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Entenda como funcionava esquema que gerou rombo de mais de R$ 21 milhões na Justiça de MT

Grupo é suspeito de desviar mais de R$ 21 milhões do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) usando ações falsas, documentos forjados e fraudes em alvarás, segundo a Polícia Civil.
A Polícia Civil está investigando um grupo criminoso que causou um rombo de mais de R$ 21 milhões na Justiça de Mato Grosso, por meio de fraudes processuais, estelionato e uso de documentos falsos. Nesta reportagem, veja como funcionava o esquema investigado pela Operação Sepulcro Caiado, que prendeu 11 pessoas nesta quarta-feira (30), em Cuiabá (confira lista abaixo).
De acordo com a polícia, o grupo entrava com ações de cobrança na Justiça e, sem que os devedores soubessem, simulava o pagamento da dívida usando comprovantes falsos de depósitos judiciais.
Com esses documentos falsificados, um servidor do judiciário alterava o sistema do TJMT para que constasse que o dinheiro estava disponível no processo. Assim, era possível emitir e sacar o valor por meio de alvarás.
Conforme a decisão, o prejuízo inicialmente identificado era superior a R$ 11 milhões em apenas 17 processos. No entanto, os indícios apontam que os valores desviados ultrapassam R$ 21 milhões. A investigação sugere que esse valor pode representar apenas uma fração do dano total.
🔎Passo a passo de como o esquema funcionava:
Abertura de ações falsas:
- O grupo começava entrando na Justiça com ações de cobrança, muitas vezes sobre dívidas que não existiam ou com valores inflacionados. Quem aparecia como credor eram João Gustavo Ricci Volpato, seus familiares (Luiza Rios Ricci Volpato e Augusto Frederico Ricci Volpato) e empresas ligadas a eles (RV Empresa de Cobrança Ltda e Labor Fomento Mercantil Ltda).
Uso de procurações e documentos falsos:
- Para dar aparência de legalidade aos processos, o grupo usava documentos falsificados, incluindo procurações com assinaturas falsas que davam poder a advogados que nunca foram contratados pelas vítimas. Em alguns casos, nem havia procuração no processo.
Pagamentos e acordos simulados:
- Advogados como Themis Lessa da Silva, Régis Poderoso de Souza, João Miguel da Costa Neto, Rodrigo Moreira Marinho e Denise Alonso informavam à Justiça que os supostos devedores, que, na verdade, eram vítimas da fraude, haviam feito pagamentos altos ou acordos para quitar dívidas. Também renunciavam a prazos recursais, o que impedia qualquer contestação. As pessoas que apareciam como rés nesses processos negavam ter feito qualquer pagamento ou mesmo ter condições financeiras para isso.
Comprovantes de pagamento falsos:
- Para comprovar os falsos pagamentos, o grupo apresentava comprovantes de depósito falsificados. O Banco do Brasil confirmou que esses depósitos nunca existiram e que havia erros nos documentos, como códigos inválidos e datas que não batiam.
Manipulação dentro do Judiciário:
- O servidor do TJMT, Mauro Ferreira Filho (também chamado de Mauro Martins Sanches Junior), inseria dados falsos no sistema da conta judicial, muitas vezes antes mesmo de qualquer pagamento real ou decisão do juiz. Isso permitia que o grupo sacasse valores como se fossem verdadeiros.
Liberação indevida de alvarás:
- Com a falsa comprovação dos pagamentos, a Justiça autorizava a liberação de valores (alvarás), que eram sacados indevidamente. Só em 17 processos, o prejuízo passou de R$ 11 milhões, e os investigadores acreditam que o total pode ser mais de R$ 21 milhões.
Lavagem de dinheiro:
- O dinheiro desviado era movimentado de forma incompatível com a renda dos envolvidos. Parte dos valores foi enviada para familiares, empresas do grupo e terceiros, como a esposa falecida do servidor, o cunhado de um dos investigados e outras pessoas próximas. Também houve compra de bens pagos em dinheiro vivo, numa tentativa de esconder a origem do dinheiro.
👥Quem são os alvos da operação:
- João Gustavo Ricci Volpato – Advogado
- Denise Alonso – Advogada e servidora comissionada da ALMT
- Mauro Ferreira Filho – Servidor
- João Miguel da Costa Neto – Advogado
- Themis Lessa da Silva – Advogado
- Rodrigo Moreira Marinho – Advogado
- Augusto Frederico Ricci Volpato – Sócio de empresa credora e beneficiário no esquema
- Luiza Rios Ricci Volpato – Sócia de empresa credora e beneficiária no esquema
- Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes – Advogada
- Wagner Vasconcelos de Moraes – Advogado
- Régis Poderoso de Souza – Advogado e servidor comissionado da ALMT
As defesas dos advogados Wagner Vasconcelos, Melissa França, João Augusto e João Miguel informaram que vão se manifestar sobre o caso somente após terem acesso ao conteúdo das investigações. A reportagem tenta localizar a defesa dos demais envolvidos.
O que diz o TJMT e a OAB
Em nota, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) informou que está contribuindo com a investigação da suposta irregularidade na gestão da Conta Única do Poder Judiciário e que irá instaurar os procedimentos disciplinares cabíveis para a apuração da responsabilidade administrativa dos servidores suspeitos.
Em outro trecho da nota, o órgão destacou que adota rigorosos mecanismos de controle e transparência, visando prevenir quaisquer tipos de inconformidades.
Já a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) informou que acompanha a operação e que irá requerer informações acerca da conduta dos advogados envolvidos para que seja instaurada a devida apuração junto ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED) e tomadas outras medidas administrativas cabíveis.
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Sete advogados que atuam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), foram presos em Cuiabá. — Foto: Reprodução
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Moradora do Quilombo vence prêmio de R$ 50 mil; confira lista de ganhadores

A moradora do bairro Quilombo, Daniele Cristina de Matos, foi a vencedora do prêmio de R$ 50 mil do sorteio da Nota Cuiabana, realizado na tarde desta quarta-feira (30). O sorteio ocorreu na sala de reuniões da Secretaria Municipal de Economia, localizada no segundo andar do Palácio Alencastro, sede da Prefeitura de Cuiabá.
O procedimento foi acompanhado pessoalmente pelo secretário municipal de Economia, Marcelo Bussiki, e pela comissão formada por servidores públicos. A nota fiscal premiada corresponde à prestação de um serviço de cursos educacionais.
O vencedor da segunda premiação, de R$ 25 mil, foi o morador do bairro Poção, Edir Luiza de Magalhães Souza. A nota fiscal está vinculada a um serviço de assistência funerária. A terceira premiação, de R$ 10 mil, será paga à moradora do bairro CPA IV, Josiane da Silva Santos Aranha, premiada a partir de uma nota fiscal de prestação de serviços de informática. A quarta premiação, de R$ 5 mil, será paga à moradora do bairro Jardim Imperial, Pollyana Arantes Ferreira, graças à emissão de uma nota fiscal vinculada ao serviço de laboratório médico. Ainda houve quarenta prêmios de R$ 1 mil, totalizando R$ 130 mil em premiações.
“Quando se reivindica a nota fiscal, coíbe-se a evasão fiscal, a sonegação de impostos e estimula-se a melhoria da arrecadação tributária”, explica o secretário de Economia, Marcelo Bussiki.
Os vencedores do prêmio da Nota Cuiabana serão comunicados por e-mail, com orientações sobre os documentos que deverão ser apresentados. Todos deverão retirar a premiação no prazo de 180 dias. Expirado esse prazo, o valor será transferido a instituições filantrópicas.
Como participar da Nota Cuiabana?
Para participar, basta exigir a nota fiscal de cada serviço prestado por empresas cadastradas pela Prefeitura de Cuiabá, com base no Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Em seguida, é necessário cadastrar as notas no site da prefeitura (https://www.cuiaba.mt.gov.br/) ou no site do projeto (https://www.notacuiabana.com.br/Default.aspx). Se você ainda não está cadastrado no programa, basta se registrar no site https://www.notacuiabana.com.br/Default.aspx e começar a exigir a nota fiscal em qualquer serviço prestado, como salões de beleza, consultórios médicos, estacionamentos, academias ou oficinas mecânicas.
Cada nota fiscal emitida gera um cupom eletrônico para concorrer aos prêmios. Mesmo os contribuintes que ainda não estão inscritos no programa podem se cadastrar e solicitar as notas fiscais de serviços.
Com este valor, a premiação seguirá até novembro nas seguintes datas:
- 20 de agosto
- 17 de setembro
- 15 de outubro
- 12 de novembro
No dia 17 de dezembro, será realizada uma premiação total de R$ 225 mil.
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Casal realiza sonho e inaugura box no Mercado do Porto com crédito da Desenvolve MT

Unindo força, tradição e espírito empreendedor, Anacil e Raimundo Abreu transformaram anos de trabalho informal em um negócio estruturado no Mercado do Porto, em Cuiabá. Após mais de uma década vendendo queijos, doces e rapaduras de porta em porta, o casal celebrou a conquista de um box próprio com a abertura do “Roça do Potência – Queijos e Doces”, viabilizado por meio da linha Mulher Empreendedora, da Desenvolve MT.
O box do “Roça do Potência”, no tradicional Mercado do Porto, é o resultado de anos de esforço, persistência e fé. O negócio, que começou de forma totalmente informal, foi ganhando força com o passar do tempo. Raimundo transportava os produtos em isopores no porta-malas do carro, percorrendo diversos bairros da capital para fidelizar uma clientela que, hoje, os acompanha até o novo endereço.
Com o crédito obtido junto à Desenvolve MT, o casal reformou o espaço, adquiriu equipamentos como freezers e expositores, e conseguiu investir na primeira leva de mercadorias para estruturar o ponto fixo. “O atendimento da Desenvolve MT foi muito bom. Achei que seria complicado, mas eles agilizaram tudo. Não precisamos ficar correndo atrás ou batendo cabeça. A própria atendente fez todo o processo, explicou certinho, e deu tudo certo. Foi tranquilo, ficamos muito satisfeitos com o resultado”, contam
Além dos produtos regionais de Mato Grosso, o casal decidiu ampliar o portfólio com sabores de outras regiões do país. No cardápio, é possível encontrar desde queijo mineiro até rapadura do Nordeste e manteiga de garrafa do Centro-Oeste, tornando o espaço uma verdadeira vitrine de cultura alimentar.
Mesmo com a nova fase, os dois mantêm o mesmo espírito acolhedor que marcou toda a trajetória. Raimundo, com seu jeito carismático, gosta de conversar com os clientes e contar a história por trás de cada produto. O nome “Roça do Potência” surgiu como uma brincadeira que virou marca. O apelido “Potência”, dado a Raimundo por amigos e clientes, passou a ser usado como identidade do negócio, que hoje representa a força da roça e simplicidade.
Com o negócio estruturado, o casal já projeta crescimento, aumentar a produção, contratar funcionários e investir em divulgação. “Muita gente tem realizado o sonho de ter o próprio negócio, e eu acho que ter um lugar próprio para trabalhar é uma das melhores coisas. Pagar aluguel é difícil. A nossa meta, daqui a um ano mais ou menos, é contratar um funcionário e começar a gerar emprego também. Graças a Deus, o movimento tem sido bom para a gente”, afirma Raimundo.
O ponto no Mercado do Porto já se tornou uma referência para quem procura produtos de qualidade. Mais do que vender queijos e doces, Anacil e Raimundo compartilham uma história inspiradora de empreendedorismo familiar. Com o apoio da Desenvolve MT, essa história ganhou endereço fixo, mais estabilidade e ainda mais sabor.
Mulher Empreendedora
Até junho de 2025, mais de R$1,2 milhão em crédito foram liberados exclusivamente para mulheres empreendedoras em Mato Grosso por meio da linha Mulher Empreendedora, oferecida pela Desenvolve MT. A linha disponibiliza crédito de até R$15 mil para mulheres que desejam montar, ampliar ou fortalecer seus negócios no estado.
O valor pode ser utilizado em 70% para investimento em equipamentos, mercadorias ou melhorias estruturais, e 30% para capital de giro. As condições são vantajosas, o prazo de pagamento pode chegar a 42 meses, com carência de até 6 meses e taxa de juros a partir de 0,50% ao mês. Com bônus de adimplência, é possível reduzir ainda mais os encargos.
A simulação é 100% digital e pode ser feita no site desenvolve.mt.gov.br. Mais informações também pelo telefone (65) 3613-7900.
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Saiba os preços de soja em dia de anúncios de tarifa por Trump

O mercado brasileiro de soja teve um dia de baixa liquidez e preços em queda nos portos, pressionados pelo recuo nas cotações em Chicago, de acordo com análise de Rafael Silveira, da consultoria Safras & Mercado. Apesar de alguma compensação nos prêmios, o movimento geral foi de desvalorização.
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No interior, o basis continua pressionado, mas algumas praças registraram redução nas pedidas por parte dos produtores. Com as cotações em baixa na bolsa e o dólar oscilando sem oferecer suporte consistente, o dia foi de calmaria e sem grandes volumes negociados.
Soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 132,00 para R$ 131,00
- Santa Rosa (RS): caiu de R$ 133,00 para R$ 132,00
- Rio Grande (RS): caiu de R$ 138,00 para R$ 137,00
- Cascavel (PR): caiu de R$ 132,00 para R$ 131,00
- Paranaguá (PR): caiu de R$ 137,00 para R$ 136,00
- Rondonópolis (MT): caiu de R$ 121,00 para R$ 120,00
- Dourados (MS): manteve em R$ 120,00
- Rio Verde (GO): manteve em R$ 120,00
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos. A posição novembro, a mais negociada, encerrou abaixo de US$ 10,00 pela primeira vez desde abril, marcando a quinta sessão consecutiva de perdas.
O mercado seguiu pressionado pelo clima favorável ao desenvolvimento das lavouras, indicando uma ampla oferta da commodity. A demanda pelo produto americano segue restrita, fechando um cenário baixista fundamental.
Contratos futuros de soja
Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 14,00 centavos de dólar ou 1,42% a US$ 9,67 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 9,95 3/4 por bushel, perda de 13,75 centavos ou 1,36%.
Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com baixa de US$ 1,60, ou 0,60%, a US$ 264,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 56,50 centavos de dólar, com perda de 1,04 centavo ou 1,8%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,32%, sendo negociado a R$ 5,5882 para venda e a R$ 5,5862 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5367 e a máxima de R$ 5,6302.
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