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Mato Grosso conquista 50 medalhas no VIII Prêmio Queijo Brasil

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Resultado revela a melhoria da qualidade dos produtos da agricultura familiar com apoio das políticas públicas do Governo do Estado

Com 60 produtos da agricultura familiar mato-grossense inscritos no VIII Prêmio Queijo Brasil — um dos mais relevantes do segmento no país — Mato Grosso conquistou 50 medalhas, entre ouro, prata e bronze. O resultado comprova o avanço na qualidade da produção dos pequenos produtores rurais, fruto de políticas públicas estratégicas voltadas ao fortalecimento do setor.

“Esse prêmio é o reflexo do que acreditamos e fomentamos: a agricultura familiar tem potencial, qualidade e agora o reconhecimento nacional. A valorização dos queijos e derivados mato-grossenses mostra que as políticas públicas implementadas estão gerando transformação real na vida dos produtores”, destacou a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.

O concurso é realizado anualmente em Blumenau (SC) e nesta edição, a premiação ocorreu na noite de quinta-feira (10.07), durante o Festival Nacional do Queijo, que contou com estande exclusivo dos produtos mato-grossenses.

Entre mais de 2 mil amostras de queijos, doces de leite e manteigas de todas as regiões do Brasil, os produtores de Mato Grosso conquistaram oito medalhas de ouro, 24 de prata e 18 de bronze. Na categoria de melhor produto do Estado, o destaque ficou com o doce de leite com café da Pé de Queijo Gourmet, localizada no assentamento Coqueiral, a 45 km de Nobres.

No último ano, a mesma queijaria já havia conquistado medalha de ouro com o queijo nozinho temperado e tradicional, além do título de melhor queijaria do estado. Neste ano, a Pé de Queijo Gourmet foi novamente premiada com medalhas de bronze e prata, além do ouro com o doce de leite com café, que levou o título de melhor produto de Mato Grosso. O empreendimento é gerido pelo produtor Edimar Alves Trindade, junto com a esposa Sandra Braz da Silva Trindade e os filhos.

A coordenadoria de Agroindústria da Seaf avaliou que o número de premiações superou as expectativas e representou um retorno positivo sobre a qualidade dos produtos. A equipe técnica também destacou que o Prêmio Queijo Brasil tem impacto direto na produção das micro e pequenas queijarias, já que os jurados — vindos de diversas regiões do país — oferecem um retorno qualificado aos produtores, o que influencia diretamente no aumento das vendas.

Desde 2024, políticas públicas vêm sendo implementadas para melhorar a qualidade da produção da agricultura familiar. A criação do Serviço de Inspeção Agroindustrial de Pequeno Porte de Mato Grosso (SIAPP/MT), por meio da Lei nº 12.387, é uma dessas ações. A iniciativa assegura a inspeção sanitária, conferindo segurança, qualidade e competitividade aos alimentos produzidos. O SIAPP/MT regulariza a produção e permite que os produtores acessem o mercado formal, além de viabilizar a participação em eventos como o Prêmio Queijo Brasil.

A Pé de Queijo Gourmet, que atualmente compra cerca de 170 litros de leite por dia de outros produtores da agricultura familiar da região de Nobres, está construindo um novo espaço para ampliar sua produção. A obra deve ser concluída em até 90 dias.

“Com a construção da nova vitrine, vamos ampliar esta produção”, afirmou Edimar. A queijaria vende diretamente para Nobres, Diamantino, Nova Mutum, Cuiabá e também em loja própria. “Estamos no limite da produção. Caímos na graça do povo”, completou.

O presidente da Empaer, Suelme Fernandes, destacou o impacto das premiações. “Esse reconhecimento comprova que quando o poder público investe com inteligência e técnica, o resultado aparece. As medalhas conquistadas são mérito de famílias que têm talento e agora contam com apoio técnico e políticas públicas consistentes para prosperar.”

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Mercado imobiliário segue aquecido, impulsionado por programa habitacional

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O setor imobiliário de Cuiabá vem apresentando expansão ao longo do ano. Entre julho e setembro, o Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT) registrou 3,8 mil unidades comercializadas, que movimentaram R$ 1,46 bilhão, segundo a pesquisa do 3º trimestre dos Indicadores do Mercado Imobiliário. De acordo com o presidente do Secovi-MT, Marco Pessoz, a maior parte dessas transações está ligada ao programa habitacional do Governo Federal.

“Percebemos que esse movimento está muito relacionado ao programa Minha Casa, Minha Vida. Hoje, entre 60% e 70% das 3,8 mil unidades transacionadas no período envolvem imóveis com valor médio de até R$ 250 mil.”

Apesar de o mercado imobiliário da capital manter ritmo de crescimento entre o segundo e o terceiro trimestres deste ano, houve mudança no perfil dos compradores: o número de unidades vendidas aumentou, enquanto o valor médio dos imóveis caiu.

O ticket médio passou de R$ 410 mil no 2º trimestre para R$ 384,6 mil no 3º trimestre. Mesmo assim, o volume de transações cresceu 18,7%, o que demonstra que a demanda se manteve forte, com mais unidades vendidas em faixas de preço mais baixas.

As regiões Oeste e Sul da capital concentraram o maior número de unidades vendidas e com menor valor médio, enquanto as regiões Leste e Norte apresentaram maiores tickets médios e imóveis de padrão mais alto.

Segundo Pessoz, “nos imóveis fora do programa — ou seja, que não contam com incentivos fiscais ou redução de juros do governo — foi observada uma queda significativa, especialmente no segmento de médio e alto padrão.”

O presidente também destacou a influência das taxas de juros sobre o comportamento do mercado: “As taxas ainda elevadas inviabilizam muitas operações de crédito imobiliário e retraem esse segmento. É um cenário bem diferente do programa Minha Casa, Minha Vida, que conta com condições de financiamento mais acessíveis e segue impulsionando as vendas.”

O levantamento conta com o apoio da Fecomércio-MT e é realizado desde 2015 pelo Secovi-MT, em parceria com a Secretaria de Fazenda de Cuiabá, com base nas informações do ITBI municipal.

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À espera por cotações melhores, produtores de soja focam no plantio; confira os preços do dia

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O mercado brasileiro de soja começou a semana com baixa oferta e poucas indicações de negócios. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Rafael Silveira, os produtores permanecem concentrados no plantio da nova safra e mais cautelosos nas vendas, à espera de cotações mais atrativas.

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Silveira explica que não houve grandes movimentações nem no porto e nem na indústria, com prêmios praticamente estáveis. A leve alta registrada na Bolsa de Chicago (CBOT) limitou-se a ajustes técnicos, sem força para alterar o cenário doméstico. “Os preços tiveram apenas pequenas oscilações”, resume o analista.

Preços de soja no Brasil

  • Passo Fundo (RS): manteve em R$ 133,00
  • Santa Rosa (RS): manteve em R$ 134,00
  • Cascavel (PR): caiu de R$ 135,00 para R$ 134,00
  • Rondonópolis (MT): manteve em R$ 126,00
  • Dourados (MS): caiu de R$ 126,00 para R$ 125,00
  • Rio Verde (GO): manteve em R$ 126,00
  • Paranaguá (PR): manteve em R$ 138,00
  • Rio Grande (RS): manteve em R$ 139,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja fecharam em leve alta na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira. Após a queda expressiva do pregão anterior, o mercado reagiu a declarações mais conciliatórias do presidente Donald Trump e do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, que amenizaram o tom das tensões comerciais com a China.

A recuperação, no entanto, foi limitada pelo cenário fundamental, ou seja, avanço da colheita norte-americana e boas condições para o plantio no Brasil. A paralisação parcial do governo americano segue no radar e afeta a divulgação de dados importantes de oferta, demanda e embarques.

Contratos futuros

O contrato de novembro subiu 1,00 centavo de dólar (0,09%), fechando a US$ 10,07 ¾ por bushel. A posição janeiro encerrou a US$ 10,25 ¼, com ganho de 2,00 centavos (0,19%).

Nos subprodutos, o farelo para dezembro caiu US$ 0,90 (0,32%), a US$ 274,10 por tonelada, enquanto o óleo fechou a 50,60 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 0,63 centavo (1,26%).

Câmbio

O dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,80%, cotado a R$ 5,4593 para venda e R$ 5,4573 para compra, após oscilar entre R$ 5,4412 e R$ 5,4997.

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Agro Mato Grosso

Como os pulgões vencem as defesas naturais das plantas I MT

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Pesquisa revela estratégias moleculares e comportamentais para neutralizar compostos tóxicos produzidos por culturas agrícolas

Estudo detalhou como os pulgões superam os compostos tóxicos defensivos produzidos por plantas. Esses compostos, chamados metabólitos secundários (PSMs), deveriam funcionar como uma barreira natural contra pragas. Mas os pulgões desenvolvem mecanismos de resistência que reduzem a eficácia das substâncias.

Pesquisadores da Universidade de Yangzhou, na China, apresentaram revisão sobre os mecanismos fisiológicos, bioquímicos e comportamentais que permitem aos pulgões sobreviver, se multiplicar e continuar a transmitir vírus mesmo sob pressão de defesas vegetais complexas.

Enzimas contra venenos

As plantas produzem compostos químicos como terpenoides, fenóis e alcaloides que atuam como inseticidas naturais. Em resposta, os pulgões ativam enzimas de desintoxicação, como as citocromo P450, transferases de glutationa (GSTs) e UDP-glicosiltransferases (UGTs), capazes de neutralizar os efeitos tóxicos desses compostos.

O processo ocorre em três fases.

Primeiro, as toxinas sofrem transformações químicas para se tornarem mais solúveis.

Em seguida, essas substâncias são ligadas a outras moléculas que facilitam sua eliminação.

Por fim, o organismo excreta os resíduos por transportadores de membrana celular, como os ABC transporters.

<i>Brevicoryne brassicae</i> - Foto: Jesse Rorabaugh
Brevicoryne brassicae – Foto: Jesse Rorabaugh

A pesquisa destaca que as enzimas antioxidantes também ajudam os pulgões a suportar o estresse oxidativo causado pelos metabólitos das plantas. Essa combinação bioquímica contribui para a sobrevivência e reprodução dos insetos, mesmo em ambientes hostis.

Bactérias aliadas

Os pulgões também contam com bactérias simbióticas que potencializam suas defesas. Algumas dessas bactérias, como Hamiltonella defensa e Regiella insecticola, interferem nas defesas hormonais das plantas, reduzindo a produção de compostos tóxicos ou neutralizando a resposta do sistema vegetal.

Em experimentos, pulgões com determinadas bactérias simbióticas demonstraram maior sobrevivência em cultivares naturalmente tóxicos. Em casos mais extremos, essas bactérias são capazes de metabolizar inseticidas sintéticos e compostos naturais presentes em folhas e caules.

Efeito viral

Além das enzimas e das bactérias, os pulgões também se beneficiam da ação de vírus que transmitem às plantas.

Muitos desses vírus enfraquecem as defesas vegetais ao suprimir vias hormonais importantes, como as de ácido jasmônico e ácido salicílico.

O resultado é duplo: plantas menos resistentes e maior atratividade para novos pulgões. Em testes com plantas infectadas por vírus como o Turnip mosaic virus ou o Potato leafroll virus, os insetos apresentaram aumento na fecundidade e maior tempo de permanência sobre a planta.

Comportamento estratégico

O comportamento dos pulgões também contribui para o sucesso da infestação. Eles evitam tecidos vegetais ricos em compostos tóxicos e preferem variedades com menor teor de PSMs. Essa seleção ocorre durante a alimentação, quando os insetos sondam os tecidos com seus estiletes e recuam diante de sinais químicos indesejáveis.

<i>Acyrthosiphon pisum</i> - Mihajlo Tomić
Acyrthosiphon pisum – Mihajlo Tomić

Certas linhagens ou haplótipos de pulgões mostram preferência por cultivares específicas. Essa seleção reflete não apenas adaptação fisiológica, mas também uma capacidade comportamental refinada para escapar de defesas vegetais mais eficazes.

Sequestro químico

Em algumas espécies, os pulgões acumulam compostos tóxicos das plantas sem sofrer efeitos adversos. O sequestro de metabólitos secundários, como glucosinolatos e alcaloides, pode inclusive servir como mecanismo de defesa contra predadores.

O pulgão Brevicoryne brassicae, por exemplo, armazena compostos de mostarda em seu corpo e libera substâncias tóxicas quando atacado.

Esse comportamento transforma o inseto em uma espécie de “bomba química ambulante”.

Em outras espécies, como Acyrthosiphon pisum, o sequestro de compostos como L-DOPA mostrou efeitos antioxidantes e até reparação tecidual.

Outras informações em doi.org/10.1093/hr/uhaf267

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