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Sustentabilidade

Houve aumento das chuvas sobre o RS, mesmo com o Pacífico Equatorial Neutro – MAIS SOJA

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Condições meteorológicas ocorridas em maio de 2025 no estado do Rio Grande do Sul (RS)

O mês de maio teve altos acumulados de chuva, em boa parte do RS. Acumulados acima dos 160 mm, nas áreas em verde, sendo que chegou a valores entre 240 e 360 mm, na Região Central, e a 475 mm, no município de Alegrete, na Fronteira Oeste (Figura 1A). As anomalias de precipitação foram negativas apenas na Zona Sul e no extremo Norte e Nordeste. As demais regiões registraram anomalias positivas de precipitação (Figura 1B).

Figura 1. Mapa da precipitação pluvial acumulada (A) e da anomalia da precipitação (B), em mm, no estado do Rio Grande do Sul, durante o mês de maio de 2025, em relação aos valores da Normal Climatológica,relativa ao período 1991-2020. Fonte de dados: INMET.

Em maio, as chuvas foram mais regulares entre as regiões da Metade Sul. Destaca-se o alto acumulado, em um dia, em Santa Maria, de 168 mm, no dia 09 de maio. Já as temperaturas tiveram oscilações e tendência de queda ao longo do mês. No entanto, durante a maior parte do mês, tanto as máximas quanto as mínimas ficaram acima dos valores da Normal Climatológica (NC) (Figura 2). Sendo assim, a anomalia mensal da temperatura média do ar ficou positiva na maior parte do Estado.

Figura 2. Temperaturas do ar máxima e mínima diária (°C) e suas respectivas Normais Climatológicas (°C) relativas ao período 1991-2020 (nas linhas pontilhadas em vermelho e azul) e precipitação pluvial diária (mm) referentes ao mês de maio de 2025, em seis municípios da Metade Sul do RS, representativos das seis regiões arrozeiras. Fonte de dados: INMET.

Situação atual do fenômeno ENOS (El Niño – Oscilação Sul) e perspectivas

Na atualização de 12 de junho de 2025, a NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) manteve as condições Neutras do ENOS (El Niño-Oscilação Sul), para o sistema acoplado oceano-atmosfera. A anomalia mensal da temperatura da superfície do mar, na região Niño3.4, foi exatamente de -0,0°C em maio, dentro da faixa da Neutralidade. Na região do Niño1+2, a anomalia da temperatura reduziu para +0,2°C (Figura 3). A anomalia trimestral, referente a Mar-Abr-Mai/2025, foi de -0,1°C, também dentro da faixa de Neutralidade.

Figura 3. Anomalia da temperatura (°C) da água da Superfície do Mar no mês de maio de 2025. O retângulo central na imagem mostra a região do Niño3.4, a qual os centros internacionais utilizam para calcular o Índice Niño (que define a ocorrência de eventos de El Niño e La Niña). Já o retângulo menor mostra a região Niño 1+2, que modula a qualidade de distribuição das chuvas, ou seja, sua regularidade de ocorrência no estado do RS. Fonte: Adaptado de CPTEC.

Segue chamando a atenção, a grande extensão de áreas com anomalias positivas da temperatura da superfície do mar na maioria dos oceanos globais. Este padrão vem se mantendo desde 2023, influenciando o clima global e, inclusive, dificultando os prognósticos de El Niño e La Niña, pois mascara os dados.

Segundo a previsão da NOAA, a Neutralidade seguirá atuando no trimestre Jul-Ago-Set/2025, com 69% de probabilidade. Pelo atual prognóstico, o El Niño está descartado. A probabilidade de La Niña cresce no trimestre Out-Nov-Dez, chegando a 41%, no entanto, a probabilidade de Naturalidade é mais alta para esse mesmo trimestre, com 50%. Ou seja, comparando com a previsão do ano passado, nesse mesmo período, havia uma previsão de La Niña, que poderia ser moderada, mas que acabou não se confirmando. Logo, espera-se que a safra 2025/26 ocorra sob Neutralidade, podendo oscilar com uma Neutralidade fria, que é quando o Pacífico fica mais frio que a média, mas não a ponto de configurar uma La Niña.

O bolsão de águas subsuperficiais com anomalias negativas de temperatura se desfizeram de abril em diante, seguindo agora um padrão de Neutralidade (Figura 4), que se estende também pelo Oceano Pacífico Equatorial. Assim, o padrão Neutro do ENOS manter-se-á por mais alguns meses. Já o bolsão de águas mais quentes que a média, se estendeu mais em direção ao Oceano Pacífico Central, ao mesmo tempo que perdeu força, não devendo causar impactos em superfície, no momento.

Figura 4. Anomalia da temperatura (°C) subsuperficial das águas na região Equatorial do Oceano Pacífico em relação à profundidade (de 0 a 300 m), entre os meses de março a junho de 2025. Pêntadas significam média de cinco dias consecutivos. Fonte: Adaptado de CPC/NCEP/NOAA.

Previsão de precipitação no trimestre junho, julho e agosto de 2025 no RS

Para esse trimestre, a previsão de consenso do IRI (International Research Institute for Climate Society) prevê chuvas dentro do padrão normal no RS, com probabilidade de ficar acima da média na Fronteira Oeste. Já o modelo CFSv2 (Climate Forecast System), da NOAA, prevê precipitações abaixo da NC em julho e, dentro da NC, em agosto e setembro, na Metade Sul. Por sua vez, a previsão do modelo do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) é de que as precipitações fiquem acima da NC na Fronteira Oeste, na Campanha e na Zona Sul. Em agosto, a previsão é de que as chuvas fiquem acima da NC em boa parte do Estado, com exceção apenas de parte da Zona Sul e da região Nordeste. Já para setembro, mês que inicia a semeadura do arroz no RS, o prognóstico aponta para chuva acima da média em todo o RS (Figura 5).

Figura 5. Precipitação pluvial total (mm) e anomalia de precipitação (mm) previstas para julho, agosto e setembro de 2025 no estado do RS. Fonte: adaptado de INMET.

A verdade é que, diante do padrão climático Neutro, fica mais difícil dos modelos serem assertivos quanto à precipitação, e é comum haver diferenças nos prognósticos, como descrito acima. Mas, preocupa um pouco o prognóstico do INMET, com a tendência de chuvas acima da média, visto que muitas áreas para a próxima safra de arroz ainda não estão prontas. Então, produtor, a recomendação é que, assim que houver piso, se faça o preparo do solo, visando a semeadura do arroz na época recomendada. Regiões que tradicionalmente iniciam a semeadura no mês de setembro, talvez vão ter problemas na implantação das lavouras.

Para melhores tomadas de decisão de manejo de suas lavouras, é importante que se faça o acompanhamento da previsão do tempo de sete a 15 dias, visando maior eficiência na execução das atividades programadas.

Fonte: IRGA



 

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Sem novidades, mercado de arroz segue travado e desafiador – MAIS SOJA

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O mercado brasileiro de arroz encerra a penúltima semana de junho ainda travado, repetindo o padrão de comportamento observado desde o fim da última temporada: ora produtores tentam vender e não encontram compradores, ora indústrias voltam ao mercado, mas enfrentam resistência vendedora.

“Este vaivém entre oferta retida e demanda cautelosa reflete a ausência de vetores sólidos de retomada e um ambiente estruturalmente desequilibrado”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

No lado externo, os dados da balança comercial reforçam a estagnação. Entre março e maio, o Brasil acumulou um déficit de 42,7 mil toneladas (base casca), revelando que o fluxo de importações segue superior às exportações.

As vendas externas permaneceram praticamente estáveis em relação ao ano anterior (311,3 mil t em 2025 vs. 311,7 mil t em 2024), resultado muito aquém das expectativas do setor. Embora o arroz em casca tenha apresentado crescimento expressivo (+39,9%), puxado por México, Costa Rica e Venezuela, e o arroz quebrado tenha subido 4,5%, os embarques de arroz beneficiado caíram drasticamente (-37,7%), com retrações acentuadas para destinos tradicionais como Peru e Cuba.

Do lado das importações, houve redução geral de 6,3%, mas o recorte por categoria aponta alerta: o volume de arroz descascado subiu 11%, com Paraguai e Uruguai liderando os embarques ao Brasil. “Este tipo de arroz, que exige pouco beneficiamento interno, entra no país com vantagens competitivas e pressiona a indústria nacional, que já lida com margens negativas e custos elevados de operação”, lembra Oliveira.

A queda nas compras de arroz beneficiado, exceto pela alta vinda da Argentina (+104%), indica também uma tentativa do varejo de reduzir custos na ponta final da cadeia. “Esse cenário amplia a saturação do mercado interno, dificulta escoamento da produção nacional e inibe qualquer tentativa de recuperação consistente de preços”, lamenta o analista.

Para o consultor, a perda de espaço em mercados externos, somada à entrada de produto estrangeiro mais competitivo, reforça o ciclo de compressão de margens e adiamento de decisões estratégicas — tanto por parte dos produtores quanto das indústrias.

A média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou a quinta-feira em R$ 65,59, alta de 0,07% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo era de 11,91%, enquanto, em relação a 2024, a desvalorização atingia 42,10%.

Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News



 

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Mercado brasileiro de trigo segue travado e clima domina atenções no Sul; Safras projeta menor área em 2025 – MAIS SOJA

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O mercado brasileiro de trigo manteve ritmo lento nesta semana, com pouca movimentação nos preços e negócios pontuais. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, a principal atenção do setor está voltada para as condições climáticas, especialmente para as geadas registradas em áreas produtoras do Sul do país.

No Paraná, embora haja apreensão, a maioria das lavouras ainda não se encontra em estágios críticos, o que reduz o risco de perdas significativas. Já no Rio Grande do Sul, o frio tem sido, por enquanto, benéfico para o desenvolvimento das plantas, que se encontram em fases iniciais.

“A cautela dos agentes é reforçada pela perspectiva de uma redução expressiva na área plantada nesta safra, o que torna o impacto climático ainda mais sensível”, apontou o analista.

De acordo com Bento, caso haja quebras de produção, sobretudo no Paraná, que é principal polo de moagem do país, a necessidade de importações pode aumentar.

No mercado físico, os negócios seguiram pontuais. No Rio Grande do Sul, compradores têm indicado interesse de compra em torno de R$ 1.300 por tonelada. No Paraná, os moinhos sinalizam intenção de pagar cerca de R$ 1.450 por tonelada, com entrega CIF.

Área de plantio no Brasil

A mais recente pesquisa de intenção de plantio realizada pela Safras & Mercado para a safra 2025/26 aponta uma retração significativa na área destinada ao do trigo no Brasil. Segundo o analista Elcio Bento, a queda deve ser 16,5% em relação ao ciclo anterior.

A área cultivada deve passar de 2,957 milhões para 2,470 milhões de hectares. Desde o último levantamento, feito em abril, a retração já soma 2,2%, sinalizando que o desânimo com o trigo ganhou ainda mais força nos últimos meses.

De acordo com Bento, a decisão de plantar menos trigo é resultado de uma série de fatores que têm penalizado o produtor rural nos últimos anos. “Os preços baixos, muitas vezes abaixo dos custos de produção, margens negativas e a sucessão de eventos climáticos extremos (como secas, geadas e excesso de chuvas) provocaram quebras consecutivas de safra e comprometeram a renda no campo”, apontou.

Para completar o cenário, o acesso ao crédito rural e ao seguro agrícola tem se tornado cada vez mais difícil, agravado por limitações no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e alta inadimplência bancária. Diante disso, muitos agricultores optaram por culturas com menor risco e maior liquidez.

USDA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga na segunda-feira (30), às 13h, seu relatório de área plantada. A expectativa do mercado é de que ela possa ocupar 45,410 milhões de acres na safra 2025/26, volume que fica acima dos 45,350 milhões de acres estimados em março. A área, entretanto, deve ficar abaixo dos 46,079 milhões de acres cultivados na temporada 2024/25.

Já no relatório de estoques trimestrais na posição 1 de junho, o mercado espera que eles sejam indicados em 835 milhões de bushels, volume que fica acima dos 696 milhões de bushels indicados na posição 1 de junho de 2024. Na posição 1 de março de 2025, os estoques haviam sido indicados em 1,237 bilhão de bushels.

Importações brasileiras

O line-up, programação das chegadas de trigo ao Brasil, projeta a importação de 611,607 mil toneladas em junho. O material foi elaborado por Safras & Mercado. Em maio, foram 446,432 mil toneladas. Para julho, já se projeta 144,650 mil toneladas.

O documento aponta que, na temporada 2024/25 (de agosto/24 a julho/25), os desembarques de trigo nos portos brasileiros somam 5,509 milhões de toneladas. O volume é 943 mil toneladas superior ao registrado no mesmo período do ano anterior.

Para mais informações, confira:

Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News



 

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Com soluções da Sumitomo Chemical, agricultor alcança maior produtividade de soja no Pará – MAIS SOJA

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Na última safra, o agricultor Rodolfo Schlatter alcançou uma produtividade de 108,8 sacas por hectare na cultura de soja, integrando estratégias de manejo avançadas e colaborando com tecnologias modernas do portfólio da Sumitomo Chemical – Soluções para o Agro. Esse desempenho o consagrou campeão paraense no Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), do qual a Sumitomo Chemical é patrocinadora. Os resultados foram divulgados na última quinta-feira (26/6) durante o 17º Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja. A conquista reforça a importância da adoção de boas práticas agrícolas, do apoio técnico e da parceria entre pesquisa e indústria para promover ganhos de produtividade.

Engenheiro agrônomo e produtor rural, Rodolfo Schlatter é natural de Itambé (PR) e conquistou o resultado na fazenda Santana Rios, no município de Santana do Araguaia (PA), em uma área de sequeiro. Além do primeiro lugar no estado, alcançou ainda o sexto lugar na região.

“Parabenizamos com entusiasmo o nosso campeão no Pará Rodolfo Schlatter, produtor parceiro, por essa conquista que é fruto de trabalho sério, visão de futuro e paixão pela agricultura. A Sumitomo Chemical agradece a confiança e reforça seu compromisso com os produtores rurais, protagonistas do agronegócio brasileiro”, afirma Marcelo Figueira, gerente de Fungicidas e Líder para a Cultura da Soja da Sumitomo Chemical. “Rodolfo utilizou nossos BioRacionais em 100% da área inscrita no desafio. A companhia tem um portfólio que está presente em lavouras com as maiores produtividades da cultura da soja no Brasil e se orgulha de apoiar iniciativas como o Prêmio de Máxima Produtividade de Soja do Cesb, que reconhecem e impulsionam a alta performance no campo”, destaca.

Soluções para o Agro
Cliente da Sumitomo Chemical, Schlatter usou BioRacionais – produtos biológicos ou de origem natural que atuam na proteção, produtividade ou melhor qualidade da produção das plantas – em 100% da área inscrita no desafio.

A começar pela solução de tratamento de sementes Aveo® EZ, que cria uma simbiose com as raízes, formando um biofilme que protege do ataque de nematoides (vermes que ficam no solo). Também utilizou o inseticida Inside® FS, que elimina os alvos rapidamente, no manejo de sugadores.

Para impulsionar o desenvolvimento da planta, aplicou os reguladores de crescimento MaxCel® e ProGibb®, que fazem parte do programa SOJA+. MaxCel induz a formação de mais hastes laterais para uma melhor arquitetura produtiva da planta e ProGibb diminui significativamente o abortamento de flores e vagens, resultando em mais grãos e maior produtividade.

Somadas a essas eficientes soluções, o produtor utilizou também os fungicidas Pladius® e Excalia Max® e o MycoApply EndoFuse®, esta voltada para melhorar a qualidade biológica, promovendo maior longevidade, saúde e qualidade à planta.

Sobre a Sumitomo Chemical – Soluções para o Agro
Sediada em Tóquio, no Japão, a Sumitomo Chemical – Soluções para o Agro é uma das principais empresas de pesquisa e desenvolvimento de inovações para o campo no mundo. Fundada em 1913, está presente em mais de 180 países, com cerca de 34 mil funcionários. Na América Latina, a companhia opera com soluções para a agricultura e saúde ambiental, com o objetivo de promover o bem-estar e oferecer propostas sustentáveis para a produção de alimentos e a saúde da sociedade. No Brasil, a Sumitomo Chemical realiza suas atividades a partir de um escritório central, localizado em São Paulo (SP), um centro de pesquisas em Mogi Mirim (SP), um centro de inovação e uma fábrica, ambos em Maracanaú (CE), além de contar com unidades de distribuição e equipe técnica altamente capacitada em todo o território nacional. É signatária do Pacto Global e promove ações para contribuir com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) que estipula metas para transformar o mundo até 2030.

Fonte: Assessoria de Imprensa Sumitomo Chemical



 

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