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Agro Mato Grosso

Estudo mostra eficácia de Beauveria varroae contra Helicoverpa armigera

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Em dez dias, as concentrações mais altas mataram até 96,6% dos insetos

Pesquisadores gregos testaram em laboratório um novo isolado do fungo Beauveria varroae e comprovaram sua ação letal contra Helicoverpa armigera e Sesamia nonagrioides. O estudo mostra que o agente biológico causou até 96,6% de mortalidade em larvas dessas espécies.

As larvas da Helicoverpa armigera atacam algodoeiros, leguminosas e outras culturas, com perdas econômicas que ultrapassam US$ 3 bilhões por ano no mundo. Já Sesamia nonagrioides afeta principalmente o milho, com dificuldade de controle químico devido ao comportamento oculto das larvas dentro das plantas.

O isolado do B. varroae foi coletado em ambiente urbano na cidade de Patras, na Grécia. Os pesquisadores aplicaram suspensões do fungo com diferentes concentrações (de 10³ a 10⁸ conídios por mililitro) sobre larvas em estágio 3. Em dez dias, as concentrações mais altas mataram até 96,6% dos insetos.

O efeito foi dose-dependente: quanto maior a concentração e o tempo de exposição, maior a taxa de mortalidade. A mortalidade nas amostras-controle não ultrapassou 3,3%.

A análise estatística demonstrou que a espécie do inseto teve influência menor sobre a taxa de mortalidade. O fator determinante foi a dose do fungo. A taxa de risco (hazard ratio) aumentou proporcionalmente à concentração de conídios, indicando ação rápida e eficaz do B. varroae.

Os autores destacam que o fungo age por adesão à cutícula do inseto, germinação e penetração, superando as defesas físicas e químicas do hospedeiro. Concentrações elevadas do fungo foram mais eficazes devido à maior esporulação e invasão do corpo do inseto.

Conforme os cientistas, trata-se do primeiro estudo a testar B. varroae contra essas duas espécies. Embora fungos como Beauveria bassiana e Metarhizium robertsii já sejam usados como agentes de controle biológico, a cepa de B. varroae apresentou resultados promissores e potencial para formulações comerciais.

Há necessidade de testes de campo para avaliar a eficácia em condições naturais e desenvolver formulações que aumentem a durabilidade e a praticidade de aplicação do fungo em sistemas de manejo integrado de pragas.

Outras informações em doi.org/10.3390/crops5040049

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Fungicidas mostram resultados positivo contra mofo-branco na soja em 2024/25

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Ensaios cooperativos da Embrapa, safra 2024/25, indicam eficácia de controle químico

O fungicida com fluopiram apresentou a maior eficiência no controle do mofo-branco em soja na safra 2024/25. Ensaios cooperativos conduzidos pela Embrapa Soja e parceiros indicaram 66% de redução da doença com o produto. O estudo envolveu 11 locais nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Bahia.

A doença, causada por Sclerotinia sclerotiorum, reduz a produtividade em até 17,2 kg/ha por ponto percentual de aumento na incidência. Nas áreas com mofo-branco sem controle, a perda média de produtividade chegou a 24,4%.

Cinco locais apresentaram níveis adequados da doença para análise conjunta: Mauá da Serra, Ponta Grossa, Passo Fundo, Montividiu e Formosa. A média de incidência nas áreas sem fungicida foi de 47,7%.

Incidência, controle relativo (C), produtividade da soja, redução de produtividade (RP), massa de escleródios produzidos (M. Esc.) e redução da massa de escleródios (RMEsc) em função dos tratamentos fungicidas dos ensaios cooperativos de controle de mofo-branco em soja. Safra 2024/2025 - Circular Técnica 218, Embrapa
Incidência, controle relativo (C), produtividade da soja, redução de produtividade (RP), massa de escleródios produzidos (M. Esc.) e redução da massa de escleródios (RMEsc) em função dos tratamentos fungicidas dos ensaios cooperativos de controle de mofo-branco em soja. Safra 2024/2025 – Circular Técnica 218, Embrapa

Além do fluopiram, outros ingredientes ativos como procimidona, fluazinam e picoxistrobina mostraram eficiência, com controle entre 47% e 54%. A maior produtividade foi registrada com fluopiram: 4.435 kg/ha. A testemunha (sem controle) produziu 3.353 kg/ha.

Na produção de escleródios, estruturas reprodutivas do fungo, o destaque foi para a picoxistrobina, com 84% de redução. Fluopiram, fluazinam e procimidona também tiveram desempenho relevante, com reduções entre 71% e 77%.

Os autores do estudo destacam a importância da rotação de fungicidas com diferentes modos de ação para evitar resistência. O controle químico deve ser integrado a práticas culturais e biológicas, com foco no período crítico da soja: do florescimento à formação das vagens.

A pesquisa envolveu instituições públicas e privadas e adotou rigor estatístico com modelos lineares mistos e análise de variância. A metodologia incluiu pulverizações sequenciais e avaliação de incidência, produtividade e massa de escleródios.

Locais e instituições onde os ensaios foram instalados, cultivares utilizadas, data de semeadura da soja e incidência de mofo-branco no tratamento testemunha sem controle (T1), safra 2024/25
Locais e instituições onde os ensaios foram instalados, cultivares utilizadas, data de semeadura da soja e incidência de mofo-branco no tratamento testemunha sem controle (T1), safra 2024/25
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TRT-MT realiza audiência pública sobre uso do glifosato em lavouras em MT

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Audiência pública será realizada em 19 de agosto para ouvir especialistas antes do julgamento sobre a legalidade do herbicida

O Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT) marcou para o dia 19 de agosto uma audiência pública para discutir a legalidade do uso do herbicida glifosato em lavouras do estado, no contexto das relações de trabalho. A convocação foi determinada pelo desembargador Aguimar Peixoto, relator do processo instaurado como etapa prévia ao julgamento da tese pelo Pleno do Tribunal.

Profissional operando colheitadeira em lavoura (Foto: Chico Gomes)

Audiência pública marcada pelo TRT-MT vai discutir os impactos do uso do glifosato nas relações de trabalho no campo/ Foto: Chico Gomes

Segundo o magistrado, o objetivo é garantir um debate técnico e plural sobre o tema, que envolve grande repercussão social, econômica e jurídica.

A iniciativa antecede a análise de uma ação civil pública ajuizada em 2019 pelos Ministérios Públicos do Trabalho (MPT), Federal (MPF) e do Estado de Mato Grosso (MPMT), que pede a proibição do uso do glifosato no estado, apontando riscos à saúde dos trabalhadores rurais.

A ação tem como rés três entidades representativas do agronegócio mato-grossense: a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e a Associação Mato-grossense dos Produtores de Soja (Ampa).

Dois pontos estão no centro da controvérsia:

  • A competência da Justiça do Trabalho para decidir sobre a restrição de um produto cujo uso é permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
  • E a possibilidade de estender os efeitos da decisão a todos os produtores rurais representados pelas entidades rés, mesmo que não figurem diretamente no processo — característica das chamadas ações duplamente coletivas.

MPs apontam risco de câncer e falhas na proteção dos trabalhadores

Na ação, os Ministérios Públicos sustentam que, mesmo com o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), o contato com o glifosato representa riscos significativos à saúde dos trabalhadores, com potencial para causar doenças crônicas, incluindo câncer.

A argumentação tem como base estudos da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificam o glifosato como “provável agente cancerígeno”. Também é citada a Convenção nº 170 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), segundo a qual substâncias perigosas devem ser proibidas quando não é possível garantir sua manipulação segura.

Além da proibição imediata, os MPs propõem uma solução alternativa por meio da autocomposição: o estabelecimento de metas para a redução gradual do uso do glifosato nas lavouras do estado.

Inscrições abertas para participação na audiência

Pessoas físicas ou entidades interessadas em participar como expositores na audiência pública têm até o dia 30 de julho para se inscrever. As solicitações devem ser enviadas por e-mail para gab-aguimarpeixoto@trt23.jus.br, com a indicação dos pontos que pretendem abordar.

O relator informou que serão consideradas, para fins de habilitação, a representatividade institucional, a expertise técnica e a pertinência das contribuições. A lista de habilitados será divulgada a partir do dia 10 de agosto, e o TRT também poderá convidar especialistas de notório saber para participar dos debates.

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Governo de MT transforma Pantanal em vitrine internacional para safari e ecoturismo I MT

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O Governo do Estado impulsiona o turismo e anuncia uma parceria com o Governo de Mato Grosso do Sul, a Embratur e a National Geographic com a criação da Rota do Safári.

Com um investimento de R$ 823 mil, a campanha “Safari for the Senses”, que tem como objetivo divulgar internacionalmente o ecoturismo da região pantaneira, e integrar o bioma à rota internacional de safáris.

No vídeo, o Governo de MT apresenta imagens captadas no Pantanal, mostrando onças-pintadas, araras-azuis e outros animais típicos da fauna pantaneira, como ariranhas.

  “Com esse aporte financeiro, esperamos que o Pantanal ganhe visibilidade internacional. A National Geographic é uma produtora reconhecida mundialmente, e nossa intenção é que o bioma seja consolidado como um destino de safári”, afirmou a superintendente de Políticas e Promoção do Turismo da Sedec-MT, Júlia Assis.

Veja 

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