentações do mercado em Mato Grosso e no país há mais de 30 anos.
“O comportamento do consumidor mudou e isso é irreversível. A venda de móveis hoje depende de múltiplos canais, mas também de empatia, agilidade e inteligência de mercado. Quem ainda atua só no físico está ficando para trás”, afirma Márcia.
Para ela, a atuação multicanal, é uma opção inteligente e mais competitiva para o setor. A digitalização da experiência de compra, por exemplo, ampliou o alcance das marcas e trouxe novas formas de relacionamento com o consumidor final.
Por outro lado, as lojas físicas assumiram um novo papel: o de espaços de experiência. O showroom hoje é pensado como um ambiente sensorial, onde o cliente pode tocar, testar, vivenciar os produtos e ter atendimento personalizado. A tendência, reforça Márcia, é a integração fluida entre o digital e o presencial, como nos modelos omnichannel, em que o cliente inicia sua jornada online e finaliza na loja, ou vice-versa, com total rastreabilidade e conveniência.
Além das mudanças no comportamento de compra, o setor também enfrenta um contexto macroeconômico adverso. De acordo com a pesquisa Índice de Desempenho do Setor Moveleiro, realizada pela Plataforma Setor Moveleiro em junho deste ano, as principais preocupações do empresariado incluem a escassez de mão de obra qualificada, o alto custo do crédito, a inadimplência e a instabilidade política e econômica.
“Os desafios sempre serão imensos, mas cabe a nós, empresários, sermos criativos e entendermos as tendências e avaliar os cenários para, quando as dificuldades chegarem, estamos preparados para superá-las. Quem souber inovar, ouvir o consumidor e adaptar seu negócio com consistência vai encontrar boas oportunidades, mesmo em tempos difíceis”, comenta
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Cesta básica segue em queda e atinge valor mais baixo em cinco meses em Cuiabá

A cesta básica em Cuiabá fechou julho com mais uma queda semanal, dessa vez, o recuo observado foi de 1,11%, fazendo com que o mantimento atingisse o valor médio de R$ 805,09. A retração foi puxada por cinco dos 13 alimentos que compõem a cesta, com destaque para o hortifruti.
Os dados do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) revelam ainda que o patamar atual é o mais baixo em mais de cinco meses.
É o que explica o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destacando o fator climático como principal influência para queda de preço do mantimento. “Essa redução no valor da cesta básica se deve, principalmente, à baixa nos custos dos itens de hortifruti. Isso ocorre devido ao clima, que favoreceu a produção desses itens e, portanto, influencia na dinâmica de mercado desses produtos”.
O preço da batata registrou sua sétima queda consecutiva, atingindo o patamar de R$ 3,41/kg. Essa redução de 4,91% em relação à semana anterior pode ser atribuída ao aumento da oferta da safra de inverno, tendência que pode persistir em agosto e setembro. Este é o menor valor já registrado pelo IPF-MT, sendo 60,97% inferior ao preço do ano passado.
Também em queda pela quarta semana seguida, o tomate atingiu valor médio de R$ 8,17/kg, redução de -3,91% sobre a semana anterior. Ainda conforme análise do instituto, o decréscimo pode estar associado às condições climáticas favoráveis à produção, o que acaba aumentando a oferta do fruto no mercado. Apesar dessas diminuições, o valor atual ainda é 58,78% superior em comparação ao mesmo período do ano passado.
A banana alcançou seu menor valor do ano, cotada a R$ 8,31/kg, uma queda de 1,94% em relação à semana passada. Com o clima favorável, houve o incremento na produção, aumentando sua oferta, o que contribuiu para a redução do preço. Em comparação com o ano passado, a banana está 15,16% mais barata.
Wenceslau Júnior também ressaltou o papel da carne bovina no custo das famílias. “Outro item em redução é a carne bovina, que somente em julho obteve três quedas. Isso fez com que o preço médio diminuísse 0,93%, ficando em R$ 43,81/kg. Esse recuo, demonstra como essa proteína importante para o consumo das famílias passa apresentar diminuição”.
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MPF investiga construção de estrada dentro da Terra Indígena Parque do Xingu em MT

De acordo com o inquérito, as obras não possuíam licença ambiental e teriam causado danos à vegetação nativa.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar a construção de uma estrada de 143 km dentro da Terra Indígena Parque do Xingu, em Querência, a 912 km de Cuiabá. De acordo com o documento publicado no Diário Oficial nessa quarta-feira (30), as obras teriam causado danos ambienteis e não teriam licença.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Querência, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
O inquérito aponta que a estrada foi construída em uma área de preservação, infringindo normas ambientais e leis que protegem terras indígenas.
Conforme um relatório realizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o desmatamento resultou em um auto de infração contra a Prefeitura, no dia 12 de fevereiro, além de multa no valor de R$ 500,5 mil.
O procedimento tramita na 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF e o caso segue em investigação.
Agro Mato Grosso
Harpia é solta no Pará após passar por tratamento e reabilitação em Mato Grosso

A ave foi avaliada e tratada em Sorriso, em uma clínica conveniada da Sema; a reabilitação do animal ocorreu no Santuário dos Elefantes
Uma harpia que foi resgatada no Pará e passou por tratamento em Mato Grosso voltou nesta quarta-feira (30.7) para o Estado de origem após passar por reabilitação e treinar habilidade de caça. A ave foi avaliada e tratada no município de Sorriso, em uma clínica conveniada da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). O órgão ambiental também auxiliou na reabilitação do animal.
Ela foi resgatada na BR-163, no sul do Pará, pela Via Brasil e levada para o recinto médico veterinário em Sorriso, uma vez que a empresa tem autorização para operar nos dois Estados e a clínica também é conveniada à concessionária. O trajeto até Sorriso foi de aproximadamente mil quilômetros.
A ave apresentava alteração nas garras e o tratamento foi feito com medicamentos e acupuntura para auxiliar na recuperação do movimento. Após a boa resposta ao tratamento, foi levada a um recinto de treinamento no Santuário de Elefantes Brasil, em Chapada dos Guimarães, onde desenvolveu a musculatura e habilidades suficientes para ser reintegrada à natureza novamente.
A harpia chegou a Sorriso no dia 29 de maio muito debilitada. “Ela não tinha nenhum tipo de movimentação e sensibilidade nos pés e nós realizamos a primeira intervenção emergencial devido ao estado crítico. Diante da estabilização do paciente, começamos as investigações e exames hematológicos, bioquímicos e de imagem, onde foi descartado patologias. Assim, iniciamos um tratamento paliativo a fim de recuperar a movimentação. O tratamento foi bastante efetivo e em 15 dias já tinha recuperado a sensibilidade e movimentação dos membros inferiores” explicou a médica veterinária Lilian Medeiros, responsável pelo tratamento.
Após a alta médica, Lilian solicitou o apoio da Sema para a reabilitação da ave, que foi destinada para o Santuário de Elefantes no dia 19 de junho, permanecendo até esta semana. Após o treinamento de voo e a certeza de que a ave poderia ser devolvida ao habitat natural, ela foi solta no Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, por decisão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), visto que o local abrange o Projeto Harpia.
A ação também contou com o apoio da Ampara Silvestre para a recaptura técnica da ave, no recinto em que ela estava treinando voo, no Santuário dos Elefantes. Por ser um recinto bem alto, mais ou menos 8 metros de altura, a recaptura exigiu procedimentos específicos feitos por equipe técnica especializada.
“A Sema auxiliou na reabilitação deste animal através de uma área de soltura cadastrada, o Santuário de Elefantes Brasil. Também realizou o transporte seguro e aclimatado dentro do Estado de MT através da van climatizada utilizada exclusivamente para o transporte de animais silvestres. É uma parceria muito importante, no qual diversos órgãos se articularam para que o animal ficasse assistido e que fosse solto adequadamente, contribuindo para a conservação desta espécie, que é muito imponente e topo de cadeia”.
Veja o vídeo da soltura:
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