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Conab investe R$ 5 milhões em armazenagem em Rondonópolis

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Com investimento de cerca de R$ 5 milhões, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu as obras de modernização da Unidade Armazenadora de Rondonópolis, regisão sudeste de Mato Grosso. As melhorias restabelecem a capacidade total de armazenagem em 55,2 mil toneladas e voltam a permitir o armazenamento a granel, interrompido há 11 anos. O espaço renovado reforça o papel do município como polo estratégico para o escoamento da produção mato-grossense.

As intervenções, entregues nesta segunda-feira (29), incluíram a recuperação dos sistemas de transporte, limpeza e movimentação de grãos, a modernização das instalações elétricas e de combate a incêndio, além da instalação de energia solar. Segundo a Conab, o novo sistema fotovoltaico já garante o consumo de energia das atividades administrativas, com a meta de tornar a unidade autônoma.

Modernização e logística

A diretora administrativa e financeira da Conab, Rosa Neide Sandes, destacou que a recuperação da unidade ajuda a reduzir um dos gargalos do setor. “Temos tomado uma série de medidas para reformar e recuperar as unidades armazenadoras da Conab diante dos seguidos recordes de produção. Este é mais um investimento importante em Rondonópolis, cidade que cumpre papel crucial na logística de grãos de Mato Grosso”, afirmou.

A modernização também abre espaço para a terceirização de parte da armazenagem, o que pode beneficiar produtores locais. “Há 11 anos não havia condições de guardar produtos a granel. Agora poderá ser utilizada a capacidade de 50 mil toneladas. É importante porque, além de armazenar produtos da Conab, podemos terceirizar o serviço e ajudar a agricultura em Mato Grosso, que enfrenta um dos grandes gargalos na questão da falta de armazenamento”, disse o presidente da estatal, Edegar Pretto.

Milho para pequenos criadores

Durante a cerimônia, também foi lançado o Programa de Venda em Balcão (ProVB) em Mato Grosso. A iniciativa permite que pequenos criadores adquiram milho dos estoques públicos a preços compatíveis com os de mercado, ampliando o acesso à alimentação animal.

Rondonópolis é a primeira cidade do estado a operar o programa. A unidade já conta com três mil toneladas disponíveis para atender criadores da região.

“O Venda em Balcão fornece alimentação animal para pequenos criadores da agricultura familiar inseridos nas cadeias de produção de carnes, leite e ovos. Assim, aproximar o Programa dos criadores, ampliando os pontos de venda e facilitando o acesso ao milho, é fundamental para garantir a segurança alimentar no país”, destacou o diretor de Operações e Abastecimento, Arnoldo de Campos.

O programa é voltado a pequenos criadores e agroindústrias de pequeno porte que sejam detentores da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP), do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) ou que, embora não a possuam, atendam aos critérios de enquadramento. O cadastro é feito no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais (Sican), disponível no portal da Conab.


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Estratégia simples reduz custos e otimiza adubação em solos de alta fertilidade no Cerrado

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Uma estratégia prática e de baixo custo pode transformar o manejo de fertilizantes em áreas agrícolas com solo de alta fertilidade no Cerrado. Pesquisadores validaram, ao longo de três safras, a eficiência da adubação de restituição associada ao balanço de nutrientes, método que repõe apenas aquilo que é efetivamente exportado pelas colheitas. O estudo, desenvolvido pela Embrapa Milho e Sorgo, foi conduzido em Unaí (MG), em áreas de produção consolidada e com fertilidade construída.

Com o avanço tecnológico, máquinas agrícolas já permitem ajustar, em tempo real, a quantidade de fertilizantes distribuída no talhão. Esse processo facilita a adoção de manejos mais precisos, como a adubação de restituição, prática que devolve ao solo somente os nutrientes removidos pelos grãos colhidos, evitando excessos.

Os resultados confirmaram que os solos estudados acumularam, ao longo de anos de cultivo, um estoque significativo de nutrientes. Dessa forma, a manutenção da produtividade não exige, necessariamente, os aportes tradicionais aplicados por segurança em muitas fazendas. De acordo com os pesquisadores, é possível ajustar as adubações, prevenir déficits ou sobras e aumentar a eficiência energética do sistema produtivo, além de contribuir para a redução da pegada de carbono.

Por que repensar a adubação?

Culturas como soja, milho, algodão, feijão, trigo e sorgo demandam grandes quantidades de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). O custo associado a esses nutrientes é um dos principais fatores de risco econômico na agricultura brasileira. Mesmo assim, muitos produtores seguem aplicando fertilizantes em doses antigas, mesmo quando o solo já apresenta níveis elevados de P e K — muitas vezes acima dos níveis críticos.

Pesquisas anteriores indicam que áreas consolidadas do Cerrado, principalmente sob plantio direto, acumularam quantidades consideráveis de nutrientes, superando a fertilidade original dos solos da região. O novo estudo reforça essa constatação e oferece caminhos concretos para otimizar o manejo.

O estudo

A pesquisa, liderada pelo cientista Álvaro Vilela de Resende, da Embrapa Milho e Sorgo, com participação de especialistas da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e apoio da Fazenda Decisão, avaliou três estratégias nutricionais em parcelas de grande escala:

• Adubação de restituição — reposição exata de N, P e K exportados pelas colheitas
• Manejo padrão da fazenda — modelo tradicional adotado há anos na propriedade
• Controle sem adubação NPK

As avaliações foram realizadas em sistemas soja–milho (ou sorgo), com e sem consórcio com braquiária, ao longo de três ciclos de safra e segunda safra. Os resultados mostraram que a adubação de restituição mantém a produtividade e promove uso mais racional de insumos, reforçando a importância da análise criteriosa do solo antes da definição das doses.

Impacto científico e ambiental

O estudo completo foi publicado na revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB), em edição especial para a COP 30, como parte da Jornada pelo Clima da Embrapa e das comemorações dos 60 anos do periódico. As recomendações apresentadas contribuem para práticas agrícolas mais sustentáveis, conservação de recursos naturais e maior eficiência produtiva, sem comprometer o desempenho das lavouras.

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Abelha-canudo aumenta em 35% a produtividade do açaí em região que reúne 120 espécies nativas

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O Pará concentra cerca de 50% da biodiversidade de abelhas nativas sem ferrão, das 240 espécies registradas no Brasil, 220 estão na Amazônia, e 120 delas no próprio estado. Entre essas espécies, a abelha-canudo se destaca como protagonista de uma revolução socio-bioprodutiva na região.

Em 2017, começou a ser publicada uma série de estudos sobre a produção de mel, própolis e a polinização do açaizeiro pelas abelhas-canudo. Nos últimos sete anos, os estudos publicados pelo pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Daniel Santiago e outros pesquisadores evidenciaram que a introdução de colônias de abelhas-canudo nos açaizais eleva a produtividade em cerca de 35%.

“Antes, a abelha-canudo era desvalorizada porque produzia pouco mel, entre 100 e 500 ml/ano. A partir dessa publicação, o serviço de polinização da abelha passou a ser um insumo. Como é a adubação, a irrigação, o conhecimento das práticas de espaçamento”, conta o Santiago.

Os pesquisadores identificaram o ganho agronômico na produtividade e, a partir disso, cresceu a demanda pelas abelhas-canudo, sobretudo entre grandes produtores interessados na polinização dirigida. Com o aumento da procura, o preço do enxame subiu de aproximadamente R$ 150 para valores entre R$ 550 e R$ 750.

“A indústria do açaí está alavancando a meliponicultura na Amazônia. Hoje, o produtor que deseja adquirir enxames deve entrar numa fila e só recebe no segundo semestre, quando diminuem as chuvas e o meliponicultor consegue multiplicá-los”, relata Santiago.

Os estudos sobre as abelhas-canudo também revelaram a descoberta de uma própolis de altíssima qualidade, com propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias e até antibióticas, capazes de combater bactérias hospitalares.

“Açaização”

Embora o maior impacto econômico tenha sido para os grandes produtores de açaí, os pequenos também se beneficiam e têm experimentado mudanças no modo de produzir e de se relacionar com o meio ambiente. E com isso, o fenômeno conhecido como “açaização”, que é a pressão comercial para abandono de outras culturas e o desmatamento de plantas nativas para a instalação da monocultura do açaí, começa a ser revertido.

O pesquisador destaca, ainda, que há a possibilidade de incrementar com plantas que geram impacto econômico e também são importantes para as abelhas, como o mucajá, taperebá, pracaxi, além de outras plantas que fazem parte da paisagem como o Ingá que além de gerar frutos, vagens comestíveis, ajudam na incorporação de nutrientes.

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Plantio de arroz avança no Sul e chuvas devem manter ritmo no Centro-Norte

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O plantio de arroz recuperou ritmo no Sul com alguns dias de tempo firme. A melhora das condições permitiu avanço importante na semeadura no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Nos próximos dias, a previsão indica chuva fraca e passageira, o que deve permitir a conclusão dos trabalhos. Já no Centro-Norte, o retorno das precipitações garante boa umidade para emergência das lavouras.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.

Sul deve concluir plantio com chuva leve

Segundo Arthur Müller, meteorologista do Canal Rural, o atraso inicial da safra no Sul ficou para trás após uma sequência de dias mais estáveis. “Agora a situação está melhorando, tanto para o Rio Grande do Sul quanto para Santa Catarina”, afirma.

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que Santa Catarina já superou 95% da semeadura e o Rio Grande do Sul passa de 82%. No Paraná, onde a área é menor, o plantio foi concluído e as condições são consideradas favoráveis.

Para os próximos dias, uma frente fria deve avançar pela região, mas sem volumes altos. “A previsão é de chuva de 10 a 15 milímetros, com baixa chance de tempo severo”, explica Müller. Esse padrão deve se manter por até dez dias, permitindo que os produtores finalizem o plantio no prazo.

Centro-Norte deve manter boa umidade

Em Goiás e Tocantins, porém, o cenário é mais otimista. As chuvas retornaram e devem seguir regulares. “Estamos falando de 30 a 50 milímetros por região nos próximos dias. Em 15 dias, isso chega a 100 milímetros, o que ajuda muito na emergência e na reposição hídrica do solo”, diz Müller.

O meteorologista destaca que o volume também favorece sistemas irrigados, ajudando a recompor reservatórios. A umidade consistente também beneficia áreas de Mato Grosso, onde o plantio segue atrasado após semanas de irregularidade das chuvas. “O produtor de arroz precisa de bastante água. Em muitos casos, ele está esperando acumulados de 100 a 150 milímetros para iniciar a semeadura com segurança”, completa.

Frio persistente ainda preocupa

As temperaturas baixas registradas no Sul seguem como ponto de atenção. Müller explica que o padrão está ligado ao resfriamento das águas do Pacífico, típico de anos com La Niña.

“O frio persistiu em setembro, outubro e continua em novembro. Deve seguir até a primeira quinzena de dezembro”, afirma. Embora não haja previsão de geada tardia, a entrada frequente de massas de ar frio pode limitar o desenvolvimento das lavouras em fase vegetativa.

Segundo ele, o maior risco ocorre quando as mínimas ficam abaixo de 10 °C, situação que tem se repetido com frequência. “Quando as mínimas caem a esse nível, mesmo sem geada, já é um problema para o produtor”, alerta.

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