Agro Mato Grosso
Aprosoja MT encerra semana da Rodada Técnica com encontro em São José do Rio Claro

Primeira edição do evento no município destacou práticas que aumentam produtividade e rentabilidade.
O delegado coordenador do núcleo, Fabricio Portilho, destacou a relevância do evento para os associados. “Os assuntos tratados aqui são de grande relevância e nós, produtores, tivemos a oportunidade de discutir os resultados do CTECNO Parecis nesta manhã. Essa troca de informação é sempre de grande valia onde a gente pode agregar isso no campo em produtividade”, afirmou.
O pesquisador Taimon Semler reforçou que os temas apresentados possibilitam maior troca de ideias entre os participantes, reforçando o papel dos centros de pesquisas para os produtores.
“Discutimos aqui com os produtores, sobre o manejo de nutrientes como nitrogênio, enxofre, potássio, boro. Que são fundamentais para o manejo de solos arenosos e que sofrem uma grande influência do sistema de produção, como por exemplo, pela ciclagem de nutrientes, pela fonte e pela dose que nós trabalhamos. E aqui a discussão foi muito rica e acredito que conseguimos atingir o objetivo com a interação dos associados e com esses resultados de longo prazo no CTECNO Parecis”, explicou.
O delegado do núcleo, Cleverson Bertamoni, agradeceu à entidade pelo evento, que ocorreu pela primeira vez em São José do Rio Claro. “Obrigado Aprosoja MT por nos trazer esse evento tão grandioso que é a rodada técnica que trouxe muito conhecimento para nós produtores, já que é o primeiro encontro que nós temos dessa magnitude em nosso município. Muito obrigado”, enfatizou.
A Rodada Técnica de 2025 vai continuar na próxima semana, a partir do dia 07.07 produtores dos núcleos da região leste, poderão conhecer mais sobre as pesquisas desenvolvidas nos CTECNOS Parecis e Araguaia da Aprosoja MT.
Agro Mato Grosso
Governo de MT entrega novos títulos do SIAPP a nove agroindústrias

Instituído pela Lei Estadual nº 12.387/2024, o SIAPP tem como objetivo fomentar o crescimento e a regularização das agroindústrias familiares e de pequeno porte
O Governo do Estado representado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT), por meio secretária Andreia Fujioka, participou da abertura do 1º Festival do Queijo de Mato Grosso, realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae-MT). O evento também promoveu a 2ª edição do Concurso de Queijo e Produtos Lácteos de Mato Grosso e fez a entrega de nove novos títulos do Selo de Inspeção Agroindustrial de Pequeno Porte (SIAPP) a agroindústrias familiares do estado. A cerimônia aconteceu na sexta-feira (24.10)
Instituído pela Lei Estadual nº 12.387/2024, o SIAPP tem como objetivo fomentar o crescimento e a regularização das agroindústrias familiares e de pequeno porte, garantindo inspeção sanitária, segurança alimentar e maior competitividade dos produtos no mercado. O programa é desenvolvido de forma integrada pela Seaf, Empaer e Indea-MT, com apoio da Assembleia Legislativa.
As nove agroindústrias contempladas com o selo foram: Laticínios L F (Nova Marilândia); Laticínio Brasil Forte (Nova Brasilândia); Linguiças Sinop (Sinop); Mel Recanto do Grilo (Novo Horizonte do Norte); Sítio Dois Corações (Nossa Senhora do Livramento); Queijo L.A. (Cuiabá); Pedra do Índio (Alta Floresta); Apiário 2 Irmãos (Porto dos Gaúchos) e Ovos do Campo (Campo Novo do Parecis).
Integração e desenvolvimento da agricultura familiar
Durante a cerimônia, a secretária Andreia Fujioka destacou o compromisso do Governo do Estado com o fortalecimento da agricultura familiar e celebrou o avanço das agroindústrias que conquistaram o selo.
“Estamos celebrando a entrega de nove novos títulos do SIAPP, somando agora 29 certificados emitidos, e até o fim do ano ultrapassaremos a meta de 30. Esse resultado é fruto da integração entre o Estado, os produtores, a Seaf, Empaer e Indea, com o apoio da Assembleia Legislativa. De norte a sul, de leste a oeste de Mato Grosso, o sucesso é ver os produtos da agricultura familiar nas gôndolas dos mercados”, afirmou Fujioka.
A secretária também anunciou novas ações do governo estadual voltadas ao setor. “No dia 6 de novembro teremos o lançamento do programa MT Produtivo – Agricultura Familiar Forte e Sustentável, previsto para o dia 6 de novembro, com aporte de R$ 550 milhões, em parceria com o Banco Mundial, no período de cinco anos para impulsionar a agricultura familiar de forma sustentável. Além disso, será lançado o Edital 2.1 do Programa de Apoio à Agricultura Familiar, com crédito facilitado para pequenos produtores”, anunciou a secretária Andreia Fujioka.
Parcerias e fortalecimento do setor
Representando o Sebrae-MT, a diretora superintendente do Sebrae, Lélia Brun ressaltou a união das instituições em prol do desenvolvimento do agronegócio familiar:
“Esse grupo de entidades é movido por um mesmo propósito: contribuir para o fortalecimento da cadeia leiteira e da produção de queijos, e todos os produtos da agricultura familiar. A Seaf tem sido uma grande parceira do Sebrae nas discussões e projetos voltados à agricultura familiar. Juntos, estamos construindo um Mato Grosso mais forte, humano e íntegro.”, destacou.
O coordenador de inspeção sanitária de produtos de origem animal do Indea-MT, Marcio Carvalho, destacou o impacto do SIAPP para os pequenos produtores:
“Trabalhamos junto à Seaf e à Empaer para realizar o sonho do produtor, que é comercializar dentro da legalidade, com qualidade e acesso a todos os mercados do estado. O SIAPP é mais que um certificado, é uma ferramenta de expansão de renda e de incentivo à sucessão familiar.”
Representando a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Gilberto Cattani também participou do evento e reforçou o papel do Legislativo no apoio à agricultura de pequena escala. “O que vemos hoje é uma nova realidade para os pequenos produtores. Recentemente, aprovamos a inclusão do queijo na cesta básica de Mato Grosso, o que representa mais consumo, mais demanda e fortalecimento das agroindústrias familiarer”, ressaltou o parlamentar.
Entre os contemplados com o selo, o produtor Isaias Nunes de Freitas, do Laticínio Brasil Forte, de Nova Brasilândia, comemorou a conquista após duas décadas de trabalho.
“Com o título, podemos comercializar nossos produtos em todo o estado. Foram anos de esforço e aprendizado, e as equipes da Seaf, Empaer e Indea estiveram conosco em todas as etapas. Hoje produzimos 500 litros de leite por dia e já planejamos ampliar nossa estrutura”, contou o produtor.
Agro Mato Grosso
Mulheres do campo reafirmam protagonismo na agricultura de pequena escala em Mato Grosso

Guarantã do Norte e Chapada dos Guimarães destacam autonomia feminina e investimentos de mais de R$ 12 milhões do Governo de MT na agricultura familiar
O protagonismo feminino na agricultura de pequena escala foi destacado e reafirmado durante os encontros de mulheres rurais realizados em Guarantã do Norte e Chapada dos Guimarães. As ações, incentivadas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf/MT), reuniram centenas de agricultoras, gestoras e lideranças rurais em um momento de valorização, troca de experiências e fortalecimento da autonomia produtiva no campo.
“A força da mulher do campo é valorizada pelo Governo do nosso Estado”, destacou a secretária da Seaf, Andreia Fujioka, durante o Encontro da Mulher Rural de Guarantã do Norte, nesta quinta (23).
Na ocasião, o município recebeu mais de R$ 1,5 milhão em máquinas e equipamentos para fortalecer a agricultura familiar local, incluindo um caminhão-pipa (R$ 571,9 mil), uma motoniveladora (R$ 608,4 mil) e uma pá-carregadeira (R$ 333,3 mil). Os recursos integram o plano estadual de mecanização e infraestrutura rural, que já destinou R$ 7,9 milhões em investimentos para Guarantã do Norte nos últimos seis anos e dez meses.
“É um momento ímpar para mobilizarmos a força da mulher no campo. O essencial é conquistarmos independência e autonomia produtiva”, reforçou Fujioka, ao anunciar também a entrega de 35 barracas de feira para apoiar a comercialização de produtos locais.
O protagonismo feminino foi representado nas histórias de vida de produtoras como Norecy da Costa, há 14 anos na cadeia leiteira, e sua filha Ana Cláudia, de 21 anos, que atua na criação de aves. “Tudo o que faço é por ela. Somos mulheres do campo e temos orgulho disso”, disse Norecy. “A mulher está em todas as área, na pecuária, nas aves, nas lavouras. Nós conquistamos nosso espaço com trabalho e coragem”, completou Ana Cláudia.
O prefeito Márcio Gonçalves destacou a importância das parcerias com a Seaf e o impacto da mecanização rural no município. “Esses equipamentos vão modernizar o trabalho nas estradas e fortalecer o escoamento da produção. O Governo tem sido um parceiro fundamental”, afirmou. Segundo ele, Guarantã economizou R$ 15 milhões nos dez meses da atual gestão, reinvestindo os recursos na recuperação de 2,5 mil quilômetros de estradas rurais e no planejamento de uma nova feira municipal, estruturada para valorizar produtores e agricultoras.
“Nós só conseguimos novas conquistas porque temos um Governo que olha com responsabilidade pelo nosso município”, ratificou o prefeito.
Entre 2019 e 2024, Guarantã recebeu mais de 50 itens, entre máquinas, veículos, implementos, calcário, insumos e estrutura, totalizando R$ 6,4 milhões em investimentos da Seaf/MT.
Em Chapada dos Guimarães, mais de 400 mulheres rurais celebram conquistas
Ainda na quinta-feira, Chapada dos Guimarães sediou o 17º Encontro das Mulheres Rurais, que reuniu mais de 400 participantes e evidenciou o papel das mulheres como impulsionadoras da agricultura familiar. O município já recebeu mais de R$ 5 milhões em máquinas, equipamentos e tecnologia do Governo de Mato Grosso.
A secretária Andreia Fujioka reforçou o papel transformador das mulheres na agricultura de pequena escala. “Mulheres são força, são inspiração. A força da mulher no campo move o Estado. Chapada é referência em agricultura familiar, com investimentos da Seaf que incluem desde tecnologia até estrutura para feiras e associações de mulheres. Gosto de ver o quanto elas têm se tornado independentes. Isso é resultado de trabalho e determinação”, concluiu. De acordo com a primeira-dama de Chapada, Hélia Melo, o apoio do Governo do Estado, por meio da Seaf, é imprescindível para fomentar e incentivar as mulheres a produzir. Ela também lembrou a atuação da primeira-dama de MT, Virginia Mendes.
“Nós temos a alegria de ter políticas públicas efetivas em nossa cidade, porque temos um Governo com olhar atento ao desenvolvimento; a Seaf, que olha para o setor onde mais de 50% das atividades são desenvolvidas por mulheres; e a primeira-dama, Virginia Mendes, que está à frente do maior programa de amparo e cuidado com as mulheres, o SER Família Mulher, e do programa SER Família, que é um marco na vida da nossa gente”, destacou a primeira-dama do município.
Para a apicultora Rosinei Aparecida, da Gleba Monjolo, o apoio da Seaf à cadeia produtiva da apicultura tem sido fundamental. “Trabalho com mel e abelhas uruçu boca-de-renda. Hoje temos cerca de 40 caixas de abelhas que recebemos da Seaf e pretendo ampliar. É maravilhoso viver da agricultura familiar. Sou grata pelo apoio do Estado, que nos ajuda a crescer com independência”, afirmou.
Agro Mato Grosso
Plantio Direto restaura estoque de carbono e ajuda com soluções climáticas em MT

O resultado de uma pesquisa realizada nos biomas Cerrado e na Mata Atlântica brasileiros apontou que o Sistema Plantio Direto (SPD) fundamentado nos seus princípios restaura o estoque de carbono orgânico do solo, contribuindo, dessa forma, para soluções das mudanças climáticas. Nesta quinta-feira (23), data em que se comemora o Dia Nacional do Plantio Direto, a Associação Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso) destaca sua trajetória de mais de duas décadas na promoção de práticas agrícolas sustentáveis, com ênfase nesse sistema de produção, que transformou a agricultura na região médio-norte mato-grossense.
Os 80 produtores rurais associados ao CAT Sorriso produzem alimentos em suas fazendas com respeito ao meio ambiente, fundamentados nos três pilares do Sistema Plantio Direto: o não revolvimento do solo (restrito à linha de semeadura, o mínimo possível para deposição das sementes), a cobertura permanente do solo ao longo de todo o ano (com plantas vivas ou palhadas) e a diversificação de espécies na rotação de cultivos.
Um estudo realizado pela Federação Brasileira do Sistema Plantio Direto, sob a coordenação do prof. João Carlos de Moraes Sá, entre 2020 e 2024, em 63 áreas sob SPD do Brasil — sendo 26 no bioma Cerrado e 37 na Mata Atlântica —, revelou que o SPD, fundamentado em seus princípios, recupera o estoque de carbono do solo. E o que surpreendeu até os pesquisadores: em 16 fazendas, o estoque de carbono em SPD foi superior ao solo da vegetação nativa em até um metro de profundidade. Em outras 27 fazendas, o sistema recuperou o estoque de carbono em mais de 80%. Como o gás carbônico na atmosfera contribui para o aquecimento global, é fundamental adotar práticas que inibam essa emissão.
“Isso é um resultado fabuloso, inédito, porque nós ainda não tínhamos uma publicação mostrando essa magnitude”, comemora o pesquisador João Carlos de Moraes Sá, conhecido como “Juca Sá”, presidente da Comissão Técnico-Científica da Federação Brasileira do Sistema de Plantio Direto. Especialista na área, com dedicação de mais de 40 anos, Juca Sá coordenou o projeto pela Federação, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária, financiado pela agência europeia Euroclima+.
Das 26 fazendas do Cerrado que fizeram parte do estudo, quatro estão localizadas em Mato Grosso, nos municípios de Sorriso, Sinop e Lucas do Rio Verde. “A capacidade de recuperação do carbono pelo SPD foi semelhante à encontrada na mata nativa. As áreas dessa região tinham entre 22 e 36 anos de SPD no momento da amostragem”, informa o pesquisador.
A pesquisa constatou que um hectare sob Sistema Plantio Direto equivale a preservação de 0,88 a 1,01 hectare de floresta em pé. “Se a gente recuperar as áreas degradadas, implementando o sistema de produção com base no SPD, poderemos duplicar ou até triplicar a produção de grãos, sem derrubar um pé de árvore, ou seja, sem expandir e sem avançar sobre novas áreas”, enfatiza Juca Sá.
Dois artigos científicos, resultado do projeto “Sistema Plantio Direto: Base para Agricultura Sustentável”, já foram publicados, e outros dois estão encaminhados em revistas internacionais de elevado fator de impacto.
Sistema de Plantio Direto em Mato Grosso
O Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso) foi criado há 23 anos por um grupo de produtores rurais comprometidos com práticas conservacionistas. Desde então, vem difundido o Sistema Plantio Direto como base para uma agricultura sustentável no Cerrado. Um dos fundadores do CAT, o produtor rural Darcy Ferrarin, proprietário da Fazenda Santa Maria da Amazônia, relembra a motivação que deu origem à associação. “Reunimos um grupo de produtores rurais e engenheiros agrônomos e criamos o Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso), cujo primeiro grande projeto foi difundir o Sistema de Plantio Direto, que, no nosso entendimento, era a melhor forma de conservar o solo”, afirma.
Seu Darcy veio da região Sul do país para Mato Grosso em 1988, para cultivar uma área em Tangará da Serra. Dez anos depois, adquiriu a Fazenda Santa Maria da Amazônia, em Sorriso. “Quando eu vim para Mato Grosso, percebi que a região plantava muito no sistema convencional, usando grades e arados, com remoção do solo”, lembra o produtor. “Fomos trabalhando, avançando. Hoje, Sorriso planta por volta de 90 a 95% no Sistema Plantio Direto e uso de alta tecnologia”, disse.
O SPD melhora não só o meio ambiente, mas também a produtividade e a rentabilidade. “A terra vai ficando mais forte, mais fértil, criando muita matéria orgânica. São inúmeras as vantagens do sistema de plantio direto”, destaca Ferrarin. “Produzir alimento é muito gratificante e tem que ser feito de forma adequada, que sirva para todos. Hoje, os produtores do Brasil inteiro estão com o pensamento voltado à preservação ambiental, cuidar da natureza e garantir que, daqui a 100 ou 200 anos, ainda tenhamos nossas terras preservadas e produzindo cada vez mais”, enfatiza.
Produção de alimentos sustentável
Ao longo dos anos, o CAT Sorriso liderou diversos programas que integram práticas do SPD. Desde sua fundação, tem se dedicado a promover o uso racional do solo, da água e dos insumos agrícolas, incentivando a integração entre produção e conservação ambiental.
O CAT já realizou importantes eventos técnicos e de difusão do conhecimento como o 7º Encontro Regional de Sistemas Produtivos, em maio de 2023, que reuniu produtores, pesquisadores e instituições parceiras em torno do debate sobre a sustentabilidade e inovação nas práticas agrícolas
Para Cristina Delicato, coordenadora do CAT Sorriso, “essas parcerias consolidam o CAT como referência nacional em agricultura conservacionista, fortalecendo a integração entre produtores, pesquisa e setor público, e contribui para o avanço das tecnologias sustentáveis no campo”.
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