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Senar promove conhecimento e saúde à população rural no Amazonas

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Amazonas) promoveu, no fim de junho, uma mobilização voltada à população rural, com atendimentos de saúde e atividades de capacitação técnica. Esta iniciativa faz parte da agenda do Sistema FAEA/SENAR-AM para fortalecer o bem-estar e o desenvolvimento produtivo no interior do estado.
As atividades aconteceram de forma integrada, com a união de atendimento em saúde preventiva e ações voltadas à piscicultura. De um lado, a população teve acesso a uma série de serviços médicos e orientações de bem-estar e, de outro, produtores participaram de um Dia de Campo com foco em boas práticas na criação de peixes.
O encontro reuniu técnicos, lideranças e criadores da região, que acompanharam demonstrações práticas em três estações temáticas: gestão de indicadores e uso de aplicativo, técnicas de biometria e estratégias de sanidade. Com apoio da equipe do Senar, os participantes puderam conhecer métodos modernos para aumentar a produtividade e a eficiência no manejo.
Na área da saúde, os atendimentos ocorreram em uma unidade básica local, com oferta de consultas em clínica geral, odontologia, fisioterapia e psicologia. A comunidade também teve acesso a exames rápidos, vacinação, aferição de pressão e glicemia, além de agendamentos para procedimentos como vasectomia, laqueadura e implantação de DIU. Ao todo, foram realizados mais de 240 atendimentos, ultrapassando a meta prevista.
O presidente do Sistema Faea/Senar, Muni Lourenço, destacou que a piscicultura tem papel estratégico no Amazonas e que ações como essa reforçam o poder transformador da assistência técnica. “Estamos levando informações valiosas para o produtor rural, sempre com foco em sustentabilidade e resultados”, disse.
A programação incluiu ainda visitas técnicas a propriedades atendidas pelo Projeto ATeG Total. Um dos destaques foi o relato da piscicultora Roseína Braga, que enfrentou uma crise na criação por conta da qualidade da água. Com orientação rápida da equipe técnica do SENAR, ela conseguiu reverter o problema e recuperar sua produção de tambaqui. “Hoje minha criação está 100%”, celebrou.
As informações foram divulgadas pela Confederação da Agricultura e Pecuária Nacional (CNA).
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Cáceres inaugura ZPE e encerra espera de mais de 30 anos por polo de exportação

Cáceres finalmente inaugurou sua Zona de Processamento de Exportação (ZPE) na última sexta-feira (24), concretizando um projeto aguardado há mais de 30 anos. A área industrial de livre comércio, que recebeu R$ 51,3 milhões em investimentos do Governo de Mato Grosso, é vista como um novo ciclo para o desenvolvimento econômico regional.
O espaço é uma área industrial de livre comércio destinada à instalação de empresas exportadoras, oferecendo regimes tributário, administrativo e cambial diferenciados. A proposta é clara: ampliar a competitividade das indústrias locais, estimular a geração de empregos e valorizar a matéria-prima mato-grossense.
O governador Mauro Mendes destacou o fato histórico para o estado. Ele afirmou que, embora muitos atores tenham trabalhado pelo projeto ao longo de três décadas, coube ao Estado “fazer o investimento necessário para tornar esse sonho realidade”. A inauguração, segundo ele, é um “símbolo de uma nova etapa de crescimento e industrialização não só para Cáceres, mas toda a região oeste do Estado”.
O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, também participou do evento e reforçou a importância do polo para o comércio exterior brasileiro. Alckmin ressaltou que “a ZPE estimula as exportações” e que o comércio exterior é “essencial para o Brasil poder crescer”.
O Destrave da Burocracia
A ZPE, criada por decreto em 1990, ficou paralisada por mais de 30 anos devido a pendências legais, financeiras e falta de infraestrutura. A retomada só foi possível após um processo de regularização jurídica, contábil e administrativa iniciado em 2019 e concluído em 2023.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), César Miranda, explicou o foco do projeto. A ZPE é “o lugar para quem quer exportar”, permitindo transformar a matéria-prima de Mato Grosso em “produtos com valor agregado e mandar para o mundo com muito atrativo tributário e cambial”.
A estrutura física do complexo industrial é robusta. Ocupa 247 hectares, divididos em cinco módulos e 341 lotes, e possui recinto aduaneiro, área administrativa e armazéns. O alfandegamento, etapa crucial para o início das operações, foi aprovado pela Receita Federal em março de 2024.

Industrialização e Novos Negócios
A expectativa é que a ZPE se torne um grande polo exportador, mudando o perfil econômico do oeste de Mato Grosso e gerando milhares de oportunidades.
O governador Mauro Mendes sublinhou que a entrega da ZPE é um “marco para o início de um novo ciclo de industrialização em Mato Grosso”. Ele reforçou que a iniciativa vai criar oportunidades para Cáceres, a região e o estado. “Aqui vai nascer um polo exportador, que vai transformar o perfil econômico da região e gerar oportunidades para milhares de famílias”, disse.
O presidente da AZPEC S/A, Aécio Rodrigues, indicou que o empreendimento já atrai olhares de fora do país. Ele mencionou o esforço coletivo para a conclusão da ZPE e citou a prospecção em andamento: “Hoje temos aqui uma comitiva de uma empresa chinesa, com mais de dez representantes, que está prospectando e estudando a possibilidade de se instalar em Cáceres”.
A prefeita Eliene Liberato também celebrou, afirmando que o espaço “simboliza anos de luta, perseverança e esperança de homens e mulheres que nunca desistiram de acreditar no potencial desta terra”.
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Avanço sob pressão: chuva irregular ameaça soja e janela do milho em Mato Grosso

O avanço no plantio da soja em Mato Grosso não elimina a crescente preocupação dos produtores com o clima. Enquanto a semeadura da safra 2025/26 atingiu 60,05% da área prevista de 13 milhões de hectares até o dia 24 de outubro, as chuvas irregulares e o calor acima da média em várias regiões do estado têm gerado déficit hídrico, afetando a germinação e o desenvolvimento das lavouras.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o plantio está 4,32 pontos percentuais mais adiantado em comparação ao ciclo 2024/25, que registrava 55,73% no mesmo período. A média histórica dos últimos cinco anos também é superada, que é de 57,27%.
Apesar do ritmo acelerado em regiões como o médio-norte (84,50%), a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja Mato Grosso) alerta que o cenário climático tem provocado lavouras “travadas” e feito produtores interromperem a semeadura pela falta de umidade.
Nordeste e Sudeste em atraso devido à falta de chuva
A evolução do plantio ocorre de forma desigual no estado. Enquanto o médio-norte lidera o avanço, as regiões nordeste e sudeste são as mais atrasadas, com 33,24% e 36,35% de suas áreas semeadas, respectivamente. A falta de regularidade nas chuvas nessas regiões tem feito os produtores aguardarem a umidade ideal no solo para colocar as máquinas em campo.
Além destas, as regiões noroeste e norte somam 77,21% e 72,34% de suas respectivas áreas cultivadas, enquanto a oeste conta com 67,10% e a centro-sul com 57,16%, segundo o Imea.
Estresse hídrico reduz plantas e ameaça produtividade
O presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, destaca que a irregularidade das precipitações atinge diversos municípios. “Este ano a chuva realmente não está sobrando, ela tem vindo a conta-gotas. Em regiões como Sorriso, Diamantino, Lucas do Rio Verde, Colíder e Campo Verde, o cenário é o mesmo, lavouras travadas e produtores interrompendo o plantio pela falta de chuva”.
Ele ressalta que a situação atual é atípica: “Diferente de outros anos, quando a chuva podia até atrasar, mas depois firmava, agora ela vem, o produtor acredita que vai continuar, planta uma parte e logo precisa parar e parte dessa soja já plantada germina mal, fica com estande mal distribuído, as plantas com porte reduzido. É um ano totalmente diferente”.
Mesmo nos municípios mais adiantados, o problema persiste. Beber reforça que “o relato dos produtores do estado é que, mesmo em municípios mais adiantados, como Sorriso, que na semana passada já tinha cerca de 85% da área plantada, as plantas estão sofrendo estresse hídrico e, por calor, apresentando porte reduzido, o que pode diminuir a área foliar e comprometer também a produtividade final da lavoura”.
Alerta para o milho e custo do replantio
O atraso e o estresse das lavouras de soja acendem um alerta para o milho de segunda safra. A situação, se persistir, pode reduzir a janela ideal de plantio do cereal.
“A partir de agora, cada dia é menos produção no milho e essa soja semeada mais tarde também tem o problema de ataque de pragas, como mosca branca, além dos impactos na produtividade”, alerta Lucas Costa Beber.
Em Campo Verde, o delegado coordenador do núcleo da Aprosoja Mato Grosso, Rafael Marsaro, confirma a gravidade da situação. “A soja de 30 dias está com crescimento muito abaixo do esperado. O solo está seco e não retém umidade. O plantio avança, mas a produtividade está em risco. A janela do algodão já passou e a do milho começa a ficar comprometida”.
O produtor ainda aponta que os dados oficiais de plantio não refletem o desenvolvimento real no campo, já que muitas áreas semeadas enfrentam condições desfavoráveis. “Os dados mostram que a soja está plantada, mas com desenvolvimento muito aquém do esperado. Há áreas com quase um mês de plantio e crescimento limitado, outras com 15 dias ainda saindo do chão, e lavouras recém-plantadas que nem germinaram”, relata Marsaro.
O custo do replantio também se soma às preocupações dos produtores neste início de safra. “Em alguns pontos do estado houve relato de replantio, apesar dos números não serem significativos, e também é importante considerar que o produtor tem que fazer a conta: onde ele realiza o plantio, há um custo aproximado de 10 sacas por hectare, além do risco de atrasar ainda mais a janela de semeadura do milho safrinha”, conclui o presidente da entidade.
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Preços do boi gordo sobem em parte do país com redução nas escalas de abate

O mercado físico do boi gordo apresentou reajustes positivos em diversas regiões do país ao longo desta semana, impulsionado pela redução nas escalas de abate dos frigoríficos. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, unidades do Pará, Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul registraram elevação nas cotações diante da menor disponibilidade de animais prontos para o abate.
Em São Paulo, os preços permaneceram estáveis, já que os frigoríficos de maior porte seguem com escalas mais confortáveis e boa oferta proveniente de parcerias.
No dia 22 de outubro (quarta-feira), os valores da arroba do boi gordo na modalidade a prazo foram os seguintes:
- São Paulo (Capital) – R$ 315,00 a arroba, alta de 1,61% frente aos R$ 310,00 da semana anterior
- Goiânia (GO) – R$ 305,00 a arroba, avanço de 1,67% frente aos R$ 300,00
- Uberaba (MG) – R$ 305,00 a arroba, aumento de 1,67%
- Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 330,00 a arroba, elevação de 1,54%
- Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 300,00 a arroba, estável
- Rondônia (Vilhena) – R$ 290,00 a arroba, valorização de 3,57% frente aos R$ 280,00 da semana passada
Mercado atacadista
O mercado atacadista também mostrou firmeza, com melhor equilíbrio entre atacado e varejo. Segundo Iglesias, o pagamento do 13º salário, a abertura de vagas temporárias e as confraternizações de fim de ano devem estimular o consumo interno de carne bovina nas próximas semanas.
O traseiro bovino foi cotado a R$ 25,00/kg, estável, enquanto o dianteiro subiu 1,10%, chegando a R$ 18,20/kg.
Exportações
As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada somaram US$ 1,108 bilhão em outubro até o momento (13 dias úteis), com média diária de US$ 85,28 milhões. O volume exportado atingiu 201,3 mil toneladas, com preço médio de US$ 5.506,30 por tonelada.
Na comparação com outubro de 2024, houve alta de 48,9% no valor médio diário exportado, 26,1% no volume médio diário e 18,1% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
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