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. . . . . . . . . . . . . . . 18 de June de 2025

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Conflito entre Israel e Irã gera incertezas e preocupações para a safra 25/26 no Brasil

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O momento geopolítico vivido pelo mundo hoje é considerado “complicado” por especialistas. O conflito entre Israel e Irã, iniciado recentemente, pode inclusive trazer impactos negativos para a safra 2025/26 no Brasil, apertando ainda mais a margem do produtor rural.

Pesquisador do Cepea/Esalq – USP, Mauro Osaki, recorda que o produtor rural brasileiro só conseguiu não ter margens tão apertadas no início do conflito entre Rússia e Ucrânia em 2022, quando os preços dos fertilizantes decolaram, visto naquele ano a produção agrícola ter registrado preços favoráveis.

“Um cenário diferente da situação atual. [Hoje] nós temos Índia e Paquistão se pegando e, agora, recentemente, Israel e Irã num conflito que pode trazer bastante complicações para nós”.

O especialista foi um dos painelistas do painel Cenários da Produção Brasileira para 2025/26, realizado durante a Abertura Nacional da Colheita – Segunda Safra de Milho nesta quarta-feira (18), em Sorriso, na Fazenda Dois Irmãos/Grupo ABF.

O evento é uma realização do Canal Rural Mato Grosso, afiliada do Canal Rural, da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) e da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). A ação integra o Projeto Mais Milho que está em sua 9ª temporada.

De acordo com Mauro Osaki, o Irã é um grande produtor de amônia anidra, matéria-prima básica para a produção de nitrogenados.

“Isso dá impacto na oferta mundial. Fora o corredor logístico do Golfo de Omã, que é uma região importante para nós, além de ser um grande comprador do nosso milho. Isso nos preocupa bastante, porque vai encarecer o frete para escoarmos nessa região”.

Ao ano, o Irã importa em torno de 4,5 milhões de toneladas de milho do Brasil.

Outro impacto, citado pelo especialista do Cepea/Esalq – USP, que pode ser gerado pelo conflito entre Israel e Irã é o encarecimento do custo de produção brasileiro, em especial nas culturas que dependem dos nitrogenados.

“Esse conflito regional aumenta a nossa incerteza num momento em que temos uma safra grande, em que estamos tendo uma desvalorização do nosso cereal e nosso poder de compra fica menor e mais preocupante para a temporada 2025/26”.

O pesquisador frisou ainda que “isso torna para nós um sinal de alerta, porque nós podemos caminhar de novo em 2025/26 para um ano de margem apertada, como nós presenciamos nas últimas três safras”.

Foto: Luiz Patroni/Canal Rural Mato Grosso

Muitos desafios para serem estancados

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Diogo Damiani, o produtor vive “num jogo em que temos que pular fases”, mas que em “toda fase que a gente avança ela sempre é mais difícil”.

E a fase safra 2025/26 já conta com indicações que será “uma safra extremamente desafiadora”, principalmente com a guerra no Oriente Médio, que hoje é responsável por 37% da produção de ureia de todo o mundo e boa parte é destinada para a produção agrícola brasileira.

“Sabemos que já houve um aumento de em torno de US$ 50 na ureia. Então, tudo isso acaba influenciando nos custos de produção, assim como a questão do petróleo que teve alta”.

Entre os vários desafios e gargalos, que incluem um custo de produção ainda alto e uma logística, principalmente a ferroviária, ainda deficitária para a demanda, Digo Damiani ressaltou que a entrada em vigor da Reforma Tributária no dia 1º de janeiro de 2026 é outra preocupação dos produtores para o próximo ano.

“É algo que tecnicamente não sabemos como vai impactar o produtor rural. Sabemos que tem uma alíquota de 60% de redução, mas não sabemos qual é o valor dessa alíquota e como vai se comportar, como o produtor vai fazer a migração do imposto atual para o próximo imposto. É mais um custo contábil”.

Biotecnologia precisa de ferramentas para longevidade

O painel Cenários da Produção Brasileira para 2025/26 também debateu as questões em torno da biotecnologia e, conforme a gerente de vendas da Dekalb/Bayer, Luma Oliveira, é preciso lembrar que ela não é uma ferramenta única e exclusivamente individual.

“Sabemos que ela depende de outras práticas. Ela é uma das ferramentas para complementar. Mas, para dar longevidade para essa biotecnologia, precisamos também compor, por exemplo, com a Escala Davis, que é uma forma de você monitorar e ter a entrada efetiva no momento da aplicação, rotações de químicos e o refúgio estruturado”.

Hoje uma biotecnologia leva cerca de 12 a 14 anos para ser lançada no mercado. E, tais ferramentas, ressaltou Luma Oliveira, tais práticas para fazer essa proteção para ter essa longevidade até a chegada de uma nova biotecnologia são essenciais.

“A Bayer trabalha muito com inovação, genética de alta performance, biotecnologia e também proteção de cultivo. Estamos com uma nova biotecnologia para sair. Ela está em aprovação internacional para que consigamos trazer para o mercado brasileiro”.

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‘A situação do produtor de MT poderia estar pior se não fossem as indústrias de etanol de milho’, afirma Aprosoja-MT

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O Brasil possui hoje 25 indústrias de etanol de milho em operação, das quais 11 estão em Mato Grosso. A previsão é que o estado na próxima safra seja responsável por 60% da produção do biocombustível, que, segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), tem proporcionado “um equilíbrio maior nas finanças no produtor”.

“Se não houvesse o etanol de milho em Mato Grosso nesse momento atual, a situação do produtor, que já não é boa, poderia estar pior”, disse o diretor executivo da Aprosoja-MT, Wellington Andrade, durante a Abertura Nacional da Colheita – Segunda Safra de Milho nesta quarta-feira (18), em Sorriso, na Fazenda Dois Irmãos/Grupo ABF.

O evento é uma realização do Canal Rural Mato Grosso, afiliada do Canal Rural, da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) e da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). A ação integra o Projeto Mais Milho que está em sua 9ª temporada.

De acordo com o diretor executivo da Aprosoja-MT, apesar de não estar sendo divulgado, o produtor de Mato Grosso também está endividado diante da quebra de safra observada no ciclo 2023/24, dos altos custos de produção e dos baixos preços das commodities.

“Hoje só o etanol de milho já é responsável por 22% de toda a produção de etanol no Brasil. Para a próxima safra o Brasil deve produzir 10 bilhões de litros de etanol de milho e Mato Grosso vai ser responsável por 6 bilhões de litros. Ou seja, Mato Grosso é o berço do etanol de milho”, salientou Wellington Andrade.

Foto: Ana Moura/Canal Rural Mato Grosso

Brasil vai evoluir muito no etanol de milho

Visto como uma solução sustentável, o biocombustível tem transformado a agroindústria e colocado o Brasil e Mato Grosso no protagonismo na produção de uma energia escalável, rentável e, principalmente, sustentável.

Além das 25 plantas em operação, o país conta hoje com 16 projetos com autorização de implantação e outros 16 anunciados. Somente em Mato Grosso são sete projetos autorizados e oito anunciados.

“Nós, assim como os Estados Unidos, vamos evoluir muito na produção de bioenergia renovável, chegando a mais de 57 plantas ao longo dos próximos anos”, salientou o diretor executivo da FS Fueling Sustainability, Victor Santana Trenti.

Conforme ele, o Brasil deverá consumir na próxima safra de etanol cerca de 18% do milho a ser colhido nesta temporada, cuja previsão é de aproximadamente 130 milhões de toneladas.

“Tem muito espaço para o crescimento. Os Estados Unidos, que é o maior produtor de etanol de milho do mundo, utiliza entre 30% e 40% de todo o milho produzido no etanol de milho. Então temos muito espaço, não só dentro da nossa matriz de utilização do cereal, mas também para a nossa produção de milho aumentar. Um exemplo disso é o próprio Mato Grosso”.

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‘O Brasil é vítima de narrativas lá de fora que nos prejudicam’, diz senador Marcos Rogério

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“O produtor para produzir aqui no Brasil tem que se virar nos 30”. A pontuação é do senador por Rondônia, Marcos Rogério (PL). De acordo com o parlamentar, se o país não avançar na construção de um conceito do que é a sua produção, de uma imagem, uma identidade, “nós não vamos vencer as narrativas de quem está lá fora, porque é uma narrativa preconceituosa e uma narrativa de quem pratica guerra comercial”.

Mato Grosso é líder na produção agrícola e nesta safra 2024/25 entre milho e soja deve ultrapassar os 100 milhões de toneladas. Volume, que segundo o governador em exercício do estado, Otaviano Pivetta, era produzido pelo Brasil na virada do milênio há 25 anos atrás.

Os desafios regulatórios da produção no Brasil são inúmeros, desde entraves como demora para liberação de novas tecnologias a problemas de legislação e restrições do mercado internacional, como é o caso da Moratória da Soja por parte da Europa.

Foto: Ana Moura/Canal Rural Mato Grosso

Uma nova biotecnologia chega a levar 10 anos para ser desenvolvido, além mais um tempo para ser aprovada em seu país origem e nos demais países para o qual será comercializada, destacou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), Paulo Bertolini, durante a Abertura Nacional da Colheita – Segunda Safra de Milho nesta quarta-feira (18), em Sorriso, na Fazenda Dois Irmãos/Grupo ABF.

“E isso não é só uma questão de ciência [a demora na liberação], mas de política também. Estamos na dependência da China e da União Europeia em aprovarem tecnologias, como para a lagarta do cartucho. Tem tecnologia na China esperando há cinco anos para ser aprovada”.

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Mato Grosso semeou pouco mais de 7,131 milhões de hectares de milho nesta segunda safra 2024/25 e conta com uma projeção de colheita de 50,376 milhões de toneladas, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Uma diferença de aproximadamente 517 mil toneladas em relação à soja.

O cereal, salientou o presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, é de grande relevância para Mato Grosso, junto da soja, pois tem contribuído para a sustentabilidade econômica e industrial.

“A economia da região da BR-163 se desenvolveu muito, o IDH, e ações como a Moratória da Soja impedem que municípios pequenos também se desenvolvam. Não há como falar de uma cultura sem a outra. Precisamos nos impor, se não mais restrições virão para outras culturas”.

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Japão suspende importação de produtos avícolas de Mato Grosso

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O Japão suspendeu temporariamente as importações de carne de aves de Campinápolis. O município foi o primeiro e único em Mato Grosso a ter a confirmação do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), gripe aviária.

A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Além de Campinápolis, também foram suspensas as importações de carnes de aves do município de Santo Antônio da Barra, em Goiás.

As importações de produtos avícolas, além das carnes de aves, envolvem ovos férteis e pintos de um dia de todo o território dos estados de Goiás e Mato Grosso.

Conforme o Mapa, a decisão do Japão “segue o protocolo sanitário de regionalização estabelecido entre os dois países e ocorre após a confirmação de focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves de subsistência nos municípios citados”.

“A comercialização de produtos avícolas com os demais estados brasileiros segue normalmente. O Mapa reforça que o consumo e a exportação de carne de aves e demais produtos avícolas brasileiros permanecem seguros”, traz a nota do Ministério.

O caso de gripe aviária em Campinápolis foi confirmado no dia 8 de junho e tratava-se de uma galinha doméstica para subsistência. O caso, inclusive, foi dado por “foco encerrado” nesta semana, de acordo com o mapa de monitoramento do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Decreto de situação de emergência zoossanitária

No dia 10 de junho, como destacado pelo Canal Rural Mato Grosso, o governo de Mato Grosso decretou emergência zoossanitária no estado, por 90 dias, em decorrência da confirmação do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), gripe aviária.

O decreto nº 1.480 (confira aqui), assinado pelo governador em exercício Otaviano Pivetta, foi publicado em edição extra nesta terça-feira.

Conforme a publicação, a vigência da emergência zoossanitária será contada a partir da data da detecção da enfermidade no estado, podendo vir a ser prorrogada por mais 90 dias ou sucessíveis períodos, mediante a evolução da situação epidemiológica e a necessidade das ações de controle e erradicação.

O decreto também autoriza a realização de compras emergenciais de materiais voltados o controle do vírus da gripe aviária, bem como autoriza o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) a “expedir normas complementares com o objetivo de disciplinar e operacionalizar as ações decorrentes da situação de emergência declarada neste Decreto”.


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