Featured
Livre de febre aftosa, Mato Grosso admite exportar carne para o mercado japonês

“O Brasil tem a possibilidade de exportar carne para o Japão porque hoje o país é declarado livre de febre aftosa sem vacinação, e Mato Grosso foi precursor nesse processo”. A afirmação é do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, em entrevista concedida ao programa Tribuna, da Rádio Vila Real, nesta terça-feira (31).
O tema ganhou relevância após a assinatura do decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que oficializou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Entre eles, a carne. Diante disso, a certificação sanitária de Mato Grosso é vista como um trunfo para o Brasil continuar ampliando sua presença no comércio internacional, mesmo em um cenário de tensões comerciais com importantes parceiros.
Durante a 92ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada no fim de maio em Paris (França), Mato Grosso recebeu oficialmente a certificação internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação, o mais alto status sanitário concedido na cadeia produtiva de bovinos, bubalinos e suínos.
“O governo Mauro Mendes e Otaviano Pivetta investiram, nos últimos seis anos, mais de 100 milhões de reais junto com a iniciativa privada, para que alcançássemos esse status. Foram concursos no Indea, informatização, treinamento e capacitação. Tudo isso é muito importante para que a gente continue buscando novos mercados”, destacou César durante a entrevista.
Diante dos desafios impostos pelo cenário internacional, o secretário César Miranda destacou que Mato Grosso tem feito a sua parte ao investir de forma contínua na promoção comercial e na atração de novos investimentos. Segundo ele, o fortalecimento da imagem do Estado no exterior é fundamental para ampliar mercados e reduzir a dependência de parceiros específicos.
“Estamos investindo em promoção comercial há seis anos. Participamos de várias feiras e atuamos junto a segmentos econômicos organizados. Agora, iniciamos a implementação da nossa agência de promoção comercial e atração de investimentos, a Invest MT, que tem um perfil diferenciado, é um serviço social autônomo, gerido pela iniciativa privada. O governo participa, mas tem minoria no conselho. As decisões são tomadas pelo setor produtivo”, concluiu.
Agro Mato Grosso
Nível de rio em MT fica abaixo do esperado e bate recorde histórico com 1,13 metro de profundidade

Segundo a análise, o esperado era 3 metros de profundidade para esta época do ano.
O nível do Rio Vermelho, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, bateu um recorde histórico e está 1,87 metro abaixo do esperado para essa época do ano, segundo uma medição feita pela Defesa Civil, nessa quinta-feira (31), quando o rio bateu 1,13 metro de profundidade. Segundo a análise, o esperado era 3 metros.
Em outubro do ano passado, quando o nível também estava abaixo do esperado, a profundidade da água era de 1,20 metro.
De acordo com um relatório técnico elaborado pela Superintendência de Averbação e Cartografia, da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo de Rondonópolis, desde 2023, o Rio Vermelho tem batido recorde por apresentar níveis cada vez mais baixos, especialmente durante a época de estiagem, entre junho e setembro.
No levantamento, consta que a recuperação do nível do rio, nesta época do ano, é lenta devido ao ritmo na retomada das chuvas. Além disso, o levantamento aponta que o volume da água que escoa no curso do rio tem reduzido nos últimos anos.
Segundo o superintendente municipal de averbação e cartografia, Ricardo Amorim, a sustentabilidade e comunidades locais estão sendo impactadas diretamente com o nível baixo da água, já que o Rio Vermelho é responsável por abastecer aproximadamente 50% do município.
Conforme o relatório, entre as causas da escassez está:
- 🚣🏻♀️redução da vazão, quando o volume de água do rio diminui;
- ☀️período de estiagem prolongada;
- 🚿uso intensivo para irrigação agrícola;
- ⛲exploração inadequada de aquíferos;
- 🌳falta de proteção adequada das áreas de nascentes e matas ciliares;
- 🌪️impactos das mudanças climáticas.
Além disso, a pesquisa reforça que, com a redução do nível do rio, é importante que ações urgentes sejam adotadas pelos órgãos municipais, estaduais e federais, assim como a colaboração da população, para que os índices de segurança hídrica, ambiental e econômica mudem e se tornem positivos.
Com isso, o superintendente Ricardo informou que a Prefeitura de Rondonópolis está planejando a adoção de medidas sustentáveis. O relatório recomenda reflorestamento e recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens do rio. Além de projetos que contribuam para a proteção das nascentes e áreas de recarga da bacia hidrográfica.
Entre outras medidas recomendadas estão a implantação de planos de contingência para estiagens e cheias, campanhas públicas para conscientização e economia no uso doméstico e industrial, incentivo a tecnologias de reuso e eficiência hídrica na agricultura e ainda pesquisa e implantação de fontes alternativas para reduzir a dependência do Rio Vermelho.
Featured
Soja brasileira sofrerá impacto do tarifaço? Consultor responde

Nesta semana, os Estados Unidos impuseram uma tarifa de 50% sobre uma série de produtos brasileiros. O Soja Brasil conversou com Bené Romano, consultor em agronegócio, que explicou que ficaram de fora da lista itens como suco de laranja, castanha-do-pará e celulose. Por outro lado, produtos como café, carnes, pescados e soja serão diretamente afetados pela medida, o que pode gerar impactos no setor. Saiba mais:
- Fique por dentro das novidades e notícias recentes sobre a soja! Participe da nossa comunidade através do link! 🌱
A sobretaxa, de acordo com Bené, compromete a competitividade do Brasil em relação a outros países exportadores, especialmente no caso da soja, principal componente da ração animal. Como as carnes também estão incluídas na lista de produtos taxados, o consultor alerta para um possível efeito em cadeia: a redução no consumo de soja pode gerar uma sobreoferta interna, já que o Brasil é o maior produtor mundial da commodity. Diante desse cenário, o país deverá buscar novos parceiros comerciais para escoar sua produção.
A decisão do governo norte-americano também afeta o ritmo de comercialização da safra brasileira. O cenário futuro ainda é incerto, com diversos contratos de exportação ainda em fase de negociação. Para ele, há espaço para novas tratativas e oportunidades para outros produtos do agronegócio brasileiro. O consultor reforça a importância de conduzir esse debate com racionalidade, deixando de lado o viés político.
Impacto nos prêmios dos portos
A repercussão foi imediata nos prêmios pagos nos portos brasileiros. Em Paranaguá, os prêmios subiram 46% em apenas um dia após o anúncio das tarifas. Nos portos de Santos e Rio Grande, os valores chegaram a 1 dólar por bushel, superando os contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago.
Featured
Mercado de soja deve seguir travado ao longo do dia, aponta consultoria

O mercado brasileiro de soja deve manter o ritmo lento nesta sexta-feira (1º), diante da forte queda do dólar e da fraqueza nas cotações da Bolsa de Chicago. Segundo a consultoria Safras & Mercado, o cenário externo segue desfavorável à oleaginosa, com dados econômicos dos Estados Unidos abaixo do esperado e pouca demanda internacional. A expectativa é de um dia travado nos negócios, tanto no interior quanto nos portos.
- Fique por dentro das novidades e notícias recentes sobre a soja! Participe da nossa comunidade através do link! 🌱
Na última quinta-feira (31), o dólar ainda sustentava parte dos preços no Brasil, mas com a reversão da moeda nesta manhã, a tendência é de maior cautela por parte dos compradores. Mesmo com prêmios firmes nos terminais de exportação, a queda da moeda norte-americana deve pesar no sentimento do mercado. Em Chicago, os contratos seguem pressionados por um quadro fundamental negativo, com clima favorável nos EUA e fraca demanda chinesa.
De acordo com o analista Rafael Silveira, o mesmo com melhora nas ofertas de compra no interior do país, o avanço nas pedidas dos produtores mantém o spread desfavorável às negociações. “Há um impasse. A indústria precisa da soja, mas os produtores estão reticentes em vender neste patamar de preços”, afirma.
A expectativa, segundo Silveira, é que agosto siga com poucos negócios, já que as melhores condições de comercialização devem se concentrar a partir de setembro. A janela de exportação para o mês já está mais estreita, com muitas cargas antecipadas. Nos portos, os preços ainda apresentam sustentação pontual, como em Rio Grande (RS), onde a saca subiu para R$ 139,00.
Enquanto isso, o dólar comercial recua 1,08%, a R$ 5,5394, e o contrato novembro/25 em Chicago cede 0,15%, cotado a US$ 9,87 ¾ por bushel. Os agentes do mercado devem acompanhar com atenção a divulgação dos dados de evolução das lavouras do Mato Grosso pelo Imea, prevista para às 16h, além dos indicadores financeiros internacionais.
- Sustentabilidade6 horas ago
Consumidor de milho avança pouco nas compras em julho, esperando queda maior de preços no Brasil – MAIS SOJA
- MaisAgro23 horas ago
Syngenta vence duas categorias do Top of Mind Rural 2025 e reforça liderança no agronegócio brasileiro
- Tecnologia do Agro23 horas ago
BASF reforça seu compromisso com o sistema de distribuição durante o 14º Congresso da ANDAV
- Featured9 horas ago
Tarifaço: PIB de Mato Grosso deve encolher R$ 648 milhões com taxa extra sobre exportações
- Business6 horas ago
Frigoríficos de MT podem adotar férias coletivas após tarifa dos EUA, diz Sindifrigo
- Featured24 horas ago
MPF investiga construção de estrada dentro da Terra Indígena Parque do Xingu em MT
- Sustentabilidade5 horas ago
Preços do arroz reagem em julho com equilíbrio frágil, mas negócios seguem limitados – MAIS SOJA
- Business23 horas ago
Setor cafeeiro pode ser forçado a redirecionar produção, diz Cepea