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Bayer pede registro de icafolin na União Europeia

Herbicida tem modo de ação inédito; lançamento no Brasil deve ocorrer a partir de 2028
A Bayer protocolou pedido de registro do herbicida icafolin-metil (icafolin-methyl) para uso na União Europeia. A empresa já havia feito o mesmo no Brasil, Estados Unidos e Canadá. Conforme comunicado ao mercado, a substância representa o primeiro novo modo de ação para controle de plantas daninhas pós-emergência em grandes culturas nos últimos 30 anos.
O lançamento está previsto para 2028 no Brasil. Há, pelo menos, dois pedidos de registro comercial em trâmite junto ao Ministério da Agricultura: Izzop Control (icafolina-metil e diflufenicam) e Velnexa Max (icafolina-metil e indaziflam).
A expectativa de pico de vendas é de cerca de € 750 milhões por ano. Segundo a Bayer, o novo modelo operacional DSO permitiu adiantar as submissões regulatórias.
Icafolin pertence a uma classe química inédita, classificada pelo Comitê de Ação a Resistência aos Herbicidas no grupo 23. A molécula exige doses menores e permite aplicações mais precisas. Também deve apresentar perfil elevado de segurança e sustentabilidade. O produto complementa herbicidas já usados, como o glifosato, e oferece alternativa para manejo da resistência — problema crescente que ameaça a produtividade e a segurança alimentar.
A Bayer desenvolveu o produto para culturas como soja, cereais, leguminosas e oleaginosas. Frutas de caroço e pomáceas, castanhas, uvas e cítricos também estão entre os alvos. A ação do herbicida paralisa o crescimento das plantas daninhas, que mantêm a estrutura no campo. Isso cria uma camada morta que ajuda a conter a erosão e conservar a umidade no solo.
A empresa destaca que icafolin favorece práticas agrícolas regenerativas. Ao controlar plantas daninhas de forma eficaz, reduz a necessidade de revolvimento do solo.
Cientistas da empresa descrevem assim a molécula:
Icafolin-metil é um novo herbicida com um perfil biológico único. É hidrolisado in planta para o ácido carboxílico icafolina. Após aplicação pós-emergente, tanto o icafolin-metil quanto icafolina demonstram alta eficácia contra as plantas daninhas competitivas mais relevantes em sistemas de cultivo de estação fria e quente em baixas doses de aplicação, incluindo biótipos resistentes de capim-preto e azevém. Há evidências bioquímicas e genéticas de que o icafolin-metil e icafolin inibem a polimerização da tubulina em plantas, provavelmente por se ligarem às ß-tubulinas.
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Saiba os preços de soja em dia de anúncios de tarifa por Trump

O mercado brasileiro de soja teve um dia de baixa liquidez e preços em queda nos portos, pressionados pelo recuo nas cotações em Chicago, de acordo com análise de Rafael Silveira, da consultoria Safras & Mercado. Apesar de alguma compensação nos prêmios, o movimento geral foi de desvalorização.
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No interior, o basis continua pressionado, mas algumas praças registraram redução nas pedidas por parte dos produtores. Com as cotações em baixa na bolsa e o dólar oscilando sem oferecer suporte consistente, o dia foi de calmaria e sem grandes volumes negociados.
Soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 132,00 para R$ 131,00
- Santa Rosa (RS): caiu de R$ 133,00 para R$ 132,00
- Rio Grande (RS): caiu de R$ 138,00 para R$ 137,00
- Cascavel (PR): caiu de R$ 132,00 para R$ 131,00
- Paranaguá (PR): caiu de R$ 137,00 para R$ 136,00
- Rondonópolis (MT): caiu de R$ 121,00 para R$ 120,00
- Dourados (MS): manteve em R$ 120,00
- Rio Verde (GO): manteve em R$ 120,00
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos. A posição novembro, a mais negociada, encerrou abaixo de US$ 10,00 pela primeira vez desde abril, marcando a quinta sessão consecutiva de perdas.
O mercado seguiu pressionado pelo clima favorável ao desenvolvimento das lavouras, indicando uma ampla oferta da commodity. A demanda pelo produto americano segue restrita, fechando um cenário baixista fundamental.
Contratos futuros de soja
Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 14,00 centavos de dólar ou 1,42% a US$ 9,67 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 9,95 3/4 por bushel, perda de 13,75 centavos ou 1,36%.
Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com baixa de US$ 1,60, ou 0,60%, a US$ 264,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 56,50 centavos de dólar, com perda de 1,04 centavo ou 1,8%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,32%, sendo negociado a R$ 5,5882 para venda e a R$ 5,5862 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5367 e a máxima de R$ 5,6302.
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Período de estiagem reforça importância da união dos produtores em MT

O período de estiagem em Mato Grosso é marcado por altas temperaturas, baixa umidade do ar e vegetação ressecada, cenário que favorece a rápida propagação de incêndios. Segundo dados do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso (CBM-MT), 27,7% dos focos registrados em 2024 ocorreram em Terras Indígenas, o que reforça a necessidade de vigilância constante, principalmente em áreas limítrofes.
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Diante desse cenário crítico, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) fortalece a cooperação entre agricultores para conter e prevenir o avanço das chamas. Em diversas regiões do estado, produtores se organizam em uma verdadeira força conjunta de enfrentamento.
Experiências dos produtores
A produtora Josi Paula Souza, de Água Boa, vive essa realidade de perto. Sua propriedade faz divisa com território indígena e já sofreu prejuízos devido às queimadas no período de estiagem. “Na nossa propriedade, eventualmente ocorrem incêndios causados por indígenas. É um trabalho constante de vigilância, pois precisamos cuidar da nossa área e da divisa com as terras indígenas.
Esse fogo atinge a pastagem e o solo, que demora muito para se recuperar. Ficamos um ano sem o pasto. É uma perda da pastagem e da terra também, que exige um longo período de recuperação”, relata.
Ações da Aprosoja MT para enfrentar a estiagem
O delegado do núcleo de Querência, Valdair Hauenstein Granja, afirma que o apoio mútuo entre vizinhos tem sido fundamental. ”Estamos sempre prontos para ajudar ou receber ajuda quando surge o fogo. A união é essencial para controlar o incêndio rapidamente e reduzir prejuízos. Ao menor alerta no grupo de WhatsApp, quem estiver mais próximo deve agir imediatamente”, reforça.
Na região de Querência, um grupo com mais de 300 produtores foi criado exclusivamente para essa finalidade. Já em Lucas do Rio Verde, a mobilização começa antes mesmo do início da seca. O delegado da Aprosoja local, Gilberto Eberhardt, explica que, em parceria com o Corpo de Bombeiros, os agricultores participaram de reuniões para mapear propriedades com geolocalização e identificar equipamentos disponíveis.
“O que vemos é a união de todos para se preparar no combate aos incêndios. Recentemente, tivemos uma reunião com o Corpo de Bombeiros, no Sindicato Rural, para mapear todas as propriedades com geolocalização. A ideia é que cada produtor informe os equipamentos disponíveis em sua propriedade para o combate ao fogo. É fundamental que todos os produtores acessem o site da Aprosoja MT, onde estão disponíveis informações para prevenir e saber onde buscar ajuda”, destaca Gilberto.
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Marfrig suspende em MT produção de carne exportada para os EUA

A Marfrig Global Foods, uma das grandes produtoras de carne bovina do mundo, comunicou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a paralisação da produção destinada aos Estados Unidos em sua unidade de Várzea Grande (MT), uma das principais plantas da empresa no Brasil. A decisão, conforme revelou reportagem da Folha de S.Paulo, está fundamentada em “motivos comerciais”, segundo informou a própria companhia ao governo federal.
A suspensão começou a valer no dia 17 de julho e não há prazo definido para a retomada. Quando houver retorno, a empresa se comprometeu a avisar os órgãos de inspeção sanitária com pelo menos 72 horas de antecedência. “Assim que retomar a produção de USA, seguiremos com as solicitações informando ao serviço de inspeção federal”, declarou a Marfrig ao Mapa, em nota oficial.
Impacto direto das tarifas impostas por Donald Trump – A paralisação ocorre em meio a um cenário de forte retração nas exportações brasileiras de carne bovina para os Estados Unidos, provocada pela escalada tarifária determinada pelo presidente Donald Trump. Desde abril, o governo norte-americano vem impondo sobretaxas às importações de diversos produtos brasileiros. A alíquota, que começou em 10%, será elevada para 50% a partir de 1º de agosto.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que o impacto da medida pode resultar em uma perda de US$ 5,8 bilhões para o agronegócio nacional, o que representaria uma retração de 48% nas exportações brasileiras para os EUA em comparação a 2024. No setor de carnes bovinas, a previsão é de queda de até 47%; no café, a redução pode chegar a 25%.
“Assumiu-se que o choque causado nas tarifas seria integralmente transmitido para os preços de importação. Ou seja, uma elevação de 50% nas tarifas elevaria em 50% os preços finais”, afirmou a CNA em nota técnica.
Queda brusca nos embarques – A medida protecionista já tem provocado forte recuo no volume exportado. Em abril, mês em que a taxa de 10% entrou em vigor, o Brasil embarcou 47,8 mil toneladas de carne bovina aos EUA. Esse número caiu para 27,4 mil toneladas em maio e 18,2 mil toneladas em junho. Em julho, até o momento, o volume recuou para apenas 9,7 mil toneladas — uma queda de 80% em relação a abril.
Apesar da redução no volume, o preço médio da carne brasileira exportada para os americanos subiu. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o valor médio pago por tonelada era de US$ 5.200 em abril, subiu para US$ 5.400 em maio e alcançou US$ 5.600 em junho. Nesta semana, o valor já chega a US$ 5.850 — uma alta acumulada de 12%.
Desvio de cargas e reações do setor – Diante da incerteza gerada pela entrada em vigor da tarifa de 50%, exportadores já começaram a redirecionar remessas. Cargas fechadas com destino inicial aos Estados Unidos estão sendo desviadas para outros mercados, a fim de evitar a chegada em território americano após 1º de agosto.
Além da Marfrig, outros frigoríficos de Mato Grosso do Sul também suspenderam as operações voltadas ao mercado dos EUA. Alberto Sérgio Capucci, vice-presidente do Sincadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul), afirmou à Folha que a paralisação busca evitar acúmulo de estoques. Essa é uma tendência nacional, avaliou.
Unidade estratégica e histórico de exportações – A planta da Marfrig em Várzea Grande, adquirida da BRF em 2019 e reativada com R$ 100 milhões em investimentos, tem capacidade para abater cerca de 2 mil bovinos por dia e produzir 70 mil toneladas anuais de alimentos processados. O complexo está habilitado a exportar para 22 países, incluindo China, Europa e Estados Unidos.
Até o primeiro semestre deste ano, os EUA ocupavam a segunda posição no ranking dos maiores importadores da carne bovina brasileira, atrás apenas da China. De janeiro a junho de 2025, o Brasil exportou 181,5 mil toneladas de carne aos EUA, movimentando US$ 1,04 bilhão — alta de 112,6% em volume e 102% em valor em comparação ao mesmo período de 2024.
A adoção da tarifa de 50%, contudo, tende a comprometer fortemente essa dinâmica. Apesar do preço competitivo da carne brasileira frente a países como Canadá e Argentina, o novo cenário pode reduzir drasticamente essa vantagem.
*(Com informações da Folha de São Paulo)
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